Livre arbítrio - exerça!

Um simples artigo destinado àqueles que se sentem escravos do sistema. Exerça seu livre arbítrio com Linux, utilize a flexibilidade que este "OS" lhe dispõe. Manipule, não seja manipulado.

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Por: Rafael Silva de Santana em 26/02/2008


Livre arbítrio - exerça!



Já esteve em uma casa na praia em pleno dia de chuva deitado numa rede localizada na varanda ou sacada onde o silêncio local lhe permitia apenas escutar o som da chuva gotejando sobre o solo, árvores e plantas?

O sentimento que se instalou em mim foi de pura liberdade, onde o único limite imposto fora a chuva, mesmo assim ainda podia escolher continuar deitado descansando o corpo e a mente, observando as maravilhas da criação, respirando o ar da chuva, que enquanto caia cortando o tempo emitia um limpo oxigênio, ou encarar aquelas gotas de chuva que no cair em quantidade reproduzia o som de uma linda sinfonia.

Após essa introdução você deve estar pensando: "lá vem o fulllinux com mais um de seus artigos ideológicos".

Bom, talvez seja realmente e me proponho a explicar explicitamente toda essa introdução, até porque é assim que me sinto ao operar Linux e prometo que desta vez não irei me alongar.

GNU/Linux, ou simplesmente Linux como diz Linus Torvalds (erroneamente, pois existe um outro personagem nessa história), não parece ser apenas um sistema operacional como outros que conhecemos por ser um sistema com uma grande história envolvendo seu nome, mas sim por sua liberdade, não digo isso apenas pelo fato de ser um sistema operacional livre, mas também por ser aberto.

Quem quer aprender a fundo como funciona um sistema operacional tem sua chance como o Linux. Basta fazer aquilo que o mestre Cabelo sempre nos lembra a fazer, "Leia os fontes", para mergulhar nas entranhas do pinguim, não há plataforma melhor para esse aprendizado e isso levando em consideração a maioria dos aplicativos.

Outro ponto muito forte que me deixou apaixonado pelo Linux é a Liberdade de escolha.

No Linux, o usuário não fica preso às decisões de um único desenvolvedor, há sempre mais de uma opção para cada componente do sistema, um exemplo muito nítido disso é a quantidade de ambientes gráficos que ele dispõe, há muitos para escolher e se mesmo assim não gostou do resultado, pode abusar de recursos como Compiz e Beryl ou que tal a fusão dos dois no Compiz-fuzion. E para que fique bem claro já empregavam transparência e gráfico 3D muito antes do novo e tão rejeitado "OS" da Microsoft.

Mas tenho certeza que uma das coisas que mais apaixona o usuário do Linux é o seu suporte comunitário.

O Linux tem uma comunidade muito ativa onde é fácil conseguir informações e ajuda, assim como o VOL ao qual escrevo, há uma infinidade de fóruns e listas de discussões na internet que tratam do nosso querido pinguim.

Em consequência dessa natureza aberta do Linux e da troca de informação nas comunidades aonde o assunto é Linux é que os Linuxers adquirem muito mais conhecimento técnico que usuários de outras plataformas. Compilar programas, resolver dependências e editar arquivos de configuração são tarefas que raros usuários de Windows ou MacOS se arriscam a encarar, mas nós apaixonados por Linux tiramos de letra e temos o prazer de ensinar.

E o que dizer das empresas? É claro, empresas também podem contratar um serviço de suporte profissional se preferirem. Há centenas de empresas que trabalham nessa área no Brasil.

Portanto não perca tempo, assim como sentir-se livre em um dia de chuva e com seu total livre arbítrio, respirando ar puro lhe trazendo o mais puro conforto, a estrela mais brilhante do mundo Open Source, não é só uma plataforma sólida para servidores, como também manda muito bem nos desktops.

Faça como agente, Viva o Linux e viva a liberdade!

Rafael Santana
Codinome: Fulllinux
Distribuição: Slackware
santanaig@gmail.com.br

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por kalib em 26/02/2008 - 09:45h

É isso aí fulllinux...
parabéns pelo artigo...
Temos sim que bater no peito e utilizar a liberdade que nos é oferecida...

[2] Comentário enviado por tenchi em 26/02/2008 - 11:08h

Entendo o sentimento do autor, mas não entendi a razão do texto.

Eu procuro tomar cuidado quando vejo alguém falar de liberdade, simplesmente porque cada um defende o seu ideal, o que torna irreal a liberdade do outro.

Tanto que quase nos deparamos, às vezes com situação semelhante:
"Pinte sua casa da cor que gostar. Mas goste da cor verde."

Será que esta imposição da liberdade que fazemos para os usuárioa do tal 'sistema escravizador' não é de certa forma uma repressão?
"Pra você ser livre tem que usar Linux!"

Lembre-se que os grandes regimes autoritários també utilizaram a liberdade como argumento de suas ações. Vai me que não era bom, no meio do regime soviético, estar livre dos impulsos consumistas do capitalismo ocidental? O argumento aqui é que o consumismo escraviza. Portando o mais sensato é livrar-se dele, não?

Eu também poderia contestar o ideal católico de livre arbítrio - mesmo este não sendo o foco do site - dizendo que é o mesmo livre arbítrio que faz as pessoas viverem suas vidas no "se deus quiser" ou "deus quis assim", levando suas vidas num determinismo metafísico, quando pensam estarem livres.
Este é um pensamento um tanto comum: liberdade somente onde for conveniente. Não queremos ser livres onde não precisamos - naquilo que nos traz responsabilidades -, mas somente naquilo que nos traga alguma vantagem, que não nos dê preocupação alguma.

E, como diria o poeta: "Quem pensa por si mesmo é livre. E ser livre é coisa muito séria." - Legião Urbana - L'Aventura .

