Continuando a série sobre programação, vamos falar sobre modularização. Como dividir adequadamente um sistema? Qual a unidade ideal? Como quebrar funções? Como saber se um módulo está realmente bom? Esse artigo vai tentar responder algumas dessas questões e dar argumentos para pensarmos em muitas outras.
Essa dúvida ocorre ocasionalmente na mente de todo programador, exceto talvez os que já perderam completamente o juízo... rsrsrs
A verdade é que muitos consideram que programar é arte. Sendo assim, como qualquer disciplina em estado-de-arte, a programação desafiaria as técnicas e padronizações, não existindo um critério único para definir qualidade. Quem pode dizer, por exemplo, se um quadro de van Gogh é melhor ou pior que um de Matisse? São pintores diferentes, com estilos diferentes. Não há melhor nem pior nesse caso, apenas o gosto pessoal de quem aprecia.
Acredito, porém, que a coisa não é bem assim. Há naturalmente questões de estilo a considerar, mas existem SIM critérios bem definidos para avaliar um bom programa de computador e para comparar qualidade entre programas. Um bom exemplo disso está nos programas Perl que incluí no primeiro artigo dessa série (Programação (I) - Planejamento e Otimização). Não há como negar que a última versão é mais eficiente que as duas primeiras, sendo que o estilo de ambas é similar.
Dito isso, vamos tentar então conhecer esses critérios!
[5] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 06/05/2008 - 08:51h
stremer,
Tem de fazer ouvido de mercador para os caras que ficam pressionando para acelerar o trabalho. Se você foge dos esquemas bem definidos, acaba perdendo mais tempo no final.
[9] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 07/05/2008 - 19:12h
O próximo artigo já está no forno... deve estar pronto para ser postado no início da semana que vem. Aí é só esperar a fila andar. Mais uma vez obrigado pelos comentários e pelo apoio de todos.
[11] Comentário enviado por joaomc em 09/05/2008 - 13:53h
O princípio da caixa preta é bonito na teoria, mas na prática a coisa não é bem assim. Muitas vezes você *precisa* saber o que há por trás daquele método que está chamando, para, por exemplo, saber os efeitos colaterais, se o método é thread-safe, etc.
Mas estou só sendo chato, o artigo ficou bom, parabéns :)
[12] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 09/05/2008 - 19:43h
joaomc,
Concordo em parte. Mas saber se um método é thread-safe não viola necessariamente o princípio da caixa-preta. O que viola é escrever código que dependa do algoritmo usado por essa ou aquela função. Isso é uma violação grave, que cria dependência. A questão de ser ou não thread-safe é mais relacionada com o conhecimento dos requisitos do módulo. Vamos discutir isso quando formos falar em análise de requisitos.
rl27,
Obrigado pelo comentário. E tenho certeza que em breve estarei também lendo seus artigos aqui. Basta estudar e estar com a mente aberta para aprender.