Hoje em dia temos ambientes desktop bons. Mas apesar de toda beleza que alguns implementam, será que estamos sabendo analisar de verdade, quando se trata de praticidade aliada a beleza das inovações que os ambientes trazem? E a simplicidade... não conta? Leia o artigo e dê sua opinião.
Aplicando um pouco de simplicidade em nosso desktop
Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso.
- Albert Einstein
Quem não sabe o que procura, não entende o que encontra.
- Hans Selye
Eu já vi vários screenshots minimalistas, como esse que encontrei no DeviantArt:
Simples e absoluto, este screenshot ilustra melhor o meu ideal de como deveria ser um software. Aliás, um parte de programadores UNIX pensa assim: "Faça algo que faça pouco, mas que trabalhe e que faça bem feito."
Então por que vários menus, um dockbar e entre outras firulas que outrora pareciam ser atraentes e agora só poluem o desktop?
Por falta de raciocínio e análise, as pessoas às vezes são infelizes. Eu falo isso por que já passei maus bocados por falta de humildade comigo mesmo, às vezes eu lia textos escritos por terceiros sem prestar muita atenção e sem paciência, tornando o meu pensamento arrogante e fechado. Sendo que eu poderia aprender tudo com calma e harmonia. ;-)
Talvez por isso perdemos bastante usuários vindos do Windows, por que já estão acostumados a fazer as coisas mecanicamente, que não sabem mais como aprender. Há também casos de profissionais que se sentem frustrados com informática não por que escolheram a faculdade errada e sim por não saberem aproveitar, ter paciência e um pouco de atenção. São emoções básicas e simples que há pessoas que acham que esse tipo de virtude é um atributo de gênio.
Na minha opinião, eu acho que quem vai decidir se seu desktop vai ficar simples ou não é você. Pois você sabe as ferramentas que usa e a maneira com qual você trabalha. Portanto não irei descrever aqui tudo que você poderia fazer.
1. Deixe seu desktop o mais simples e minimalista possível, é ver o que polui visualmente e tentar descartá-lo.
2. Arranje tempo para organizar as coisas que você realmente usa e tente descartar as desnecessárias (e.g: se você usa o GNOME, KDE ou XFCE só para usar programas baseados em interface gráfica, então você pode gostar do Fluxbox, LXDE ou Openbox ;-)).
3. Deixe o desktop com uma visão limpa e bem definida, assim com tempo você vai se tornando mais prático e eficiente no uso do seu computador.
Bom, eu acredito que essas 3 dicas possam te ajudar, mas nada impede de pensar em algo criativo de como realizar o seu trabalho da melhor maneira possível. ;-)
Conclusão
E isso é tudo que eu tenho a dizer sobre a guerra do Vietnã.
- Forrest Gump
Bom, espero que até aqui você tenha entendido um pouco da minha visão não só do mundo, mas também da informática em geral. Eu acho que as coisas trabalham quando não é só a aparência que está em jogo.
Se você de alguma forma ficou interessado(a) no artigo e quiser da sua nota ou até mesmo debater sobre o assunto, eu ficaria muito agradecido. A ideia inicial desse artigo é compartilhar a ideia, assim como compartilhamos o software. ;-)
[1] Comentário enviado por eldermarco em 19/03/2010 - 11:59h
E que se entenda que quando se fala em simples, não está se falando em fácil. Usar um fluxbox, por exemplo, não é fácil para um usuário não habituado com uma linha de comando. Além do mais, demora até o usuário deixar os menus bem organizados, entender como funcionam os arquivos de configuração e até mesmo se acostumar com outros emuladores de terminal. Nem sempre é interessante ficar chamando programas por terminal. Eu mesmo me incomodo com algunas programas chatos que ficam enviando saídas para o terminal e atrapalhando a minhas outras tarefas! =)
Eu passei um tempo usando o fluxbox, mas acabei voltando para o GNOME por achar que me faltavam algumas ferramentas que o GNOME proporcionava (agora não me lembro mais o que era... :s) . De qualquer maneira, sinto saudades de voltar para esse ambiente pela leveza do mesmo. Não tanto pela aparência porque acho o GNOME mais bonito ;)
[2] Comentário enviado por demoncyber em 19/03/2010 - 12:15h
Olá,
Primeiramente parabéns pelo artigo ficou muito bom!!!
