Migre sem problemas para o software livre

Publicado por Ademilson Robison Pires de Souza em 08/05/2006

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Migre sem problemas para o software livre



O assunto do momento nas empresas hoje é o corte de custos, o que não combina nem um pouco com informática nem com as necessidades de atualização e manutenção. Para auxiliar nossos companheiros, vão algumas dicas e experiências para os usuários do site.

Na empresa onde trabalho hoje, começamos pelo servidor de internet, onde solicitamos um pacote fechado que é muito parecido com um ISP Admin. O mesmo era um Linux Slackware, que compunha os serviços de servidor Web, servidor de e-mais, gateway, servidor DHCP, servidor DNS e monitor dos serviços de internet. O mesmo foi um sucesso, pois o pacote, além de oferecer todos estes recursos, não necessitava de suporte (foi necessária a criação de alguns scripts para a limpeza de arquivos temporários, que fazia com que o sistema desse a mensagem de "Disc Full", o que forçava a geração de custos com o HelpDesk do mesmo).

O próximo passo foi a transformação de um antigo Celeron 400 MHz para um servidor de internet. Foi utilizado nele a distribuíção Kurumin 4.1 com o CUPS, o que resultou em uma eficiente e econômica (R$ 520,00 caso fosse utilizar um Windows XP, com o limite de 20 conexões simultâneas, sendo que o CUPS não tem limite) decisão. Porém, o CUPS tem uma pequena desvantagem: ele não permite a impressão de mais de uma cópia ao mesmo tempo. É necessário mandar imprimir a quantia de vezes em que se deseja a quantidade de cópias do documento.

O terceiro passo foi a substituição do Microsoft Office pelo OpenOffice.org, o que resultou em uma lenta migração de 120 dias com a preparação de um treinamento para todos os funcionários que utilizariam a nova suíte. Foi contratado um estagiário de informática para migrar documentos e planilhas para o novo formato e testar a eficiência do corretor ortográfico. Malas diretas foram substituídas pela utilização do sistema integrado interno, macros em documentos foram facilmente recriadas na nova suite de aplicativos. O custo dos 120 dias de trabalho foi de R$ 2.000,00, o que é pouco se comparado com os R$ 14.470,00 que custaria a aquisição das suítes.

Pequenos problemas de compatibilidade vêm sendo corrigidos lentamente com as vindas de novas versões. Os documentos passaram a ser melhor aprimorados e bem elaborados devido ao treinamento ter sido direcionado às necessiadades da empresa.

O quarto passo atualmente em análise é a substituição do CorelDRAW pelo Inkscape, o que é esperado ansiosamente pela diretoria.

Aqui vão algumas dicas para a uma boa migração:

  1. Analise bem a situação;
  2. Simule tudo antes nos mínimos detalhes;
  3. Veja realmente se é lucro para empresa a nova decisão;
  4. Na hora da conversão, contrate um assistente (estagiário) para efetuar o serviço operacional para você.

Espero que este artigo tenha auxiliado na melhor escolha para sua empresa.

Ademilson R. P. de Souza

T.I.
Engimplan - Engenharia de Implantes Indústria e Comércio Ltda
suporteademilson@ig.com.br

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Comentários
[1] Comentário enviado por CerberusBH em 03/02/2007 - 10:17h

Gostei muito!
É algo que precisamos ter mais divulgação aqui. Mais "casos de sucesso" detalhados.
Isto é bem estimulante, principalmente para argumentar com a "chefia" sobre migração.
Até mais!

[2] Comentário enviado por Ademilson_TI em 27/05/2007 - 11:25h

Bom dia ...

As novas versões do Open Office (ou BrOffice) já estão bem compátiveis com as versões 2003 do Office. O problema agora e a versão 2007. Alguns novos tipo de formatação utilizados na nova versão da suite da Microsoft (Exemplo: Se você baixar o catálogo do Windows Vista na Microsoft .doc, verá que ele terá incompatibilidade com o próprio Word 2003, você até baixa o conversor, mas, perde vários recursos de formação na sua abertura), foram mudados radicalmente, porém, ainda há uma boa compatibilidade na abertura destes aquivos o que torna viável a utilização do Open Office. Você encontrará problemas em abrir arquivos do Office2007 que estão carregados com as "Frescuras" da versão, porém, a maioria dos textos, OK.

Estou fazendo alguns teste para homologar aqui na empresa a versão 2.2.0 (utilizamos a versão 2.1.0). Pelo vimos, o problema verificado acima já foi "completamente corrigido"(até agora). É necessário mais alguns testes para aprovar - mos o mesmo antes de coloca-lo em produção.

Estamos viabilizamos mais uma implementação de Linux na nossa fábrica, assim que tivermos resultados concretos do mesmo estarei disponibilizando para todos, com detalhes, para um ótimo aproveitamento.

[3] Comentário enviado por cainf em 01/12/2011 - 11:35h

Pergunto, você ainda trabalha nessa empresa ?? quais as versões Linux estão sendo usado nas estações ?? Migrei estações para Linux em alguns lugares e sempre vejo funcionário chato reclamando ao inves de colaborar sempre procuram barreiras

Adicione isso ao realizar uma migração

- Tenha total apoio da diretoria e caso o funcionário não colabore enchendo o saco coloque-o para bater de frente com o patrão

Abraço




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