Estamos mais "INGNORANTES"?

O avanço descomunal da tecnologia trouxe evoluções gigantescas para a humanidade em todos os aspectos possíveis, mas paralelo a isso vem surgindo uma legião de ignorantes, ou de pessoas que pararam na evolução da sua cultura e do seu aprendizado. O questionamento é: Será que estamos usando a informática de maneira correta? Qual o papel da informática na evolução do conhecimento do homem?

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Por: Djair Dutra C. Jr. em 10/10/2008


Estamos mais "INGNORANTES"?



O avanço descomunal da tecnologia trouxe evoluções gigantescas para a humanidade em todos os aspectos possíveis, mas paralelo a isso vem surgindo uma legião de ignorantes, ou de pessoas que pararam na evolução da sua cultura e do seu aprendizado.

Um exemplo nítido dos benefícios do avanço tecnológico é a medicina. Hoje estamos vivendo mais e com melhor qualidade porque a medicina deu largos passos graças a tecnologia e a rapidez dos meios de comunicação modernos para propagar este conhecimento.

Um exemplo negativo desse avanço tecnológico é forma automática e descartável como estamos aprendendo, a qual é objetivo deste artigo. Hoje temos muito mais informação, temos mais ferramentas de pesquisa, temos rapidez e facilidade na busca destas informações e temos como trocar e propagar estas informações das mais diversas formas possíveis para qualquer lugar do mundo. Com tudo isso, muitos não estão usando esta gigantesca oportunidade para filtrar o supérfluo e adquirir conhecimento centralizado, correto e de maneira eficaz.

A verdade é que a nova geração que já nasceu dentro da internet, não sabe como usar um dicionário ou uma enciclopédia. Eles não têm o hábito nem o prazer para a leitura, pois habituaram-se com o copiar e colar e pra isso basta que leiam apenas o que interessa.

Antigamente, tínhamos que ler um livro pra tirar informações. Nas alternativas mais rápidas, procurávamos o que queríamos lendo. Hoje, procuramos o que queremos com um Ctrl + F (nos editores de texto ou arquivos PDF) e digitando a palavra desejada. Isso sem falar no Google, que já traz tudo prontinho e mastigadinho.

É óbvio que estas opções devem ser usadas e não estou fazendo nenhuma defesa ao retrocesso. Uso muito o Google, uso o Ctrl + F pra localizar uma palavra ou expressão num arquivo, mas uso isso como uma ferramenta a mais para implementar meu conhecimento e não como uma forma de obter informação rápida, sem me preocupar com os fundamentos.

Um exemplo bem claro disso que estou falando é o método de ensino de algumas escolas. Algumas têm um método "decoreba" e consequentemente, descartável. Elas ensinam aos seus alunos que o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, em 1500, onde na verdade deveriam debater este tema e questionar se ele realmente foi o primeiro a pisar nesta terra, tendo em vista que alguns livros trazem informações da presença de outros desbravadores antes de Pedro Álvares Cabral. A simples mudança na forma de pensar faz uma grande diferença, mesmo que o final seja o mesmo. A busca da informação, o senso crítico, a opinião, o ponto de vista, devem sempre prevalecer sobre qualquer outra coisa.

Hoje muitos procuram informações descartáveis sem a menor preocupação com o senso crítico ou com a origem e veracidade destas informações, principalmente em escolas e universidades. Estamos pensando menos. Vejo isso como um problema, pois devemos usar a tecnologia, e mais especificamente a informática, como uma ferramenta e não como alguém que pega na nossa mão e faz nossas tarefas.

Um exemplo claro dessa degradação do conhecimento que acontece hoje, é a forma como estão modificando a língua portuguesa, em locais como chat, blogs ou programas de mensagens instantâneas.

Antes, crescíamos lendo, fazendo redações, e todos os trabalhos escolares eram escritos. Aprendíamos a língua portuguesa porque vivíamos em meio a prática dela, quer seja numa carta, num documento, ou num texto qualquer. A nova geração de robôs expressa-se literariamente mais em chats, messenger e blogs do que em meios escritos à mão, ou que exija uma leitura mais aprofundada. Isso faz com que esta nova geração tenha mais contato com a linguagem dos chats do que a linguagem dos livros. Por isso a ignorância.

Embora não concorde, é do conhecimento de todos que a língua portuguesa sofreu modificações nos chats para adaptar-se a rapidez. Algumas palavras foram abreviadas para agilizar, afinal um chat preza pela rapidez e não pela gramática. Você virou vc, beleza virou blz, também virou tb e por aí vai. Porém, tem algumas mudanças que vão na contramão da abreviação para escrever rápido. A palavra "não" virou naum. O "só" virou soh e o "é" virou eh. Que lógica é essa que coloca uma letra a mais e descaracteriza a palavra original? Fora essa existem inúmeras outras formas de "escrever" que são criadas sem nenhum embasamento e por pessoas sem a menor idéia do que estão escrevendo.

Veja a seguir um exemplo retirado de um diálogo num blog:

ahhh rushe eh vc!!!
To passando pra devolve o comentario!!!
Se o paulo dexase ja teria foto dele mas ele eh mtoooo chatu sabe!!! rsrsrsrs
Bjim

Pode-se observar claramente que trata-se de um "QUASE" analfabeto. Não por causa das "gírias" de internet, mas porque a maioria das palavras que ele tentou escrever normalmente neste diálogo, escreveu errado. Ou seja, não sabe escrever.

O "Tô" é aceito como abreviação de estou, mas deve ter um acento circunflexo (essa é compreensível e dá pra desculpar). A palavra devolve, na verdade quer dizer devolver e logo a seguir a palavra "comentário" está sem o acento agudo. Logo depois a palavra dexase, é capaz de fazer Machado de Assis se contorcer em seu túmulo e ainda depois desse crime o "JÁ" está sem acento agudo. Sem falar no nome Paulo em letras minúsculas. Quem duvidar pode conferir este texto em http://www.flogao.com/rushe.

Só detalhei este assunto porque ele demonstra para que lado estamos caminhando e dá pra ter uma idéia simples do tamanho do problema que temos hoje.

