Os motivos pelo qual linux não cresce, o usuário comum, o usuário avançado [RESOLVIDO]

shoujo
(usa Slackware)

Enviado em 22/08/2014 - 14:23h

Teixeira: Eu a minha idéia não é facilitar apenas pro usuário, mas para o técnico também: veja por esse lado, se muita gente começasse a usar linux, da forma que está, tenho até pena dos técnicos que formatam..

Eles teria que fazer download o tempo todo pra instalar e atualizar as máquinas, na melhor das hipóteses, poreriam até fazer repositórios locais pra instalar os softwares pós-formatação nos pcs dos clientes, porem imagina a complexidade que ia ser ter repositorios de todas as distros, versoes das distros :/ ia gastar um monte de maquinas pra fazer isso, ou uma infinidade boots numa maquina so pra ter repositorios... complicado isso :(

Acho que esse é o motivo do linux não crescer sim, pq tudo é descentralizado..

Mesmo que tenha centenas de distros, acho que seria possivel todas elas serem de facil instalacao dos apps, assim como é windows, android, ios, mac,,, sem usar internet, facilitaria a vida do Tecnico..

Quanto ao usuário comum, as pessoas tem costumes de baixar programas e emprestar em dvd ou copiar em pendrive, umas pras outras, isso tb é coisa complicada de se obter no linux da forma com que a instalacao é..




wudze: Não sei o que implicaria na segurança do sistema se for mudado a forma de instalar, mas se ainda continuar pedindo senha de root pra instalar os apps a segurança ainda continuaria :D

hrcerq
(usa Outra)

Enviado em 22/08/2014 - 14:45h

Sabe, se muita gente começasse a usar linux, eu também teria pena dos técnicos que formatam. Sabe por que? Porque muitos deles perderiam seu emprego. Não posso generalizar, mas muitos técnicos mesmo trabalham assim: formatando PCs. Deu problema, o cara simplesmente formata, instala o windows de novo, instala uns aplicativos, antivírus e acabou.

Agora imagine se do dia pra noite todo mundo começa a usar Linux. Esses caras teriam que rapidamente se adaptar a um cenário completamente diferente, em que os problemas são outros e que nem sempre a solução é formatar. Muitos são criativos, se adaptam, mas imagine quantos não são...

Enfim, o que quero dizer é que são paradigmas diferentes, usa-se o windows de uma forma e o linux de outra. Às vezes a gente se desdobra pra adaptar um sistema pra pessoa usar e só pq não tem a logo da janela no menu iniciar o cara não usa. Será que vale mesmo a pena esse esforço todo?

px
(usa Debian)

Enviado em 22/08/2014 - 14:48h

Muito boa a "discussão" só discordo de uma afirmação "O linux é melhor pra redes", bom nas pequenas redes talvez não faça muita diferença qual o kernel mais... já viu o modo como o FreeBSD gerencia bem melhor a pilha de rede no seu kernel? rsrsrs, até o facebook que roda seus servidores sobre linux quer investir no kernel linux para melhorar a parte da pilha do kernel evitando gastos de CPU etc...

Quem quiser se informar digite as tags no google:

facebook servidor linux freebsd kernel

Sobre o linux "não crescer" acredito que dei um argumento ótimo acima de crescimento! rsrs, e também o Ubuntu que ta trabalhando duro pra deixar o linux usável para o usuário comum (mesmo meu Win7 sendo mais rápido que ele, com antivírus, comodo e LoL rodando kkkk).

shoujo
(usa Slackware)

Enviado em 22/08/2014 - 15:34h

px: no momento em que falei que o linux é melhor para redes, a discussão era linux X Windows -> mas essa discussão pode ser da seguinte forma:
(Unix) X (S.O.s de facil instalacao de softwares sem internet: Windows, Android, Mac os x, ios)

Quanto ao freebsd eu concordo contigo, eu sei que ele é melhor pra redes, já tentei usá-lo para uso comum, mas foi bem complicado, pois minha placa de video nao ficou boa, e colocar wireless nele é um tanto chato no meu note.

Mas de todo caso foi uma boa experiencia! :D

Acho que cada S.O se encaixa melhor no que foi projetado pra ser..

