Tem comunista aqui no VoL? [RESOLVIDO]

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 01/10/2011 - 16:04h

Pensei que nunca fosse perguntar.

E não! Não estou falando de "paz e amor"".

Pois bem, devo logo te dizer: NÃO tenho receita para mudar o mundo.

Por isso me limito a tornar os meus alunos pessoas cada vez melhores, e talvez um deles, mude o mundo para os meus filhos e netos, através do conhecimento, da inteligência, da tolerância, e TAMBÉM através da paz e do amor.

Se vc gosta de Marx, talvez já tenha lido algo sobre ou de Antônio Gramsci. Talvez seja, pra vc, mais interessante que Freire ou Vygotsky.

Claro que ele tb não terá a receita para mudar o mundo. Mas, pelo fato de suas ideias serem parecidas com as minhas, e talvez, por ele ser um grande pensador, tenha um pouco mais de facilidade em se fazer entender por vc. É uma leitura leve e boa. Acho que vais gostar. No início ele nos faz sentir um pouco impotentes, mas se vc respirar fundo e fazer um esforço para tentar entendê-lo, ou seja, lhe dar uma chance, é bom provável que as nossas ideias se aproximem, ou não. rsrsrsrsrs

Abraço

AprendiNoLinux
(usa Ubuntu)

Enviado em 01/10/2011 - 16:10h

http://www.vivaolinux.com.br/topico/Off-Code-Cafe/Acordando-com-Led-Zeppelin/?pagina=12#141

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 01/10/2011 - 16:11h

Caramba!

Este tópico rendeu.

NÃO existe receita pronta para mudar o mundo, mas é sabido que a melhor maneira de fazer uma sociedade se desenvolver é dar educação a seus integrantes.

A educação mudou países como o Japão e a Coréia, tirando as respectivas sociedades da idade média, e está mudando a Índia, apesar de seu complicado sistema de castas.

Vamos torcer para que a educação mude também o Brasil.

andrezc
(usa Debian)

Enviado em 01/10/2011 - 16:19h

Você estava falando em paz e amor sim. Veja os seus posts anteriores.
Todas as formas de manifestações e atos pacíficos foram tentados, a maioria é em vão, infelizmente. Posso ler esse livro sim, mais para frente. Mas sou decidido e já formei minha opinião.

AprendiNoLinux
(usa Ubuntu)

Enviado em 01/10/2011 - 16:20h

Onde eu assino ????

Concordo em número, gênero e grau. ;)

andrezc
(usa Debian)

Enviado em 01/10/2011 - 16:20h

Esperamos por essa educação há anos. Aí, por ironia, colocam o Tiririca no setor educacional. Isso já é tirar sarro da cara do brasileiro.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 01/10/2011 - 16:22h

André, estou falando TAMBÉM de paz e amor. Mas sei que somente isso não muda o mundo. Já lhe falei o que pode mudar o mundo, o pinduvoz acabou de falar, e vc fica batendo na mesma tecla. Assim a discussão não evolui. Sinto muito, mas preciso instalar o slackware, vou ter de me retirar.

Mais tarde, talvez eu retorne ao tópico. Abraço

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 01/10/2011 - 16:54h

Bela desculpa "pra se mandar": instalar o Slackware (rsrsrs).

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 01/10/2011 - 17:59h

Eu estava falando sério. Agora estou digitando este post através do slack.

Pois bem André, sem dúvida colocar o tiririca no poder foi uma bata de uma burrice, mas, a educação não é feita por essas pessoas. A educação é feita por alunos e professores, esses sim, fazem a educação.

E devo dizer, meu amigo, não é fácil. Não é pra qualquer um! Ser professor é um desafio, muito maior do que segurar uma arma e matar um ditador. Na sala de aula é que o bicho pega, é onde se separa os homens dos meninos (falo de professores e não de alunos). Lá vc precisa fazer a diferença, apesar dos tiriricas da vida.

