Danete
(usa FreeBSD)
Enviado em 13/01/2021 - 03:33h
Pelo jeito você não empacota nada.
Vai ver o mundo dele não gira em torno do Ubuntu.
Ter um pacote .DEB que funciona no Ubuntu 20.04 não significa que funcionará no Debian 10 ou 11. Nem mesmo significa que funcionará no Ubuntu 20.10. Um pacote que funciona no Deepin pode não funcionar no Ubuntu.
O foco do DEB sempre foi o Debian, as outras que apossaram pra usar em seus forks/refisefuquis.
É uma questão bem complexa, um trabalho enorme.
Que na real, ninguém conseguiu resolver com eficácia.
Por exemplo, um programa que suporta o Ubuntu precisa ser empacotado para quatro versões do Ubuntu diferentes: 18.04, 20.04, 20.10 e a versão de desenvolvimento 21.04.
Quem criou esse problema, foi o próprio Ubuntu criando tantas versões. E porque só a preguiça com o Chromium? E os outros browsers, e os outros programas? Por que ninguém reclama que é cansativo e transforma logo tudo em snap, já que é "a melhor coisa do universo"?
Agora imagine que o programa que precisa ser empacotado é o Chromium, um programa com lançamentos rápidos. Cada nova versão, um novo pacote.
Certos programas sim, até pela segurança, tem lançamentos rápidos, as vezes mais de uma atualização por semana. Sei que para quem é preguiçoso, a existência do snap facilitou em muito pra esses devs, mas pra quem "usa" a performance, os diversos problemas continuam. A culpa também disso é o modo de funcionamento e a filosofia da distro em ser fixed release. Se fosse algo sempre atualizado, sem criar diversas ramificações, seria ótimo. Mas cá entre nós, todo mundo sabe que o foco do Ubuntu não é o desktop, então se o appzinho X tá lento, com problemas, no desktop, eles tão pouco se lixando já que o foco principal da Canonical é o servidor, é o IOT, ai isso faz sentido.
Que trabalho! Por isso a Canonical decidiu que o Chromium se transformaria em Snap e agora o empacotador não precisa mais se preocupar com a versão do Ubuntu que irá executar o Chromium, mas tão somente criar o pacote e terá a certeza que ele vai funcionar em todas as versões do Ubuntu que estão ativas.
1 pro dev x 0 pro utilizador. E novamente, essas versões do Ubuntu foram criada pela Canonical, ela que criou o problema. Já começou errado tendo criado base do Debian.
Dê uma olhada na lista de pacotes órfãos do Debian, lá tem até aplicativos muito bons e únicos, mas infelizmente não tem ninguém que cuide deles. A lista é enorme, são programas que correm o risco de sair dos repositórios porque não há ninguém interessado em mantê-los.
Dê graças a fragmentação do Debian. Hoje em dia, as pessoas ca.gam e andam para o Debian e tendem a focar mais esforços no Ubuntu e até em outras distros fora do escopo do mesmo. O Debian ficou esquecido... E é engraçado pensar que, se não fosse ele, nem Ubuntu, nem Mint, nem 99% dessas distros existirião.
Snaps e Flatpaks vieram para ajudar nesse quesito, um software que roda no Ubuntu 18.04 vai continuar rodando no Ubuntu 20.04, assim como no Debian, Fedora e outros.
Tá longe de bater o Windows. Snaps e flapaks ajudam nesse quesito, mas tão longe de ser a solução mágica. Precisa melhorar muito.