carencias de programadores de cobol

13. Re: carencias de programadores de cobol

Alberto Federman Neto.
albfneto

(usa openSUSE)

Enviado em 12/03/2009 - 16:33h

entendi, por exemplo, se conhecer Cobol, pode ganhar boa Grana, mantendo os programas em Cobol, em sistemas que no passado foram feitos com Cobol.
agora Teixeira, tenho um amigo que é programador. trabalhou na Itaudata. hj é professor de Estatistica e Redes Neurais, é matemático.
ele usa C++ e Pascal.
me falou que Assembly é muito difícil e demorado, pq é quase uma linguagem de máquina direta... tem que ser muito atento


  


14. Re: carencias de programadores de cobol

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 12/03/2009 - 21:52h

Apenas para definir um pouco mais, eu não diria que Assembly é "difícil", porém "incômodo".

Coisas que já estão prontas em outras linguagens, tem-se de implementar passo a passo no Assembly, ou seja, temos de ensinar o computador a ser um computador...

Nas linguagens de nivel "mais baixo", a produtividade é muito próxima do zero. Principalmente se alguma coisa der errada, pois é bastante difícil entender as formas de raciocínio de cada programador.

Quanto ao Cobol, hoje em dia pode-se aumentar a produtividade através de ferramentas específicas como RADs e GUIs, por exemplo, além de editores melhores que os de antigamente - e nessse quesito até mesmo o Notepad do Windows (tido como muito simples) é infinitamente melhor que os editores da época áurea daquela linguagem.

A oportunidade de ouro para se ganhar dinheiro com a manutenção de sistemas em Cobol foi no final dos anos 90, até o final do ano de 2000.
Muita gente ganhou um bom dinheiro com a falta de previsão de nossos antepassados que não previram que as datas após 2000 voltariam para 1900.
E olha que não era assim tão difícil fazer tal correção. Apenas que o grau de responsabilidade envolvida era extremamente alto.

Aquela chatice de "sections" e "divisions" dá para tirarmos de letra e nos concentrarmos no código em si.

Outra coisa chata eram os níveis de identação, pois os compiladores eram muito "caxias" e não admitiam nenhuma discrepância.
Mesmo porque, a mídia dos programas em Cobol era quase sempre os tais cartões perfurados...

Para termos um programa em Cobol, tínhamos um Analista de Sistemas (com sua secretária), um ou mais programadores, uma perfuradora, uma conferente, e um operador.
Se desse algum problema, essa turma toda entrava na dança. Outra vez.

O Cobol "moderno" (com o uso de ferramentas modernas) pode ser uma linguagem MUITO mais fácil de se aprender do que o C e suas derivadas, ou Python, ou Java, por exemplo.
E os programas serão sensivelmente menores e mais rápidos, além do que não precisamos de um time ou de uma tribo inteira para o desenvolvimento.

Resta saber se realmente vale a pena fazê-lo.
Para alguns vale, e muito, mas para outros não.

Hoje em dia não tenho nenhum cliente que use Cobol ou Assembly, embora alguns ainda tenham sistemas de gerenciamento completos em Clipper ou mesmo em MUMPS (agora chamado de "Tecnologia M") ou Paradox (da Borland).
Acho que o banco de dados que menos ocupa espaço é o do Mumps, com campos de tamanho variável e tendo um ponto-e-vírgula (;) como delimitador.
Os arquivos do Cobol têm tamanhos previamente fixados para os campos e por isso são altamente perdulários. Dá o maior trabalho ajustar esse valor posteriormente.
E são de acesso sequencial, afinal de contas. Mas claro que podem ser indexados (mais ou menos isso).

Hoje em dia os bancos de dados lidam muito bem com seus índices, mas na época do Cobol isso era feito ou pelo próprio programador (se fosse realmente competente e criativo), ou através de uma técnica pronta chamada "ISAM" que dava ensejo a mais um - caríssimo - curso de aprendizado.

Para que se tenha uma idéia do que era a "computação" naquela época, uma "linguagem" que sustentou altos salários de muitos foi a RPG2 (Report Program Generator 2) que, afinal de contas, era assim um tipo do que é o "Chrystal Reports" - apenas um gestor de relatórios impressos.

