Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

1. Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Arnold
Arnoold

(usa Solus)

Enviado em 07/11/2018 - 16:10h

Uma breve análise das principais...

Xfce - Achei a interface muito simples, não gostei do Thunar não ter implementado um sistema de busca e ter que depender de outros programas para executar tal função, é tal "modularidade". Tive problemas com o bluetooth. Os temas em grande maioria são ainda GTK2 e ficam bem feios, deixando o Xfce com uma cara bem old school. Tive muito problemas com envio de arquivos grandes para uma mídia externa, mesmo depois da barrinha ter sumido ao mostrar 100%, você removia a mídia externa e seus arquivos estavam corrompidos.

MATE - Não gostei do modo de edição do painel, muito limitado e os ícones ficam com um leve espaçamento e tamanhos diferentes. Não há uma coesão mesmo mudando o tema. Perdi todo modelo de interface ao utilizar o MATE tweaks, ele nem sequer se ofereceu pra salvar minha edição, assim perdendo tudo. As pastas ficam todas de forma irregular igual o Cinnamon.

Cinnamon - Achei muito poucos temas modernos pra essa interface, a maioria dos temas do GNOME bugam nele. O Nemo travou muitas vezes durante a pesquisa em arquivos grandes. Tive problemas também com as miniaturas não aparecendo. Não há coesão na área de trabalho, os ícones ficam mudando de lugar a cada novo reboot e também não obedecem a grade, semelhante ao MATE. A interface é bastante oldschool, mas foi uma das interfaces GTK+ que mais encontrei formas de customizar. Além dela, só o Xfce. O KDE ganha nesse quesito. As vezes o sistema dava umas leves engasgadas, principalmente com o navegador com várias abas abertas fazia todo sistema trava e ficar irresponsivo por vários segundos.

KDE - Achei muito complexo e inchado em funções, são tantas opções de customização que você facilmente se perde e depois não consegue mais achar onde modificou. Também tive problemas com a qualidade dos temas, procurando bastante percebi que 40% dos temas são forks do tema padrão Breeze. Ou forks dos antigos Oxygen e Air. 30% dos temas não são mais compatíveis ou atualizados, 10% são temas GTK adaptados ao QT e o resto pode ser chamado de "decente". A falta de temas flat, modernos deixou muito a desejar no KDE. O Kvantum só tem temas "glassy" e outros bem antigos. O KDE também deu muitas engasgadas, do nada travava a ponto de não consegui mover o mouse, mesmo com um uso de memória, CPU e GPU baixas. Vai entender. Ao tentar mudar os temas, as janelas ficavam piscando, alguns ícones nas configurações sumiam e voltavam. Outro problema é o fato de não ter como remover, desativar o clipper. Senti uma certa estabilidade nessa interface gráfica.

LXDE - Muito limitado em vários aspectos, em temas, em configurações, em aplicações. Achei uma interface bem crua. Parece que o foco principal é computadores antigos ou ruins. Não há nada de impressionante nela. A barra inferior é bem feia, e o menu nem tem uma aba de busca, é tudo meio Windows 98.

LXQt - Também é limitado em temas, configurações deixam mais a desejar que o próprio LXDE. Muitas aplicações obscuras em QT, bem mal feitas, diferente do que eu vi no KDE. Existe um campo de busca no menu, o que é bom. Achei o uso de CPU e RAM bem altos pra uma distro que se propõe em ser leve. Facilmente passa dos 400 MB.

