Por que Gentoo é diferente?

Bom, quem no meio Linux não já ouviu falar no famigerado Gentoo, amado e odiado por muitos. Seja o que for que você tenha ouvido falar, neste artigo vou tentar mostrar porque essa grandiosa distro tem de diferente das outras.

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Por: Perfil removido em 12/06/2011


Obs.: Esse artigo visa apenas demonstrar as diferenças dos Gentoo-like sobre as outras distros



Linux: PORQUE O GENTOO É DIFERENTE???
Antes de iniciar o artigo vamos colocar a definição Gentoo segundo o criador em apenas poucas linhas.

“Nós produzimos o Gentoo Linux, um tipo especial de Linux que pode ser otimizado e personalizado automaticamente para quase qualquer aplicação ou necessidade. Extremo grau de configuração, performance e comunidade de usuários e desenvolvedores de qualidade são marcas da experiência do Gentoo.

Graças a uma tecnologia chamada Portage, o Gentoo Linux pode tornar-se um servidor seguro ideal, estação de desenvolvimento, desktop profissional, sistema de jogos, solução embedded ou qualquer outra coisa -- o que você quiser. Por causa de sua adaptabilidade quase ilimitada, nós chamamos o Gentoo Linux de uma metadistribuição.”

Como vimos o Gentoo tem algo de diferente. Vamos citar algumas dessas diferenças:

No Gentoo os scripts funcionam de forma diferente. Os scripts são guardados no diretório /etc/init.d e as variáveis utilizadas pelo script ficam em /etc/conf.d. Os scripts funcionam tanto na linha de comando como nos arquivos de inicialização, porém o Gentoo disponibiliza uma ferramenta que adiciona o script na inicialização e no fechamento do sistema, o rc-update.

O Gentoo usa um sistema parecido com o ports do BSD chamado Portage. O Portage é um sistema de gerenciamento de pacotes que permite grande flexibilidade durante a instalação e manutenção de software em um sistema Gentoo. Ele providencia opções de suportes disponíveis na compilação (através das variáveis de USE), dependências condicionais, resumo pré-instalação do pacote, instalação segura (através da proteção de arquivos de configuração, entre várias outras funcionalidades.

Com o Gentoo você pode construir seu sistema inteiro de fontes, usando sua escolha de otimizações. Você pode ter controle completo sobre que pacotes são ou não instalados. O Gentoo oferece numerosas escolhas, para que você possa instalar o Gentoo de acordo com sua preferência, razão pela qual o Gentoo é chamado de uma meta-distribuição.

O Gentoo é desenvolvido ativamente. A distribuição inteira usa um estilo de desenvolvimento rápido; patches para pacotes são rapidamente integrados na linha principal, a documentação é atualizada diariamente, funções do Portage são adicionadas freqüentemente e lançamentos oficiais acontecem duas vezes por ano.

Pode usar sempre -av no emerge (ask verbose) pra poder ver o que vai ser instalado e com quais USE flags. Se tiver alguma coisa bloqueando outra, seja por qualquer motivo (soft mask, hard mask, 2 pacotes satisfazem a mesma dependência), use também o -t (pode juntar em -avt) para imprimir a listagem de pacotes a serem instalados em forma de árvore de dependências.

Portage é o coração do Gentoo Linux, e faz muitas funções chave. Uma delas, o Portage é o sistema de distribuição de software do Gentoo Linux.O Portage também mantém seu sistema atualizado. Digitar emerge -u world -- um comando -- irá certificar que todos os pacotes que você quer em seu sistema são atualizados automaticamente.

Não vou conseguir colocar todas as diferenças do Gentoo sobre as outras distros, mas o artigo visa ser meramente introdutório.

Algumas dicas:

Aprender como bloquear (mask), desbloquear (unmask) e alterar as useflags (use) dos pacotes é importante. O gentookit é facilita muito no gerenciamento dos pacotes.

Fica atento nas mensagens de output pós instalação dos pacotes devido algumas operações necessárias para o funcionamento do novo pacote.

A comunidade do gentoo é grande. É fácil encontrar vários how-to.

Algumas distros Gentoo-like ativas no momento:
  • Calculate Linux
  • funtoo
  • Gentoox
  • iloog
  • Pentoo
  • Sabayon
  • SystemRescueCD
  • Tin Hat Linux
  • Ututo
  • VidaLinux
Referência:
Vídeo:

   

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   1. Obs.: Esse artigo visa apenas demonstrar as diferenças dos Gentoo-like sobre as outras distros
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Comentários
[1] Comentário enviado por eldermarco em 12/06/2011 - 22:39h

O Gentoo é uma grande distribuição. Eu gosto dele e somente não o tenho em minha máquina, junto ao fedora, devido a minha falta de tempo. Afinal de contas, ele exige que o usuária tenha bastante tempo, bem como um conhecimento mais aprofundado de um sistema Linux. Instalei ele certa vez em uma máquina virtual, seguindo o Gentoo Handbook em Inglês. Demorei quase uma semana.. mas achei o portage fanstático!

