O GNU/Linux sofrerá reduções de distros em um futuro próximo? [RESOLVIDO]

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 15/08/2011 - 17:39h

Daí galera, tudo de bom? Como de praxe, estava lendo alguns artigos sobre o Linux em geral e acabei por encontrar um realmente interessante, em um aspecto e ponto de vista que eu nem tinha percebido.

Segue o link: http://espacoliberdade.blog.br/blog/sem-categoria/distribuicoes-[*****]-em-risco-2/

De acordo com o autor do artigo, o maior motivo do afunilamento na disponibilidade das distros em um futuro próximo será a falta de programadores competentes pelo efeito "user-friendly" das distros atuais.

Pra falar a verdade, nunca tinha pensado sobre isso, mas até que em um certo ponto, ele tem razão. Por outro lado, todo mundo sabe que é um saco usar o terminal pra fazer de tudo. Se nós conseguimos criar scripts e configurações automáticas, então porquê dar trabalho aos usuários deixando essas configurações manuais?

E aí? Em sua opinião: é preciso deixar o Linux como KISS ou nós podemos deixar as distros totalmente automáticas que não tem problema? Concentrar o poder de modificação e de entender o sistema na mão de alguns não iria prejudicar o SL, pois menos gente iria averiguar o software e propor melhorias? Tornar as coisas fáceis é ruim? Ou é bom?

Vamos debater isso, galera!

EDIT > Adicionando mais texto... rsrsrs

Lembrem-se também dos casos do BigLinux e Kurumin. Fáceis de usar e "fracassaram" pois tinham/tem poucos mantenedores. Por outro lado temos o Slackware, Arch e Debian. Não são user-friendly e estão até hoje aí no "mercado". Será que o rapaz do artigo estava realmente certo?

clodoaldops
(usa Linux Mint)

Enviado em 15/08/2011 - 17:52h

linuxmint e pclinuxos são bons exemplos de que distros amigaveis bem feitas e bem estruturadas sempre terão seu lugar ao sol
mas as chmadas distros de um homem só realmente tem seus dias contados

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 15/08/2011 - 18:28h

A grande questão é se devemos deixar as distros KISS e fazer todo mundo participar do seu desenvolvimento (pois hipoteticamente falando, todos terão o mesmo conhecimento do sistema) ou vamos deixar as distros fáceis, usando alguns programadores somente (e que detêm o conhecimento para isso, provavelmente ganhando pouco dinheiro ou nada) ficar responsáveis pela distro?

Há outros fatores para se levar em conta também, como a aceitação do Linux pelos programadores e o patrocínio de algumas empresas no Linux, como Red Hat e etc..

O que acham? Será necessário deixar as distros "difíceis" para que elas continuem o seu desenvolvimento? Existirá programadores suficientes e capacitados para manter as distros fáceis e que (provavelmente) não ganharão nada pelo seu trabalho?

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 15/08/2011 - 18:54h

Olá Wolner,

Tenho uma resposta simples para vc, na qual eu acredito muito: Educação!

Caso você me conheça, já deve saber que eu trabalho em uma escola onde cada aluno recebeu um laptop. Não demorou muito para que eu criasse uma remasterização do Ubuntu para embarcar esses quase 500 laptops.

Aí é que está o tesouro do nosso país: Crianças! Elas são o futuro do nosso país, e se crescerem com a ideia do software livre assimilada, podemos ter certeza que não faltarão usuários, e consequentemente desenvolvedores para o software livre.

Oras, o software livre é apaixonante, e de aproximadamente 400 ou 500 alunos, é impossível que ao menos 10 (com um trabalho especial realizado com eles) não venham a se tornar desenvolvedores, mesmo que amadores de software.

Além do mais, o crescimento de usuários não significará, necessariamente a diminuição de desenvolvedores, um fator não tem nada a ver com o outro!

Mas o futuro à Deus pertence, e talvez ele seja favorável à nós, amantes do software livre.

Abraço

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 15/08/2011 - 19:00h

Muito do que a Canonical desenvolveu para facilitar a vida dos usuários do Ubuntu foi parar no Gnome (e chegou ao Debian e até mesmo em distros rpm que também usam o Gnome). Um exemplo: o utilitário de configuração de resolução de vídeo.

Sendo SL, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Um pedaço de código do Ubuntu mais um do Fedora gera um aplicativo para ser usado no OpenSuse, sendo que a ordem das distros na frase anterior pode variar indefinidamente, pois é tudo código livre.

