Introdução:
Este procedimento descreve como configurar o
KVM e criar máquinas
virtuais no
Red Hat.
Preparando o hardware
Antes de iniciar, tenha certeza de que seu hardware tem a
feature de
virtualização e a mesma está habilitada.
Caso não esteja, entre na
BIOS, nas opções do processador e procure a
opção de virtualização para ativá-la.
Apanhei um pouco com isso :P
Preparando seu Red Hat para baixar os pacotes de virtualização
Obs.: Caso você esteja utilizando uma distro diferente da Red Hat, pule esta etapa.
Para que seja possível baixar os pacotes de virtualização, acesse o
RHN:
Selecione o sistema que você está configurando.
Entre nas propriedades do sistema e selecione a checkbox "Virtualization"
Agora já é possível baixar os pacotes!
Instalando os pacotes necessários
Baixe os pacotes do KVM e as libs necessárias, conforme abaixo:
# yum install kvm virt-manager libvirt libvirt-python python-virtinst
Configurando a bridge
Para configurar a bridge, para que seja possível acessar as máquinas virtuais como se
fossem máquinas comuns conectadas à rede local, faça o seguinte:
Instale o pacote
bridge-utils com o comando:
# yum install bridge-utils
Pare os serviços
NetworkManager e
network:
# service NetworkManager stop
# service network stop
Entre no diretório
/etc/sysconfig/network-scripts e crie o diretorio
bkp/.
Copie os arquivos
ifcfg-eth* para o diretório bkp/ para salvar as
configurações originais. Na verdade, eu movimentei aqui todos os arquivos das placas
que não estou utilizando, deixando apenas o ifcfg-eth0 que é a placa onde vou criar a
bridge.
O conteúdo do meu arquivo ifcfg-eth0 está assim:
DEVICE=eth0
HWADDR=B8:AC:6F:12:A6:85
ONBOOT=yes
BRIDGE=kvmbr0
Crie agora o arquivo
ifcfg-kvmbr0 (Arquivo de configuração da bridge a ser
criada):
DEVICE=kvmbr0
TYPE=Bridge
BOOTPROTO=static
ONBOOT=yes
IPADDR=10.14.16.28
NETMASK=255.255.254.0
GATEWAY=10.14.16.1
DELAY=0
Feito isso, reinicie a rede:
# service network start
Veja a bridge criada com o comando:
# brctl show
Para ajudar na performance, edite o arquivo
/etc/sysctl.conf adicionando as
seguintes linhas:
net.bridge.bridge-nf-call-ip6tables = 0
net.bridge.bridge-nf-call-iptables = 0
net.bridge.bridge-nf-call-arptables = 0
Para ativar as novas configurações, salve o arquivo e execute o comando:
# sysctl -p /etc/sysctl.conf
A placa de rede agora está configurada para que as VMs (Máquinas Virtuais) utilizem a
bridge para acessar a rede local.
Finalmente: Criando uma VM
Criar as VMs é a tarefa mais fácil!
Com usuário
root, execute:
# virt-manager
Clique com o botao direito na conexão
qemu e selecione
New.
Informe um nome para o servidor virtual.
No meu caso, como tenho a feature de virtualização na CPU, apenas o modo de
virtualização Fully virtualized está disponível.
Para usar o método
paravirtualizado, verifique as documentações da red hat
em:
Em seguida, selecione a mídia de instalação (normalmente, um arquivo .iso da distro a
ser instalada na VM).
A partir daqui, basta dimensionar o disco, CPU e memória a serem utilizados na VM.
No meu caso, criei um filesystem apenas para abrigar as imagens de discos das VMs
(montado em /vm) e todas minhas VMs ficarão lá. Aloquei 30GB (dinamicamente
expansível), 8GB de RAM e 2 CPUs virtuais para ajudar nos processos multithread =).
Que a força esteja com você!