Blu-Ray no GNU/Linux - Gravando e ripando mídias via terminal

Gravando mídias de Blu-Ray no GNU/Linux via terminal.

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Por: Fernando T. Da Silva em 01/05/2013 | Blog: http://meumundotux.blogspot.com.br/


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Para gravar somente dados, ripar ou acessar arquivos de uma mídia Blu-ray, não é necessário ter uma CPU robusta, top de linha. O requerimento mínimo é uma CPU 500 Mhz e 512 MB de memória RAM.

Já para assistir filmes em Blu-ray, será necessário uma CPU bastante robusta, um monitor compatível (pois não serve qualquer monitor) e um placa aceleradora com suporte a Blu-ray e mínimo de 1 GB de memória RAM, além de "libs" e arquivos especiais para assistir filmes em Blu-ray.

Se você for montar uma mídia Blu-ray de filme manualmente em sistemas mais antigos, terá que especificar o "filesystem UDF" para o comando mount, já que a mídia contém arquivos únicos maiores que 2 GB, pois este é o limite do filesystem ISO9660 para o tamanho de um arquivo.

Mas, você pode gravar qualquer mídia de Blu-ray usando o filesystem ISO9660, desde que não haja arquivos únicos maiores do que 2 GB.

Abaixo, algumas opções de uso do growisofs.

Como fazer para que os nomes dos diretórios especificados apareçam na mídia?

Para que os nomes dos diretórios especificados para gravação sejam criados na mídia e não somente os arquivos e subdiretórios que estão dentro dos mesmos (evitando que todo o conteúdo dos mesmos fique largado na raiz da mídia, gerando confusão), você deve usar a opção "--graft-points" para isto.

-graft-points :: Permite alterar o path de uma pasta que será gravada no disco. Útil quando você quer adicionar arquivos à uma multissessão.

A sintaxe é:

-graft-points nomedesejado=/caminho/diretório

Em "nomedesejado", coloque o mesmo nome do diretório a ser gravado ou, caso queira que o diretório especificado no disco tenha um nome diferente na mídia, digite um novo nome para o mesmo nessa parte.

Exemplo: no disco rígido o diretório a ser gravado é "docs", então digito docs para que tenha o mesmo nome na mídia a ser gravada e depois do sinal de igual vai o nome do diretório que está no disco rígido a ser gravado (--graft-points docs=docs/ ).

Agora, se você deseja que na mídia a ser gravada o diretório "docs" do disco rígido fique com o nome de documentos, você faz:

--graft-points documentos=docs/

* Nota: estando acima da pasta a ser gravada, não precisa especificar o caminho completo. Caso você não estiver acima da pasta a ser gravada, deverá especificar o caminho completo como: /mnt/dados/docs/

Opções:
  • -use-the-force-luke=tty :: Evita que a condição "FATAL: /dev/dvd already carries isofs!" apareça.
  • -Z :: Indica que começaremos uma sessão do zero.
  • -M :: Incluir uma outra sessão, a uma mídia já gravada.
  • -V :: Dá um nome ao disco que você está gravando (label).
  • -J :: Suporte a nomes em joliet até 31 caracteres para compartibilidade com Windows.
  • -joliet-long :: suporte a nomes longos no modo joliet com até 103 caracteres.
  • -R :: Rock Ridge. Sistema de arquivos do GNU/Linux.
  • -speed :: Indicar velocidade de gravação. O padrão é usar a velocidade máxima suportada.

Gravando mídia de Blu-ray

No GNU/Linux, por enquanto, vários programas gráficos de gravação ainda não têm suporte a Blu-ray, embora todos eles fazem uso do growisofs para gravar DVDs.

Mas, você pode usar o comando growisofs diretamente na linha de comando para gravar suas mídias de Blu-ray, já que esta mídia é suportada pelo mesmo:

growisofs -Z /dev/sr0 -speed=4 -use-the-force-luke=tty -J -R -joliet-long --graft-points videos=videos/ linux=linux/ mp3=mp3/ outros=outros/

Nesta gravação foi usado o filesystem ISO9660, que é o padrão, já que não existem arquivos únicos maiores do que 2 GB.

Adicionando uma segunda sessão na mesma mídia já gravada acima:

growisofs -M /dev/sr0 -speed=4 -use-the-force-luke=tty -J -R -joliet-long --graft-points manuais=manuais/

Nota 1

Ao adicionar uma segunda sessão à mesma mídia já gravada anteriormente, você deve repassar as mesmas opções de sistema de arquivos, "filesystem" ou "charset" utilizados na sessão anterior, senão, pode acontecer de a primeira sessão ficar invisível ao sistema sem poder acessar os arquivos da mesma ou a gravação não ser iniciada, além de outros erros variados.

Exemplo: na primeira sessão você especificou "-J -R -joliet-long", então, na segunda sessão, você deve especificar as mesmas opções da primeira. Caso você especificar para usar o filesystem UDF na segunda sessão, poderá ocorrer os erros citados acima.

Recomendo que não seja adicionado mais do que 3 sessões na mesma mídia, isto depende também de quantos gigas são adicionados em cada sessão e do espaço oculto que é reservado para cada sessão a ser salva na mesma mídia.

Nota 2

Não consegui adicionar uma segunda sessão numa outra mídia já gravada em que a primeira sessão foi utilizada o filesystem UDF, mesmo especificando o filesystem UDF na segunda sessão. Não descobri ainda se o growisofs suporta segunda sessão com filesystem UDF em mídia de Blu-ray, ou é a mídia que não suporta segunda sessão em UDF.

O growisofs mostra todo o processo da gravação da segunda sessão sendo feita, mas na hora de montar a mídia, simplesmente a segunda sessão inserida não é vista, fica invisível ao sistema.

Finalizando gravações na mídia

Mesmo não finalizado a mídia, você poderá utilizar a mesma para abrir arquivos e programas da mesma no computador ou usar no player da sala. Este procedimento não é obrigatório, mas uma vez feito, não poderá adicionar mais sessões à uma mídia de DVD ou Blu-ray.

Comando:

growisofs -M /dev/dvd=/dev/zero

O tempo para fechar a mídia foi de 20 minutos.

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Comentários
[1] Comentário enviado por tiagolagef em 11/03/2014 - 16:57h

Gostei do artigo, parabéns.


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