E pelo que li, o Linus criou Linux não com objetivo de ser o maior, mas sim para que exista uma alternativa, acho que se ele foi criado para ser alternativa, então deve ser mesmo.. Só que, isso so ocorre quando se engloba apenas os pcs, notebooks.. os outros disposivitos sao em maioria linux, por ser gratis e poderem usar..

desmon
(usa Ubuntu)

Enviado em 22/08/2014 - 16:17h

Esse assunto que de vez enquanto vem atona aqui na comunidade, eu poderia ficar aqui citando inumeras coisas que faz eles terem esse titulo, mas é uma coisa que nem a Linux Fundation ta ligando pra isso que nem imveste em publicidade, linux já tem um parcela do mercado que nem a Microsoft e nem Apple vai conseguir tirar dele, que é o mercado de servidores olha quantos quantos servidores mundo afora rodam Linux e quantos servidores rodam Windows?, eles não tem uma comunidade que nem a nossa que um ajuda o outro sem esperar nada em troca apenas o reconhecimento da comunidade e olhe lá.

Quantos conceitos surgiram no linux e foi copiado posteriormente pelas grandes marcas.

Pessoal fique contente com aquilo que nós temos hoje, porque eu to muito feliz com o que tenho hoje (Obvio pode merorar), utilizo linux aqui na empresa onde trabalho tanto para servidores e para as estações de trabalho, o pessoal chora mais é muito mais barato treina-los.

Polemica: Antigamente muito se especulava que nem a Microsoft rodava Windows em seus principais servidores, Será?

z4r4tu5tr4
(usa Slackware)

Enviado em 22/08/2014 - 17:42h

Eu não acho que o linux não está crescendo, muito pelo contrário.

Lí todas as postagens até agora e ví muita coisa importante. Essa discução vai longe...

Eu não acho que os usuarios finais tenham que saber usar linux, é o caso do carro. Quando ele quebra levamos ao mecânico. Minha familia usa linux e usa mesmo. Todos os computadores da minha casa rodam Linux e quando acotnece algo de estranho, lá vou eu.

Mas uma coisa que é espantosa, na minha singela opnião é o fato de eu estudar em uma FATEC, campus de Americana. Lá temos 3 cursos voltados a TI, Ánalise e desenvolvimento de sistema, Segurança da informação e Jogos digitais (Isso está parecendo uma propaganda kkkkkkkk). E nem 20% dos alunos usam Linux. O pouco que usam são nas aulas de sistemas operacionais. Mesmo eles sabendo das vantagens, pq estudamos isso, e tendo um conhecimento mais avançado, não migram para o linux. Alunos de SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO, não usam linux, ou bdss da vida. Isso me espanta, as vezes me assusta.

Há uma mistura de comodidade e preguiça até entre os usuarios mais "avançados"

shoujo
(usa Slackware)

Enviado em 22/08/2014 - 18:49h

z4r4tu5tr4, acho que por ser um usuário avançado, não quer dizer que a pessoa tenha que gostar de usar um sistema complexo..

Não é porquê eu sei usar slackware, um pouco de freebsd e ate solaris(foi o S.O mais complexo que já testei), que eu vou usar o mais dificil pq sei usar ele.. se o mais dificil nao atende todas as minhas necessidades...

Eu desejaria usar mesmo um solaris >< mas não uso pq hoje em dia infelizmente a oracle o tornou pago novamente..

Eu gostaria de usar freebsd: mas meu note não funciona bem a placa de video nele..

E por fim eu gostaria de usar slackware, mas não tive tempo de esperimentar..

No trabalho eu estou voltando tudo pra windows, pois a empresa não conseguiu se adaptar bem com ele, mas eu continuarei firme com o meu debian até no ultimo dia :D -> ou nao sei... :(

Em casa eu uso windows, e tenho o ubuntu em dualboot: unica distro que meu note aceitou até agora infelizmente :( pq tá muito pesado, mesmo instalando a placa de video :(

E por ultimo, e mais importante o pq eu to usando windows pra laser: 1 programa: que nao pega no wine... E um jogo que da muuuito lag no wine.. Consequencia da placa de video eu suponho..


Bom o que eu quiz mostrar é o seguinte cada um usa o sistema que mais gosta ou lhe agrada, ou entao usa o que tem os programas necessarios pra trabalhar/divertir..(Mesmo entre os usuarios mais avançados)

xerxeslins
(usa BigLinux)

Enviado em 22/08/2014 - 19:27h

Uma coisa que deve ser levado em conta:

Mudar o sistema operacional dos usuários para qualquer outro, exige que os usuários recebam treinamento da empresa e eles precisarão de tempo para se adaptar ao novo sistema. Sem isso, eles não vão conseguir trabalhar direito.

