paulo1205
(usa Ubuntu)
Enviado em 04/08/2024 - 20:56h
Pense quanto custam os
datacenters — incluindo o espaço físico, a energia, a refrigeração, o hardware, as interconexões de rede, todo o software que tem de ser comprado, licenciado ou desenvolvido, e ainda os salários de quem toma conta dessas coisas todas — que hospedam YouTube, Netflix e outros serviços de
streaming, vistos por centenas de milhões, se não mesmo algo na casa de bilhões, de pessoas diariamente.
Isso não é de graça. E se não é de graça, alguém tem de pagar. Caso ninguém pague, não tem como se manter o serviço funcionando.
Se eu não quiser pagar, eu tenho a alternativa de deixar os anunciantes pagarem para mim, desde que eu aceite assistir ao que eles têm a dizer.
Acho isso justo.
Quem é um pouquinho mais velho vai ver um análogo disso na televisão. Quem cresceu nos anos 70, 80 e 90 lembra que não havia nenhum programa que prestasse que não fosse interrompido a cada sete a dez minutos para pode veicular propagandas. E, antes disso, o rádio já tinha propagandas. E, antes disso, os jornais já tinham propagandas.
Eu só não pago pelo YouTube porque ele promove uma ideologia que não me agrada. Eu prefiro pagar diretamente aos criadores do conteúdo que me agrada, e deixar que os custos da plataforma sejam pagos pelos anunciantes, já que o YouTube raramente aceita remunerar esse conteúdo (por baixa audiência por um lado, mas certamente também por causa do tipo de alinhamento ideológico, político e religioso não alinhado ao da plataforma). Os poucos anúncios que aparecem (que não raramente são abertamente contrários ao conteúdo a que eu estou assistindo), eu encaro como as antigas propagandas da TV de quando eu era pequeno: levanto para ir ao banheiro ou beber água, até que eu possa pular tal baboseira, ou até que a baboseira acabe.
... Então Jesus afirmou de novo: “(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10:7-10)