Após iniciar (bootar) seu
GNU/Linux na máquina virtual, não tenha medo de seguir os guias e tutoriais de particionamento e instalação da distro que você escolheu porque, por maior que seja a "burrada" feita, o máximo que vai acontecer e ter que apagar a VM e começar de novo.
Treine o particionamento, que irá atingir um disco virtual (um simples arquivo), experimente os diversos instaladores e tutoriais de instalação, ou, se você sempre quis usar Slackware
Linux mas tinha medo dele, instale-o na VM. Aqui "o céu é o limite".
Lembre-se apenas de, findada a instalação do GNU/Linux escolhido, apagar ou renomear a imagem ISO usada, restaurando o "cd.iso" anterior (renomeando-o, mais uma vez), ou ainda, de tirar o CD ou DVD do drive real, já que sem uma dessas providências o boot será feito pela imagem/CD/DVD e não pela instalação realizada.
Alguns outros detalhes:
1) por padrão sua VM será configurada para usar a resolução de 800x600, mas será possível, pelas ferramentas do GNU/Linux escolhido, reconfigurar a resolução de acordo com a tabela de conforto abaixo, que leva em conta as resoluções mais comuns:
Tela > Host > Guest
4x3 > 1024x768 > 800x600 (padrão)
4x3 > 1280x1024 > 1024x768
16x10 > 1280x800 > 1024x768
16x10 > 1440x900 > 1280x800
2) se o "host" estiver conectado à internet no momento da instalação da distro (recomendável), a conexão à internet no "guest" será configurada automaticamente e será necessária para instalar atualizações e programas no último.
Aproveitando a máquina virtual
Além de aprender, você poderá efetivamente usar a máquina virtual para minimizar os riscos do Windows. Como não há vírus e malware em geral atingindo o Linux, a sua máquina virtual passa a ser uma boa opção para navegar na Internet e abrir arquivos recebidos de terceiros, ou testar esses mesmos arquivos com um antivírus (há vários para instalar no Linux, mas todos eles servem, basicamente, para testar ou limpar arquivos que vão ser usados no Windows).
E caso a distro instalada na VM seja o Debian 5.0 "Lenny", ou o Ubuntu 9.04 "Jaunty Jackalope", vale a pena instalar ferramentas livres para integrar "host" e "guest", permitindo copiar e colar de um para o outro e dispor da GUI "vmware-toolbox" (usada pelo terminal, como root), que permite, dentre outras funcionalidades, "encolher" o HD virtual quando ele cresce demais por conta de gravar (espaço ocupado) e apagar arquivos (espaço não desocupado, pois se apaga a tabela de alocação e não os dados).
Sim, apesar de ser um arquivo (c.vmdk), o HD virtual, limitado a 20 GB nas configurações, vai crescer a cada programa instalado (as opções são muitas e, o melhor, livres), lembrado que só a instalação de uma distro irá ocupar entre 2 e 3 GB do seu disco real.
Além das vantagens já citadas, com as "open-vm-tools" instaladas a janela do "guest" passa a ser utilizada como se fosse uma janela comum do "host", podendo ser modificada à vontade quanto ao tamanho (inclusive maximizada e usada na resolução padrão do seu monitor), deixando também de "prender" o mouse.
Para instalar as citadas ferramentas no Ubuntu 9.04 bastam os comandos (os dois primeiros para atualizar do sistema):
sudo apt-get update
$ sudo apt-get upgrade
$ sudo apt-get install open-vm-tools open-vm-toolbox
Aguarde o final do processo a cada comando e reinicie o computador (a VM) após o último.
Já no Debian 5.0, use os comandos (o segundo e o terceiro para atualizar o sistema):
su -
(senha do root)
# aptitude update
# aptitude upgrade
# aptitude install module-assistant
# m-a a-i open-vm
# aptitude install open-vm-tools open-vm-toolbox
Mais uma vez, aguarde o final do processo iniciado por cada comando e reinicie o computador (a VM) após o último.
As imagens abaixo demonstram, no Ubuntu e no Debian, ambos configurados para uma resolução padrão de 1280x800, o que se pode fazer com a janela da VM após a instalação do pacote
open-vm-tools.
Conclusão e bibliografia
Usar o Linux "dentro" do Windows é uma boa forma de perder o medo de instalá-lo realmente, seja sozinho, seja em dual boot com o próprio Windows (tente na VM, pois é possível). Além disso, ter uma VM Linux integrada ao Windows pelo pacote
open-vm-tools tem inegável utilidade, pois permite o uso de um sistema muito mais seguro para as tarefas online.
Este texto é inspirado no do link abaixo ("Linux, Guia Prático: Rodando o Linux, sem sair do Windows"), publicado por um dos brasileiros que mais incentivaram o uso do GNU/Linux, o "mestre" Carlos E. Morimoto. Bem, por isso a leitura do link abaixo é enfaticamente recomendada.