Acho que o ponto fraco do Cobol não é a verborragia, mas o formato engessado de seus arquivos.



15. cobol

ALEX SANDRO ERNANDES VALERIO
alexvivaolinux

(usa Debian)

Enviado em 24/06/2009 - 21:59h

Bem, os compiladores da familia micro-focus e outras, aboliram
(devidamente configurada) prática do compilador "caxias", ou seja
as limitações da linha 7, 8 e 72 não são levados em conta.
A parte mais chata do cobol, na minha opinião, são as
implementações de interface com o usuário, fora isso é uma
linguagem extraordinária e extremamente produtiva.
Hoje utilizo também na elaboração CGIs.
[ ]s



16. Re: carencias de programadores de cobol

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 26/06/2009 - 12:34h

Pois é isso: Tirando as coisinhas que engessavam o Cobol, fica tudo bem.
As interfaces com o usuário são hoje tratadas por soluções proprietárias, como "screen sections".


17. Re: carencias de programadores de cobol

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 02/07/2009 - 19:16h

A propósito, alguém saberia me indicar um compilador COBOL 32 bits com as facilidades de uma GUI e que seja totalmente gratuito?
Gostaria de matar as saudades do "véio COB", porém sem ter de recorrer ao Capitão Gancho...


18. IDE

Cristiano dos Santos da Silva
maozinha_tribal

(usa Ubuntu)

Enviado em 03/01/2013 - 08:18h

Assim como o Wild Cobol pra windows, tem o Spice, mas tu pode rodar em uma maquina virutal

o problema é achar para download é gratuita esta IDE, porem como tu que é programa de graça, e é nossivo a empresas, soem da internet rapdo, eu tenho o instalador se precisar, com esta IDE eu fiz uma Calculadora e um Jogo da velha hahaha


19. Re: carencias de programadores de cobol

Cristiano dos Santos da Silva
maozinha_tribal

(usa Ubuntu)

Enviado em 03/01/2013 - 08:19h

e ainda escrevi tudo errado


20. Re: carencias de programadores de cobol

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 21/04/2013 - 05:49h

Pode parecer absurdo, mas uma das vantagens do COBOL é que o programa é a própria documentação dele mesmo.

Não precisa quebrar a cabeça com && || ?? ??? @! { [ ] } ou subrotinas obscuras.

Praticamente está escrito em inglês claro e legível cada coisa que o que o programa faz.

Linha a linha.




21. Re: carencias de programadores de cobol

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 21/04/2013 - 06:59h

Bem, o COBOL foi desenvolvido a mando de uma comissão, que colocou no papel todas as restrições a que a linguagem deveria obedecer (inclusive essa parte da documentação).
Uma equipe de programadores então se desincumbiu de desenvolver o código.
Durante muito tempo prevaleceu essa discussão de que "a linguagem não tinha nada que ser desenvolvida por uma comissão".
Na verdade ela foi idealizada teoricamente pela tal comissão, e profissionais escreveram, desenvolveram, testaram e finalmente apresentaram o código correspondente.

Uma curiosidade:
Nos tempos das impressoras matriciais Centronics de 9 agulhas, onde o ponto (.) era formado não por 4, mas por apenas 1 agulhada, costumava dar a maior canseira a depuração de um programa escrito em Cobol.
Como se sabe, o ponto é um elemento essencial para o bom funcionamento daquela linguagem.

No tocante à documentação, realmente a verborragia excessiva (isso não é um pleonasmo?) em certos casos é bênção e não maldição.


22. Re: carencias de programadores de cobol

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 21/04/2013 - 07:28h

Compilador de COBOL free só tem dois que me lembro: OpenCobol e TinyCobol.

No momento, o segundo só compila binário prá 32 bits.

Alguém se importa em portá-lo?

*** ADD ***

Em tempo: lá por 2010 havia um anúncio na página do tinycobol no sourceforge convidando a quem quisesse manter o projeto. Um dos desenvolvedores originais é um brasileiro.

Seria interessante portá-lo, andei olhando o código e percebi que ele escreve na saída opcodes de 32 bits. Eu não diria que resume-se a trocar os opcodes, mas é interessante para pensar em como funciona um compilador. Projeto bem mais simples que montros do tipo GCC e FreePascal.



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