DDE, também chamada erroneamente de Deepin - É bonita aos olhos, mas deixa a desejar em muita coisa. Não há forma de desativar o som das notificações pela interface, o que piora se você tiver logado em alguma conta, vai receber 2 notificações, 1 do app e outra da interface. Uma hora você fica doido com isso! Outro problema é que não achei complexidade nas configurações. Se você clica no campo de fora, acaba as fechando e tendo que clicar novamente nelas, no KDE ao menos tinha como deixá-las abertas, principalmente naquele campo de notificações, muito bem feito no KDE. Não sei pra que serve a pasta modelos se não funciona como deveria, como testei a distro Deepin, achei que veio muito lixo chinês pré-instalado, poderia ter uma versão para nós do "ocidente", sem contar que ao acessar o site oficial do Deepin, ele mostra tudo e chinês, o mesmo deveria detectar que meu IP é de fora da China e mostrar pelo menos o site em inglês. A interface também é bem simplista, não dá pra modificar quase nada do painel, apenas as opções que eles colocaram ali. Não é um painel moldável, tipo do Cinnamon e KDE, que podes adicionar applets e widgets. O uso da CPU é bem alto nesta interface, bem mais que a memória!

GNOME - Achei bem engessado, muito espaço mal aproveitado com a barra superior das janelas sendo enorme. Há também muitos coisa interligada o que faz qualquer modificação ser perigosa. Qualquer coisa que você remove, pode remover algo do sistema assim destruindo toda interface. Achei o uso de RAM e CPU muito altos! Outra coisa é que a área de trabalho não serve pra nada, não tem como usá-la, só serve pra um papel de parede, nada amigável. O Nautilus não tem praticamente nenhuma forma de modificação, em comparação com as outras interfaces deixou muito a desejar nesse sentido. Os temas GTK3 para o GNOME ficam ótimos, afinal, foram feitos sob medida com foco nele. Não gostei de qualquer modificação necessitar do uso de extensões e estas nem são criadas pelos devs do GNOME e sim por terceiros, o que pode deixar de funcionar a cada nova versão. Achei o sistema meio lento, mesmo num PC gamer, é notável certa lentidão ao abrir arquivos. Também tive o problema de ter arquivos corrompidos ao enviar para uma mídia externa, mesmo o sistema tendo avisado que já tinha passado 100% dos arquivos, aparentemente não.

Budgie - Muito semelhate ao GNOME, porém mais maleável e mais rápido também. O uso de RAM é bem aceitável, estando na média de 600 MB ao iniciar. Os applets seriam alternativas as extensões. Há no entanto o mesmo problema do GNOME, como compartilham libs, e também usam o Nautilus, a área de trabalho é inviabilizada. Só serve pro papel de parede... Minhas criticas ao Nautilus no GNOME também se encaixam no Budgie. Achei o menu bem simplista e a busca não é tão eficaz quanto no GNOME e KDE. Acredito que a usabilidade do Budgie é melhor no Ubuntu que no próprio Solus, onde a quantidade pacotes é limitada, não há nenhum suporte oficial a snaps e tem poucos applets acessíveis. A equipe do Ubuntu foi ótima em aprimorar os applets e criar novos visando o usuário final. Depois do GNOME, é a melhorzinha pra temas, como usa o nautilus e muita coisa do GNOME acaba que os temas ficam quase sempre muito bem. Só achei que faltou mais configurações, tal qual o GNOME, o Budgie deixa a desejar nesse quesito, usa o mesmo estilo de configurações do GNOME. Esperava mais dessa interface gráfica.

Problemas gerais que existem várias interfaces gráficas:
1. Percebi um fato irritante em todas as interfaces, exceto KDE e DDE que ao aumentar o tamanho de uma pasta, seja no desktop ou dentro de alguma pasta especifica do sistema, todas as outras ficavam do mesmo tamanho. Não existe forma clara de deixar cada pasta com os ícones de um tamanho e aparência específica. Só encontrei isso no KDE, DDE e Windows (que não é Linux) mas vale a pena salientar.
2. Outro fato negativo é que tive sérios problemas com screen tearing em praticamente todas (uso NVIDIA), eu digo todas as interfaces gráficas, exceto GNOME e DDE.


