Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 07/12/2013 - 12:31h
A família do baterista de uma banda onde eu tocava era toda de músicos:
A mãe era pianista, o pai baterista, o tio contrabaixista (e luthier), a irmã cantora, mas tinha um irmão que não tocava nem cantava, e não conseguia nem ao menos assoviar!
Em outra família conhecida, todos os integrantes faziam teatro, cada um deles recitava, cantava, e tocava um instrumento.
Na minha família, depois de anos a fio, apenas consegui influenciar meu pai a transformar-se em um percussionista razoável (pelo menos não perdia o ritmo).
Durante a época em que estive dedicado ao Chorinho no Suvaco de Cobra, o "Macambira" foi um companheiro mais-que-inseparável.
Tive um irmão que foi presidente de escola de samba, mas que não cantava nem tocava nada - nem pandeiro - e sambava com a graciosidade de um rinoceronte, como que afundando pelo chão adentro...
Por falar em sambar, minha filha faz uma imitação de "paulista sambando" que é impagável: 1 minuto de pseudo-samba todo esparramado, 2 minutos de reboladinha com aquele "sorriso comercial" olhando para a câmera, e fim-de-samba.
Mas eu gostava muito de assistir àqueles sambistas da velha guarda, que hoje praticamente não existem: Um samba leve, gracioso e espontâneo.
Gosto das coisas originais, da forma como foram criadas: Já viram uma dançarina de hula-hula autêntica, e a diferença das coreografias que dizem ser hula-hula?
Ou do kuduro praticado lá em Angola, para o kuduro meramente coreográfico?
Não tem nada a ver uma coisa com a outra.
A mesma coisa o twist original com Joey Dee & The Starliters e aquele twist comercial da era Chubby Checker.