No script será solicitado o tipo do seu disco rígido ou HD que via de regra fica em /dev, diretório no qual são armazenados os dispositivos existentes no sistema. Entenda que tipo se refere ao padrão do disco, ou seja, IDE (ATA) ou SCSI (SATA), ligado a controladora de interface de comunicação que no
Linux são reconhecidos com a nomenclatura:
IDE (ATA) = hda
SCSI (SATA) = sda
As diferenças entre esses padrões são de ordem técnica em relação a desempenho, custo, tamanho, tempo de acesso, velocidade do motor e de transferência de dados etc. Enfim nada que você tenha que se preocupar embora ter esse conhecimento evite que você compre gato por lebre caso queira fazer upgrade no futuro. Apesar de que nas configurações mais atuais o Sata seja praticamente o padrão, mais essa afirmativa não é de todo exata e não entraremos no mérito da questão. Basta verificar a saída no terminal, conforme abaixo:
Assim que obter esta informação o script lhe perguntará qual é o sistema de arquivo da partição, que numa linguagem mais simples é a forma como um sistema operacional formata o disco rígido para o armazenamento dos dados que serão gravados nele, que no Windows é o NTFS e no Linux os padrões mais utilizados são o ext3 ou ext4, sendo este último o mais utilizado pelas distros mais recentes. Apesar de que há quem prefira o Reiserfs, que é extremamente rápido, desde que os arquivos sejam pequenos, pois se passar de 10 MB para cima há uma perda de desempenho.
Como hoje em dia filmes em avi, centenas de músicas em mp3 e muitas fotos são armazenados no HD, esse padrão não seria a melhor opção. Mais uma vez são questões puramente técnicas que cabe a cada um decidir o que é melhor para si ou dito num ritmo de funk, "Ado-a-ado cada um no seu quadrado".
O padrão ext3 e ext4 possui uma tecnologia chamada de journaling, que é a capacidade de acompanhar as constantes mudanças que serão realizadas no sistema de arquivos como gravações e atualizações de dados, evitando fragmentação no disco e perda dos dados quando há um desligamento abrupto como falta de energia ou desligamento acidental da máquina.
Esse sistema verifica entre outras coisas se mudanças foram gravadas no journal (que em português significa diário) e se lá existirem, elas serão aplicadas ao sistema. O script lhe abrirá o gparted conforme figura abaixo, note que a partição e o sistema de arquivos do Linux são facilmente perceptíveis, quis propositadamente uma interação gráfico com o usuário para "mensurar" visualmente o espaço e arranjo do seu disco. Mas tome cuidado, pois o gparted não perdoa lambança do tipo Chaves: "Foi sem querer querendo!"
Agora você poderá digitar a informação quando solicitado com exatidão. Desse ponto em diante o trabalho ficará a cargo do script sem que precise lembrar ou decorar comandos que são pouco usados no dia-a-dia. Afinal não é sempre que se instala um Windows com
GNU/Linux funcionando plenamente, até porque o contrário é mais comum. O sujeito usa o MS e de repente se interessa pelo pinguim e quer instalá-lo e o processo de instalação por padrão identifica se há outros sistemas operacionais e automaticamente são gravados no Grub, dispensando assim uma intervenção igual a que estamos propondo aqui neste artigo.
Seja qual for o motivo da instalação do MS no seu notebook ou desktop, certamente você desejará ter o seu pinguim disponível e o recgrub.sh será uma mão na roda e a outra na chave. E caso precise editar o Grub queira ler, se assim desejar, essa minha dica publicada aqui no VOL, que apesar de fazer menção ao Ubuntu 9.10, serve igualmente para os seus sucessores: