Eu gostava do MS-DOS

Artigo nostálgico buscando entender a formação dos profissionais de TI de hoje que começaram com MS-DOS. Pessoas que começaram a mexer com computadores ainda sem mouse!

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Por: Tiago Baciotti Moreira em 18/03/2010 | Blog: http://www.baciotti.com


Eu gostava do MS-DOS



Comecei a utilizar computadores em 1989 aproximadamente quando tive contato com os computadores MSX da Gradiente. Era interessante utilizar códigos Basic para desenvolver programinhas e joguinhos bem simples para depois fazê-los funcionar na tela da televisão ou em um antigo monitor. Era época de se usar CLoad e CSave para gravar os dados em fitas K7 através de um gravador ligado ao micro.

Já em 1990 comecei a fazer um curso de informática na Cedeminas Informática, que funcionava no terceiro andar do edifício Ituiutaba em Ituiutaba-MG. Fizemos 1 mês só de aulas teóricas pois os computadores ainda não tinham chegado de São Paulo. Ainda me lembro da primeira vez que liguei o PC-XT e o vi contar de 0 a 640Kb de memória pelo monitor de fósforo verde de 12 polegadas. Não usávamos HD (winchester como era mais conhecido!) e tínhamos os drives A e B para poder trabalhar com o sistema.

Aliás o sistema operacional era o MS-DOS versão 3.3, o qual levava um tempinho para ligar e depois nos deixava ali de cara com um "A>" na tela piscando, nos desafiando a conversar com ele. Pois é, os primeiros comandos, os coringas para tratamento de arquivos e os temidos comandos "internos" e "externos". Isso sem contar nos arquivos em lote, no config.sys e o edlin. Não, não se usava mouse. Não, não haviam ícones na tela. Não, eu não tinha um pendrive.

Para se usar outro programa qualquer a saída era trocar de disquetes (que eram de 5,25 polegadas) e executar o outro software. O editor de textos era o Fácil 5.0, que possuía proteção contra cópias exigindo um disquete original em cada máquina. A planilha eletrônica era o Lotus 1-2-3, que você executava digitando 123 no prompt de comando (isso, prompt era o nome do "A>" na tela). Fazíamos planilhas incríveis somente no modo texto. Aliás as funções de planilha evoluíram bastante hoje, mas já naquela época utilizávamos funções equivalentes ao SOMA ou PROCV do Excel. E a divisão em linhas e colunas utilizada hoje também já existia ali.

Eu gostava do MS-DOS. É claro que pilhas e pilhas de disquetes (ordenadamente dispostos em uma "disqueteira") davam um pouco de trabalho quando precisávamos achar um programa específico, mas também parte da diversão era justamente catalogar tudo, escrever nas etiquetas e tomar cuidado para não dobrar os discos.

Os primeiros passos nas linguagens de programação depois das parcas vezes que usei um MSX foram dados no gwbasic, dbase III Plus e por fim Clipper. Foi aí que me interessei por programação pra valer! O famoso "livro com a capa do navio" do Ramalho era meu companheiro para aprender os comandos do clipper versão Summer 87 nos quase 5 minutos de compilação e linkedição antes que o programa pudesse ser executado.

Adaptação e evolução. Era isso que fazíamos: nos adaptar. Criar discos na (pequena!) memória RAM do equipamento através do ramdrive.sys e ali armazenar o command.com para não ter que voltar o disco de sistema quando se saia de qualquer programa. Utilizar o SideKick para tentar burlar a característica mono-tarefa (era Ctrl+Alt para ativar não era?).

Eram bons tempos. Já imaginou se hoje você fosse capaz de executar um único programa de cada vez em seu computador? A trivial multitarefa que te permite mudar tudo com um Alt+Tab de hoje ainda não existia. E me responda, você hoje teria um computador em casa se não houvesse internet? Não havia Internet e mesmo assim passávamos horas e horas estudando, testando programas da caixa de disquetes que pegamos emprestado e... jogando!

Prince of Persia era o jogo do momento. Movimentos reais, gráficos de última geração, música através do alto-falante do micro e MUITA diversão.

E sabe porque valeu a pena ter passado por tudo isso? Acho que foram os alicerces para tudo que temos hoje nessa área. Hoje a maior parte dos profissionais de informática com quem converso começaram a utilizar computadores com mouse e monitor colorido. Excelentes profissionais sem dúvida, mas não viveram isso... humm deixa isso pra lá. Tô ficando velho.

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 18/03/2010 - 10:08h

Bateu uma nostalgia rapaz! Quando começei a usar computador, os monitores já não eram de fósforo verde e os disquetes de 5,25 polegadas, mas peguei o tempo do DOS também, não lembro a versão. Realmente eram bons tempos aqueles.
O que noto de mais positivo desse período, é o fato de que eramos obrigados a pensar um pouco mais (em relação a hoje). Brincavamos de certo modo, com a parte que hoje é oculta, do sistema; e isso exigia um pouco mais de disposição em aprender.
Aprendíamos os conceitos de uma forma mais clara, apesar da tela ser escura! Hoje qualquer um sabe copiar e colar, mas a maioria não entende o conceito por trás desta tarefa trivial; acredito que o ambiente gráfico abstrai este conhecimento.
Enfim, especulações de outro cara que esta ficando velho...
Um abraço baciotti, gostei do seu artigo, eu também gostava do MS-DOS.

[2] Comentário enviado por baciotti em 18/03/2010 - 10:16h

Oi Jackson,

Obrigado pelo comentário, cara!
A Abstração nos abstrai inclusive de pensar, não é mesmo? Passaria por tudo de novo hehehehe
Abraço,

[3] Comentário enviado por nicolo em 18/03/2010 - 10:29h

Não precisava dizer que Tuiutaba é em MG, dá para reconhecer até o sotaque do Moacyr Franco.
Em 1989...... Tinha parecido uns bicho estranho lá lo serviço... chamavam de computador... tentei comer um mas estava sem sal.
Diziam que o bicho pensava sozinho.
Depois puseram a gente num curso de tal MS-DOS. Alguns tiveram que ser levados a força para o curso de tanto medo
que tinham do bicho que pensava sozinho.
Combinamos uma estratégia defensiva.... caso o bicho nos atacasse.
Teve um que levou a regua de cálculo para conferir as contas.......
Alguém sabe o que é uma régua de cálculo?....mata gato?....... normógrafo??????

Vocês estão rindo?
É porque não estavam lá.

[4] Comentário enviado por mesaque em 18/03/2010 - 11:43h

Ahauahauahauahauahau!!!!
Vixi, também to ficando velho. Estudei isso também!
Abraço

[5] Comentário enviado por dedraks em 18/03/2010 - 12:01h

Eu também sou da época do MSDOS, tinha de conhecer o sistema a fundo pra usar bem o equipamento... (tô velho hehehe).
Mas eu acho bom atualmente termos interfaces gráficas que abstraem o funcionamento do computador para o usuário.
Vejam bem, estou falando de usuários normais (médicos, advogados, etc) que não precisam saber como funciona o computador para poder usá-lo.
Eu faço uma analogia com o funcionamento de um automóvel: Eu não tenho que saber que quando aperto o acelerador, isso irá refletir num ângulo maior de abertura da borboleta, que irá passar mais ar para o sistema, etc. Eu apenas acelero e o carro anda.
Agora, se eu for um mecânico, esse conhecimento é necessário...
Da mesma forma se eu for um profissional de tecnologia...

[6] Comentário enviado por doradu em 18/03/2010 - 12:07h

pow, até SideKick tu lembra, rsrsr

o Prince tinha uma linha de comando que permitia ir de fase em fase sem lutar, rsrsr

se não me falha a memória era só digitar 'prince megahits', lembra?

não usei o Fácil (do Itaú), usava o Word 2.0 e o Wordstar (q não lembro a versão)

programava em dBase III e tudo,

vivia fazendo arquivinhos em lote do 'autoexec' mais ou menos assim:

echo.
echo.
echo.
echo SEU COMPUTADOR ESTÁ COM UM VÍRUS!
echo.
echo.
pause > nul
autoexec (isso fazia com q toda vez q o cabra apertava uma tecla o autoexec iniciava de novo,rsrrsrrs)

GRANDE artigo

abraço

ah, usei tb monitores de fósforo laranja na UESPI

[7] Comentário enviado por draggom em 18/03/2010 - 12:29h

Vocês estão ficando velhos e no passado poucos entendiam aquela tela escura, eu não me aventurei neste caminho, quando eu comecei já estava no ambiente grafico do win 3.11 e linux erra coiza de nerd e malucos, Só que estamos na modernidade e é tudo mais simples, até meu sobrinho de 5 anos já entende de informatica.
Foi muito boa a sua materia, parabéns pelo texto.

[8] Comentário enviado por Nitro em 18/03/2010 - 13:00h

Caraca so me dei conta agora ja estou com 36 anos. Nostalgico, mas me lembrou muitas coisas boas!!

[9] Comentário enviado por julianoas em 18/03/2010 - 13:15h

Quanta saudade!

Esse tempo era bom, porque trocávamos de computadores por outros mais potentes e não porque queimou placa, fonte ou HD... tudo era mais resistente...
Lembro muito bem da diferença entre memória estendida e memória expandida, usei muito o memmaker para melhorar a performance da máquina...
Tem os que aprenderam a gostar do Windows já nas versões 3.0, 3.1 e 3.11 (Workstation), mas eu gostava mais do DOS e do DOS Shell, tinha ainda o XTree Gold, onde eu alterava os executáveis e trocava as mensagens do Command.com por xingamentos e palavrões KKKKKK ( Ex.: Esse comando tá errado imbecil!)
Quem dessa época não lembra do NC Norton Commander, o NCD Norton Change Directory e o NDD Norton Disk Doctor.
Quando se formatava fisicamente um HD com commandos Assembly no Debug ou até remover a senha do setup.
E quando tinha que dar um Park para estacionar as cabeças de leitura do Winchester para poder desligar sem correr o risco de fragmentar os dados.
Eu montei muita Rede Lantastic, novell e linux com o famigerado conectiva 3.0 guarani, foram centenas rs :D.
Ainda tenho uma saudade incontida do Word 5.0, gostava mais do que o WordStar 7.0.
Comecei quando o jogo do ano ainda era ZAXXON e dois anos depois ALLOW CAT.
Lembro de quando a pc-chips era marca fajuta de placa-mãe falsa, e depois inventou as placas on-board com Som-Video-Memória e depois Som-Video-Rede-Modem.
Eu já montava servidores samba com iptables e dhcp, e compartilhava internet quando estava na moda o Coyote com disquete de boot.
Bons tempos, e quem viveu-o será BOM nisso, de um jeito que NENHUM MAIS será. Isso não tem mais valor hoje. :(

Hoje estou sem emprego, porque tenho uma bagagem e experiência que não são mais interessantes, pois o trabalho de rede, servidores e infra-estrutura está muito fácil, qualquer idiota com acesso ao google faz (bem mais ou menos), e cobra uma ninharia.
O pouco de serviço que tenho, é desfazendo burradas de aventureiros e baderneiros dependentes do google.