Não sei se sou muito exigente, mas não gostei de nenhuma das interfaces mais populares. Sempre tem algo nelas, na essência delas que me incomoda profundamente. As vezes tem tudo de bom, mas vem uma coisinha chata e estraga toda usabilidade. Seja um bug, uma função ou a falta dela. É triste... Em breve irei testar os WMs.


  


2. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 07/11/2018 - 17:15h

É normal, nada agrada 100% das pessoas, mas podemos modificar aspectos da interface pra ela se adequar a gente.

Eu também uso Nvidia. Não posso negar que o tearing é algo que me incomodou muito no Linux. A maioria das distros sofrem desse mal, mesmo utilizando o driver noveau; e ao instalar o proprietário continua o problema.
No Manjaro tive esse problema com XFCE e KDE. Você disse que no GNOME não tem, fiquei curioso porque não gosto do GNOME então nunca usaria ele, mas penso em dar uma olhada nele só por causa disso.
Eu consegui debelar o tearing com algumas modificações, mas foi trabalhoso achar a modificação correta pra mim, já que algumas não surtiram nenhum efeito total ao problema.


3. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

LinuxWalker
Delusion

(usa Debian)

Enviado em 07/11/2018 - 19:19h

Eu já mudei um zilhão de vezes e sempre retorno ao xfce, não importa a distro. Mas isso porcausa do meu estilo de uso; nem de longe acho que ele é o melhor para todas as pessoas, mas para mim é.
Por exemplo, eu não uso bluetooth, não me incomoda a função de pesquisa e nunca tive problemas com arquivos no thunar, gosto dele.
Com exceção do DDE, Eu já testei todas essas outras também, usei durante alguns meses. Usei muito openbox e dei uma rápida passada pelo i3, mas não curti o conceito tiling.
Porém, quando você foca no que você vai fazer, a interface deixa de ter tanta importância, você nem lembra se está no xfce, kde, etc. Eu gosto bastante do xfce e até critico as outras, mas eu usaria trankilo até gnomeshell, sem muito drama.
Se você se incomodou com esses detalhes das interfaces prontas, minha previsão é que você também não vai gostar dos WM,s.
Interface é igual mulher; perfeita não existe mesmo, rsrsrs, mas nem por isso você vai ficar sozinho para sempre; tem de ver a que te agrada mais sem te chatear tanto.

fica na paz.
abraço.

Linux User # 624552


4. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 07/11/2018 - 19:47h

Nada agrada ninguém 100%
Simplesmente porque não há perfeição
Mas existe aquilo que mais no agrada
Agora se nada agrada em nada o problema não é com desktop



5. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Mauriciodez
Mauriciodez

(usa Debian)

Enviado em 07/11/2018 - 20:46h

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O Cinnamom padrão do Debian 8 não me agrada a falta de opção para abrir as janelas centralizadas, aí instalei pelo backports, resolveu ... de resto não tenho queixas a não ser ... um bugzinho do app "places' que quando abre um dir por ele, o modo auto ocultar do painel desarma ... mas não sei de quem é a culpa ou se é uma incompatibilidade.

------------------------------------------| Linux User #621728 |-----------------------------------------

" Nem sempre é amigo aquele que te tira do buraco !!! ( Saddam Hussein )"

------------------------------------------| Linux User #621728 |-----------------------------------------



6. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Giovanni  M
Giovanni_Menezes

(usa Devuan)

Enviado em 07/11/2018 - 21:24h

Eu dificilmente mudo de DE devido a funções, nas minhas nescessidades praticamente todas as DE me atendem perfeitamente no dia-dia, minha implicancia fica mais pelo gosto do acabamento, não só da interface como a harmonia dos icones com o sistema, mas o principal motivo fica pelo desempenho e consumo de ram.

Me frusta profundamente ver como se consome ram por qualquer coisinha em alguns DE's, tirei os últimos 2 dias para ir pro WM Fluxbox e estou mais que satisfeito, eu não gosto dessa ídeia de viver mudando de sistema ou interface, isso leva tempo, configuração e redaptações.

