Buckminster
(usa Debian)
Enviado em 21/10/2013 - 03:37h
Sistemas de 64 bits não processam o dobro de informações do que sistemas de 32 bits, processam muito mais.
É só fazer a conta:
2 elevado à 32 = 4.294.967.296 (cerca de 4 bilhões).
2 elevado à 64 = 18.446.744.073.709.551.616 (cerca de 18 sextilhões).
Portanto, vê-se que são precisamente 4.294.967.296 de vezes mais rápidos que sistemas de 32 bits (4.294.967.296 x 4.294.967.296 = 18.446.744.073.709.551.616). Ou cerca de 4 bilhões de vezes mais rápidos. Sistemas de 64 bits podem endereçar 16 hexabytes de memória, porém, ainda não se tem essa tecnologia, por isso sistemas de 64 bits endereçam somente 128 Gigabytes.
E quanto ao PAE, ele deixa o sistema um pouco mais lento do que sem ele.
Veremos:
Os processadores x86 em execução no modo de 32 bits utilizam traduções de páginas para endereços de memória. Isto significa que existe uma camada de mapeamento entre o endereço usado pelo código (kernel e o espaço do usuário) e a memória física real.
A camada de mapeamento entre os endereços físicos e virtuais em geral, só mapeiam 4GB de memória. Isso é uma limitação dos sistemas de 32 bits.
Com o PAE habilitado, os 32 bits de endereços físicos são mapeados como endereços virtuais de 36 bits . Mas mesmo assim um único processo não pode acessar mais de 4 GB em uma única vez, ou seja, pode fazer uso de mais de 4GB de RAM, mas só pode ver 4 GB em qualquer ponto único no espaço da memória.
E não podemos esquecer que o processador deve oferecer suporte ao PAE também.
Grosso modo, sem o PAE habilitado a memória RAM é utilizada toda ela como um bloco só e isso melhora o acesso e, por conseguinte, o desempenho.
Claro que tudo isso é uma questão de saber contrabalançar.
Mas eu pergunto:
se você tem uma máquina com 64 GB de RAM (ou com mais de 4 GB), para quê você vai colocar um sistema de 32 bits?