Não adianta criarmos políticas de inclusão digital, baixar impostos pra facilitar a compra de computadores, colocar computadores em todos os lugares se não cuidarmos de temas como este. A inclusão digital é importante sim, mas junto a esta inclusão é importantíssimo que caminhe a educação e a conscientização deste problema crescente na nossa juventude. De quê adianta uma geração que sabe operar um computador, mas é incapaz de dissertar um texto com uma opinião sobre algum tema? De quê adianta uma geração que sabe usar o computador para encontrar uma informação, mas não sabe falar sobre ela, ou defender uma posição?

Citarei dois exemplos de atitudes e ações que contribuem para esta mudança de mentalidade.

Uma idéia que atende a esta necessidade é o Edubuntu. Um Linux voltado a estudantes e com programas voltados à educação. A idéia desta distribuição foi ideal, pois ela faz com que o Linux seja mais uma ferramenta de aprendizado, e não somente uma ferramenta de busca, pra copiar e colar. O foco desta distribuição foi nos estudantes, mas a mesma atitude pode valer para as outras distribuições também, pois todas podem ser ferramentas de conhecimento.

Outra opção que considero primordial para a mudança deste quadro negativo são os cursos de informática e escolas. Os cursos e escolas deveriam preocupar-se em transformar o computador em uma ferramenta e não preocupar-se em fazer com que o aluno aprenda a operar um computador sem saber o que fazer com as informações. Uma coisa depende da outra, mas o aprendizado não deveria parar, por exemplo, quando o aluno aprende a usar um editor de texto. Tudo bem que um curso de informática não deve ensinar redação, por exemplo, mas deve fazer o aluno pensar, introduzindo esta mentalidade na sua cultura e encaminhando-o da melhor forma ao aprendizado total, que vai dar conclusão ao que foi iniciado com o aprendizado digital.

Cabe a todos nós, que trabalhamos com informática, a responsabilidade de levar este questionamento a esta geração que está passando por este problema. Estamos caminhando rumo a uma geração completa de ignorantes, mas ainda há tempo para recuarmos e modificarmos esta história. Acredito que devemos usar a informática para este fim, como um meio de melhorar nossa sociedade. A informática tem este poder e nós, programadores, desenvolvedores, técnicos, designers, professores, temos nas mãos a oportunidade de ensinar e mostrar como devemos usar a informática a nosso favor de maneira correta.

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por fabio em 10/10/2008 - 10:03h

Artigo muito bem colocado! Aqui no VOL mesmo, onde possuímos um público mais selecionado, muita gente comece gafes incríveis com a língua Portuguesa. Exemplos clássicos:

mais ao invés de mas
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070909101148AAQ6W4m

concerteza ao invés de com certeza
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061025151443AAlv4bk

irá fazer ao invés de fará

iremos formatar ao invés de formataremos

oque ao invés de "o que"

opnião ao invés de opinião

confusão entre drive e driver

e por aí vai...

[2] Comentário enviado por eduardo em 10/10/2008 - 10:15h

Muito "bão" o artigo.

Realmente é complicada a situação em que nos encontramos hoje. Pior ainda são aqueles que falam que nem "miguxxos" heeheheh

[3] Comentário enviado por joserribeirojuni em 10/10/2008 - 11:06h

Isso é de parar para analisar viu !

[4] Comentário enviado por daniel.franca em 10/10/2008 - 11:11h

Concordo com a parte que as escolas precisam trazer o debate a tona.
Porém percebo no resto do texto o grande eixo nostálgico que habita a Terra desde quando Platão escreveu ridicularizando a juventude (burra segundo ele) da sua época, ou quando Sócrates criticava a escrita dizendo que ela fazia as pessoas usarem menos a memória(Oque é verdade).
Primeiro mostrou desconhecimento ao falar da utlização de soh ao invés de só. Isso era usado porque no inicio as ferramentas usadas para comunicação possuiam servidores que não suportavam acentuação.
Segundo, a lingua não é um ser estático, é algo vivo, em constante mudança, que são criadas por quem usa a lingua, graças a essas mudanças que o nosso português tupiniquim difere enormemente do português lusitano.
Terceiro, hoje encontro pessoas de 15-16 anos com um nível de cultura e discernimento intelectual que não encontrava a 10 anos atras, quando eu tinha 15 anos. Graças as facilidades de busca de conhecimento que o google, wikipedia e afins trouxeram.
Não há como ficar parado no tempo, os tempos mudam, a lingua também, se ficarmos reclamando dessa forma nos tornaremos velhos ranzinzas como nossos vôs eram e repetiremos a frase: "No meu tempo era melhor"

[5] Comentário enviado por ijuy em 10/10/2008 - 11:35h

Boas colocações.
Fica a dica para reflexão pessoal. Cabe a cada leitor compartilhar a idéia com as pessoas certas.
Concordo com as mudanças da língua que a cada dia incorporam novos termos. A questão é não permitir o retrocesso, aceitando expressões da língua informal.
E como diria Seu Creysson: "A inguinorânça astravanca o porgresso"!

[]s

*Erro no parágrafo 14, linha 5: "cem" ao invés de "sem".

[6] Comentário enviado por malacker em 10/10/2008 - 11:41h

Caro Daniel [daniel.franca],

Não há nostalgia no texto, pelo contrário. Enfatizei a necessidade de usarmos os meios que temos hoje pra melhorar nosso conhecimento ao invés de os usarmos para aprender bobagens. Temos hoje muitas pessoas que sabem usar um computador, mas não tiram proveito nenhum disso para benefício próprio ou para um benefício comum.
Quanto a evolução da língua portuguesa, é óbvio que não poderia fugir à regra da evolução de todas as línguas modernas. Ela muda realmente, adaptando-se às nossas necessidades e tem evoluído bastante. Mas expressões como as que são usadas hoje nos chats (soh, mto, naum, xau, bjim, aki, eh) são um retrocesso. É o cúmulo da ignorância incentivar estas expressões como evolução linguística.
Quanto ao soh, que na sua versão era usado antigamente porque os servidores não possuiam suporte a acentuação, eu acho que já que hoje temos todos os recursos pra escrever corretamente (inclusive corretor ortográfico automático) seria (aí sim) um retrocesso usar termos que foram criados pra driblar um problema. De quê adiantou a evolução de colocar acentos nas nossas mensagens, então? Mesmo assim, em minhas mensagens enviadas pela Internet para celulares (torpedos da oi) uso so ao invés de soh. É bem mais próximo da realidade.
Quanto às pessoas de 15 e 16 anos com um nível de cultura e discernimento intelectual que não encontrava a 10 anos atrás, graças às facilidades do google e wikipedia, estes são os que caminham pela direção ideal, onde na minha opinião deveríamos caminhar, usando as ferramentas tecnológicas para ampliar nossos conhecimentos. Eles são a exceção da regra e a intenção deste artigo é exatamente essa: Mostrar que a tecnologia pode nos tornar melhores, como estes jovens de 15-16 anos, e o uso correto dela é que vai nos diferenciar dos meros operadores de computador que não sabem o que fazer com as informações que retira dele.

[7] Comentário enviado por malacker em 10/10/2008 - 11:43h

Valeu ijui. Tá errado mesmo. Foi um descuido infantil. rsrsrs

[8] Comentário enviado por everton_fuzz em 10/10/2008 - 11:54h

muito bom o texto, porem concordo com o daniel.franca...
a lingua muda, assim como a sociedade, e isso nao ocorre somente com a lingua portuguesa, mas em todos os idiomas,
hoje, estamos chegando a um novo patamar, onde comunicar-se é mais importante do que o canal utilizado.
comunicar-se é o primordial, indiferente se for "beleza" ou "blz"..."thanks" ou "tks"

[9] Comentário enviado por malacker em 10/10/2008 - 12:00h

Concordo que a língua portuguesa tem que evoluir, mas que isso seja feito com qualidade e com embasamentos e motivos lógicos e coerentes, e não porque meia dúzia de jovens que não sabem nem escrever direito mudaram. Nossa língua vai evoluir muito mais e isso é um processo natural e benéfico.

[10] Comentário enviado por teovictor em 10/10/2008 - 12:10h

Acredito que a maioria dos que hoje usam termos como "eh" e "naum", usuários de computadores entre 10 e 16 anos, jamais usou servidores ou teclados que não aceitam acentuação. Aprenderam assim porque se tornou cultura na Internet. A língua realmente não é estática, mas ela não pode ser desfigurada. "Naum", de acordo com as normas da língua, não tem o mesmo som de "não". A conversa do dia-a-dia não precisa seguir padrões rígidos, mas é imperativo que os coloquialismos não façam parte de textos e comentários formais, pois as gírias e adaptações de uma conversa pessoal podem não ser do entendimento geral. Ser entendido é um pilar importante da comunicação, e usar termos entendidos só por certos grupos ou apenas em contextos informais bem definidos é prejudicial para a compreensão.

[11] Comentário enviado por albertguedes em 10/10/2008 - 12:25h

Excelente artigo mallaker.

E quero acrescentar que juntando o que você diz em seu artigo e mais o que daniel.franca comentou, a tecnologia sempre tem dois lados:

1 - facilita o trabalho humano, que na verdade é o objetivo de toda tecnologia
2 - sustenta os já naturalmente preguiçosos, exatamente por facilitar o trabalho (ou a falta de trabalho) desses

O que incomoda a todos aqueles que mantêm dedicação ás suas atividades - como Sócrates ou Platão, já citados pelo nosso colega daniel.franca - é ver os outros ignorarem todo esfoço qeu foi feito em todo avanço que existe no conhecimento.

Sócrates provavelmente reclamava de usarem a escrita, por que deveria lhe parecer que as pessoas paravam de tentar lembrar dos ensinamentos, repetidos em cânticos e mitos, para o aprendizado, coisa que a escrita quase eliminou, pois só é preciso escrever uma só vez, e quem quiser, consultava os pergaminhos !

O que ele não viu, ou viu mais tarde, é que isso capacitou a todos aqueles que têm um espírito de dedicação a realizar mais coisas com o tempo extra conseguido devido á escrita. E isso acontece com cada facilidade que a tecnologia nos trás.

Em resumo, o que incomoda são as pessoas que montam nas facilidades tecnológicas, e não saem de lá.

Esses sim, seres estáticos, que só dependem de wikipédias e googles para suas fontes de conhecimento, intransigentes em sua compreensão das coisas, pessoas que não porcuram mais nada em suas vidas que não os produtos fáceis e pasteurizados que já existem.

Esse tipo de gente SEMPRE existiu, assim como SEMPRE existiu as pessoas que não satisfazem com o que já está aí e sempre procuram coisas novas.

Eu não sei como transformar os preguiçosos em dedicados, não sou pedagogo ou algo assim, só sei que a "nostalgia" não é porque se acha que algo antigo é melhor que o novo, mas porque aquilo que foi feito antes, deve ser valorizado , por que foi feito com tanto ou mais trabalho do que as coisas atuais.

Esse ponto é que acredito ser discutido nas escolas, primeiro devemos fazer os alunos a quererem MAIS do que ficarem só em orkut ou msn, e quando estiverem motivados a produzir, deverá ser ensinado a eles como usarem a tecnologia atual para tal.

Como eu disse, não sou pedagogo, mas acredito ser esse os passos, pois foi sempre assim comigo, primeiro me motivo a algo e depois uso o que tenho pra produzir, dai me vem naturalmente as nescessidades de aprender mais coisas, como programação, linguas, e muitas outras.

Deculpe o comentário longo, nem gosto tanto de escrever assim, mas esse é um dos efeitos de um artigo que toca em um assunto que nos faz querer produzir.

[12] Comentário enviado por nicolo em 10/10/2008 - 12:35h

Com todo respeito:
Computador não torna ninguém mais ignorante do que já é.
Pedro Álvarez Cabral é a versão oficial da nossa história, herdada de nossos avós e cultivada com carinho e subdesenvolvimento.
A tecnologia não afeta a estrutura da sociedade, a informática em particular foi o mico econômico do segundo milênio, porque
não trouxe a revolução esperada na economia.

