FurretUber
(usa Ubuntu)
Enviado em 27/06/2017 - 01:43h
Por causa de um bug na mesa do Xubuntu Xenial que não permitia que eu abrisse alguns programas, instalei o Xubuntu Zesty. Eu vi que muitos outros bugs haviam sido corrigidos, mas uns poucos surgiram (Bluetooth de novo).
Uma coisa que me preocupou foi ver que não há mais o /etc/rc.local. Eu o utilizava para que as otimizações do powertop fossem ativadas logo ao ligar o computador com o intuito de economizar energia, especialmente com as portas SATA.
Eu não tinha escapatória, eu tive de lidar com aquele que eu achava que era o demônio do sistema. Quando eu procurei na internet, logo eu encontrei uma página da Red Hat muito completa, explicando como criar um arquivo de um serviço, com vários exemplos. Os guias da Red Hat para criar e configurar os serviços são bons.
Contudo, eu não tinha feito tudo certo inicialmente. O serviço parecia perfeito quando analisado com o systemd-analyze, mas não tinha como fazê-lo iniciar automaticamente. Por que? Eu não tinha escolhido um alvo, então nenhum serviço dependia dele, logo ele não iniciava. Solução: ler a documentação direito (especialmente a tabela 9.6):
https://access.redhat.com/documentation/en-US/Red_Hat_Enterprise_Linux/7/html/System_Administrators_...
Além disso, eu criava os arquivos direto em /etc/systemd/system (recomentado pela documentação), o que não me permite fazer grandes configurações. Eu não conseguia desativar os serviços sem apagá-los. Se eu quisesse que isso funcionasse bem no Xubuntu 17.04, eu deveria por os arquivos com os serviços criados por mim em /lib/systemd/system, então dar um systemctl daemon-reload e daí posso ativá-los e desativá-los como qualquer outro serviço (o que cria um atalho em /etc/systemd/system). Não sei se é recomendado (isso eu não achei, então não deve ser), mas deixou o meu serviço tão configurável como os demais serviços do sistema, eu adorei o resultado.
No fim estou sendo o advogado do daemon. Eu não o achei o satanás infernal do capiroto do qual todos falam sobre. Os serviços são extremamente configuráveis. Ex.: para o registro dos serviços eu escolhi o syslog, daí se der errado não preciso abrir nenhum programa binário do systemd (systemctl status) para saber o que houve. Caso os desenvolvedores dos serviços não queiram utilizar o kmsg ou o syslog, a culpa não é do systemd, porque o systemd dá essa opção.
Se o systemd é considerado horroroso por causa de bugs, imagine o que deve ser considerado o ImageMagick, não existe uma palavra para defini-lo.