BASIC LINUX: Suporte a outras linguagens

Publicado por Sergio Teixeira - Linux User # 499126 em 30/07/2008

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BASIC LINUX: Suporte a outras linguagens



Basic Linux tornou-se um projeto de âmbito mundial. Seus usuários e/ou colaboradores são americanos, australianos, ingleses, alemães, holandeses, italianos, franceses, espanhóis, argentinos, bósnios, russos, tchecos, gregos, portugueses, brasileiros etc.

Normalmente o pessoal entende inglês de forma suficiente para usar a distro e acessar a "mailing list". Contudo, para economizar espaço, BL3 não vem com suporte para outras linguagens que não seja o inglês.

Esta dica não é exatamente do tipo "faça-deste-jeito-assim-assim", mas apenas uma orientação geral do que deveria ser implementada caso tivéssemos (cada um de nós) a disposição necessária para tal. Ou seja: não estamos entregando - nem recebendo - nada mastigado. Apenas ensinamos onde está o bambuzal, sugerimos que tipo de vara deve ser cortada, onde apanhar as minhocas e onde está o lago. Cada um que pegue o seu peixe, e boa sorte para todos!

Mas, segundo a assídua colaboradora Sindi Keesan (USA), o processo geral para adicionar linguagens (didaticamente falando) pode ser dividido em quatro etapas:
  1. Mudar as fontes e o layout de teclado para o idioma desejado;
  2. Configurar o Linux para exibir suas mensagens no idioma desejado;
  3. Adicionar suporte para outros programas como mc (Midnight Commander);
  4. Adicionar manpages (páginas de manual) no idioma desejado.

1. Mudar as fontes e o layout de teclado para o idioma desejado

Pode-se copiar kbd.tgz da Slackware (4.0 ou 7.0) e colocar suas fontes em /usr/lib/kbd/consolefonts ou ainda em /usr/share/kbd/consolefonts.

Quanto ao teclado, as opções de localização serão /usr/lib/kbd/keymaps ou /usr/share/kbd/keymaps.

E agora instruir o Linux a usar as fontes e o layout de teclado que precisamos (suponhamos que o idioma desejado seja o Polonês):

# setfont /usr/lib/kbd/consolefonts/iso02grf.psf
# loadkeys /usr/libkbd/keymaps/pl02.map


Nota: Pode ser que "consolechars" não funcione. Nesse caso, usa-se "setfont". Isso vai depender da versão da BL-3 que estivermos utilizando. Vamos testar para ver se está funcionando:

Experimente 'pico'. Se porventura não funcionar, adicione/modifique em ~/.inputrc as seguintes linhas:

set meta-glag on
set convert-meta off
set output-meta on
set input-meta on

2 - Configurar o Linux para exibir suas mensagens no idioma desejado

Por exemplo, para o idioma Polonês, edite /etc/profile (ou ~/.profile), coloque # antes de 'export LC_ALL=POSIX' e adicione as seguintes linhas:

export LANG=pl
export LC_ALL=pl_PL
export LESSCHARSET=latin1

3 - Adicionar suporte para outros programas como mc (Midnight Commander)

Nas configurações do mc em Options -> Display Bits -> ISO 8859-1, Full 8 bits input e Full 8 bits output. O browser Links pode ser igualmente ajustado para exibir diferentes linguagens e fontes, Setup, Language or Character set.

Contudo algumas linguagens não são totalmente traduzidas e aí ocorre uma mistura de um idioma com o outro (inglês). Aqui no Brasil já estamos acostumados com esse tipo de fenômeno há muitos anos (por exemplo: "Confirmar: Yes/No?").

Carregue as fontes corretas antes de iniciar os Links. Esse browser permite que sejam carregados vários conjuntos em Options, Display character set (incluindo aproximações de 7-bits quando a fonte correta não for encontrada). Também para os terminais remotos se pode configurar teclado e linguagens.

4 - Adicionar manpages (páginas de manual) no idioma desejado

BL3 tem manpages em formato texto e não há nenhuma forma de ler as que estiverem em formato groff. Os manuais são imensos, portanto não se considera útil tentar traduzí-los para outro idioma qualquer. É sabido que os textos em inglês são sensivelmente menores que em outros idiomas.

Além do imenso trabalho, poderia não haver espaço suficiente para isso.

Para que se tenha uma pálida idéia, ainda não consegui ler nem 1/5 do manual do mplayer! Por isso estamos falando em "polonês" e não em "português", para que ninguém venha incautamente seguindo o que pensa ser um tutorial e depois venha a ter algum resultado abaixo do esperado.

As localizações em diretórios dependem da versão que estivermos utilizando. Tem de ser usada bastante experimentação, e talvez cometamos alguns erros. Seguindo-se uma determinada ordem, porém, as coisas podem ser novamente colocadas nos eixos, sem maiores dificuldades.

Assim como temos afirmado e reafirmado constantemente, Basic Linux é leve e rápido, e voltado para máquinas antigas, mas não encerra as facilidades de uma distro moderna, onde as coisas acontecem automaticamente - ou quase. É de nosso entendimento particular que, uma vez que já tenhamos chegado até aqui, praticamente não precisaremos tanto assim dos manuais.

No que tange aos comandos do Linux, é preferível e muito mais prático nos utilizarmos de outras publicações (até mesmo impressas) já no nosso idioma, do que procurar traduzir os manuais em inglês.

Até a próxima!

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