A informática revolucionou a engenharia e por tabela a medicina, mas ninguém previu isso quando ela apareceu.

As crianças brasileiras são ensinadas a não raciocinar desde Pedro Álvarez Cabral, isso não é novidade.
As escolas há 40 anos atrás (em média) já eram a mesma porcaria que são hoje (em média), ao contrário do que dizem os velhos saudosistas
da minha geração.
O fato de escrever errado chega a ser evolução, há 50 anos poucos escreviam neste país.

A internet melhora o conhecimento, só não ensina ninguém a pensar ou a raciocinar.

Nada disso vai mudar tão cedo, nós somos muito mais iguais aos nossos avós do que estamos preparados para confessar;
com ou sem computador.


[13] Comentário enviado por scoob em 10/10/2008 - 12:41h

Caro Djair, sem delongas, só resta uma coisa a dizer:

Parabéns!

O pior de tudo isso é que em certos concursos públicos (que já são um lixo) a Língua Portuguesa tem menos valor a cada dia. As questões técnicas são importantes, mas Língua Portuguesa você pode acertar 10% apenas e está tudo bem.

Daí vão me criticar dizendo se eu colocaria um professor de idiomas ou um técnico para operar meu servidor, ao que respondo:
Contrataria aquele que soubesse cuidar do servidor e que, quando exigido, soubesse criar uma apresentação decente e se expressar em público com desenvoltura, para demonstrar nosso departamento aos novos diretores ou aos visitantes de outras empresas. Daria preferência também àquele que pudesse fazer isso em Português e em outros idiomas.

Durante minha vida acadêmica pude perceber pessoas que tremiam de medo só de saber que tinham um novo seminário para apresentar. Mal sabiam escrever e pior, mal sabiam falar.

O interessante é que não é só no Brasil que esse tipo de coisa acontece. Visito regularmente um chat canadense (www.wireclub.com) e percebo como lá fora a mesma coisa ocorre. Usam-se siglas novas e antigas todos os dias (é um tal de ttyl, brb, wb, lmao, tkx, tks, sumtin, sth, som1, any1, c u (é see you, não o que você pensou), c ya, e por aí vai).

Acredito que a soma de uma série de fatores culminam nesse tipo de problema:
- O nível de educação superior no Brasil é muito baixo. O MEC só tem nome, mas é muito falho no processo de avaliação, o que faz com que o ramo de faculdades no país seja mais ou menos igual ao de bares (uma em cada esquina).
- As pessoas querem moleza. Sim, as pessoas querem moleza. Repito, as pessoas querem moleza.
- Um gênio inventou um sistema uma vez que faz com que alunos ignorantes passem de ano mesmo que não tenham atingido o mínimo necessário de conhecimento (não me lembro o nome do estúpido do governador que aprovou isso).
- O governo não se importa com pessoas ficando inteligentes, pois, quanto mais inteligente e esclarecido for o cidadão, menor a chance dos corruptos continuarem no poder.

Dizem que o importante na vida é ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Plantar uma árvore é fácil, mas nem todo mundo faz. Ter um filho (e educá-lo) é difícil, poucos o farão. Escrever um livro, para essa geração que está chegando (salvo raros casos iluminados), me parece algo impossível.

Para fechar, na minha modesta opinião, se conhecer a norma culta do idioma é retrocesso, como citado por alguns colegas acima, ter acesso a ela e ignorá-la é um crime.

Um grande abraço a todos,

[14] Comentário enviado por davidsonpaulo em 10/10/2008 - 13:56h

Discutir a ignorância humana é, infelizmente, uma perda de tempo. Se tem algo que a humanidade de um modo geral ama com todas as suas forças é a ignorância, e isso porque quanto menos sabemos, menos responsabilidades temos, e ninguém quer saber de responsabilidade, porque isso dá trabalho e a humanidade é movida pela preguiça.

Fazer bem feito? Pra que? Fazer bem feito dá trabalho. Escrever certo dá trabalho. Fazer a coisa certa dá trabalho. E quem quer ter trabalho? Somente aqueles que desejam colher dos frutos do trabalho.

"A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta. O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega, mas nada receberá. O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam trabalhar." Provérbios 13:4,20:4,21:25

E por que digo que discutir a ignorância humana é perda de tempo? Porque os preguiçosos se acham mais inteligentes do que os que trabalham, e é por isso que nos comentários acima vamos encontrar pessoas escrevendo errado e dizendo que isso é "uma evolução da língua portuguesa".

"Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que respondem bem." Provérbios 26:16

Parabéns, malacker, pelo seu artigo. Não porque seu texto é extraordinário, mas porque ele mostra que você está entre os que não se sujeitam a dominação da preguiça. Siga em frente. :-)

[15] Comentário enviado por removido em 10/10/2008 - 14:22h

Eu até larguei de mão, uma vez corrigi o Fábio, aqui mesmo no VoL, por uma falha ortográfica terrível, e simplesmente fui convidado a direcionar meu browser a outros sites, a correção que fiz foi retirada, e ainda recebi o e-mail:


A seguinte mensagem foi enviada para voce atraves do site
Viva o Linux.com.br:

Login: fabio
Nome: Fábio Berbert de Paula
E-mail: fberbert@gmail.com

Assunto: Sobre os comentários
------------------------------------------------------------

Querido,

Não se trata de aceitar ou não as críticas, mas sim de que tipo de crítica está sendo feita. No contexto do artigo, sua crítica deveria ser sobre concordar ou não com os critérios de sorteio. Como se trata de um artigo sobre o site, poderia ser sobre como melhorá-lo ou algo do gênero.

Criticar um erro de concordância verbal no comentário de alguém vai melhorar em que o site? Em nada! Só vai lhe causar antipatia. Foi um comentário desnecessário, o vi como oportunismo de se vangloriar de seu refinado português.

Tomei a liberdade de apagar nossa produtiva conversa do artigo, pois a mesma não tem o menor cabimento. A única que ficou foi seu comentário sobre a qualidade dos artigos em cheque, isso sim é uma crítica séria.


