hrcerq
(usa Outra)
Enviado em 14/11/2017 - 23:25h
daktop escreveu:
Henrique - RJ escreveu:
Este tópico foi aberto com um exemplo prático e ativo de ataque phishing, que pode prejudicar tanto usuário Linux quanto Windows, e o pessoal fica criando rodeios inclusive com antivírus detectando o script.
O problema é que muitos linuxers acham que o linux é um local ultra-mega-blaster-seguro e quando se deparam com phishing, vírus, malware acham que tudo é só caso isolado e vem o famoso bordão "comigo não acontecerá", "só em servidores", "nem preciso de firewall", "linux não é ruindows". Inclusive quando vejo alguém falando "ruindows" já sei que é ignorante.
É um erro pensar isso. De fato, não há sistema 100% seguro. Nem Windows, nem Linux, nem nenhum outro. Mas também é um erro pensar que uma ferramenta pode substituir as precauções que o usuário deve ter. E até agora não vi uma explicação plausível sobre o
porquê de anti-vírus no desktop Linux. Extensões de navegadores, ok, há consenso nisso. Mas o lance do anti-vírus não me convenceu.
O usuário que
- mantém seu sistema atualizado;
- não fica adicionando repositórios de procedência duvidosa;
- não usa plugins de flash e java no navegador (tecnologias descontinuadas e que sempre foram cheias de problemas de segurança);
- não baixa e executa scripts sem verificar o que fazem;
- usa plugins de bloqueio de conteúdo malicioso/propagandas no navegador;
- usa plugins de whitelist ou pelo menos blacklist no navegador;
- configura navegador para que páginas não aceitem cookies de terceiros;
- não executa comandos que não conhece ou não sabe o que fazem;
- não altera as permissões dos diretórios de sistema;
- não usa o usuário root como se ele fosse um usuário normal;
- mantém o firewall ativo e devidamente configurado (configurações padrão do iptables/firewalld costumam servir à maioria dos casos;
entre algumas outras medidas de precaução, é um usuário que tem nível de segurança bem razoável. Eu não vejo onde o anti-vírus se encaixa nesse cenário. Em que exatamente ele vai contribuir?
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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira