RLFontan
(usa elementary OS)
Enviado em 23/05/2016 - 19:53h
luiztux escreveu:
Da mesma forma que tem muita gente que não considera distros estáveis "boas" para desktop, também muita gente que considera justamente o contrário. Esta "gente avançada" que você escreve que tem esta opinião, certamente não apresenta a opinião geral...
Mas o caso é: todas as pessoas (em todos os SO's) querem um sistema estável e seguro, logo, de forma lógica, isto é uma falácia.
Eu discordo deste ponto de vista. Qual seria tua opinião sobre o assunto?
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"If it moves, compile it."
Eu pessoalmente concordo parcialmente com você. Eu acho que o usuário pode se beneficiar bastante de estabilidade... porque é até interessante estar com as funcionalidades e softwares mais recentes para o seu sistema, mas a partir do dia que eu estiver com pressa e minha impressora não pegar, minha internet falhar, minha suíte de escritório falhar ou minha interface gráfica falhar... vai ser um transtorno técnicamente pequeno, mas na prática isso pode significar uma multa no pagamento de uma conta, a não entrega de um trabalho na faculdade e etc (Windows Like). Por outro lado eu simplesmente não consigo entender o porque de o kernel linux estar na versão 4.4.lá.vai.fumaça, e algumas distros permanecem no 3.3.cade.a.fumaça. Eu simplesmente não consigo entender como uma suite de escritório ja está na versão 5.0.3, e tem distro usando na versão 4.3.antigoatémesmoparaaversão4.
Para não mencionar o terror do que eu acabei de mencionar acima. A esmagadora maioria das distros que focam na usabilidade do usuário final ( e embora eu não precise muito disso, eu gosto disso) não se baseiam em modelos estáveis, embora, poderiam muito bem fazê-lo.
O Fedora quebra um galho, mas não da suporte a drivers proprietários, exigindo que o usuário seja esperto em relação a isso e exigindo uma manutenção regular atenta. Aparentemente se o usuário tiver molejo, não terá grandes problemas, entretanto surpresas por acontecer uma vez ou outra(embora eu acho que possam ser corrigidas com um downgrade).
O Ubuntu aparentemente só apresenta estabilidade em versões LTS maduras, ou versões LTS oldstable. A gente ta vivendo agora uma situação incomoda onde o 16.04 simplesmente não está valendo a pena, valendo mais a pena ficar no 14.04. Acho bacana que o Ubuntu se importa com a usabilidade do usuário, e o ciclo de lançamentos deles e o esquema das PPA também são bem interessantes, embora eu não tenha muita certeza da segurança que isso provém.
O Debian é uma verdadeira rocha, e tem o apt para facilitar tudo, mas o usuário fica muito de lado, e as coisas no Debian são dificéis de configurar, e a depender da escolha de interface gráfica que ele fizer o sistema pode virar uma verdadeira dor de cabeça, eu simplesmente não posso recomendar ele para ninguém leigo, embora dê um excelente desktop para mim que até que consigo me virar. Mas enquanto uso devo dizer que o Debian + GNOME, foi uma das experiências mais estáveis no meu pc... (óbvio depois de eu ter apanhado um pouco teimando em querer aprender as autoremoções do apt e aptitude).
Eu gosto de comparar essas coisas com a questão dos playstations. Que uma vez que se lança uma versão nova, a versão antiga atinge seu auge... quando foi lançado o ps3, o ps2 estava no seu auge, e na sua melhor época de ser aproveitado, mas e ai, você vai ficar usando o ps2 até o ps3 ficar velho, ou vai trocar ele assim que ele estiver minimamente bom? Mas aí a gente já cai no que fala o Linus Torvalds, do papel que o desktop tem para as pessoas, para algumas o desktop é um grande brinquedo, para outro o desktop é o local de confiança que um tablet e um celular ainda não podem ser. Cara, é complicado, demais... e ainda tem toda a parafernalha ideológica no meio.
Eu sempre com crise de distro. E minha mãe com um simples Xubuntuzinho 14.04 que eu coloquei no pc dela(não coloquei Debian porque percebi que o Debian ia dar dor de cabeça) está lá sem dar grande problemas a cerca de 5 meses.