Para ver o perfil de Fábio Berbert de Paula, clique aqui:

http://www.vivaolinux.com.br/~fabio


Não é só de cultura que precisamos, precisamos também de CARÁTER!

[16] Comentário enviado por chowner em 10/10/2008 - 14:25h

concordo com meu amigo aqui de cima...

Quanto menos sabemos, menos responsabilidades temos...
Fazer bem feito? Pra que? Fazer bem feito dá trabalho. Escrever certo dá trabalho. Fazer a coisa certa dá trabalho. E quem quer ter trabalho?

seu artigo ficou 10...
parabéns, acho que vai ajudar bastante gente, pois quando não se sabe para onde vai, não se vai muito longe!! Crie suas metas e não deixe que a preguiça atrapalhe.

[17] Comentário enviado por albertguedes em 10/10/2008 - 14:51h

Peraí !

O português ruim é só o sintoma da doença.

Em vez de pegar no pé porquê o carinha colocou a trema (que não existe mais alias) no lugar errado, devemos nos ater no fato de que varios fatores permitem isso.

Temos educação ruim, uma cultura que não privilegia o conhecimento - só jogador de futebol e pagodeiro ruim - televisão que desinforma mais do que mal de Alzheimer, etc.

Claro que não justifica as pessoas ficarem paradas esperando que um professor ensine tudo pra elas, devemos aprender a aprender também.

Em suma, não reclame com um cara que escreveu 99% correto e só porque errou 1% no português já deve ser considerado analfabeto.

[18] Comentário enviado por juliaojunior em 10/10/2008 - 14:53h

No fim das contas, só há um jeito de melhorar a educação no Brasil: SEU CRÊISSON PARA MINISTRO DA EDUCAÇÃO, JÁ!!!!


kkk, brincadeiras à parte, como todo artigo de debate, este vai gerar opiniões dos dois lados. É um tipo de debate saudável, mas que pouco muda o rumo das coisas. Digo isso, mas não considero tal debate/artigo desnecessário. Ao contrário, faz parte da construção/evolução da história humana o refletir sobre si mesmo.

Só mais uma brincadeira: reclamamos tanto dos erros, e olha ele aí entrando onde não deve: " De -->quê<-- adiantou a evolução de colocar acentos nas... " (comentário de 10/10/2008 - 11:41h).

[19] Comentário enviado por gjr_rj em 10/10/2008 - 14:56h

Gostei do artigo, principalmente do debate que ele criou, acho isso muito importante para estabelecermos nossa visão do mundo, porém a minha é a mesma do daniel.franca até tenho algumas coisas a acrescentar, mas estou sem tempo. Se eu soubesse a escrita dos chat's talvez desse para escrever mais. rsrsrsrsr

[20] Comentário enviado por gjr_rj em 10/10/2008 - 15:00h

Mais um detalhe, depois de postar, vi que escreveram que o trema não existe. Isso não é verdade o trema ainda existe. O TREAMA NÂO FOI ABOLIDO do nosso português.

[21] Comentário enviado por gjr_rj em 10/10/2008 - 15:04h

Há uma iniciativa para padronizar o português de todo o mundo, para isso, uma das coisas que seria necessária é acabar com o trema que só o português do Brasil mantém, mas isso ainda não entrou em vigor. Então, escrevam: lingüiça, agüenta, seqüência, seqüestro etc

[22] Comentário enviado por DanielGimenes em 10/10/2008 - 15:59h

Fico triste em saber que a maioria das pessoas que lêem este tipo de artigo não são pessoas que escrevem e/ou pensam como o malacker disse. Isso porque a comunidade já é de pessoas interessadas por conhecimento e porque é um texto longo (isso conta bastante infelizmente).

Acho que o português coloquial usado em sistemas de relacionamento como o orkut, msn e blogs deve ter um certo controle pelas próprias pessoas que participam dos mesmos. Se o objetivo de distorcer palavras é a praticidade, não podemos aceitar "naum"s e "soh"s. Escrevo diariamente e-mails com gírias e "palavras minimizadas" (existe algum nome para estas?), mas sei que meus comentários têm conteúdo, e as palavras completas obedecem as regras de número, gênero, ortografia E acentuação. Nem por isso gasto mais tempo os escrevendo.

Outro ponto importante é que escrever pensando na estrutura formal ou ao menos conhecendo-a me permite que possa entender textos formais, ajuda no aprendizado de novas línguas faladas e escritas, e garante que meus textos serão coerentes. Afinal, mesmo que a maioria não saiba, nossa língua é bem lógica e dispõe de regras que a mantém em um formato consistente. Fazendo uma analogia: por que quem sabe C não têm dificuldade em entender códigos de terceiros (na maioria das vezes)? Porque a linguagem foi tão bem padronizada e otimizada que tudo pode ser explicado a partir das regras principais. O mesmo serve para a matemática. E se começarmos a inventar novas regras sem ligá-las à estrutura principal de forma que justifique essas criações, criaremos redundância e contradições. E é importante conhecer ao menos a maioria dessas estruturas principais.

O fato de vermos textos absurdos como aquele que o malacker mostrou, é um resultado da falta de cultura e interesse das pessoas envolvidas. Isso porque a educação é falha, o mérito é dado aos aproveitadores, etc.

Quanto à leitura acho que o que falta é o conhecimento do quanto pode ser prazerosa e construtiva a leitura. E não estou falando somente de livros. Mangás e HQs também. Wikipédia também (adoro a wikipédia, principalmente pela abrangência).

Acredito que o importante sobre ler é pensar no que está lendo. E não 'passar os olhos', salvos os momentos onde a pressa é iminente. hahaha.

Mas voltando à pergunta inicial do texto, dizer que a evolução tecnológica (não necessariamente informática) prejudica a sociedade é besteira. No passado as pessoas tinham que, por exemplo, memorizar informações que eram usadas no cotidiano pois seriam prejudicadas se não o fizessem. A tecnologia nos priva desse fardo, possibilitando que possamos nos dedicar a saber mais sobre o que interessa ou saber mais coisas. O que está errado é a exigência e definição do que é excencial saber e do que pode-se ter uma noção básica com meios de pesquisa, e isso sim, pode estar nos tornando mais ignorantes, não consigo analisar.