[10] Comentário enviado por rony_souza em 18/03/2010 - 14:46h

Comandos secretos, retirar uma senha do setup,imunidade a vírus, como nao gostar????

mais ainda hoje muitas pessoas ainda precisam usar o MS-DOS no dia-dia, esta ...

Saudades do MS-DOS.

[11] Comentário enviado por brunojbpereira em 18/03/2010 - 15:22h

A primeira coisa que eu fiz quando vi o guia do programador de Peter Norton da década de 80 na seção pegue-e-leve da biblioteca da faculdade foi trazê-lo pra casa para integrá-lo à minha estante. Até livros assim sobre os bits e bytes e códigos hexadecimais do BIOS do tão famoso PC são poucos... sinto falta de informações desses pequenos detalhes da informática, apesar de ser apenas um jovem velho prestes a fazer 25 anos de idade... foi bom relembrar os velhos tempos da linha de comando do DOS. Parabéns pelo texto.

[12] Comentário enviado por millemiglia em 18/03/2010 - 15:39h

Legal, gostei do seu artigo. Também comecei com o MS-DOS mas sou um pouquinho mais novo, comecei com o DOS 5.0 rsrsrs...
Meu pai era sócio de uma concessionária Ford e uma das primeiras, senão a primeira, montadoras a informatizar seus concessionários foi a Ford. Usávamos um programa da Spress Informática, de Belo Horizonte, para controle de estoque, emissão de notas fiscais e contabilidade.

Algum tempo depois a Ford implementou também um acesso via modem para acompanhamento de pedidos de veículos/peças, pedidos de peças e garantia. Tudo através de um modem velocíssimo de 2400bpm...
Lembro que eu chegava na concessionária aí pelas 7 ou 7:15 da manhã para tentar a conexão. Se não conseguisse nesse horário, tentava de novo por perto do meio dia ou no fim da tarde (5:30 em diante).

Como planilha usávamos QuatroPro 5.0 e como editor de textos o Word 3.0 ou 4.0, não tenho certeza. Também usávamos um editor de formulários chamado Formax. Acho que ainda tenho ele em algum lugar.
Havia também um compactador de arquivos da Densus que não me lembro mais o nome mas compactava em formato zip. Entretanto, os disquetes que recebíamos da Spress eram sempre descompactados com tar.

O computador que tínhamos era um XT mas consegui atualizá-lo para 386 SX33, com HD de 120 MB e uma estonteante (para a época) memória RAM de 2 MB. O monitor era CGA, de fósforo verde.

Sem dúvida era muito legal mexer no micro mesmo sem interface gráfica. Depois que vendemos a empresa eu tive uma locadora de vídeo e os programas de gerenciamento que usava eram todos feitos em clipper (e, portanto, DOS) mas eu usava inicialmente dentro do Windows 3.11 for Workgroups e depois no Windows 95/98SE.

Quando a Conectiva lançou o Guarani eu já me interessei pelo Linux mas o DOSEMU era ainda muito fraco para rodar meu programa da locadora e eu não tinha micro em casa para fazer testes. Acabei ficando com Windows até vender a locadora. Mesmo assim, meus micros passaram a ser sempre dual boot e várias vezes o Windows/DOS foram salvos pelo Linux.

Hoje meu notebook roda apenas Ubuntu. Gosto da facilidade da interface gráfica dele mas mesmo assim ainda uso muitos comandos no terminal (que deixo com fundo preto transparente com letras verdes para relembrar os velhos tempos).

[13] Comentário enviado por albfneto em 18/03/2010 - 15:47h

Eu comecei em um XT....
era DOS, e tinha apenas.... 16 K de RAM! muito menos que os 640 que o autor falou, pq comecei antes.... 1985, por aí

aliás, acho que o autor pode ter se enganado, eram 64K mesmo, e não 640...

mouse? internet? CDROM só leitura? nem pensar... nada disso existia....

Disco rígido ? nada! aí apareceram os primeiros..... 3000 K, isto mesmo 3mega, do tamnaho pouco maior que dois disquetes de 1.44!

os disquetes? Ora.... 5 polegadas e 1/4....... 360 K....!

Gostei... apenas acho muito curto para um artigo, melhor seria publica-lo como dica.

[14] Comentário enviado por removido em 18/03/2010 - 19:23h

heheh

meu primeiro computador tinha monitor LCD, mouse optico, ddr400 e muito mais

mas ja cheguei a usar mouse de bolinha, mas nao era meu pc, o meu msm foi esse que postei ai xD

[15] Comentário enviado por sansimon em 18/03/2010 - 22:06h

Trabalhei na primeira assistência técnica em computadores de copacabana. Fiz mais de 1000 atendimentos até poder comprar o meu primeiro pc , um xt epson, que é a única velharia da qual me arrependo até hoje de ter jogado no lixo.
Fico muito contente em saber que acompanhei toda essa loucura ao vivo e a cores.





saudações.


[16] Comentário enviado por yermandu em 18/03/2010 - 22:50h

Cara você conseguiu zerar o prince of persia ?
Que jogo esta nas lembranças, ia na casa de meu primo poder jogar prince of persia e uma de corrida de motos
Como vc nos lembra
Foram os alicerces do que temos hoje

E os disquetes de 8'' huahauhau pareciam bolachões :P

[17] Comentário enviado por cristianokittie em 19/03/2010 - 05:43h

OOOOooooooooooooooooooooo 1989 eu tinha 2 anos apenas,minha primeira mexida fuçada no pc claro foi no windows 98 +- em 1999, nuuuu so tem 11 anos q mexo em computadores, hunn acho q sou um vencedor

queria ter vivido esses momentos q vc descreveu nesse artigo mas minha epoca é outra ne?!?!?!!? viva as imagens 3D telas LCD e esse novo oculos da nvidia

[18] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 09:32h

Parabéns amigo pelo artigo!
Não fui da époco, mais já vi um computador assm. Quando converso com outros profissionais que passaram por este tempo falaram que era muito interessante como você colocou no artigo.

[]'s

[19] Comentário enviado por cruzeirense em 19/03/2010 - 09:47h

Amigo, parabéns pelo artigo.

Também comecei num msx ligado numa tv preto e branco da philips....
Depois passei para o XT, pulei o 286 e fui direto para um 386, depois um 486, um pentium mmx, k6 266, pentium III 700, athlon xp 2,200 e agora em um Pentium Dual Core.

Sabe o que me surpreende? É que hoje eu tenho um smartphone, que apesar de ser mediano, tem um poder de processamento e armazenamento milhões de vezes maior que o meu MSX.

No meu blog tem algumas coisinhas do Windows 3.11 que coloquei para quem quiser matar saudade.

http://triplicecoroa.spaces.live.com/blog/cns!77A7D575D416FB54!793.entry

Abraços,

Renato

[20] Comentário enviado por gokernel em 19/03/2010 - 10:09h

Legal o artigo.

Eu tambem gostava e ainda gosto do MS-DOS(uso raramente).

E ainda me lembro de uma vez que criei PASTA/DIRETORIO usando codigo ASCII e ninguem conseguia acessar... foi que tomei uma BRONCA do diretor manando disfazer tudo(Renomear os diretorios).

O que lamento eh que o MS-DOS corre o risco de extinção, e só não entendo o porque ainda não tentaram criar/continuar com um MS-DOS tipo moderno.

Ainda hoje uso um VELHO E BOM pentiun 166 com 32 de RAM... só para testar programas para melhor performance.

Abraços.

gokernel
gokernel@hotmail.com

[21] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 11:07h

Hoje em dia a molecada, só quer saber do COMPIZ.
Deve ter sido bons tempos mesmo. :D

[22] Comentário enviado por elgio em 19/03/2010 - 11:27h

Legal mesmo era os malabarismos de config.sys necessários para executar este ou aquele aplicativo.

Como a memória era restrita a 640K e o excedente era considerado HIGH MEM, haviam diversos aplicativos (leia-se gambiarras) para conseguir carregar este ou aquele programa na memória alta.
(alguém lembra do qemm? e do himem.sys?)

Tu chegava até a criar MENU no config.sys. uma conf para jogar Doom, outra para Clipper (que inseria os clássicos FILES=100).

E do norton utilities?

Lembram do smartdrv.sys que acelerava o acesso a disco?

Legal era brincar com subst, assign e attrib!

Dava para fazer o disco desaparecer para a loucura do usuário!

Os técnico da época, como eu, devem sentir saudades da formatação física do disco rígido e do registro dos setores defeituosos ao formatar um HD MFM ou RLL...

Eu ainda tenho um CD nostálgico aqui. Além do DOS6.2, tem coisas curiosas com o jogo em BASIC gorilla.bas: dois gorilas com montanhas entre eles. Objetivo é jogar uma banana e acertar o outro gorila. Para isto o jogo de fornece a velocidade do vento. Tu tem que entrar com o ângulo certo e a força certa para jogar a banana. Geralmente tu acerta por tentativa e erro e não raro, com muito vento contra, tu acerta a si mesmo!!

(eis que me sai uma lágrima agora...)

[23] Comentário enviado por millemiglia em 19/03/2010 - 15:10h

Agora que o elgio falou no QEMM eu lembro que o usava para rodar o programa da minha locadora de vídeo. Eu tinha dois computadores ligados em rede e usava a rede Windows. O detalhe é que o programa era DOS e requeria no mínimo, isso mesmo "no mínimo", 600kb de memória convencional para rodar. Para conseguir isso dentro do Windows 98 só mesmo rodando o QEMM (se não me engano a versão que eu usava era a 97).
Além de usar o QEMM fazia os ajustes finos no Config.sys e no Autoexec.bat jogando tudo o que fosse possível como DEVICEHIGH.

[24] Comentário enviado por cdb1990 em 19/03/2010 - 15:17h

Amigo, eu ainda nem existia nessa época, porém o nosso primeiro pc foi um 386, com 16Mb de ram
HD de 1,91Gb rodando um windows 95.
Também cheguei a jogar prince of perssia, porém um jogo que nunca mais encontrei nem um emulador nem nada se chama Root (windows 98)
tiro em primeira pessoa, muitas fases, bem legal.