Estou aqui na maior tranquilidade a umas 3 horas usando a máquina com navegador com varias abas abertas, termimal e mais coisas que nem me lembro que usei e não passou de 2 gigas em nenhum momento em todas as vezes que fui olhar, coisa impossível no Gnome quando estava usando.




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7. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 09/11/2018 - 22:39h

Arnoold escreveu:
Xfce - ...... não gostei do Thunar não ter implementado um sistema de busca e ter que depender de outros programas para executar tal função, é tal "modularidade".
.... Tive muito problemas com envio de arquivos grandes para uma mídia externa, mesmo depois da barrinha ter sumido ao mostrar 100%, você removia a mídia externa e seus arquivos estavam corrompidos.

Muito difícil agradar a gregos e troianos.
Das interfaces do Mint, me adaptei mais ao Xfce e essa comentarei.

Xfce e o Thunar foram projetados com intento de serem simples e leves. Por isso Thunar não incorpora muitos recursos mas pode lança-los.
Ex: verificar um objeto com seu anti virus preferido, reproduzir um arquivo multimídia com seu programa preferido, bisbilhotar o conteúdo ou instalar um pacote com seu Gerenciador de Pacotes preferido, etc

É mais fácil mexer, atualizar, trocar, não lançar, modificar um "módulo" externo do que reescrever um Gerenciador de Arquivos a toda hora.
Existem configurações escondidas no Thunar mas não lembro como acessá-las.

Quanto a mídias removíveis (pendrive, cartão de memória) adote o seguinte procedimento pelo Thunar:
1° desmonte
2° ejete
3° remova fisicamente


8. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Ryuk Shinigami
Ryuk

(usa Nenhuma)

Enviado em 09/11/2018 - 23:42h

Pois é, Linux é bom, superior ao rWindows em inúmeros aspectos, mas infelizmente ainda faltam um certo refinamento e melhor acabamento nos detalhes. O jeito é se acostumar!!!

Embora tenha suas imperfeições, pra mim o XFCE ainda é o melhor DE no quesito custo x benefício. Ultimamente tenho usado também o KDE e ele tem me atendido razoavelmente bem... Os demais DE's e WM's sempre me frustram muito (por vários motivos, como os que você apontou), o que me faz voltar sempre ao XFCE.


9. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Gustavo Valério
GustavoValerio

(usa Void Linux)

Enviado em 10/11/2018 - 15:15h

Concordo.

Das interfaces em GTK, o XFCE é a que mais me agrada e das em QT, KDE é meu preferido.

Inclusive uso o Debian Híbrido KDE em dual Boot com Debian Híbrido XFCE.

No meu caso, eu modifico um pouco os pacotes do KDE para conseguir independência, dessa forma, você consegue alterar muito mais e ter melhor desempenho.

Por exemplo, consigo até remover o sistema de som, desativar o gerenciador da área de transferência e etc.

Por enquanto, o KDE é o meu escolhido em todos os meus PCs, até nos mais "fracos", como um Lentium Dualcore com 2gb de RAM, o qual uso o Debian Hibrido KDE nele e funciona perfeitamente, sem engasgos.

Caso queira, tenho uma série de screenshots mostrando os resultados de minhas otimizações nas interfaces que uso.

Mas concordo contigo, nenhum agrada 100%.

Ainda assim, em GTK prefiro o XFCE e em QT o KDE, embora eu saiba que o Cinnamon está mais próximo do KDE em recursos.
Não consigousar Cinnamon ou Mate por mais de uma semana.