E se alguém tem a faca e o queijo nas mãos, são esses profissionais. Esses profissionais que enfrentam sala de aula lotada, salário baixo, vão pra casa com cheiro de xixi ou de cocô, que precisam tirar do próprio bolso para comprar materiais para o trabalho, dos quais "profissões superiores" debocham por terem escolhido a carreira que escolheram etc... Mas, profssionais que tem mais voz, para uma criança, do que os próprios pais! Profissionais que são vistos como heróis por muitos seres que estão com o caráter em plena formação. A criança forma o seu caráter até os 7 anos, e essa é a hora propícia para fazer algo.

Companheiro, eis a revolução que pode mudar alguma coisa.

Sou professor em início de carreira, e nem falo meu salário pra não passar vergonha. Mas tenho um parente que é carcereiro em início de carreira e ganha mais que um professor com 15 ou 20 anos de magistério.

É o estado tendo de investir em cadeia por não ter investido em escola.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 01/10/2011 - 19:16h

SOBRE GRAMSCI...

Minha família é tradicionalmente ligada à Esquerda.Eu gosto muito de Gramsci!

Meu avô era Anarquista, em Sampa nos anos 20 e 30. Ele trabalhava no Jornal Correio Pualistano, um Jornal tradicionalmente ligado ao Anarquismo:

http://www.ecosia.org/search.php?q=anarquismo%20paulistano&count=10&offset=30

Era amigo pessoal do modernistas (Cassiano ricardo, Menotti Del Pichia, Mário e Osvald de Andrade, Tarsila do Amaral) e de Tranqui (que Getúlio prendeu na Ilha Grande), um jornalista Italiano que editada o Jornal do Anarco-Sindicalismo.

Minha avó era amiga pessoal de Pagu e foi colega de escola de Anita Malfatti.

Seu Pai, Meu bisavô materno, era Nivardo Fumelli Monti, um famoso Anarquista Italiano, há uma Tese sôbre suas atividades, na UNICAMP.

Gramsci é um Filósofo e Líder Sindical, teórico do Anarco-Sindicalismo Operário, movimento que os Anarquistas procuraram aplicar em Sampa, antes da revolução de 30.

Ele procura compatibilizar Socialismo (medidas sociais + organização popular, poder popular), Comunismo (mobilização de massa, pequenos centros de poder Comunitários) e Anarquismo (ausencia de poder central, de governo, todos por um, todos pela comunidade) como uma esquerda geral.

Reinvicar sem violência, através de organização sindical forte e atuante, com força de pressão sõbre as organizações capitalistas
O Povo pode, desde que sindicalizado fortemente....

Gramsci discorda de Marx, no que concerne a auto aniquilação do Capitalismo, o enfraquencimento do Capitalsimo por si só, e também de um poder popular sindical central ( como em Hegels). Também discorda da necessidade de revolução sangrenta (tida como necessária por Feurbach e Kant.

Feurbach é comtemporâneo de Marx e defende uma organização de trabalhadores, na mais valia do trabalho, porém acha que as classes dominantes precisam ser aniquiladas na pancada!

Curioso que.... o Comunismo, de Marx...., o Marxismo, não toca no assunto revolução por armas, é apenas uma doutrina econômica, aonde a o trabalho deveria valer mais que o dinheiro, e o dinheiro perde força quando o trabalho é valorizado....

Na realidade, a Revolução Russa, cruenta, é Leninista, mais do Marxista ( tanto que foi chamadaMarxismo Leninismo).. Depois, Stalin (Stalinismo) a tornaria totalitária, absolutista, e porisso, na minha opinião, "estragada", de uma certa forma...

Quando o Povo no Poder se torna um partido controlador, então o Povo não manda mais, é o que Gramsci diz.... as Ditaduras são sempre ruins, mesmo as de Esquerda...

André, se achar algo, leia Gramsci, vai gostar.