Eu atualmente uso fluxbox em casa e kde 4 no trabalho, na verdade não faz muita diferença o ambiente que uso :) pois nem barra de tarefas apareci ela sempre está oculta, e basicamente só uso alt+f2 e mando abrir os programas que gosto, os quais são personalizados com o minimo de botões na tela para que ela não fique poluida. E no fim de contas usamos mais os programas não os ambientes gráficos. Muitas vezes são gastos muito tempo com flame wars ... eu gosto de tal time de futebol a o outro gosta do outro e o eterno blah blah q não leva a lugar nenhum, o imrpotante é lembrar que todos jogam o mesmo jogo .
Eu pessoalmente tenho uma grande preferência por simplicidade e não sou muito fã de minimalismo, mas cada um tem seu gosto ...
[3] Comentário enviado por albfneto em 19/03/2010 - 13:58h
olha, eu gosto de todos os ambientes gráficos, e uso todos.
mas quando atualizo o sistema ou faço muito cálculo, uso um fluxbox muito simples...
Mas tenho um artigo aqui no VOL, sôbre todos os ambientes gráficos menos comuns
mas as distros minimalistas, são muito úteis em micros pequenos, ou quando quer ter muito processamento.
alguns ambientes intermediários, como LXDE e XFCE são leves, também....
tudo depende do que quer...
por exemplo, KDE 4 é pesadão e bonito, mas para o trabalho, o GNOME é mais PRÀTICO, porque mais intuitivo, não necessáriamente mais SIMPLES... O GNOME é o ambiente gráfico onde acho mais fácil achar as coisas. GNOME é o que prá mim, tem maior usabilidade, e não necessáriamente é simples...
Porque usabilidade é facilidade também, por exemplo, uma coisa e copiar 3 arquivos com comandos... outra é copiar 75 arquivos, pra fazer isso sem usar gerenciador de arquivos dá um trabalhão!
portanto recursos gráficos, também podem ser usabilidade!
Por isso Linux é legal, vc pode usar tudo o que quiser! os Win, não, são todos iguais!
o que acontece é que... se vc tem uma belíssima NVIDIA poderosa, por que não usar Compiz, Looking Glass, E17 e tudo o que tem direito?
os ambientes gráficos do Linux são tão bonitos e sofisticados, que é pena não usar.
[4] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 14:01h
Há muitas maneiras de trabalhar, de estudar e se divertir. Os ambientes ou interfaces escolhidas pelos usuários devem ser baseadas no hardware que cada um possui. Máquinas antigas e novas, potentes ou não, seu proprietário deve ter discernimento para obter eficiência de seu equipamento, busque ele trabalho, estudo ou diversão.
Meu hard, por exemplo, adquiri-o pensando em adequar tudo isso junto. Rodo aplicativos pesados, toco música ao mesmo tempo, vários desks abertos, downloads e não contente, ainda tenho interface incrementada com monitores de sistema, compiz ativo e lá vai.
E tudo sem o menor problema, sem travamentos. Observem meus screenshots postados.
Sem perder tempo com flame wars, se eu fosse executar tudo isso num windows, já sabem no que daria né?
É bom conhecermos os limites de nossas máquinas. Como saberíamos escolher, decidir?
Deve haver prazer em frente ao desk. Jean, você citou que houve pouca evolução na arquitetura dos equipamentos, você reparou no designer desses equipamentos? Não tenho todo o conhecimento por você demonstrado, suas pesquisas e seu cabedelo, mas as diferenças de escolha é que move os criadores da comunidade, engenheiros e designers.
Todos devemos aprender, discenir e ser realista com o que temos.
[5] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 22:24h
Obrigado, pelos comentários e me desculpem por não proporcionar um artigo melhor a comunidade.
Eu mesmo uso o GNOME no Arch, mas eu deixei ele bem simples. Somente com uma barra.