XFCE e KDE dá pra customizar bastante!
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Esta é a filosofia Unix:
Escreva programas que façam apenas uma coisa mas que façam bem feito.
Escreva programas que trabalhem juntos.
Escreva programas que manipulem streams de texto, pois esta é uma interface universal."
Ou, de maneira simples: "faça apenas uma coisa e faça bem".
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Visite: http://gustavovalerio.com.br
Visite: http://goo.gl/NJlxXy


10. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Gabriel Moreira
GabrielMS86

(usa Arch Linux)

Enviado em 10/11/2018 - 16:02h

Antes de tudo, parabéns por ter metido a mão na massa e testado as interfaces por si próprio.

Minha opinião: Devido ao trabalho recente das equipes de devs minha preferência é pelo Gnome e pelo KDE. Tenho 2 máquinas diferentes, ambas rodando Arch, a mais fraca (Intel T4500 dual-core + 4 GB RAM) com KDE Plasma atualmente na versão 5.14 e a melhorzinha (i5 6200U + 8 GB RAM) com Gnome Shell na versão 3.30.2.

A primeira, considero que está com desempenho de satisfatório pra bom. Mesmo com alguns efeitos ativados - que deixam o uso da interface bem legal - o Plasma está bem rápido e liso, e mesmo os navegadores que costumam sobrecarregar mais o sistema estão rodando de forma bem fluida (com smooth scroll e tudo).

A segunda está com desempenho ainda melhor, o Gnome roda bem fluido e tranquilo nela, ainda mais sob o Wayland. Não tenho do que reclamar. Coincidência ou não, após a adoção do Gnome pela equipe do Ubuntu, já apareceram avanços consideráveis na interface em termos de desempenho.

Sobre customização: até um tempo atrás eu gostava muito de personalizar tudo, desde os temas até os ícones, mas ult imamente eu desencanei um pouco disso. Em ambas estou usando os temas padrão tanto para a interface quanto para os ícones. Ao contrário de muitos eu gosto do tema Adwaita do Gnome, sobretudo na versão "dark". Apesar de datado ele tem um acabamento muito bom e quase não se vê "defeitos" nele. O mesmo posso dizer do Breeze "dark". Além do que, com nenhum outro tema de terceiros eu consegui atingir o mesmo nível de padronização visual do que com os temas originais de cada uma das interfaces.

Enfim, essa é minha opinião sobre o assunto. Eu acho também que a distro em questão pode influenciar um pouco no desempenho da interface. No meu caso eu gosto bastante do Arch pq atualmente encontro 100% do que preciso nessa distro, com a vantagem de poder instalar somente o que eu quero ter no sistema. Me acostumei, gosto das atualizações constantes e não tenho do que reclamar.

Obs.: uso também o Windows 10 e acho a interface dele muito boa, por sinal, mas mesmo nela há algumas coisas que podem "quebrar" um pouco o padrão - nada é perfeito!


11. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Fernando
phoemur

(usa Debian)

Enviado em 11/11/2018 - 11:44h

Na minha opinião pessoal, atualmente o KDE plasma dá de 10 a zero em todas as outras. Pena ser tão grande.
Nos PCs fracos/ antigos uso XFCE, que me agrada bastante também.
______________________
https://github.com/phoemur


12. Re: Nenhuma interface gráfica me agradou 100% e vocês?

Paulo Bonfanti
pbonfanti

(usa Debian)

Enviado em 12/11/2018 - 09:39h

Arnoold escreveu:

Uma breve análise das principais...

Xfce - Achei a interface muito simples, não gostei do Thunar não ter implementado um sistema de busca e ter que depender de outros programas para executar tal função, é tal "modularidade". Tive problemas com o bluetooth. Os temas em grande maioria são ainda GTK2 e ficam bem feios, deixando o Xfce com uma cara bem old school. Tive muito problemas com envio de arquivos grandes para uma mídia externa, mesmo depois da barrinha ter sumido ao mostrar 100%, você removia a mídia externa e seus arquivos estavam corrompidos.

