Guia de referência do ISOLINUX (parte 2)

O ISOLINUX é provavelmente o gerenciador de boot mais utilizado em LiveCDs, certamente pela grande quantidade de recursos que ele oferece para tornar o boot do LiveCD um processo mais amigável. Essa é a segunda parte do artigo que explica a sua configuração. Nessa parte, destaque para a criação de submenus e de um menu de ajuda.

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Por: Antônio Vinícius Menezes Medeiros em 31/03/2010 | Blog: https://antoniomedeiros.dev/


Introdução



Na primeira parte do artigo, aprendemos a criar um menu básico, a inserir uma imagem de fundo, a organizar, definir as posições, os tamanhos e as cores dos itens do menu. Aprendemos também a traduzir as mensagens que são exibidas na tela e a adicionar descrições a cada item do menu. Finalmente, vimos como criar um LiveCD utilizando o ISOLINUX como gerenciador de boot.

Continuaremos, agora na segunda parte, a trabalhar com menus, vendo como podemos incrementá-los ainda mais. Aprenderemos também a fazer uma tela de boot igual à do LiveCD do Kurumin, deixando apenas o prompt "boot: ", para que o usuário selecione manualmente as opções de boot. Finalizando o artigo, veremos como criar um menu de ajuda para auxiliar o usuário a escolher entre as opções de boot disponíveis.

Criando submenus

Quando você possui uma grande quantidade de opções de boot disponíveis, pode ser interessante distribuí-las através de submenus acessíveis por um menu principal. Nesse tópico veremos com quais tags podemos definir submenus.

MENU BEGIN [tagname]
MENU END


Essas tags indicam o início e término da definição um submenu, respectivamente. Entre elas, podemos utilizar todas as tags que já vimos. Os submenus herdam as propriedades do menu principal, mas podem também apresentar suas próprias propriedades (seu próprio título, seu próprio fundo, sua própria formatação etc).

A tag MENU BEGIN aceita um parâmetro, mas não é obrigatório. Esse parâmetro serve para dar um nome do submenu.

MENU EXIT [tagname]

(válido somente depois de uma tag LABEL dentro de um submenu)

Define que a opção de menu à qual está associada será usada para sair do submenu e voltar ao menu principal. Aceita um parâmetro, mas não é obrigatório. Se for informado, o retorno será feito não para o menu principal, mas para o menu com o nome passado como parâmetro.

Na primeira parte do artigo vimos um exemplo de arquivo de configuração básico:

DEFAULT vesamenu.c32
TIMEOUT 300
PROMPT 0

LABEL live
  MENU LABEL ^Iniciar o Linux em modo grafico
  KERNEL /boot/vmlinuz
  INITRD /boot/initrd.gz
  APPEND boot=live nopersistent rw quiet splash

LABEL text_only
  MENU LABEL Iniciar o Linux em modo ^texto
  KERNEL /boot/vmlinuz
  INITRD /boot/initrd.gz
  APPEND boot=live nopersistent textonly rw quiet

LABEL memtest
  MENU LABEL Testar a ^memoria
  KERNEL /boot/memtest86
  APPEND -

LABEL hd
  MENU LABEL Iniciar a partir do ^disco rigido
  LOCALBOOT 0x80
  APPEND -

Vamos colocar todas as opções do menu com exceção da primeira e da última dentro de um submenu e vamos chamar esse submenu de "Opções avançadas":

DEFAULT vesamenu.c32
TIMEOUT 300
PROMPT 0

LABEL live
  MENU LABEL ^Iniciar o Linux em modo grafico
  KERNEL /boot/vmlinuz
  INITRD /boot/initrd.gz
  APPEND BOOT=live boot=live nopersistent rw quiet splash

MENU BEGIN advanced

  MENU LABEL Opcoes ^avancadas

  LABEL text_only
    MENU LABEL Iniciar o Linux em modo ^texto
    KERNEL /boot/vmlinuz
    INITRD /boot/initrd.gz
    APPEND BOOT=live boot=live nopersistent textonly rw quiet

  LABEL memtest
    MENU LABEL Testar a ^memoria
    KERNEL /boot/memtest86
    APPEND -

  LABEL mainmenu
    MENU LABEL < ^Voltar
    MENU exit

MENU END

LABEL hd
  MENU LABEL Iniciar a partir do ^disco rigido
  LOCALBOOT 0x80
  APPEND -

Se você testar essa configuração (veja como fazer isso na primeira parte do artigo), verá isso:
Linux: Guia de referência do ISOLINUX (parte 2)
Linux: Guia de referência do ISOLINUX (parte 2)
    Próxima página

Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Outras formas de fazer submenus
   3. Dividindo o arquivo de configuração em partes
   4. Exibindo apenas o prompt "boot: "
   5. A tag DISPLAY
   6. Exibindo textos na tela, uso das teclas F1 a F12
   7. Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por rony_souza em 31/03/2010 - 11:53h

Gostei muito do artigo. princípalmente por ser simples de trabalhar com ele. e o que é melhor: Rápido!!

[2] Comentário enviado por josef em 26/08/2010 - 22:22h

Caracas, artigo nota 10,,,melhor, entre os 3 melhores que já vi sobre linux em geral, uma verdadeira aula de didatica,,e conhecimento profundo sobre linux...parabens mesmo...este artigo merece estar em todos os sites de linux...


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