Bem interessante teu artigo, deu pra pensar um pouco de como o pessoal reclama hoje em dia com 256mb
heheheheheheheh
abração

[25] Comentário enviado por GilsonDeElt em 19/03/2010 - 15:42h

Doidi+

Não vivi essa época
(até porque nasci em 1990),
principalmente por ter tido meus primeiros contatos com PCs no fim da década de 1990 (1998-1999),
mas só fui ter mesmo meu primeiro PC em 2006 (já quase na metade de meu curso técnico em eletrônica).
Mas, um ano antes de ter um PC, começei a ler livros na área de informática,
e quase sempre achava livros um bocado antigos preu entender bem os fundamentos da coisa. =)

Em livros assim, lembro-me um pouco de coisas mais "hard" que era feitas no DOS,
que o PaintBrush, de 1900 e 80 e poucos era um dos masi avançados programas de edição de imagens da época (e hoje é simplesmente o Paint do Windows, e que a Microsoft o comprou de outra empresa da época), e o único dos que foram tratados no livro que li, que só funcionava com mouse.

Por livros assim conheci distros Linux bem antigas, que usavam kernel 2.2 (isso deve ter tempo),
e vejo a "evolução" no que se refere a distribuições para usuários finais.


Não vivi essa época, mas deve ter sido legal, do ponto de vista de se aprender os fundamentos da informática.
Pra quem não viveu, aconselho ler algo sobre, pois ajuda um bocado
para entender certos conceitos não muito bem explicados hoje.

ah!, e parabéns pelo artigo, cara!

[26] Comentário enviado por Emerson_ em 19/03/2010 - 18:24h

Sobre a planilha do Lotus 1-2-3, lembrem-se que ela também fazia gráficos através de um complemento chamado Chart. O trabalho era que para colocar as bordas das tabelas, gastava-se uma linha e uma coluna, para colocar os caracteres | e - para "desenhar" as bordas. E nas intersecções, usava-se o "+".
Assim:
+-------+-------+
| 0.5 | 1.0 |
+-------+-------+

Lembrei de mais um programa, chamado Flow, que era bom para desenhar organogramas.
Bons tempos!

[27] Comentário enviado por clira em 19/03/2010 - 22:15h

dos=high,umb
sys a:
diskcopy a: a:



Parabens, amigo

[28] Comentário enviado por pinduvoz em 19/03/2010 - 22:44h

Eu comecei exatamente como vc.

A primeira vez que vi o prompt (a>) não tinha a menor idéia do que fazer com ele.

Depois de pegar algumas dicas de amigos, uma cópia do Word Star e outra do VP-Planner (acho que era esse o nome da planilha que eu vi pela primeira vez), comecei a brincar com o "monstro" e nunca mais o deixei (rsrsr).

Legal o artigo.

[29] Comentário enviado por stremer em 20/03/2010 - 02:20h

nossa... as vezes bate uma saudade... já cheguei até a procurar um XT para comprar mas não achei.
O primeiro computador que sentei na frente foi um XT e o primeiro que aprendi a mexer...
cd, copy a:*.* e por ai vai...
os joguinhos... test drive, battle chess, prince of persia (sim era megahit e CTRL +L para mudar de fase)
os programas wordstar, pcglobe, harvard graphics, print shop deluxe
nossa... saudades...
meu primeiro pc foi um 286 com 1 MB de RAM... mas ja tinha alguns meses que eu mexia em XTs e em MSXs...
tenho 28 anos... na epoca (1990) tinha 8... era quase impossivel alguem da minha idade saber mexer em um computador, diferente de hoje que a molecada de 3 anos ja sabe... ninguem na escola acreditava que eu sabia usar computador. qdo ganhei o 286 entao nem se fala.
depois veio os monitores EGA... VGA... windows 2....
o mouse....
o 386 com o windows 3...
os BBSs (Mandic, STI, Interconnect, Icarus Wing) este ultimo foi um BBS que montei em casa... ainda tenho aqui ele montado e ja cheguei até a ressucita-lo via telnet mas ja tirei do ar denovo...
ai veio placa de som...
kits multimidia...
486...
e não parou mais...

mas confesso que volta e meia procuro um xt com monitor de fosforo verde.

[30] Comentário enviado por tenente em 20/03/2010 - 18:49h

Boms e velhos tempos que não voltam mais... Lógico tudo tem que evoluir, só alguns que não evoluiram, mas deixa pra lá...

Hoje não se tem mais o conhecimento básico de antigamente, usuário que perde o mouse perde-se completamente, se não houver um icone para clicar então, o usuário nem vai saber o que fazer e vai ficar olhando com cara de "paissagem" para o monitor.

Como cantava o Lilico: O tempo bom, não volta mais, saudades de outros tempos iguais...

[31] Comentário enviado por jlvidals em 20/03/2010 - 18:56h

Caro colega, quem viveu viu ... No alto dos meus 46 anos, ví muita coisa acontecer no campo dos bits e bytes. As planilhas sempre foram o meu xodó. Lembra do Supercalc ? do Simphony da Lotus ? As etiquetas de proteger disquetes de 5.25 polegadas, Verbatin Nashua... As TekBoxes... Quem tinha um de 3,5 polegada era a elite. Lembra do Xtree Gold, pctools, mace utilities, ndd... Caraca ... como passou rápido... Eu lembro do DOS 2.10... Ainda tenho o disquete aki totalmente mofado... mas pelo menos está escrito na etiqueta... É um 5.25 da tdk... Por que que o tempo passa ???? O nó da garganta persiste.... Epoca boa que nunca mais vai voltar... abçs

[32] Comentário enviado por jlvidals em 20/03/2010 - 19:04h

Ha ha ha... Eu fui no teu site e vi a foto do Prince lá... Você teve dificuldade em passar dakela fase... confessa ai ... rsrsrs brincadeira... Site está legal a bessa.

