Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 03/10/2011 - 00:03h
Muitas das próprias instituições sindicais (figura notoriamente de esquerda), que deveriam supostamente proteger as classes trabalhadoras, hoje não passam de máfias legalizadas que sugam ao máximo essas mesmas classes, ao mesmo tempo em que as jogam de encontro às classes patronais, provocando sérios desentendimentos e greves muitas vezes desnecessárias e simplesmente recolhendo o seu gordo quinhão.
Para se defender, as classes patronais, mais organizadas e com pé no chão, formam lobbies gradativamente impenetráveis, e adquirem mais poder ainda.
Querem UM exemplo de "hiper-poder"?
Aqui no Rio, a Rio Ônibus (que nada mais é que o sindicato patronal das empresas de ônibus do Rio de Janeiro) é quem se arvora de "órgão regulador da Constituição pátria e do Estatuto do Idoso", ao desconhecer como hábil o documento oficial expedido pelo DETRAN como cédula de identidade, exigindo - na total contramão da lei - que em vez de tal cédula de identidade para que o idoso possa viajar (conforme determina C-L-A-R-A-M-E-N-T-E o Art, 39 parágrafo 1 do Estatuto do Idoso), que estes se submetam a providenciar um cartão expedido - não pelos órgãos governamentais - mas pelo próprio Rio Ônibus (que como se sabe é apenas um sindicato), sob a alegação da possibilidade de "fraudes" nos documentos que têm fé pública. E esse tal cartão tem de ser revalidado periodicamente.
Deve ser para o idoso poder provar que não deixou de ser idoso, ou para evitar que seu fantasma ou eventual sósia venha a cometer alguma fraude...
No meu tempo, desconhecer a fé de um documento público era simplesmente desacato à autoridade constituída.
Mas hoje em dia, está tudo tão diferente...
Meu avô já teve de ir soltar um rapaz que tinha sido detido por "suspeita de tentativa de furto"...
(Ele, feio pra xuxu, mas muito amigo do Roberto Carlos, estava esperando à porta de um evento onde o Roberto iria se apresentar, quando foi interpelado pela "pulissa" que deu logo a "vóis de prizão": "Teje preso!"
Não deu para contraargumentar, porque "us cara era tudo cana dura" mesmo).
E ele, apesar de feio (hmmm, MUITO FEIO fica mais realista), era muito bem relacionado e o próprio Caetano Veloso foi padrinho de seu casamento.
Meu avô foi comigo à casa do delegado, onde explicou pacientemente (lá pelas 23:30 horas) que "no tempo dele" (meu avô nasceu em 1899) não existia a figura jurídica da "suspeita de tentativa".
O delegado, "comovido" com tal argumentação, e com o fato de ter sido o próprio pessoal ligado à Secretaria de Segurança que tinha dedurado a prisão ilegal, mandou secretamente libertar o rapaz, tão logo nós saímos de sua residência (quase uma hora da manhã).
Talvez tenha sido a menção ao "Carneiro" ("Carneiro" era o próprio Secretário, amigo de meu avô) que tenha sensibilizado tanto o delegado.
Mas continuando:
E os que já eram poderosos formam suas próprias instituições sindicais, agora de direita...
Nessa briga entre o mar e o rochedo, quem sofre é SEMPRE o povo, e mais ninguém.
Senão vejamos:
Greve dos Correios:
Prejudica o Governo? Não.
Prejudica os patrões (???)? Não.
Prejudica o povo? Sim.
Greve dos bancários:
Prejudica o Governo? Não.
Prejudica os patrões? Não.
Prejudica o povo? Sim.
Greve dos transportes públicos:
Prejudica o Governo? Não.
Prejudica os patrões? Não.
Prejudica o povo? Sim.
Greve dos fabricantes-de-barbante-de-ioiô-do-norte-de-Belford-Roxo:
Prejudica o Governo? Não.
Prejudica os patrões? Não.
Prejudica o povo? Não. (Até que enfim!)
Greve dos tratadores-de-assuntos-gerais-no-botequim-do-Zé:
Prejudica o Governo? Não.
Prejudica os patrões Não.
Prejudica o povo? Também não.
Assim por ESSA amostragem, temos que "apenas 60% das greves" realmente prejudica o povo...
Tem "um determinado país europeu" por aí onde na greve dos transportes públicos, os passageiros são transportados de graça.
Aí então a coisa muda de figura, pois aperta em outros calos que não os da população.
Exemplo de ação de esquerda consciente foi o ato de Gandhi ao levar o povo a minerar o sal - pacífica e ordeiramente - diante do exército inglês.
Pena que o povo aprendeu a minerar, mas não a agir segundo seu exemplo.
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Olha, não importa se o governo não dá condições de estudar.
Faça como recomenda Samuel Klein: "Não espere NADA do Governo".
Use o "método TVM" e estude assim mesmo.
Não deixe o sistema lhe engolir.
Não interessa se você é "negro", "favelado", "pobre", "sem chance na vida", ou qualquer outro rótulo que você possa ter - por parte de terceiros - ou que busque para si próprio.
Te Vira, Malandro!
Estude!
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