No mercado atual, é impossível sobreviver sem um mínimo de investimento em tecnologia. Das pequenas empresas até as multinacionais, a informática está presente, de maneira essencial para a sobrevivência dessas organizações.
Ao passear pela rua perto de sua casa, é fácil encontrar uma locadora, farmácia ou padaria com pelo menos um computador sendo utilizado para controle de caixa, além de outras coisas.
A maioria destes computadores nas pequenas e médias empresas estão em situação irregular, utilizando software proprietário sem qualquer tipo de licença.
Para muitas pessoas, a
pirataria representa uma barreira para a utilização de
software livre. Ou seja, se posso piratear, por que me preocupar?
Mesmo que ineficiente, a fiscalização existe e estamos todos sujeitos a ela. Então eu pergunto: Por que correr o risco?
É perfeitamente possível obter os mesmos resultados utilizando software livre. Veja uma loja de shopping por exemplo. Dois ou três computadores ligados em rede, com acesso à Internet, utilizando
Windows e executando um programa de controle de vendas e estoque feito em
Delphi ou
Visual Basic. Por que pagar duas ou três licenças de Windows, uma de SQL Server e às vezes do Microsoft Office (no caso de usar o Access como banco de dados) só para executar um único programa? Por que gastar com software se posso ter os mesmos dois ou três computadores ligados em rede utilizando
Linux com
KDE ou
Gnome,
MySQL, um programa de controle de vendas feito em
Java (ou PHP / JSP no caso de um sistema de Intranet) e
Mozilla para acesso a internet?
Nas grandes empresas, é necessário que cada máquina possua no mínimo um sistema operacional e pacote de programas de escritório. No caso de um computador com os softwares da Microsoft, estamos falando do Windows e do MS Office: Word para confecção de documentos, Excel para geração de planilhas eletrônicas, Power Point para criar apresentações em slides e o Outlook para trocar e-mails com clientes, fornecedores e colegas de trabalho.
Hoje é perfeitamente possível substituir este cenário por computadores utilizando Linux e programas de escritório como
Open Office e programas clientes de e-mail, com tanta praticidade quanto o sistema da Microsoft.
Existe compatibilidade entre os arquivos gerados em ambas as plataformas, ou seja, a comunicação entre empresas via troca de arquivos/e-mails não fica comprometida.
Não vou dizer que todos os softwares livres existentes atualmente estão em plenas condições de substituir os softwares proprietários existentes. Eu particularmente, acho que programas de tratamento de imagens como o GIMP ainda não podem competir de igual pra igual com o Photoshop por exemplo. Mas a comunidade GNU está caminhando para isso. A questão é: se posso reduzir o número de máquinas com software proprietário em minha empresa e economizar o capital destinado ao pagamento destas licenças de software, por que não fazer? Em média, uma empresa atualiza seu parque de informática a cada 2 ou 3 anos, ou seja, de 3 em 3 anos deve-se adquirir máquinas e softwares. Por que não pagar apenas pelas novas máquinas?
Sabendo disso tudo, só tenho uma pergunta: Quer pagar quanto?
Eu prefiro pagar o mínimo possível.