Computação em nuvem, uma visão panorâmica

O objetivo deste artigo é mostrar uma visão panorâmica dos conceitos da computação em nuvem.

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Por: Ariel Galante Dalla Costa em 07/01/2012 | Blog: http://arielgdc.wordpress.com


Visões, discussões, considerações e conclusão



Computação em nuvem, uma visão mais panorâmica

De uma forma panorâmica podemos observar que a Computação em Nuvens se localiza em rede, os aplicativos são enviados e recebidos, como também os dados são movidos para grandes centros de processamento, normalmente conhecidos como data centers.

Estes sistemas que funcionam nos data centers se originam de serviços na internet. Assim, adota-se uma camada imperceptível ao usuário, mas que esconde a infraestrutura e todos os recursos, disponibilizando uma interface padrão e uma infinidade de recursos. Quando ele se conectar a internet, e ao data center, teoricamente ele automaticamente possui todos os recursos e a capacidade possíveis a sua disposição.

O que pode-se observar na computação em nuvens é que surgem novos tipos de aspectos que não eram presentes ainda em outras formas computacionais, são eles:
  • Ilusão da disponibilidade de recursos infinitos, ilimitados: O conceito de nuvem sugere que o usuário tem em suas mãos toda a internet, seus serviços e seus recursos;
  • A eliminação de um comprometimento com antecedência por parte dos usuários: Uma empresa pode ocupar poucos recursos de hardware quando for implantada, e à medida da necessidade ele pode ir aumentando a quantidade de recursos utilizados. A escalabilidade é uma das características deste aspecto;
  • A habilidade de pagar pelo uso dos recursos à medida que são utilizados: No modelo pay-per-use somente são cobrados das corporações a quantidade de utilizações que o data centers tiver, seja por tempo, ou por dias. Isso permite que não seja desperdiçado dinheiro por parte das corporações que utilizam, e um ganho pelas fornecedoras do serviço, pois elas podem distribuir os mesmos recursos para várias empresas simultaneamente.

Discussões

Não sendo uma tecnologia, mas sim um paradigma, teve seus primeiros passos em 1960, por John McCarthy, que imaginava que os serviços deveriam ser organizados de forma pública, na rede, pagando pelos mesmos. Porém, por volta dos anos 2000, surgiram os primeiros serviços pela internet.

Agora, a Computação em Nuvem deve ganhar espaço nos próximos tempos, pois pode ser facilmente personalizável as configurações dos utilizadores, tendo por si somente o pagamento pelo o que é utilizado, não tendo assim uma perda quando ociosa. Isso gera um interesse das corporações, pagando somente pelo o que usa.

A computação em nuvem não gera bons lucros somente para quem utiliza, mas sim também para os fornecedores, pois os serviços são executados em um servidor, e passados via rede aos clientes, sendo virtualizados e cobrados conforme a utilização.

Se uma empresa não requerer alta configuração de um servidor, a prestadora não necessitará que o servidor seja de alta configuração, por que não terá processamento fora do esperado.

No Brasil, ainda encontram dificuldades quanto ao acesso, pois geralmente o serviço é caro e de baixa velocidade, gerando assim uma baixa viabilidade para os utilizadores do serviço.

Há também os problemas de conexão, os serviços não tem garantia de estabilidade e podem ficar indisponíveis, quando que é necessário que o serviço fique 99,9% do tempo online.

Conclusão e considerações

A Computação em Nuvem não é uma nova tecnologia, e sim um paradigma da Computação, ou seja, é uma junção e aperfeiçoamento de recursos que já existiam. Tudo fica na Nuvem, em um servidor que hospeda os dados dos usuários, e estes são acessados via Internet, gerando assim fácil acesso ao servidor, somente requerendo acesso à Internet.

Torna-se viável para empresas de grande porte, pois geralmente quando a Nuvem for privada terá um custo mensal para a utilização do serviço, deixando assim um valor alto para as corporações que não possuírem uma grande infraestrutura.

Para usuários domésticos não torna-se algo viável, pois o mesmo precisará pagar uma mensalidade, gerando assim gastos maiores que o valor do hardware em um ano. Também torna-se inviável pela velocidade, por exemplo para a execução de um jogo, deixando pouco proveitosa a situação.

Os problemas ainda que são enfrentados no Brasil, são a velocidade na conexão e a disponibilidade de conexão com a Internet. A velocidade da conexão é baixa e o valor alto, deixando uma situação inviável parra as pessoas que usam o serviço, juntamente com a disponibilidade dos serviços, que deve ficar 99,9% do tempo online, atendendo os usuários quando requisitarem.