Mas, como sei que o VOL não é um site para discutirmos religião, é claro que não farei isto, não é? ;-)

Retirado de: mais um clichês de final de semana e um livro de história que ninguém leu ;-)

[3] Comentário enviado por Teixeira em 26/02/2008 - 12:24h

Realmente, exercer o livre arbítrio não é bater continência para o "status quo".

Na minha adolescência, vi-me em uma situação interessante:
Minha turma passou um dia inteiro em um laranjal, fazendo currasco e chupando laranjas.

Havia carne à vontade, sal grosso, espetos, carvão, fósforos, laranjas, e pequenas tesouras para que não arrancássemos as laranjas (pois isso poderia danificar as plantas). Essa era a nossa única restrição.

Cada um podia exercer seu livre arbítrio de escolher laranjas, carne, cuidar do fogo, colocar mais ou menos sal, servir-se mais - ou menos - se assim o desejasse, bem como ficar ao sol ou na sombra.

E passamos esse dia totalmente ocupados, trabalhando, tomando providências, cada um fazendo seu próprio churrasco, cuidando disso ou daquilo, recolhendo lixo, etc. (segundo o método TVM - Te Vira, Malandro!), porém felizes com o resultado.

Bem , isto é uma analogia - afinal, o artigo é filosófico. A restrição do fulllinux foi a chuva, a nossa foi tirar laranja com tesoura.

Existem esforços que para nós são em vão, e motivo de enfado.

Mas o artigo está abordando a descrição do prazer de fazer algo com gosto, com dedicação, com vontade.
E a recompensa através de algum esforço que dessa forma nos é leve.

[4] Comentário enviado por cruzeirense em 26/02/2008 - 13:36h

Liberdade depende do ponto de vista de cada um. Eu posso me sentir livre utilizando um sistema aberto. Outra pessoa pode se sentir livre utilizando um sistema fechado. A liberdade é a de escolha.

[5] Comentário enviado por removido em 26/02/2008 - 14:22h

muito bom seu texto, me sinto assim também quando uso meu linux. Acho que todos deveriam ter o mesmo gosto pela "coisa", mas a anarquia não deve ser imposta ele deve surgir por conta própria dentro de cada um de nós.

um forte abraço amigo.

let´s linux.

[6] Comentário enviado por removido em 26/02/2008 - 16:00h

Mais um excelente artigo seu, se todos exercerem seu direito, irão ter um excelente produto em mãos ( Linux ), o problema é convençer certas pessoas a usá-lo, pois estão muito inertes no mundo Windows...

[7] Comentário enviado por GuilhermeAugusto em 26/02/2008 - 20:27h

Bom, eu não acredito em Livre Arbítrio: sou adepto do Determinismo, mas obviamente não foi esse o propósito do texto.
Aprecio muito a ideologia por trás do software livre, e acredito que deveria ser mais difundida, incentivando assim ainda mais os usuários a contribuirem e interagirem com a comunidade. Isso é Linux. Isso é liberdade. Isso é Open Source. Parabéns pelo artigo, acho que as pessoas deveriam de fato conhecer mais sobre o poder do código aberto. Abraços. ;)

[8] Comentário enviado por amandakee em 27/02/2008 - 09:51h

Perfeitooo!!!

Concordo plenamente com vc!!!
AINDA nao utilizo linux (questão de dias para aprender um pouco mais sobre dual boot :P ), mas o motivo pelo qual me fez interessar taaaanto por ele é exatamente este!

Acho lindo a ajuda da comunidade (sou um exemplo vivo de alma q está sendo ajudada!) e quero muito aprender bastante para poder ajudar a outros iniciantes como eu!!!

Parabéns pelo artigo...

Bjs! :D

[9] Comentário enviado por removido em 27/02/2008 - 10:57h

É isso mesmo!

Liberdade de poder fazer do meu jeito!

Fico perplexo ao ver o "Especialista" Microsoft falar:

- Não, você têm que fazer desse jeito aqui, clica aqui, depois aqui.

- Mas porquê tenho que fazer assim?

- Porque é assim que o livro ensina.

- Mas se eu fazer do meu jeito é melhor, funciona melhor.

- Não! faça assim e não questione, o livro ensinou assim e pronto.

Alguém já se deparou com uma situação dessa?

Bom, eu prefiro essa tão doce liberdade, de fazer do meu jeito, o que eu quiser, como eu quiser, se estiver errado, vou aprender a melhorar, mas não vou decorar as instruções do livro.

É isso aí!

Bom artigo!

[10] Comentário enviado por laura.ssb em 27/02/2008 - 18:42h

O artigo é muito bom! Claro que sempre haverá contestadores, afinal, as experiências de vida são diferentes. Mas concordo plenamente que GNU/Linux é o nome que reúne soluções extremamente diversificadas e não tem nada a ver comparação com o sistema comunista. Ninguém está dizendo que somos obrigados a usar GNU/Linux, mas ele está aí como alternativa - ainda desconhecida de muitos. Ninguém aqui quer ser dono da verdade, mas se algo ainda não tem a merecida visibilidade entre os milhões de usuários de computador do mundo, nosso desejo é convidar as pessoas a participarem também dessa construção.

[11] Comentário enviado por maran em 28/02/2008 - 15:02h

mais um grande artigo de sua autoria.
Parabens meu velho continue assim

Maran

[12] Comentário enviado por dansilva em 02/03/2008 - 19:04h

Otímo artigo Rafael, expressou bem o conceito de liberdade!

Abraço

[13] Comentário enviado por nilodanx52 em 06/04/2009 - 00:16h

Mais uma vez!!!!

A Microsoft pensa por você, mas o mundo precisa de pessoas inteligentes".

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