Nós gostamos muito de música, isso é uma afirmação unânime. Estamos sempre assobiando, cantarolando alguma música. Às vezes aquele refrão daquela música que você detesta não sai da cabeça, quem já não passou por isso? Aquela música irritante, aquele pancadão que irrita ficou gravado na memória, horrível não?
Este fato é uma representação clara daquilo que vivemos hoje. A tecnologia tomou conta de grande parte do processo de criação, gravação, edição e execução de uma música, mas antes, num passado não tão distante o processo não era assim.
Antes do computador passar a fazer parte do processo de criação e edição de uma música, tudo era feito de forma analógica, usando gravadores e instrumentos elétricos ou acústicos (detalho este assunto em um
artigo publicado anteriormente). Com a inclusão do computador, o som dos instrumentos passaram a ser gravados diretamente no computador, dando ao músico uma gama muito grande de recursos que poderiam ser introduzidos na música, começando pela gravação individual de cada instrumento, ou pela liberdade de gravar cada trilha (instrumento) em locais e horários diferentes.
Mas houve um momento importantíssimo que foi um divisor de águas para a criação musical. Foi quando o computador pode controlar e interagir com um instrumento musical. Antes deste momento o computador gravava e introduzia na trilha gravada algum efeito, a partir deste momento há uma interação real, o computador controla ou reproduz em tempo real uma sequência musical gravada.
Em 1983, após pesquisas feitas foi feito o primeiro padrão que especificava como um computador poderia interagir com um instrumento, foi criado o protocolo
MIDI.
O protocolo MIDI (
Musical Instrument Digital Interface) definiu as bases desta interação, mas os fabricantes de sintetizadores, teclados e computadores criaram padrões próprios, dificultando que um instrumento de um fabricante interagisse com outro instrumento de um outro fabricante. Por conta desta babel de protocolos, foi criada a partir de um consórcio a segunda geração do protocolo MIDI, chamada de General MIDI. O padrão
GM (
General Midi) foi especificado em 1991 pela MIDI Manufacturers Association (MMA) e pelo Japan MIDI Standards Comitee (JMSC). Em 1999 o padrão foi revisto e criado a terceira geração do protocolo, o "GM Level 2 (GM nível 2)", que trouxe mais recursos que estavam sendo usados pela Roland e Yamaha.