Parabéns pelo artigo.
Daniel Gimenes

Obs.: Comentem! Discordem! É para isso que "trocamos idéias"!


[23] Comentário enviado por daniel.franca em 10/10/2008 - 16:18h

Alguem disse que a lingua portuguesa tem que evoluir com qualidade e embasamento, nenhuma lingua evolui(ou se adapta) numa sala com acadêmicos embasando suas teorias de como fica melhor, ela simplesmente caminha numa direção de praticidade para o objetivo crucial para a qual foi criada: (e que muitos esquecem) facilitar a comunicação entre duas ou mais pessoas. Por isso abolimos o "Vossa mercê" e hoje o "você" se encontra em qualquer dicionário e é aceito oficialmente.
A forma como a sociedade se comporta muda, se não mudarmos juntos nos tornamos os próximos senhores quadrados, que se achavam modernos quando eram adolescentes mas se tornaram iguais seus avôs. Antigamente reclamavam dos desenhos que meus pais assistiam, depois eles passaram a reclamar dos desenhos que eu assistia e dizer o quanto os deles eram bons, e agora vejo a minha geração reclamando dos desenhos que as crianças de hoje assistem. Reclamam da falta de cultura das crianças e adolescentes, como se 40 anos atrás fossem pessoas cultas e inteligentes.

E hoje ainda se escreve "soh" simplesmente por costume, assim como muitas coisas que são feitas por todos nós, não sabemos o porque mas continuamos fazendo por costume...poderia citar uma dezena de coisas assim, mas não faço pra não gerar mais polêmica.



[24] Comentário enviado por bjaraujo em 10/10/2008 - 16:29h

Talvez o colega Djair tenha citado a vinda de Pedro Álvares apenas como um exemplo que deveria ser feito nas escolas. Discordo, porém, que "debater este tema e questionar se" seja um método eficiente e eficaz (não estou falando em estado da arte, ok?!); essa postura numa sala de aula por exemplo pode mais atrapalhar que ajudar, na maioria dos assuntos. Não vejo como não ensinar história se não for meio decoreba; já na matemática ao invés de apenas ensinar que a=raiz(b^2+c^2) é muito importante ensinar como se chegou a essa fórmula (acredite ocasionalmente é + fácil lembrar o "como" que a fórmula em sí) pois abre a mente para aplicar o mesmo princípio a outras situações.

Em informática algo parecido seria ao invés de entregar uma linha de iptables "ensinando" como bloquear o MSN; explicar o principio básico de funcionamento do mesmo (porta, ip servidor, proxys, web msns) e ensiná-lo a usar o iptables, não deixando de dar exemplos.

É importante, também, considerar que muitas pessoas precisam apenas daquela linha de iptables e isso deve ser respeitado (e capitalizado) pois como o colega expôs há muita informação e ensinar a instalar linux (ou mesmo windows) para quem subutiliza o Word, ou Writer é uma péssima idéia.

Resumão: Quem trabalha administrando uma empresa ou hospital é só precisa saber usar o navegador e software de gerenciamento que seja só isso, esta não tem obrigação de saber instalar uma impressora; é o usuário que não tem que saber usar o Pidgin se não tiver o Live Messenger. Já aquele que trabalha em TI tem saber de ligar o PC (ou que seja) à implantação e configuração mais especifica de determinados cenários; sabendo por exemplo "improvisar" o funcionamento básico duma Intranet usando um PC com processador Via on-board quando o servidor Xeon ou Opteron estiver em manutenção usando samba ao invés do MS CIFS. É isso.

[25] Comentário enviado por daniel.franca em 10/10/2008 - 16:32h

Continuando:
Uma atividade sempre acaba sendo associada a quem a faz. Na epoca que somente presidiarios faziam tatuagem ela era vista como algo imoral e perigoso, quando analistas de sistemas e médicos passaram a usa-las passou a ser um belo adorno.
Na epoca que marginalizados da sociedade iam em bares de qualidade duvidosa ouvir blues era considerada música de má qualidade, quando esses marginalizados cresceram, se formaram em direito e continuaram ouvindo, o blues passou a ser música da hi society.
O mesmo ocorre com a escrita, no inicio da internet quando quem escrevia abreviado eram os poucos que tinham acesso a web e gastavam tempo nela isso era considerado forma de escrita de nerds, quando esses nerds cresceram e se tornaram donos de empresas passou a ser algo normal que facilitava a comunicação, Agora que as crianças de 10-15 anos começaram a ter acesso em qualquer lugar a web e a criar uma nova forma de escrita isso passou a ser visto como coisa de criança de forma pejorativa, daqui 10 anos quando estas crianças estiverem se formando, como isso será visto? Aposto que será como uma forma de escrita baseada na fonética, assim como um poeta de 80 anos(E muito mais jovem mentalmente que muitas pessoas) descreveu uma vez.

[26] Comentário enviado por xerxeslins em 10/10/2008 - 16:40h

Gostei. Parabéns pelo artigo.

[27] Comentário enviado por gjr_rj em 10/10/2008 - 16:44h

Falando em "Vossa Mercê", imagina Caminhas vendo que transformaram a 2ª pessoa e em 3ª pessoa, usando o verbo na 3ª, mas continuando a se referir a 2ª.

Vai ter a mesma opinião que muitos aqui com o "vc".

Porém, essa linguagem de internet seja apenas uma adaptação ao meio. O fato de escreverem desta forma também não implica que não saibam escrever de forma coloquial.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Sempre gostei dessa frase!

Escrever para um amigo em um chat é muito diferente de escrever uma carta ao presidente da empresa, como se vestir para ir a praia é diferente de se vestir para uma entrevista de emprego.