Referências


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Páginas do artigo
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   2. Visões, discussões, considerações e conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por bawlaw em 07/01/2012 - 13:28h

Não confio na computação nas nuvens por diversos motivos.
pode ser mais barato, mas voce estará sujeito à instabilidade dos serviços de internet.
além do que, se parar para pensar, o servidor poderá se localizar em qualquer lugar do mundo, portanto os arquivos nele hospedados estarão sujeitos à legislação daquele país e sua "espionagem" poderá ser feita facilmente pelo governo deste.
por exemplo, google, o governo dos EUA tem "total" acesso aos emails dos usuarios do gmail, bastando um pedido de abertura.
Fora que, nada é impenetravel na rede.. TODOS os arquivos da sua empresa, juntamente com os de outro clientes do serviço podem ser roubados por crackers.

Sei lá, tenho minhas duvidas quanto à viabilidade

[2] Comentário enviado por arieldll em 07/01/2012 - 13:56h

bawlaw, justamente o que você disse. É algo muito discutível. Se pararmos para analisar, há vantagens e desvantagens. Rede segura? Difícil, tudo sempre tem um brecha, é algo a se analisar.
Acho que vai depender muito de que tipo de empresa e que tipo de aplicação serão utilizados.
[]'s

[3] Comentário enviado por pinduvoz em 09/01/2012 - 05:15h

É difícil passar o conceito para aquelas empresas que têm dados "sensíveis". Na hora da opção, a questão relativa à segurança pesa muito, e há ainda uma preocupação com a estabilidade do serviço.

E para o usuário doméstico, resta a percepção de que muitos dados de propriedade dele já estão na nuvem, dentre esses os e-mails mantidos em contas do Google, Yahoo e Microsoft (quem não tem uma?).

E já que os e-mails estão na nuvem, documentos devem seguir o mesmo caminho em breve, se é que já não seguiram (muitos já estão "upados" em serviços como o Google Docs), tudo isso contribuindo para afastar o preconceito em relação ao novo modelo ou "paradigma".

[4] Comentário enviado por victormredes em 09/01/2012 - 09:24h

O grande ponto negativo ele citou no ultimo parágrafo, a respeito da internet, em modo geral não temos uma boa qualidade e é muito alto o valor que pagamos.

[5] Comentário enviado por Wisdown_Eye em 11/01/2012 - 16:53h

Eu uso atualmente VPS (Virtual Private System) ou seja pago por uma máquina virtual para hospedar alguns sites nos EUA...
Pago pelo serviço de lá por ser muito mais barato do que qualquer host aqui no Brasil, passei 15 dias pesquisando na epoca em que optei pelo VPS, além de possuir uma alta taxa de UPLOAD, o que é como "mosca branca" aqui no Brasil, quase inexistente um host com bom upload, e quando possui uma taxa de upload boa cobra absurdamente caro...
Mas voltando ao contexto, meu servidor já sofreu n atques, já foi invadido, já trocaram a senha de admin, etc...
No caso onde trocaram a senha de admin pedi para o meu host do VPS tentar recuperar a senha, e em poucas horas através do brute force me passaram a senha... O que quero explicitar é essa vulnerabilidade, a partir do momento em que você joga seus dados para fora da sua rede, NADA IMPEDE que o host faça um cópia extra e através de brute force tenha acesso aos mesmos...
Isso não é muito considerado por algumas empresas, fala-se de ética, etc... Mas para quem trabalha com desenvolvimento, sabe muito bem que passar anos desenvolvendo algo que pode ser copiado por essa que citei, ou até mesmo por um backdoor na rede interna da empresa é declarar falência...
Para empresas as quais não estão desenvolvendo nada, ou seja apenas mantendo os próprios sistemas funcionando, essa nova modalidade pode ser interessante, mas para quem trabalha com inovação sabe o risco que isso é entrar na nuvem.

[6] Comentário enviado por arieldll em 11/01/2012 - 22:18h

Obrigado Wisdown_Eye por contribuir com seu comentário. Acredito que sua opinião seja muito interessante, ainda mais por ser um usuário ativo do paradigma. Como já citei, vai depender muito do que irá transitar na rede. Você mesmo exemplificou que não seria confiável expor ao desenvolvimento, e realmente, isso é verdade. Vai depender muito de que tipo e de um estudo de caso coerente, bem estudado para não haver possíveis riscos e perdas/roubo/extravio de informações desejadas.

[]'s Ariel.


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