Quando iniciam no mundo Linux, os já viciados em Windows acreditam que konsole, terminal, xterm e etc são todos a mesma coisa. Em verdade, na maioria das vezes, sequer sabem o que é um xterm, uma vez que geralmente usam o KDE. Com o passar do tempo os mais afoitos por conhecimento passam a procurar gerenciadores de janelas alternativos e, pasmem, cadê o konsole?
O Konsole é o mais conhecido terminal gráfico, tanto é que quando se trata do terminal de texto do Linux (modo texto), muitos o chamam de console. Não que essa designação esteja errada, mais mostra a influência que o KDE tem na vida dos linuxers. O Konsole foi criado para integrar o ambiente desktop integrado do KDE.
Konsole com 3 abas abertas visto com a configuração padrão.
Desvantagens:
O Konsole é um dos terminais gráficos mais pesados que existem. Ele ocupa aproximadamente 25,8 MB de memória. Isso se tratado isoladamente. Pois, como é integrado ao KDE, vão ser carregadas as kdelibs junto com ele. Isso irá conferir ao Konsole aproximadamente 60 MB! Claro, se você estiver executando o Konsole no próprio KDE não terá tantos problemas, uma vez que as kdelibs já estarão rodando independente do Konsole, e por isso não precisarão ser carregadas novamente. Mas, se estiver usando outro ambiente gráfico, este será um grande desperdício de memória;
Essa não é essencialmente um problema, mas dependendo da forma que for usado, pode se configurar num incômodo: as aplicações abertas pelo Konsole são dependentes dele, ou seja, quando um aplicativo for aberto através do Konsole, por exemplo o Firefox, e posteriormente fechar-se o Konsole, a aplicação fechará junto. O mesmo ocorre com cada uma das abas do Konsole. Se o usuário tiver costume de trabalhar com muitas abas abrindo e fechando elas (como eu), terá essa dor de cabeça com o Konsole.
Vantagens e recursos:
Por fazer parte da suíte de aplicativos do KDE, há a certeza de compatibilidade entre os programas deste ambiente integrado;
Tem suporte a abas;
Tem menu de opção bem completo;
Tem menu popup (botão direito do mouse) com as opções mais usadas;
Pode-se salvar as configurações (número e nomes das abas - por exemplo) facilmente no menu "session" -> "save session";
Pode-se alterar o esquema padrão das cores através das preferências. Deste modo evita-se problemas como o "azul invisível", onde a visualização das letras por conta de transparências e cores ou imagens de fundo é quase impossível.
Para entender melhor o "azul invisível", entre no tty2 (ctrl + alt + F2), logue-se com seu usuário e liste os arquivos de sua pasta (comando "ls"); perceba que as pastas, que são listadas em azul escuro, quase não podem visualizadas, já que o fundo do terminal é preto. O Konsole por padrão irá listar o azul um pouco mais claro, o que, por si só, já evita o azul invisível.
Suporte a tela cheia;
Grande número de linhas suportadas no histórico, o que evita a preocupação com o uso de recursos como a paginação;
Suporte a links (escreva www.vivaolinux.com.br no Konsole e perceba que pode-se abrir o link apenas clicando em cima dele);
Recursos de personalização visual com transparências, imagens de fundo, ocultação de menus, etc).
[3] Comentário enviado por davidsonpaulo em 12/07/2006 - 11:46h
Salve Fernando!
Beleza de artigo, bem detalhado, assunto pouco tratado, embora trate de algo que todos usamos constantemente.
Fiquei surpreso com sua afirmacão de o Gnome-terminal ser mais pesado que o Konsole, pois aquele sempre foi aberto mais rapidamente do que este, além de parecer mais ágil durante a operacão, sempre que pude compará-los. Talvez isso decorra das versões, uma vez que, no GNOME 2.14, ocorreu uma sensível melhora na manipulacão de memória dos seus aplicativos, fazendo com que a agilidade fosse aumentada grandemente (alguns testes mostraram o Gnome-terminal com uma execucão mais rápida até mesmo que o Xterm, embora o tempo de abetura e consumo de memória do Gnome-terminal fossem incrivelmente maiores).
Mas é isso aí, terminal é que nem gerenciador de janelas: cada um tem o seu. :-) Gostei de conhecer o Mrxvt, vou testá-lo assim que tirar uns minutinhos pra dar uma mexida sem compromisso. Gosto muito da sensacão de a janela do terminal abrindo-se instantaneamente, coisa que não acontece com o Gnome-terminal.