Mas eu comecei a perceber de que alguma forma o GNOME não foi feito para ter somente uma barra (e ainda mais inferior). Então eu estou pensando deixa-lo como ele por padrão ;-).
[6] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 22:34h
Ultimamente eu tenho testados alguns DEs (Desktop Environment) e WM (Window Managers) e percebi que apesar de uma customização, eles tem de alguma forma
um look and feel, próprio.
Exemplo:
O GNOME (o DE que eu uso) por padrão vem com os 2 paineis (um superior e outro inferior). E quase impossivel imaginar ele de outra forma, tanto que eu estou usando
somente uma barra (inferior) e vejo de que alguma forma não "encaixa".
Assim acontece com o KDE, é quase impossivel ver ele igual ao GNOME (Com um painel superior e outra inferior - eu ao menos não consigo imaginar).
É lógico que o DE foi concebido para ser de uma maneira, mas será que eles não são um pouco limitados quando se trata de uma certa customização?
[7] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 23:15h
Tem procedência sua indagação. Particularmente, não gosto de dois painéis, padrão do Gnome, então oque fiz? Como a barra do Gnome não alarga sem alargar também os ícones, acrescentei duas barras, duas inferiores, veja: http://www.vivaolinux.com.br/screenshot/Gnome-Black-Ubuntu-1/, eu não conheço, no Gnome, outra maneira de agrupar os ícones de meus usuais aplicativos, sem deixá-los muitos grandes ao alargar a barra. Se houver, por favor, me ensine.
Taí cara! Você me despertou uma dúvida interessante: como é o comportamento do Gnome e do KDE em diferentes distros?
Você usa o Gnome no Arch, eu no Ubuntu (desktop). Como poderíamos comparar?
Uma vez instalei o KDE no Ubuntu e não percebi diferença de performance. Só desinstalei por gosto mesmo, prefiro o Gnome.
[8] Comentário enviado por elvanineto em 20/03/2010 - 08:34h
Primeiramente parabéns pelo artigo!
Você abordou de forma bem clara a teoria do assunto e citou exemplos de forma que possa levar a pessoa a pensar melhor sobre o uso de seus desktops. Eu particularmente também adoto essa idéia de minimalismo. Em casa sempre usei Fluxbox bem configurado pra deixar de forma simples o acesso apenas das ferramentas que eu mais utilizo.
No trabalho não uso interface gráfica pro Linux. Trabalho em uma estação rWindows e acesso via ssh os servidores. Vejo o uso de interfaces gráficas como o uso de roupas. É bem pessoal. Cada um gosta de uma cor, de um detalhe ou um estilo de moda diferente. No linux isso é possível, você personaliza sua distribuição da forma que você desejar.
[10] Comentário enviado por Teixeira em 20/03/2010 - 19:24h
O colega ENeto definiu bem: Uma interface gráfica é como uma "roupa".
E como gosto não se discute, cada um de nós usuários GNU/Linux veste seu desktop segundo sua vontade, e não segundo a vontade de terceiros.
No tocante ao Basic Linux, o Busybox + JWM propiciam um ambiente que pode ir do mais discreto possível ao mais tropicalista imaginável.
A ausência de ícones é substituída por um bom menu principal. No entanto, no Big Linux acho que uns iconezinhos vão muito bem.
Mas acho que cada um deve ter cuidado para não usar roupas que lembrem as do comediante Falcão...
[11] Comentário enviado por joaocagnoni em 22/03/2010 - 09:59h
O Linux pra mim é como uma linda estrada que possui um grande buraco no seu centro. Ela é linda, boa de trafegar, mas quando você mais precisa acaba ficando na mão.
[13] Comentário enviado por removido em 27/03/2010 - 18:32h
Acho que uma solução extremamente viável para manter um certo simplismo nos DE mais comuns é aumentar suas modularidades, à exemplo do que o Arch faz. Assim, o usuário pode facilmente costumizar seu DE preferido, tendo apenas aquilo que ele quer e precisa, sem gastar memória e HD com serviços e aplicativos desnecessários.