[33] Comentário enviado por Teixeira em 20/03/2010 - 20:53h

O MS-DOS é uma "involução avançada" do CP/M desenvolvido por Gary Killdall, fundador da Digital Research.
"Involução" porque é uma cópia apenas parcial do CP/M, que era muito superior, porém menos amigável;
"Avançada" porque tornou-se mais intuitiva, mais fácil para o usuário entender.

Por exemplo, COPY A:*.* B: em CP/M correspondia a copiar todos os arquivos contidos em B: para A: ("copie para A: tudo que estiver em de B:"), enquanto no DOS é exatamente o contrário, ou seja, o comando passa a ser entendido como "copie de A: tudo para B:".

CP/M tinha comandos que tinham o poder de modificar o próprio firmware (p. ex.: PIP).

Acho que para o usuário comum, o simples mortal, o DOS ficou bem mais simples. Se bem que naquela época, todos tinham de saber fazer alguma coisa na linha de comandos, senão o computador não fazia nada...

Quem começou pelo DOS 3.3 já começou bem. Aquela foi uma das melhores versões lançadas. Antes dela, o comando DEL C:*.* era executado totalmente a seco, sem verificação alguma. E isso simplesmente deletava todos os arquivos do volume C: (chamado erroneamente de drive C:).

Gostaria de fazer uma observação: O comando PARK que servia para parquear as cabeças de um HD do tipo Winchester era para forçar o seu pouso sempre em uma posição predefinida, para evitar a mais remota possibilidade de arranhar a mídia (o que jamais acontecia, mas por via das dúvidas...). Então , o processo de fragmentação não tem nada a ver com isso.

Vejam só a minha lista de utilitários:

DOSKEY- Vinha com o DOS a partir da versão 5.0 e permitia memorizar os últimos comandos teclados, que eram acessados pela teclas de setas (essa facilidade me parece ser nativa no Linux); Embora muita gente não saiba, esse comando é bastante parametrizável.

HIPERKEY- Produzido pela HiperWare, empresa do Tennessee, servia como um poderoso acelerador de teclado, e também tinha tantos parâmetyros que daria um aritogo inteiro para descrevê-los.

UNIKEY- Da carioca UniSoft, permitia a utilização de caracteres acentuados tanto no teclado quanto no monitor e na impressora.

QEMM-386- Um agressivo e ousado gerenciador de memória desenvolvido pela Quarterdeck. Tinha tantos arâmetros que daria para alguém escrever um livro sobre eles.

COPYIIPC- Da Central Point, permitia copiar software protegido...
Sem comentários.

HYPERDISK- Não sei quem desenvolveu, mas era um poderoso cache de disco (considerando que o cache dos processadores era pífio naquela época). Tinha muitos parâmetros para a instalação, mas depois funcionava de forma transparente para o usuário. O PC - mesmo um simples XT - ficava "um avião".

COMPUSHOW- Para usar esse software, o PC tinha que ter no mínimo 221kb de memória livre. Permitia a abertura de imagens gravadas em diversos formatos, porém exigia uma configuração bastante criteriosa, onde o usuário deveria definir uma série de coisas, como tipo de placa de vídeo, quantidade de cores, memória, etc.

XCOPY- Um utilitário do próprio DOS e tão poderoso que teve ser revisado pois permitia originalmente copiar literalmente TUDO de um HD para outro... Após essa "revisão", XCOPY não mais permitiu a cópia de diretórios nem de suas estruturas.
Antes, XCOPY C:*.* D: copiava TUDO de um HD para outro, bastando ter cuidado com as atribuições normais dos arquivos. Portanto, qualquer pessoal mal-intencionada poderia copiar uma instalação completa do próprio DOS ou até mesmo do Windows, através do uso de arquivos de lote, instalando o mesmo software em vários micros.

Acho engraçado as pessoas hoje em dia falarem sobre segurança...
Era tudo muito seguro até as pessoas descobrirem o caminho das pedras!
E mais engraçado ainda é as pessoas afirmarem que "linux é difícil"...

[34] Comentário enviado por Pr0f3t4 em 22/03/2010 - 11:01h

Não importa qual o sistema, plataforma ou a filosofia daquela época. O que importa realmente é que passamos por momentos inesquecíveis da infância da informática e que hoje podemos relembrar. Comecei com o DOS 2.0 que logo fiz um update para o 5 com um computador PC-XT rodando com um processador PC-AT 286 12Mhz (uma verdadeira Ferrari entre os XTs), Prince of Persia ainda não saiu do meu HD, de vez enquando eu abro o terminal pra colocar ele no ar (meu filho diz que aquilo é coisa do passado), tmb o muleque joga o prince 3d (que mera comparação saudosista).
A força dos processadores naquela época e as acirradas concorrências com a Apple, era informaçõs que chegavam até aqui muito tempo depois, enquanto isso, eu estudava Clipper summer, Winter e até que a CA lançou o antológico Clipper 5.x OOP, ali eu me acabei programando em OOP.....
Aos clipperiros de palntão um forte abraço .!!!!!!!

Um vez Clippeiro, sempre Clippeiro ! tá no sangue.

Que tal um encontro de programadores daquela época ? lembrar os códigos que escrevíamos .... ?

[35] Comentário enviado por kamikaze_df em 08/04/2010 - 19:26h

Surpresa ...

Ainda mantenho um "XT 286", adaptado com drive de disquete de 3,5" ... mas, ainda funcionando, um de 5,1/4" para ler meus antigos disquetes de DOS, basic, DbaseIII plus, sidekick e WS (Wordstar pra quem não conhece).