[28] Comentário enviado por bjaraujo em 10/10/2008 - 20:15h

Quando à linguagem na net (<-- olha ela aí) não vejo, com excessão do [adjetivo chulo que lhe vier à mente] miguxês, estrago à língua, é uma contextualização ao meio, como disse o colega acima (16:44h). Seria muito cansativo e entediante tanto ao remetente quando ao destinatário num chat escrever. "Deliberadamente derramar água pelo chão pelo tombamento de seu receptáculo plástico através de um violento e repentino golpe da extremidade podal do membro inferior." sendo que ele queria dizer "Chutar o balde" ;-) .

[29] Comentário enviado por removido em 11/10/2008 - 00:53h

POÉTICA (Manuel Bandeira 1886-1968)

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.

- Não quero saber do lirismo que não é libertação.

[30] Comentário enviado por antonioschiavo em 11/10/2008 - 04:28h

puts, ok compra uma ilha e vá morar nela.

E a questão do trema, em janeiro de 2009 entra em vigor o novo acordo ortográfico.... Procura no Google ok? Muitas coisas vão mudar, inclusive o trema.

[31] Comentário enviado por comfaa em 11/10/2008 - 17:21h

boa colocação cara, isso esta em todos os lugares ....
abraços

[32] Comentário enviado por pmarcon em 11/10/2008 - 20:12h

O problema dos acentos é clássico de quem usa muitos programas com corretores de ortografia, tipo eu!!!!


Ótimo artigo! Parabéns!

[33] Comentário enviado por alcarrolikis em 11/10/2008 - 23:30h

Parabéns Jovem!

É isso mesmo.
Temos que falar... Temos que agir... Mas principalmente, temos que escrever muito e de forma correta.
A informação percorre, hoje inclusive, pela internet, por caminhos desconhecidos sim.
Muitas vezes escrevemos textos de forma totalmente despretenciosa, sem fazer a menor idéia qual o 'caminho' de fato, esse percorrerá e quando menos esperamos, recebemos algum retorno sobre o mesmo, onde tal pessoa diz que gostou muito a ponto de referenciá-lo em um blog, ou, em contrapartida, dizendo que detestou o texto e mesmo sem conhecer você, autor do citado, te odeia de corpo e alma.
héhéhé...
Como dizem as pessoas de fé: A Palavra tem Poder!!!

Novamente, parabéns pela texto/pela preocupação/pela atitude! : ^)

Att, Miranda.
www.instintocoletivo.org

[34] Comentário enviado por fulllinux em 12/10/2008 - 02:25h

A mentalidade hoje evolui de acordo com o que o sistema dita, e isto não diz que todos são conduzidos por rédeas ou que exista régras a seguir para não enfrentar discriminação.

Todos nós viemos a ser concebidos com uma faculdade chamada raciocínio, portanto se eu quero eu faço e do jeito que eu bem entender que deva de ser feito, até porque eu é que arcarei com as consequências vindouras, sejam elas boas, sejam elas ruins...

Todo aprendizado tem seu lado acadêmico, onde as régras são para serem seguidas, ou pelo contrário o resultado não se dará correto. Podemos ver exemplos disso na matemática, na química, na física... Quem aqui é capaz de contrariar o que essas disciplinas acadêmicas provam a todo tempo para nós? É, exatas é assim...

Agora o que dizer daquelas disciplinas que nos ensinam veemente coisas do tipo: "Em 1969 o homem pisou pela primeira vês na Lua". Me poupem pelo amor de Deus, inúmeras evidências de fraude exposta a olho “nú”, fará que você se aperceba ter feito papel de palhaço, de ter sido feito de trouxa juntamente com o resto da humanidade, que acredita em tudo que aparece na televisão sem contestar o que está vendo e o que é dito.

A quantidade de sombras, desproporções do tamanho da Terra vista da Lua, a bandeira americana tremulando e pegadas bem definidas no solo sendo que a Lua não possui atmosfera, essas são apenas algumas provas de como o homem vem sendo enganado com a ilusão de que um de nós um dia pisou na Lua.

Outra situação chega ser até mesmo cômica, pois muitos dizem a creditar em Deus e em Seus Escritos Sagrados, então me expliquem, porque ousam O contrariar acreditando na teoria da evolução, sendo que está escrito em Gênesis 1:27 que Deus passou a criar o homem a sua imagem? A caso estão dizendo que Deus parece macaco? Será que estamos chamando ele de mentiroso dizendo que ele não nos criou, que somos obra da evolução?

Bom, essas são situações simples que demonstram que homem não acredita ou deixa de acreditar no óbvio, tomando assim sua decisão.

Agora podemos pegar tudo isso e trazer para a língua portuguesa, ela vem sofrendo mutação desde que os supostos descobridores históricos do Brasil colonizou essa terra... Sou totalmente a favor dessa mutação e cabe a nós donos da língua fazer que ela se torne única.

Um ponto que devemos ressaltar é o fato das palavras, ta certo que a palavra correta é "cebola", mas será que se escrever "sebola" vão entender "batata"?
O que importa é entender o que está sendo expresso através da escrita com relação ao contexto, pois você não esta nem aí para quando a pessoa fala, você nem pergunta para ela se o que ela disse é com "c" ou "s", porque você simplesmente entendeu o que ela disse.

Não estou defendendo o uso das abreviações, simplesmente porque não escreveria uma carta onde dedico meu tempo para expressar sentimentos com abreviações, mas com certeza em veículos de comunicação instantânea, eis o local adequado para seu uso, foi aí que tais abreviações foram criadas e se foram criadas tem sim uma utilidade. "Tudo o que foi criado, tem um determinado fim".

Desculpe meu comentário um tanto quanto longo, mas precisava expressar minha opinião, se troquei alguma consoante desculpe-me também, o que importa é que você entendeu o que foi escrito no conjunto da obra com todo seu contexto.

Ótimo artigo!

[35] Comentário enviado por iguito em 12/10/2008 - 20:35h

Excelente artigo!
Parabéns!

[36] Comentário enviado por joaocagnoni em 12/10/2008 - 20:38h

Amigo, eu estava vendo Faustão e pensando sobre o mundo em geral, e me veio a idéia de tudo isso que você está falando. Então parei tudo que estava fazendo, e abri o VOL, e me deparo logo de cara com um artigo desses em destaque, que era exatamente o que eu estava pensando. Como diz minha irmã, o mundo está acabando. E não está acabando por um fim físico, e sim pelo nascimento de uma população de ignorantes, exatamente como você descreve em seu artigo.

