Resumo
Sempre tive vontade de instalar o sistema operacional
Linux, porém sempre encontrava algum problema pela frente. Nesse artigo quero mostrar a minha aventura em tentar migrar do Windows para Linux, minhas ideologias, frescuras e necessidades que me impediram de conseguir essa migração há anos. Inclusive minha dificuldade em achar uma distribuição que atendesse as minhas necessidades.
Depois de tanta luta finalmente consigo utilizar o Linux integralmente.
Palavras chave:
Linux,
geek.
Introdução
Alguma coisa sempre me dizia que devia utilizar Linux! Sempre tive a impressão que os mais "geeks" utilizavam Linux. Acho que pelos filmes que eu assistia em que tudo era na "tela preta" e isso me associava ao Linux.
A pelo menos nove anos tento migrar do Windows para o Linux, e acho que agora eu consegui realizar essa migração por completo.
Nesse artigo quero mostrar a minha aventura em tentar migrar do Windows para Linux, minhas ideologias, frescuras e necessidades que me impediram de conseguir essa migração há anos. Inclusive minha dificuldade em achar uma distribuição que atendesse as minhas necessidades.
A saga
Conheci o Linux por volta de 2002 quando estava me formando do curso técnico e sempre tive o desejo de instalá-lo e utilizá-lo, porém sempre tive muitas dificuldades. Em meados de 2002 tentei realizar a primeira instalação Linux que foi
Conectiva 8. Instalei em um computador Pentium 233MMX com 32MB de RAM.
A instalação foi tranquila, porém não tinha um computador apenas para mim, o computador em casa era comunitário e devido a isso tive problemas em deixar o Linux, tentei compartilhar Windows e Linux, porém o HD era insuficiente, abandonei por um período a minha tentativa de utilizar Linux.
Em 2004 fui trabalhar em uma empresa onde tinha alguns sistemas em Linux e um servidor de internet também em Linux. Estava cada vez estava mais próximo do meu objetivo. Nessa empresa tive a oportunidade de ter um maior aprendizado sobre Linux, ainda muito básico, porém já estava me familiarizando com os comandos, ls, mkdir, cp entre outros.
Em 2007 devido ao meu TCC de graduação tive que adquirir um computador apenas para mim, nesse ano começou a minha maior investida em conseguir utilizar o sistema operacional Linux. Instalei de tudo que você possa imaginar:
Conectiva,
Mandriva,
Fedora,
SuSE,
Slackware, e alguns outros de menor expressão. Porém estava com uma grande dificuldade, decidir qual distribuição utilizar.
Instalava o Fedora aí dois dias depois lia algum artigo na internet dizendo que o SuSE era melhor, instalava o SuSE e lia que o Slackware era melhor, nunca conseguia me decidir e nisso de tanto instalar e desinstalar, nunca tinha os aplicativos que eu realmente precisava e acabava tendo que voltar a utilizar o Windows.
Depois vieram as placas wireless e voltei a tentar investir em alguma distribuição Linux, porém algumas não reconheceram minha placa wireless ou dava um baita trabalho pra configurar (o que eu adorava), pois aprendi muito ao tentar configurar minhas placas wireless, tanto que meu primeiro artigo escrito é exatamente sobre isso.
Vocês devem estar se perguntando: "mas se você gostava de ter trabalho por que não continuou?". A resposta é simples, não tinha tanto tempo assim para ficar configurando as coisas quando eu precisava, tinha que ser mais rápido.
Porém continuava não conseguindo me firmar em nenhuma distribuição, sempre faltava algo. Fedora: gostei, porém nunca fui muito com a cara dessa distribuição. SuSE: achei muito boa, reconhece todos os hardwares, tem o apoio da Novell, porém com o
YaST achei as coisas fáceis demais, e acabei desanimando. Slackware: gostei muito, porém é difícil demais para instalar as coisas, tudo tem que ser no "make, make install" o que me deixava bem confuso, e pensava se valia a pena todo o esforço... Hoje vejo que valeu e muito.
Ubuntu: fiquei um mês utilizando apenas ele, porém não me acostumei com o
Gnome, prefiro muito mais o KDE, e também achei o
apt-get fácil demais, o apt-get faz tudo, achei estranho, queria uma coisa mais "geek". Mandriva 2009: não reconheceu minha placa wireless e não consegui configurar de jeito nenhum. Conclusão, mais uma vez fiquei indeciso no que utilizar e na dúvida acabei voltando mais uma vez para o Windows, mas parecia cada vez mais madura a ideia de utilizar Linux.
A luz
Atualmente faço pós-graduação em Segurança da Informação e estamos tendo uma aula chamada IDS e nela o professor utiliza Debian Linux, e para instalar qualquer coisa ele utiliza o apt-get. Detalhe: ele usa e trabalha com Linux há anos. Parei e pensei: "Se ele que utiliza Linux durante anos, trabalha com Linux e é adepto das facilidade do Linux, porque eu tô com essa frescura de querer ficar sofrendo?"
Voltei a estaca zero! Qual distribuição utilizar? Comecei a pesquisar sobre as distribuições, e nessa de pesquisar achei um site bem interessante (
www.zegeniestudios.net). Ele faz várias perguntas e no final dá as opções de distribuições Linux que mais se adequam ao seu perfil. O resultado do meu teste foi o seguinte, conforme ilustra a figura:
Dos 6 resultados 100%, tentei instalar três distribuições: Fedora, Debian e Mandriva. Abaixo vou descrever o que me agradou e o que não me agradou e qual foi a minha escolha.
Fedora infelizmente não reconheceu a minha placa wireless e não estou mais com tanta paciência para ficar pesquisando e ver como instala. Debian gostei bastante, leve, porém também não reconheceu minha placa wireless e o padrão vem com o Gnome. Mandriva 2010 o escolhido!
Sempre ouvi a seguinte frase: a primeira impressão é a que fica, e não é que é verdade?! Assim que terminou de instalar já reconheceu minha placa wireless, foram três cliques e estava na rede e navegando.
Ao tentar configurar o famoso cubo (Compiz Fusion) deu um erro dizendo que o pacote não estava instalado, cliquei em instalar e deu o primeiro problema, o pacote desejado não existe!
Fiz uma rápida pesquisa e achei o seguinte site:
As fontes de instalação foram atualizadas, e pronto, o Compiz Fusion também.
A partir daí foi só alegria, instalou todas as atualizações, os programas que eu queria instalar se não estavam no repositório, eram facilmente instaladas pelos pacotes rpm.
Quando tinham dependências de algum outro pacote eram resolvidas automaticamente pelo Mandriva. Interface super amigável e intuitiva. Não tive dificuldade nenhuma de adaptação.
Conclusão
Depois de anos tentando utilizar o sistema Linux, dentre esses anos, vários percalços (frescuras, filosofias, várias distribuições) onde me fizeram quase desistir de utilizar Linux. Eis que de tanto tentar e parar com as frescuras, consigo finalmente utilizar o sistema Linux integralmente, deixando o Windows de lado.