Isso tudo funcionando graças a um trabalho de conservação fenomenal, verdadeiras peças de museu.

Mostrei pro meu irmão, foi como mandá-lo pra pré-história, não fazia nem idéia de como o troço funcionava e pra que servia, dsabia que era um computador porque falei pra ele, até máquina de escrever manual ele já usou, mas jamais viu um "computador tão velho".

Realmente dá saudades programar em clipper usando sidekick ... cliper programa.prg, blinker pra torná-lo executável, trocentos arquivos de lote com diferentes opções pra compilar e "linkar" ... cada rotina nova uma verdadeira emoção: "funcionaou, ficou rápido" ...

Hoje ainda programo alguma coisa em Visual Basic, ainda dá um certo tesão, mas definitivamente não é como no tempo do DOS, não tem a mesma emoção você usar o WOrd para editar um arquivo como era no WS, ^KB, ^KK, ^KC, ^KV, ^T, ^Y ... noossa, isso não tem preço ... aliás, tem sim, "time is money" ... é por isso que não temos mais essa emoção, é tudo dinheiro, tempo, dinheiro, tempo, acabou o romantismo, o tesão, a emoção da criação, ficou tudo banal.

Parabéns pelo artigo, chegando em casa hoje vou ligar meu museu e fuçar códigos até não aguentar mais só pra matar a saudade...

[36] Comentário enviado por alexsdn em 04/08/2010 - 21:48h

Ás vezes também me bate uma nostalgia...
Eu comecei a usar computador em 1984, era um TK85 da Microdigital com 48 kilobytes de ram e funcionava com fitas K7.
Passaram ainda por minhas mãos um Commodore 64 (em 1986), MSX e após um Commodore Amiga 500. Em 1990 fiquei impressionado com os gráficos e o áudio do Amiga e acabei por adquirir um. Para quem não sabe, o Windows 3.1 foi inspirado no Amiga Workbench e era apenas um aplicativo gráfico do MS-DOS...
Parabéns, gostei do artigo.

[37] Comentário enviado por renato_pacheco em 10/01/2011 - 16:20h

elgio,

Poutz!! O gorilla.bas eu joguei d+++++!!! Das antigas!

[38] Comentário enviado por ajfneto em 22/07/2011 - 09:20h

Utilizei em casa um CP400 e um TK2000 antes dos PCs modernos.
Aprendi Assembler no TK2000. Encontrei um livro com a ROM completa daquele micro na empresa Microdigital. Foi muito divertido.

No trabalho utilizei o Norton Commander, WordPerfect, Flow e Quattro Pro.
Fiz trabalhos caseiros numa versao do Word onde eu tinha até que enviar comandos para a impressora, tipo avançar linha, mudar fonte, etc. Parecia HTML.

O Flow, onde trabalhei o pessoal do CPD (Centro de Proc de Dados) como era chamado, utilizaram esse programa para criar planilhas de RH, pois não tínhamos o Visicalc nem o Lotus 123, ou achavam que o pessoal não ia saber utilizar, e o Flow era só desenhar umas linhas, que até que ficavam bonitas. Eu costumava ir consertar quando o pessoal não conseguia escrever dentro da tabela criada.

Ultimamente tenho procurado o programa Flow, mas não achei em lugar nenhum do Mundo. Só encontrei um Flodraw, muito parecido, mas falta uns detalhes que só tem no original, e vi que a Patton & Patton ainda produz o Flow, mas versões é claro que bem modernas.

Ok, felicidades!

[39] Comentário enviado por aspepper em 16/04/2015 - 17:10h

O Teixeira falou sobre o CP/M. Sensacional. Lembrei da época do CP500. Foi um dos primeiros computadores que aprendi a programar. Primeiro Basic, depois Fortran, Cobol e Pascal.

Havia um jogo no CP500 que se chamava MASP. Uma tela preta, que você escrevia o que o personagem deveria fazer:
- A porta esta na sua frente...
> ENTRE
- Você está em uma sala escura...
> ACENDA A LUZ ...

[40] Comentário enviado por Teixeira em 18/04/2015 - 08:44h


O livro "The Gateway Guide to the ZX81 and ZX80" de Mark Charlton vem com o código de um programa do tipo adventure chamado "Tourist Trap" que funcionava de forma análoga ao MASP, apenas que era uma situação em que o jogador era um turista "largado" em Londres com pouco dinheiro no bolso, e deveria se virar nos 30. O importante é que esse jogo (que ocupa nada menos que 6 páginas do livro), executava em um TK85 (o clone tupiniquim do ZX81 de Clive Sinclair) com apenas 1kB de memória RAM. Detalhe: Esse programa rodava em um dos dialetos Basic mais elegantes que já conheci (Sinclair Basic), que permitia comandos booleanos bastante intrincados em uma mesma linha, e comandos do tipo PEEK e POKE, que acessavam a máquina de forma direta. E não havia um "sistema operacional".

[41] Comentário enviado por Bleizetse em 11/01/2016 - 02:16h

Olha, vou dizer, tenho 21 anos, me interessei por informática desde os 11 anos, quando uma vez eu apertei o F1 no teclado (usando Windows 98) e eu li TODO o manual do Windows 98, parece loucura minha, mas aprendi teclas de atalho, prompt de comando, arquivos de lote, etc. Eu lembrava quando carregava o MSCDEX (acho que era esse o nome do módulo) para que eu pudesse acessar o cd-rom via ms-dos, habilitei o microfone no ms-dos, eu tive "medo" da tela preta antigamente, mas depois um dia, quando "buguei" o S.O. (eu era ingênuo) eu fiquei frente a frente com a tela preta, não me lembrava muito como aprendi tudo, mas aprendi os comandos básicos no command.com, fucei no prompt e descobri uma pasta onde todos os comandos usados no modo ms-dos eram guardados (se não me engano, foi a partir do Windows XP que os comandos passaram a ser guardados na pasta System32) jogava um jogo chamado MDK, mas nunca entendi o propósito do jogo, os gráficos pareciam de PS1. Foi na minha opinião, minha maior alavanca de aprendizado e de conhecimento que me incentivou a nunca mais me intimidar com uma tela preta/ janela preta e sempre fazer buscas por coisas diferentes, eu adorava o Qbasic, mesmo que eu não pudesse compilar, eu vivia brincando com as linhas de código dele, acho que na minha opinião, o MS-DOS marcou a minha vontade de explorar mais um Software, já tive contato com Linux na época, mas nunca explorei a fundo, hoje sou formado como Téc. Informática, gosto de explorar novos recursos, sou usuário assíduo de Linux, dificilmente eu mexo no Windows, mas ainda sim, sinto saudades de explorar o MS-Dos, hoje, eu exploro o terminal :p
Bem, eu não contei tudo, pois não lembro de tudo, mas né, eu quis compartilhar um pouco do que vivi na informática desde novo. Um Abraço.

PS: Eu sei que o tópico é antigo! :p

[42] Comentário enviado por removido em 13/01/2016 - 23:35h

Eu vivi toda essa época.
A única coisa que não tive foi um modem para participar de uma BBS.

Saudades. Principalmente do SideKick.

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http://24.media.tumblr.com/tumblr_m62bwpSi291qdlh1io1_250.gif

# apt-get purge systemd

Encryption works. Properly implemented strong crypto systems are one of the few things that you can rely on. Unfortunately, endpoint security is so terrifically weak that NSA can frequently find ways around it. — Edward Snowden

[43] Comentário enviado por ronaldo13 em 15/01/2016 - 09:33h

Legal o artigo, me lembrou do meu primeiro contato com computador: 1986 - meu pai chegou com um Apple 2. Ficava muito tempo "fuçando" pois tinha só 8 anos na época.

Meu pai comprava a revista INPUT, que tinha diversos códigos: Assembler, basic, TK3000, etc para MSX, Apple e outros. Até hoje temos essa coleção, deu 5 livros com capa dura.




[44] Comentário enviado por JOSEMAURER em 21/01/2016 - 18:30h

É.... Me lembro do meu primeiro contato com um TK 80 (acho que era fabricado pela Prológica, se não me falha a memória), ligado à um TV P&B e uma gravador de fita K7. Rodava programas 'desenvolvidos' em BASIC, com as típicas linhas numeradas e comandos GOTO/GOSUB/RETURN... Me lembro da minha primeira 'cagada' num dos computadores da empresa em que trabalhava: formatei um HD sem querer, apenas fazendo rodar os programas listados no diretório. Nunca me esqueço do nome: "Formwinch.exe"... Não tinha me ligado na sugestividade do nome... Enquanto os técnicos da Itautec arrancavam os cabelos pra tentar reverter a perda de um banco de dados importantes que ali havia, eu assobiava de soslaio, piscando de medo que descobrissem a autoria do 'delito'. Aprendi batendo cabeça, mas aprendi muita coisa... Hoje, mesmo tendo me afastado do mundo técnico dos computadores, ainda consigo montar redes inteiras, montar computadores (placas, HD, fonte, memória, processador, etc), instalar SOs. Uma coisa é certa: só aprende quem se envolve.

[45] Comentário enviado por Teixeira em 21/01/2016 - 21:58h

Os computadores da linha Sinclair eram uma coisa de gênio.
Pena que não foram avante, pois seu hardware era muito bem bolado e seu Basic muito elegante, aceitando várias instruções complexas em uma mesma linha, como por exemplo:
[CODE]
640 PRINT "O GANHADOR E' "; ("O COMPUTADOR. OBA!!! " AND CR>HR) ; ("O HUMANO, QUE DROGA!!!" AND HR>CR) ; ("NINGUEM. FOI EMPATE...) AND CR=HR)
[/CODE]
E não precisava teclar o comando, letra por letra: Havia teclas específicas para isso.
Bastava um toque na tecla correspondente, e o comando se incorporava à listagem.
A produtividade era bastante grande, mesmo em se tratando de um dialeto Basic e do teclado minúsculo.
E tanto o ZX80 quanto o ZX85 tinham apenas 1kB de memória RAM (expansível até 18kB através de um módulo de expansão, cujo preço era meio salgado...).
A diferença entre esses modelos estava no interpretador Basic, que no zx80 era de 4kB, e no ZX81 já era de 8kB.
Porém quanto à programação, era praticamente igual nos dois modelos, já que as diferenças não eram assim tão significativas.
Com a chegada dos "CO-CO" (é "Color Computer", viu gente?) mudou o hardware e o software.
Em seguida, apareceram os IBM-PC lendo dois bytes de cada vez, e praticamente "mataram" a concorrência.
Sendo que os primeiros PC verdadeiros (por aqui já eram XT) tinham apenas 64kB RAM e fonte de 63W.
Em seguida apareceram os Peanuts com teclado infravermelho... Também não foi bem sucedido.
Mas a partir do AT a IBM (e mais um montão de clones tanto americanos quanto asiáticos) conseguiu firmar-se no mercado de computadores domésticos.


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