Tomara que isso mude algum dia...

[37] Comentário enviado por posytron em 13/10/2008 - 10:02h

A realidade é cruel hein? Eu sempre me contive um pouco quanto as "abreviações" citadas no artigo (apesar de falar algumas hoje em dia) justamente pelo motivo colocado no artigo. Mas sinceramente não acho que esse aspecto seja a pior dentre as coisas ruins que a evolução tecnologica (em especial a informática) está nos trazendo. Penso que toda essa evolução leva as pessoas a uma alienação intelectual e também penso que isso é bom para algumas pessoas (pois controlar pessoas alienadas é fácil). Deveria ser o contrário não? A evolução tecnologica deveria nos trazer mais acesso a informação (que é o tesouro do século XXI) e com isso diminuir as diferenças e mais um monte de coisas, mas acaba servindo como uma arma para formar máquinas humanas (mesmo que sejam máquinas inteligentes que desenvolvam tecnologia e conhecimento), máquinas que não criticam, que não entendem a influência que exercem sobre o mundo e que podem fazer muita merda...
É por isso (entre outras coisas) que sou adepto do Linux, do VIM, do ANSI C (entre outras coisas). Pra que fazer tudo da forma fácil e ignorante se eu posso sofrer muito mais pra aprender um pouco mais sobre o que está acontecendo na minha frente? Por isso também que eu gosto de estudar os conceitos no lugar dos exercícios e também gosto de ler um pouco sobre a história destes conceitos. Na verdade eu ainda estou muito longe de não ser um robozinho alienado mas acho que estou num caminho que pelo menos não piora ainda mais minha situação. Espero estar certo =P

[38] Comentário enviado por thiagofanfoni em 13/10/2008 - 13:14h

A questão do "naum" é porque antigamente não existia o teclado abnt, e o "~" fica em uma posição desconfortável nos teclados us para quem usa muito (como os brasileiros)

[39] Comentário enviado por liveee em 13/10/2008 - 19:13h

Artigo fraco, cheio de generalizações e clichês. É muito fácil falar mal da nova geração e pôr as anteriores em um pedestal, chega a ser ridículo. A educação SEMPRE foi um problema no país, principalmente por motivos culturais.

Entenda: a língua portuguesa é só uma ferramenta para expressar idéias. Escrever mal não significa ser ignorante, muito menos na internet.

Eu ri quando li "usar a informática a nosso favor de maneira correta.".

Viva a liberdade.

[40] Comentário enviado por joaomc em 14/10/2008 - 08:50h

@fullinux,

Parabéns, você caiu no conto da "Farsa do Homem na Lua". O problema é que não chegou a fazer uma pesquisa sequer. Nem recorreu ao Google. É triste ver alguém acreditar em um mega-hoax desses assim, de pronto.

Quando achei que não podia ser pior, você me vem fazer uma interpretação literal do livro do Gênese, a fim de "sustentar" seu ponto de vista. Ora, qualquer pessoa que pesquisou um pouquinho sabe que o Gênese nunca deve ser lido de maneira literal, porque é uma ficção. Veja que não estou entrando no mérito da religião. O que você fez é mais ou menos como se alguém, no futuro, encontrasse um livro em um sítio arqueológico, lesse na primeira página a frase "Eu comi um cachorro-quente", e achasse que era costume comer carne de cachorro.

O pior não é escrever mal, e sim interpretar mal.

[41] Comentário enviado por fabiomattes2011 em 14/10/2008 - 09:22h

Concordo com o Malaker.

http://desciclo.pedia.ws/wiki/Miguxes

[42] Comentário enviado por rogerio_gentil em 14/10/2008 - 09:52h

Bom artigo de Djair Dutra C. Jr.

Concordo com o autor em partes! Acredito que utilizar abreviações (nda, tbm, vc, ...) agiliza muito a conversa com os amigos em mensageiros instantâneos e e-mails. Cada um deve estar conciente de que em certas situações o uso da fala/escrita coloquial não é adequada e deve-se ter muita atenção. Prezo pela liberdade inteligente.

[43] Comentário enviado por agk em 14/10/2008 - 10:37h

Procure importe-se menos com os outros e mais consigo mesmo. Ensino os seus filhos a diferenciar os momentos certos para utilizar-se uma linguagem formal (trabalhos, artigos) e momentos para uma linguagem coloquial (chats, blogs, IMs, conversas com os amigos).

Antigamente tínhamos o problema com a acentuação por causa da compatibilidade com o idioma mãe da internet que é o Inglês e que não se utiliza de acentos, hoje com o esforço na padronização do UTF-8 isso já não é mais um problema.

O maior problema para os internautas pode ser o fato do nosso idioma disperdiçar muito tempo com acentuações e termos que podem ser substituídos com facilidade por palavras mais simples e que tenham o mesmo significado ou entendimento.

Quanto mais rápido fluir a comunicação, mais tempo livre para fazer outras coisas, por isso geralmente internautas não ficam perdendo tempo escrevendo corretamente em blogs e programas de mensagens instantâneas, pois podem muito bem utilizar-se desse tempo para aprender coisas novas, escrever artigos para o VOL dentre outras coisas.


[44] Comentário enviado por leonardorg em 16/10/2008 - 09:42h

nada a ver

[45] Comentário enviado por removido em 02/02/2009 - 10:59h

O internetês é a grande praga virtual.

[46] Comentário enviado por slimshinoda em 11/02/2009 - 12:48h

Concordo plenamente com o malacker e davidsonpaulo.

[47] Comentário enviado por removido em 18/07/2009 - 01:03h

Ótimo artigo!
:)

[48] Comentário enviado por guidoseverus em 20/11/2011 - 18:26h

Parabéns pelo artigo. Mas isso é a grande maioria dos internautas, eles estão dispostos a assassinar a língua portuguêsa, e nem se dão conta disso.


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