[4] Comentário enviado por fsamoreira em 12/07/2006 - 12:44h
salve davidson!
eu nao fiz os testes, mas teoricamente o que acontece é o seguinte: o gnome-terminal carrega menos bibliotecas externas junto com ele, diferente do konsole que precisa carregar as kdelibs. sendo assim, quando você abre o konsole numa windowmanager diferente do kde ele vai pesar muito e vai demorar mais para abrir, pois vai ter que carregar todas as kdelibs, o que, exagerando um tanto, é quase como carregar o kde inteiro na sua máquina. Se considerado esse detalhe o konsole é mais pesado que o gnome-terminal quando aberto fora do kde (quando aberto no kde as kdelibs já estaram carregadas).
por isso que o gnome-terminal parece mais leve, porque fora do kde ele realmente é.
[6] Comentário enviado por agk em 12/07/2006 - 15:06h
Muito bom, bastante interessante essas comparações, utilizo o konsole estou muito satisfeito com ele, pois atende as minhas necessidades com os recursos que tem.
mrxvt*cursorBlink: true
mrxvt*cursorBlinkInterval: 1000
mrxvt*geometry: 80x25
mrxvt*cursorColor: white
mrxvt*initTermNumber: 5
mrvxt*borderLess: true
mrxvt*bottomTabbar: true
mrxvt*hideButtons: true
mrxvt*transparent: true
mrxvt*transparentTabbar: true
mrxvt*backgroundFade: 100
mrxvt.scrollBar: false
mrxvt.pointerColor: black
mrxvt.cursorColor: red
mrxvt*tabForeground: white
mrxvt*itabForeground: forestgreen
mrxvt*font: 9x15
!mrxvt*xft: true
!mrxvt*xftFont: Bitstream Vera Sans Mono
!mrxvt*xftmFont: Bitstream Vera Sans Mono
!mrxvt*xftAntialias: true
!mrxvt*xftWeight: normal
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!mrxvt*xftGlobalAdvance: true
!mrxvt*xftWidth: normal
!mrxvt*xftRGBA: rgb
!mrxvt*xftSize: 10
[8] Comentário enviado por feraf em 12/07/2006 - 17:32h
Olá,
Não sei qual versão do gnome-terminal você usou, pois a versão 2.14 (a última versão estável) está muito mais rápido e leve, devido a melhorias no Gtk e na renderização de fontes do terminal. Segundo a Gnome Fundation (http://www.gnome.org/start/2.14/notes/en/rnusers.html) ele se tornou até mais rápido que o Xterm. Se bem que se você não usa gnome (ou Xfce) não vale a pena usá-lo.
[9] Comentário enviado por PCMasterPB em 12/07/2006 - 20:32h
Muito interessante teu artigo, mas senti falta do aterm, ele é um terminal a meu ver bem leve e bem customizavel, como transparência e tal. Teria tb o eterm, os dois, aterm e eterm, são bastante difundidos na comunidade linux em geral, principalmente quem usa o Fluxbox ou Blackbox. Flw. ;D
[10] Comentário enviado por grabber em 12/07/2006 - 21:38h
Parabéns pelo artigo! Tem só um detalhe, o fato de quando executamos um programa em determinados terminais ele ficar dependente do console é relativo. Para solucionar este problema...
PROGRAMA & (o "&" cria um processo independente em background).
[11] Comentário enviado por Phantom X em 13/07/2006 - 00:46h
Quero lembrar que o "Mrxvt" veio do "aterm", que veio do "rxvt", tanto que o mrxvt se chamava "materm" a uns tempos. Por isso, não se preocupem por ter faltado o "aterm", pois são bem parecidos no uso, a não ser a falta de abas neste último.
[13] Comentário enviado por GilsonDeElt em 30/06/2007 - 12:46h
Cara, muito bom seu artigo.
Ficou bem explicado.
Uso o KDE, e não acho o Konsole tão pesado assim. Ele levou 3 segundos pra abrir no meu PC - 3 segundos na primeira carga e 2 na segunda (256 mb RAM, Konqueror com 9 abas abertas, Kopete, KPPP, GKrellM e amaroK rodando).
Nunca tinha ouvido falar do MRxvt e nunca usei Gnome-Terminal.
Já usei o Rxvt no meu Fluxbox e até gostei,
mas o tal de xterm é muito "simples", dá só pro básico do básico (é só uma opinião minha).
O Yakuake também é bom, mas prefiro meu velho Konsole.