Quando tratamos das tarefas mais comuns da informática, não tem jeito, o processo tem que ser simplificado mesmo. Quando tratamos do Windows percebemos claramente essa intenção: Todos os nomes e desenhos são os mais óbvios, não há grandes inovações na estrutura de interação com usuário em curtos intervalos de tempo, fora toda a preocupação estética e comercial do produto.

O produto da Microsoft com certeza não é o melhor sistema operacional para técnicos e programadores como a maioria de nós, todavia, apareceu com uma interface amigável à um custo razoável e na época certa, acabou dominando o mercado.

Não demorou para que os produtos da Microsoft se tornassem referência em informática (em parte por conta de algumas estratégias sujas, mas isso já é outro assunto). Hoje em dia o Windows é considerado fácil em grande parte por conta do vício que tomou conta das pessoas: é fácil, em grande parte, mas não somente porque as pessoas acostumaram-se ao seu jeito, à sua interface. Há outros pequenos fatores que levam o Windows a ser considerado fácil para o uso cotidiano, como os inúmeros assistentes para quase qualquer ação e as explicações de erros sem termos técnicos.

Todavia, toda a complexidade do Windows e toda e qualquer qualidade que ele possa ter alçado foi obtida por passos lentos, onde, por exemplo, apenas quando a massa da população está preparada para escutar o termo "memória RAM", sem que fique desorientada, esse termo é incorporado aos relatórios de erro ou em qualquer menu de ajuda. Isso faz com que o Windows não seja um território muito propício a grandes inovações e experimentalismo. Em verdade, a Microsoft muitas vezes copiar idéias surgidas em softwares concorrentes experimentais (não que isso seja uma prática exclusiva dela).