Entendendo TCP/IP (parte 2) - Endereços IP

Esse é o segundo artigo sobre TCP/IP que escrevo. No primeiro falei sobre a camada física TCP. Neste
artigo eu explico a camada de rede. O que são endereços IP, para que serve e como calcular a
máscara de sub-rede, endereços válidos e inválidos, roteamento. O objetivo é ensinar os conceitos,
mostrar os comandos mais comuns, e os arquivos de configuração envolvidos na configuração da rede.

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Por: Ricardo Lino Olonca em 01/04/2011


Considerações finais



O objetivo deste artigo foi mostrar os conceitos básicos sobre endereços IP, mascaramento e roteamento. O alvo são as pessoas que estão começando agora e que precisam configurar um desktop.

Já vi muitas redes de empresas pequenas com endereços 1.1.1.1, 1.1.1.2, 1.1.1.3 e assim vai. Ninguém vai fazer isso agora, certo? Também já vi profissionais de ti que não sabiam fazer os testes básicos para verificar a rede. Já ligavam para mim dizendo que o proxy estava fora do ar sem ao menos tentarem um ping ou traceroute.

Em outros artigos que estou escrevendo dou foco na parte de servidor. Os próximos deverão ser sobre dhcp, roteamento e compartilhamento de Internet, firewall IPtables, dns bind, entre outros. Mas não queria escrever algo mais complexo sem antes passar pelo básico.

Até o próximo artigo.

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Páginas do artigo
   1. Introdução - Por que usar endereços IP?
   2. Problemas do IP
   3. Endereços inválidos
   4. Máscara de sub-rede
   5. Endereços de rede e de broadcast
   6. Configurando a rede no Linux
   7. Roteamento
   8. Considerações finais
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Comentários
[1] Comentário enviado por brunotec em 01/04/2011 - 12:21h

Muito Bom Artigo Ricardo, Parabéns!

Estou iniciando em Redes e esse artigo será uma bela referencia para mim.

se possível gostaria de tirar duas dúvidas que fiquei com elas ao ler seu artigo:


Citação do Artigo
"Numa máscara 255.255.255.240 só teremos 14 endereços disponíveis, ao invés de 16. "

isso seria pq o primeiro endereço de rede e o ultimo para broadcast não poderiam ser usados? não entendi muito bem...

outra dúvida é no arquivo /etc/network/interfaces essa linha: allow-hotplug eth0

nunca cheguei a saber pra que que ela serve afinal.

somente essas dúvidas, mas novamete parabéns pelo artigo cara e pela atitude de querer compartilhar conhecimento que é louvável.

um abraço.

[2] Comentário enviado por ricardoolonca em 01/04/2011 - 12:39h

Bruno, boa tarde.

Todos os endereços de rede e de broadcast são reservados. Eles não podem ser configurados em nenhuma interface de rede.

A linha allow-hotplug eth0 faz com que o Debian detecte e aplique as configurações logo que o cabo é ligado ou desligado.


[3] Comentário enviado por brunotec em 01/04/2011 - 13:12h

entendi,

Gostei muito do seu artigo e foi bastante esclarecedor Ricardo.

Obrigado ai pelo help!

[4] Comentário enviado por julio_hoffimann em 09/04/2011 - 21:41h

Oi Ricardo,

Parabéns pela ótima série! A sua abordagem torna um conteúdo denso em algo mais tangível a pessoas que, como eu, não são da área.

Abraço!

[5] Comentário enviado por elgio em 26/11/2011 - 16:54h

Não é correto chamar estes IPS de inválidos e tampouco de "não roteáveis", como frequentemente vejo por ai.

A palavra certa é IPs privados:
10.0.0.0/8
172.16.0.0/12
192.168.0.0/16

Entende-se por ips inválidos aqueles que não podem ser usados. Exemplo: o IP de broadcast não pode ser usado, é inválido. O mesmo para o IP de rede. A faixa 0.0.0.0/8 é inválida, pois nenhuma máquina poderá ter este IP, e assim por diante.

Também é errado chamar os IPs privados como não roteáveis. Como assim, não são roteáveis? Eu não posso roteá-los na minha rede local ou dentro da minha VPN? São sim roteáveis.

Ah bom. Eles são inválidos na Internet e não são roteáveis na Internet. Mas por isto que são chamados de privados.

Abraços,

[6] Comentário enviado por ricardoolonca em 30/11/2011 - 16:38h

Olá, elgio.

Você correto. O termo mais correto é "privado" e não "inválidos". Eles são inválidos apenas na Internet.

Quanto ao roteamento, novamente eu me refiro a "não roteável" do ponto de vista da Internet. Em redes locais eles são roteáveis normalmente, podendo ser usados em vlans apartadas, como na Dmz.

As suas observações são ótimas. Ajudam a deixar as coisas mais claras e tiram as dúvidas quanto a esse assunto.

Abraço.

[7] Comentário enviado por MAPOGOS em 02/04/2014 - 17:58h

Agora imagine o que acontece se eu pegar somente 7 bits para rede, ao invés de 8. Logo teremos a seguinte intervalo da rede.

00001010.00000000.00000000.00000000 até 00001011.11111111.11111111.11111111 que, convertendo para decimais é:

10.0.0.0 até 11.255.255.255.

Lebre-se de que somente os sete primeiros bits ficam "fixos". Quando qualquer um dos sete primeiros bits mudar, então o endereço já será de outra rede. Nesse exemplo, tanto os endereços começados com 10 quanto os começados com 11 fazem parte da mesma rede. Essa rede pode ser representada como 10.0.0.0/7.

Onde vc pegou os 7 bits que vc esta falando.Pois eu entendo de xor nor, and nand or exclusivo.Mas não tem nada a ver eu sei;
Ta mas onde estão os 7 bitis que vc tirou...

[8] Comentário enviado por ricardoolonca em 03/04/2014 - 05:35h

Repare nos 7 primeiro bits. Eles estão fixos, ou seja, não variam. Todos os IPs que começam com esses 7 bits são da mesma rede, o 10 e o 11. Como temos 7 bits do IP fixo, os 7 primeiros bits da máscara deve ser 1. Os demais são 0.


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