Leia também algo de Mauricio Tratenberg:

http://www.espacoacademico.com.br/090/90ozai.htm

e dûê uma olhada em:

http://novahistorianet.blogspot.com/2009/01/republica-velha.html

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 01/10/2011 - 19:43h

Sôbre meu Bisavô, vejam a citação que aparece nesta Home-Page:

http://oriundibrasile.blogspot.com/2010_03_01_archive.html

História (85)- Especial: Influência de socialistas e anarquistas italianos no movimento operário brasileiro (2)

Em sua tese de doutorado (Pensiero e Dinamite Anarquismo e Repressão em São Paulo nos anos 1890 ) junto ao Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, Claudia Feierabend Baeta aborda a presença, atividades e repressão dos militantes anarquistas residentes ou atuantes em São Paulo nos anos 1890, contextualizando, inclusive, o cenário da chegada dos atividas italianos no final do século XIX.

“Já nos primeiros anos da década de 1890, havia comentários de que era uma estratégia geral dos países europeus, 'onde só se [falava] de greves ou de manifestações de operários e desempregados, com as ameaças de dinamite e o espantalho do 1º de Maio’ conceder passaportes àqueles cuja presença não era desejada e que mostravam interesse em deixar o país".

"Havia, no entanto, suspeitas de que, mais do que facilitar o embarque dos anarquistas, o governo italiano incentivava sua partida: já em 1893, chegaram às autoridades brasileiras denúncias de que aquele governo fazia embarcar, ‘com destino ao Brasil, agregados às famílias no caráter de primos, a indivíduos a quem quer expulsar da Itália por serem anarquistas e socialistas conhecidos.’ ".

"O cônsul italiano, conde Edoardo Compans de Brichanteau, em correspondência com o Ministero degli Affari Esteri em 1894, chegou mesmo a sugerir que os indivíduos que compunham ‘o primeiro núcleo de anarquistas (...) no Brasil’ eram italianos e, aparentemente, haviam sido enviados 'pelo próprio Governo Régio após os dolorosos fatos do 1º de Maio em Roma' "

"As autoridades brasileiras procuravam tomar tais sugestões com cuidado, relativizando a responsabilidade do governo italiano na migração de tais indivíduos, mas as denúncias persistiam. Entre os indivíduos suspeitos de anarquistas, eram os italianos especialmente temidos no Brasil, tanto por suas idéias anarquistas e práticas subversivas, personificadas nas figuras dos magnicidas – todos italianos – que atentaram contra os chefes de Estado e realeza na Europa, como pela grande afluência de imigrantes dessa nacionalidade que por aqui aportavam".

"Não é por acaso que a Itália vai aparecer como procedência mais recorrente de anarquistas que se instalaram em São Paulo nos primeiros anos da década de 1890, nem que aos comissários responsáveis pela migração para o Brasil fosse cobrada grande vigilância em relação àqueles que deixavam os portos italianos. Daí as preocupações quando chegavam às autoridades brasileiras”. Daí as preocupações quando chegavam às autoridades brasileiras notícias como a seguinte:

"'Partida – Por volta das 17 horas de ontem o vapor Matteo Bruso, da [companhia de navegação] Velloce partiu para o Rio de Janeiro e Santos com 1150 emigrantes dos quais (....) 737 para Santos diretamente para São Paulo. Entre estes últimos, HAVIA O ANARQUISTA FUMELLI MONTI, NIVARDO de Lucca, que, com sua mulher e filhos, conduz-se ao Brasil onde será introduzido no estado de São Paulo. Ele segue espontaneamente, talvez para escapar de possíveis perseguições, e o próprio governo facilitou-lhe o embarque. Isso não impediu que durante a sua breve parada de dois ou três dias em Gênova ele fosse continuamente escoltado por dois vigias, que não o deixaram por um só momento, nem de dia, nem à noite, acompanhando-o em todos os lugares, mesmo a bordo, (...) nunca o perdendo de vista, até que o Matteo Bruso levantasse âncora' .”

"O recorte da notícia publicada pelo periódico de Gênova acompanhou o ofício do Cônsul Geral do Brasil na Itália ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores. A intenção do cônsul era alertar as autoridades brasileiras para que pudessem tomar as medidas cabíveis na chegada do 'anarquista italiano' ".

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 01/10/2011 - 20:18h

Eu sei que estava. Foi uma brincadeira, cuja intenção era descontrair.