Um exemplo "irônico" dessa "liberdade": a Red Hat concorre fortemente com a Oracle em soluções corporativas, ambas "vendendo" servidores Linux para grandes empresas; mas, em se tratando de distro Linux, a verdade é que a Oracle "pega" o código-fonte da Red Hat e compila, criando uma cópia fiel do RHEL que ela vende (licença + suporte) junto com seus programas de banco de dados.

Onde está a ironia? No fato de a Red Hat não poder reclamar.

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 15/08/2011 - 20:05h

Eu não dei uma resposta, ou uma opinião.

E a minha resposta é "NÃO".

É como eu disse: tudo de se transforma. E quando surge algo realmente novo, geralmente uma distro nova também surge. Mas isso não quer dizer que a novidade vai "pegar", fazendo a nova distro vingar. Pode ser que não pegue, mas que mais tarde venha a pegar após algum acréscimo de terceiro, feito após a "morte" da distro inovadora (e incompreendida) e incorporado a uma nova distro.

É a liberdade, pessoal. Está tudo disponível para quem quiser ou puder melhorar, incrementar ou transformar. E isso não implica a diminuição de programadores interessados em SL. Pelo contrário, determina o aumento dos interessados, até porque examinar o código é um aprendizado.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 15/08/2011 - 20:45h

também penso que não.
Minha opinião é uma espécie de junção das opiniões de ACV, Pinduvoz e Clodoaldo.
Primeiro, como o Clodoaldo falou,Distros bem feitas sermpre terão seus usuários, mesmo user-friendly, como não user-friendly.
Taí Sabayon,um exemplo,Sabayon tem uns 150 usuários no Brasil, no Mundo são uns 150000.
Ficou uma distro importante. Quando desnevolvedores tem o Time Sabayon? 5! Fabio Erculiani,seu criador, Joost Ruis, o mantenedor do Entropy, Ian Whyman, (The V00d00") Wolfden e Daniel Halens, o coordenador dos tradutores.

Se usar Linux amigável emburrecesse, ninguem mais usava Gentoo, Slackware ou Arch.
Se usar Linux amigáveis emburrece, então Daniel Robbins ficou burro antes de fazer o gentoo, pq trabalhou na microsoft e antes disso programava o extinto Stampede, um linux amigavel para a época.
Linux Torvalds, emburreceu , pq usa Fedora que é amigável.
e aquele montão de programadores alemães e da Novell, são todos burros, pq usam openSUSE, que é amigável.

Depois, como falou Pinduvoz, tudo evolue, o que for codigo bom,começa a ser usado, começa a ser portado.
Coisas do Ubuntu foram para o Debian, coisas do GNOME e do KDE foram para as distros.
o proprio Entropy do Sabayon e o Molecule, também do Sabayon, são hoje pacotes de Portage,para serem instalados em gentoo se o usuario quiser.
O fabio, além de fazer o sabayon, é um programador Gentoo Oficial.
as coisas boas, são assimiladas pelas distros.
Quanto ao amigável,olha é o futuro, como eu sempre falo tecnologia vai para frente, não pra atrás.
nao há mais XTs de 32 K de RAM, que só podiam ter tela preta...

fabricio.er
(usa Debian)

Enviado em 15/08/2011 - 21:12h

a filosofia KISS não quer dizer em simples para o usuário mas manter o sistema simples(complicado para o usuário).

eu gostaria que houvesse uma redução no números de distro, talvez duas no máximo três distro de cada filosofia*, e manter as com funções especificas como o 'back track'. basicamente não vejo problema em varia distro mas sim em distro sem proposito.

também não acho que haverá uma diminuição de desenvolvedores apenas pelo fato de esta tudo user-frendly, eu mesmo resolvi ser programador apenas por curiosidade***

* as principais filosofias como a stable(debian), a user-frendly(ubuntu), a optimised(arch**) e a user-configure(slackware)

** pensei em colocar o gentoo mas a ideia por traz da criação dele é de que o usuário deve ter controle completo

*** eu tinha 10 anos quando recebi o meu primeiro computador, vi ele funcionar e "tecno" configurar ele, fiquei encantado e curioso com tudo que uma pequena maquina(nem tão pequena) podia fazer, foi nesse momento que eu escolhi ser programador