[2] Comentário enviado por removido em 12/06/2011 - 22:49h

o gentoo realmente é um fenomeno , consegue ser um linux ardioso , mais ao mesmo tempo apaixonante , quem tiver coragem de se aventurar não vai se arrepender com certeza.

[3] Comentário enviado por nickmarinho em 12/06/2011 - 22:58h

Olha, como o amigo acima falou, o Gentoo exige muuuuuito tempo de um usuário e também bastante experiência.
Quando usei ele na minha máquina era iniciante e buscava sobre tudo no google, mas aprendí a usar e usei durante muito tempo.
Como não dispunha mais de tanto tempo passei para o Debian mas com certeza se pudesse ainda estaria com essa maravilhosa distro.

Infelizmente as coisas não são como queremos.
Adorava o gentoo ;-)

Abraços.

www.lucianomarinho.com.br

www.racaboxer.com.br

[4] Comentário enviado por removido em 12/06/2011 - 23:07h

para quem não quer sofrer muito pode usar o sabayon , uma distro que se destaca a cada dia mais .

[5] Comentário enviado por albfneto em 12/06/2011 - 23:44h

vale a pena conhecer e usar o gentoo ou as distros baseadas nele, com Portage.

ele é muito diferente, diferente de tudo, fica estável ou instável, fica grande ou pequeno, fica gráfico ou só comandos, trocar kernel, python, xorg nele é fácil (por causa do eselect).

além disso vc pode usar várias versões dos pacotes se quiser, trocar tudo, transformar em outro linux.

O Sabayon, o Toorox e o Calculate podem ser boas opção para quem não quer ou não tem tempo, ou não tem máquina para compilar tudo (sem comp. poderoso e sem banda larga, o gentoo é quase impossível de se usar!).

No entanto, apesar de binários, os Gentoo like, são tipo Stage 4, e podem ser todos recompilados, e são compatíveis com Portage e usam pacotes de gentoo,
isto é, mesmo quando são binários, são binários de Gentoo e se vc os recompila, os otimiza para o micro.

[6] Comentário enviado por chimico em 13/06/2011 - 11:07h

Gostei muito do gentoo, já o instalei bem como boa parte de seus derivados como Kororaa (Descontinuado), Toorox, Sabayon, SystemRescueCD (Instalado na unha,poi não tem instalador). Não o uso porque meu processador não é muito poderoso, e sempre que uma compilação falha, é trabalho e muito tempo perdido, sendo assim, fico com um sistema que quase sempre não tem os pacotes que me atendem, penso que no gentoo a compilação deveria acontecer como no freebsd, sem muitas opções e que compile sem falhas. Os package masks dão nos nervos,uma pequena mudança errônea no make.conf, e o portage não compila quase nada, há muitas opções de configuração no gentoo,mas me sinto limitado nele pelo fato de minhas inúmeras tentativas terem falhado, não por falta de estudo e leitura dos handbooks, tenho 9 de Linux e até o Crux já instalei. Fico com o Debian,lá eu compilo boa parte do sistema e com conforto.

[7] Comentário enviado por _m4n14c_2 em 14/06/2011 - 12:14h

Acho que encontrei algo mais forte que o Slackware para alimentar o meu vício em linux! rsrs

[8] Comentário enviado por VonNaturAustreVe em 15/06/2011 - 10:25h

Já tive boas experiências com o gentoo, e uma distribuição que da mesma forma que no slackware a curva de aprendizado e imensa.

[]'s

[9] Comentário enviado por nicolo em 15/06/2011 - 13:42h

O gentoo é uma tentativa de materializar o dógma perfeccionista da computação:
Um hardware, um sistema totalmente dedicado, drivers totalmente dedicados e programas compilados com todos os drivers e sistemas ja instalados.
Significa sempre unicidade.

Isto está bem bonito no laboratório, mas na prática é difícil, logo o Gentoo é a melhor aproximação do ideal de perfeição, e já é uma complicação infernal.

Arch e Sabayon são variantes (da idéia em si e não do código de programação), que tentam manter os "bons principios" e colocar em prática um algorítimo viável no mundo dos homens, significa pragmatismo.

No outro extremo está o Ubuntu, que se lixa para os perfeccionismos e parte para encantar a massa de usuários.

O Gentoo é, antes de mais nada: Um conceito diferente dos Fundamentos tradicionais:
Slackware, Debian, e RPM-Red Hat, todos conservadores.

[10] Comentário enviado por albertguedes em 15/06/2011 - 22:05h

Gentoo é ótimo e recomendo. Pra quem tem tempo, não há melhor. Mas realmente, o chato é ter de compilar tudo.

[11] Comentário enviado por pinduvoz em 19/06/2011 - 14:35h

Quando tínhamos máquinas mais fracas, o Gentoo podia fazer diferença. Mas hoje, com processadores de quatro núcleos e 4 GB de RAM ou mais, será que faz?

Aqui no meu notebook corei3, com dois núcleos reais e dois virtuais, com apenas 2 GB de RAM, os programas já abrem instantaneamente. Será que daria para perceber qualquer incremento na performance?

Acho que compilar com otimizações, ao menos hoje em dia, não faz muito sentido.


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