Outro ponto é que o Windows possui maior compatibilidade de hardware do que qualquer outro sistema. Então é bem provável que ao tirar o Windows, seja necessário verificar a compatibilidade de hardware dos computadores onde o novo sistema será instalado e de outros dispositivos, e dos produtos que ainda serão adquiridos mais a frente. É verdade que o Linux vem melhorando muito em compatibilidade de hardware, mas ainda está atrás do Windows. E o FreeBSD está atrás do Linux nesse quesito.

Por isso mudar o sistema operacional pode ser uma faca de dois gumes.

Não se pode forçar o usuário a mudar o sistema operacional. Usuário, por definição, apenas usa. Não resolve nada, nem tira vírus, nem nada. Só acessa internet, ouve música, edita documentos, etc. Não se pode exigir conhecimento técnico de usuários, pois eles não tem conhecimento técnico, por mais simples que seja um problema.

Para mudar os sistemas das máquinas do usuário, é preciso muito planejamento, investimento, tempo, etc. E arcar com os riscos de não agradar.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 23/08/2014 - 15:41h

O post se desenvolveu.
na realidade, para mim, linux não só tem futuro, como é o futuro...
linux e android...

A anos, desde que linux surgiu, pessimistas de todo o Mundo, previam a morte do linux. Não só não morreu, como cresceu e se desenvolveu muito muito.

o que tá acabando é Windows. o 8 não engrena, não vai prá frente..
no desk as pessoas não querem, mesmo winusers
e nos portáteis? ninguém quer, querem Android.

quanto ao usuário normal, concordo com Xerxes, usuário normal não configura nada, ele só usa....,e isso não só
Linux, Windows tb...qualquer SO.

A[i que entra o técnico de TI, é ele que precisa acertar servidor, configurar iptables,tirar vírus de windows etc...

lcavalheiro
(usa Slackware)

Enviado em 23/08/2014 - 18:16h

Afirmar que o GNU / Linux não cresce é ignorar toda a trajetória do sistema. Em 1992, quando Peter MacDonald lançou o SLS, a história diz que essa, a Primeira de Todas as Distros, causou grande comoção no mundo da tecnologia da informação (TI) - mesmo tendo, proporcionalmente falando, quase tantos bugs quanto os *buntus têm hoje. Naquela época TI era um negócio restrito aos profissionais e aos entusiastas, gente que tinha saco e paciência (às vezes não tinha tempo) para sentar na frente de um computador e resolver todas as paradas esdrúxulas que poderiam aparecer. Mesmo o Windows da época, se eu não me engana o 3.11, era um desafio à paciência. Só que o GNU / Linux prometia muito, a despeito do trabalho de porco do sr. MacDonald. Tanto que em 1993 surgem duas distros por causa do SLS. A primeira, o Slackware, nasceu dos patches de correção que Patrick Volkerding adicionou ao SLS e então distribuiu - oficialmente o primeiro remaster da história. A segunda, o Debian, surge quando Ian Murdock, cansado dos bugs do SLS, decide começar alguma coisa nova do zero - e aí ele inventou a [*****] do gerenciador de dependências, que tanto nos atazana ultimamente.

De lá pra cá o GNU / Linux deixou de ser coisa pra malucos com uma noção empírica imensa de eletrônica e foi se tornando algo comum. Em 1996, quando eu peguei o meu Slack 3.0, a gente precisava, às vezes, trocar um capacitor ou um transistor da placa-mãe, ou mesmo soldar um ou outro fio a mais nela, pra conseguir usar GNU / Linux no computador! Naqueles tempos, usar qualquer distribuição (eu me lembro de umas quinze do período) era o suficiente para rotulá-lo como hacker, e éramos hackers mesmo - quem nos confundir com esses crackers e lammers de bosta vai tomar porrada.

Hoje, até minha avozinha de 90 anos conseguiria instalar o Slackware e usá-lo de boa - se não fossem os fatores a seguir. O mais importante é o mercado corporativo. Apple e Microsoft tinham muito dinheiro pra perder caso o trabalho de um cyberanarquista como o rms decolasse, e investiram pesado no marketing. A sorte delas é que São Ignucius é um [*****] nesse setor, Maddog faz juz ao apelido e o sr. Torvalds não passa de um hipster mimado e oportunista. O marketing leva ao condicionamento do usuário, que leva à criação dos mitos. Gente, usuário, como o Xerxes disse, só quer usar. Vou fazer uma comparação com usuários de maconha, que viajam quilômetros só para ir na favela ou na boca que vende "a erva melhor". Usuários de computador cruzarão distâncias ainda maiores para comprar a melhor erva, só que nesse caso falamos da erva que ele julga ser a melhor - ou melhor, que ele foi condicionado a crer ser melhor. E se ele já tem a erva da boa, por que ele vai experimentar outras?