MATE - Não gostei do modo de edição do painel, muito limitado e os ícones ficam com um leve espaçamento e tamanhos diferentes. Não há uma coesão mesmo mudando o tema. Perdi todo modelo de interface ao utilizar o MATE tweaks, ele nem sequer se ofereceu pra salvar minha edição, assim perdendo tudo. As pastas ficam todas de forma irregular igual o Cinnamon.

Cinnamon - Achei muito poucos temas modernos pra essa interface, a maioria dos temas do GNOME bugam nele. O Nemo travou muitas vezes durante a pesquisa em arquivos grandes. Tive problemas também com as miniaturas não aparecendo. Não há coesão na área de trabalho, os ícones ficam mudando de lugar a cada novo reboot e também não obedecem a grade, semelhante ao MATE. A interface é bastante oldschool, mas foi uma das interfaces GTK+ que mais encontrei formas de customizar. Além dela, só o Xfce. O KDE ganha nesse quesito. As vezes o sistema dava umas leves engasgadas, principalmente com o navegador com várias abas abertas fazia todo sistema trava e ficar irresponsivo por vários segundos.

KDE - Achei muito complexo e inchado em funções, são tantas opções de customização que você facilmente se perde e depois não consegue mais achar onde modificou. Também tive problemas com a qualidade dos temas, procurando bastante percebi que 40% dos temas são forks do tema padrão Breeze. Ou forks dos antigos Oxygen e Air. 30% dos temas não são mais compatíveis ou atualizados, 10% são temas GTK adaptados ao QT e o resto pode ser chamado de "decente". A falta de temas flat, modernos deixou muito a desejar no KDE. O Kvantum só tem temas "glassy" e outros bem antigos. O KDE também deu muitas engasgadas, do nada travava a ponto de não consegui mover o mouse, mesmo com um uso de memória, CPU e GPU baixas. Vai entender. Ao tentar mudar os temas, as janelas ficavam piscando, alguns ícones nas configurações sumiam e voltavam. Outro problema é o fato de não ter como remover, desativar o clipper. Senti uma certa estabilidade nessa interface gráfica.

LXDE - Muito limitado em vários aspectos, em temas, em configurações, em aplicações. Achei uma interface bem crua. Parece que o foco principal é computadores antigos ou ruins. Não há nada de impressionante nela. A barra inferior é bem feia, e o menu nem tem uma aba de busca, é tudo meio Windows 98.

LXQt - Também é limitado em temas, configurações deixam mais a desejar que o próprio LXDE. Muitas aplicações obscuras em QT, bem mal feitas, diferente do que eu vi no KDE. Existe um campo de busca no menu, o que é bom. Achei o uso de CPU e RAM bem altos pra uma distro que se propõe em ser leve. Facilmente passa dos 400 MB.

DDE, também chamada erroneamente de Deepin - É bonita aos olhos, mas deixa a desejar em muita coisa. Não há forma de desativar o som das notificações pela interface, o que piora se você tiver logado em alguma conta, vai receber 2 notificações, 1 do app e outra da interface. Uma hora você fica doido com isso! Outro problema é que não achei complexidade nas configurações. Se você clica no campo de fora, acaba as fechando e tendo que clicar novamente nelas, no KDE ao menos tinha como deixá-las abertas, principalmente naquele campo de notificações, muito bem feito no KDE. Não sei pra que serve a pasta modelos se não funciona como deveria, como testei a distro Deepin, achei que veio muito lixo chinês pré-instalado, poderia ter uma versão para nós do "ocidente", sem contar que ao acessar o site oficial do Deepin, ele mostra tudo e chinês, o mesmo deveria detectar que meu IP é de fora da China e mostrar pelo menos o site em inglês. A interface também é bem simplista, não dá pra modificar quase nada do painel, apenas as opções que eles colocaram ali. Não é um painel moldável, tipo do Cinnamon e KDE, que podes adicionar applets e widgets. O uso da CPU é bem alto nesta interface, bem mais que a memória!