Mas ainda assim o GNU / Linux cresceu muito, e hoje somos relevantes não por causa das linhas de código que usamos, mas por conta da ideologia que a velha guarda de nós representa. Não falo dos usuários que só querem sair usando, falo dos dinossauros que ainda levantam a bandeira, "A INFORMAÇÃO DESEJA SER LIVRE!" Nesse aspecto, quero mais que o GNU / Linux não cresça, pois ainda existe uma batalha a ser ganha aqui, e precisamos de números comprometidos com a causa.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 24/08/2014 - 16:38h

Felizmente as coisas já não são tão críticas quanto em um passado não muito distante...
O Windows 3.1 era uma "praga de gafanhotos" de tão ruim e inseguro (dava pau direto).
A versão 3.11 chamada de "Windows for Workgroups" já melhorou bastante - pode-se dizer da água para o vinho - e conseguia rodar em rede com tecnologia Novell sem dar muitos engasgos.
Porém configurar tais coisas não era tarefa para o usuário.
Quando foram passar da W95 para W98, os usuários se viram às voltas com problemas estranhíssimos, que somente eram resolvidos se a memória RAM pudesse ser QUADRUPLICADA, o que nem sempre era possível sem substituir o hardware.
Um desses problemas ocorria na formatação de documentos do Word, pois se fizéssemos uma simples tabela, apesar de a visualização ser 100% correta, na impressão a grade vinha primeiro - cheia de células vazias - e o texto depois, para desespero do usuário.
E nisso e em outras incompatibilidades, nem os "técnicos" da época davam jeito (sim, os "técnicos-formatadores-de-hd" já haviam começado a existir!).
Era a verdadeira "rebimboca da parafuseta", o que talvez fosse explicado por algum "GOTO performado", ou algo "nem sim nem não, muito antes pelo contrário"...
O lançamento de algumas versões do Windows foi muito traumatizante para alguns usuários que tiveram o desconforto de ter de reaprender algumas coisinhas.
Mas nessa época "o tal de Linux" era "coisa de gênios alienígenas com Q.I. superior a 5000", difícil de instalar e de manter, além de ser algo muito hermético, cercado de muitos segredos.
Toda a má fama do Linux começou a aparecer exatamente aí, quando as pessoas imaginavam que haveria uma "migração pacífica"...
Não, não havia, porque o conhecimento das coisas do Windows liberado ao público não coincidia com a realidade do hardware nem do software.
As pessoas estavam acostumadas a confundir os conceitos de "volume", "partição" e "drive", como se tudo fosse uma coisa só; e também confundiam "partição" com "formatação", e outras coisas que tais.
Outra coisa que mata um "Windowsista de carteirinha" é esse negócio de ter de montar daqui e desmontar dali.
Era muita coisa nova para aprender, e não apenas aprender como complemento ao que já se sabia, mas ter de apagar conhecimentos falsos para reaprender o correto.
Isso incomodava bastante o usuário, o técnico, e principalmente o "técnico", sendo este último um dos principais responsáveis pela má divulgação dos sistemas Unix-based, em especial aqueles com nome de "Linux".

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 24/08/2014 - 16:49h

Quem trabalha com formatação de HD e instalação de Windows já tem "o pulo do gato" para evitar o uso de internet: Tem sempre CDs e/ou DVDs devidamente atualizados.
Experimente reinstalar o Windows 7 ou o Windows XP original "a seco" (apenas com a mídia original) e verá cedo cedo que "está faltando alguma coisa"...
É o video player que não funciona, é o antivirus, o antitrojan, o Flash, o Java, mais isso, mais aquilo...
Ou seja, o técnico economiza tempo.
O usuário, nem sempre.
Além do que, hoje em dia qualquer sistema operacional irá exigir o uso de internet.
Eu mesmo já usei muita linha discada com um reles modem 28.800 bpi pois não havia nem sequer a mais remota possibilidade de ter banda larga por aqui.
Então eu tinha de navegar de madrugada.
Hoje já temos "15 mega" e as coisas se tornaram bem mais fáceis.
E já tenho aqui na mesa um panfleto me oferecendo "35 mega"...