GNOME - Achei bem engessado, muito espaço mal aproveitado com a barra superior das janelas sendo enorme. Há também muitos coisa interligada o que faz qualquer modificação ser perigosa. Qualquer coisa que você remove, pode remover algo do sistema assim destruindo toda interface. Achei o uso de RAM e CPU muito altos! Outra coisa é que a área de trabalho não serve pra nada, não tem como usá-la, só serve pra um papel de parede, nada amigável. O Nautilus não tem praticamente nenhuma forma de modificação, em comparação com as outras interfaces deixou muito a desejar nesse sentido. Os temas GTK3 para o GNOME ficam ótimos, afinal, foram feitos sob medida com foco nele. Não gostei de qualquer modificação necessitar do uso de extensões e estas nem são criadas pelos devs do GNOME e sim por terceiros, o que pode deixar de funcionar a cada nova versão. Achei o sistema meio lento, mesmo num PC gamer, é notável certa lentidão ao abrir arquivos. Também tive o problema de ter arquivos corrompidos ao enviar para uma mídia externa, mesmo o sistema tendo avisado que já tinha passado 100% dos arquivos, aparentemente não.

Budgie - Muito semelhate ao GNOME, porém mais maleável e mais rápido também. O uso de RAM é bem aceitável, estando na média de 600 MB ao iniciar. Os applets seriam alternativas as extensões. Há no entanto o mesmo problema do GNOME, como compartilham libs, e também usam o Nautilus, a área de trabalho é inviabilizada. Só serve pro papel de parede... Minhas criticas ao Nautilus no GNOME também se encaixam no Budgie. Achei o menu bem simplista e a busca não é tão eficaz quanto no GNOME e KDE. Acredito que a usabilidade do Budgie é melhor no Ubuntu que no próprio Solus, onde a quantidade pacotes é limitada, não há nenhum suporte oficial a snaps e tem poucos applets acessíveis. A equipe do Ubuntu foi ótima em aprimorar os applets e criar novos visando o usuário final. Depois do GNOME, é a melhorzinha pra temas, como usa o nautilus e muita coisa do GNOME acaba que os temas ficam quase sempre muito bem. Só achei que faltou mais configurações, tal qual o GNOME, o Budgie deixa a desejar nesse quesito, usa o mesmo estilo de configurações do GNOME. Esperava mais dessa interface gráfica.

Problemas gerais que existem várias interfaces gráficas:
1. Percebi um fato irritante em todas as interfaces, exceto KDE e DDE que ao aumentar o tamanho de uma pasta, seja no desktop ou dentro de alguma pasta especifica do sistema, todas as outras ficavam do mesmo tamanho. Não existe forma clara de deixar cada pasta com os ícones de um tamanho e aparência específica. Só encontrei isso no KDE, DDE e Windows (que não é Linux) mas vale a pena salientar.
2. Outro fato negativo é que tive sérios problemas com screen tearing em praticamente todas (uso NVIDIA), eu digo todas as interfaces gráficas, exceto GNOME e DDE.


Não sei se sou muito exigente, mas não gostei de nenhuma das interfaces mais populares. Sempre tem algo nelas, na essência delas que me incomoda profundamente. As vezes tem tudo de bom, mas vem uma coisinha chata e estraga toda usabilidade. Seja um bug, uma função ou a falta dela. É triste... Em breve irei testar os WMs.


Nada me agrada 100%, então 80% já é muita coisa. Os meus critérios de hoje são diferente do passado, então eu prefiro KDE pra trabalhar, e XFCE pra equipamento pessoal, pois as coisas que faço em casa são mais básicas, e aí eu ganho velocidade e simplicidade. O XFCE não é o mais bonito, mas eu também não sou o Gianechini. Pra vender um produto uma interface bonita ajuda, pra cumprir tarefas, já basta ser simples e direto.
Estou tentando emplacar o cinnamon com os usuários pra me livrar do pesado gnome, mas há alguma resistencia.






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