Para quem esta conhecendo o
Linux hoje, com toda desenvoltura e reconhecimento de suas habilidades atuais, não sabe o quão importante ele foi e está sendo no cenário mundial, no que diz respeito a sistemas operacionais, softwares e hardwares.
É certo que no caso de hardwares precisamos quebrar alguns paradigmas para que determinados fabricantes forneçam drives para o nosso uso, mas isso já está acontecendo e posso até citar como exemplo pessoal a Samsung, que me surpreendeu, pois recentemente na aquisição de 2 modelos de impressoras laser multifuncionais para uso em rede para o parque de impressão de minha empresa, vimos que elas eram totalmente compatíveis com o Linux.
Contudo, percebe-se que o mercado atual está favorável e a oferta está aumentando cada vez mais.
O Linux
Alguns não sabem e muitos se esquecem que o Linux não é um Sistema Operacional, ele na verdade é o kernel, isto é, é ele que faz a comunicação entre o hardware e o sistema operacional que administra ou comporta os softwares instalados em sua máquina para uso de seus usuários.
O Linux caiu como uma luva nas pretensões da Free Software Foundation (FSF), que desde 1985 buscava um kernel que fosse compatível com seus ideais de liberdade, o que veio a ser o casamento perfeito quando em 1991, no dia 5 de outubro, um certo finlandês chamado Linus Torvalds anunciou a liberação da primeira versão oficial do Linux, que teve seu processo de desenvolvimento iniciado em 1989 com o aprimoramento do kernel do Minix numa empreitada pessoal e que posteriormente foi relatado a um grupo de discussão do qual ele fazia parte, onde ele envia uma mensagem informando que estaria abrindo o código para que outros desenvolvedores ajudassem a melhorá-lo. Daí deu no que deu, e vocês já sabem o quão feliz se tornou essa união.
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Uma revolução
A Internet só foi dar as caras no Brasil, isto é, a Internet como a conhecemos hoje, em 1995, antes disso a comunicação era limitada ao conhecimento de poucos nerds via BBS. Essa limitação de comunicação era responsável pelo grande buraco negro entre os fabricantes de softwares e o mercado dos poucos usuários de computadores. O que marcou uma era de muita mala-direta em papel "só para quem se registrasse via carta", o que fazia seus sistemas serem pouco conhecidos.
Somente as grandes empresas, devido ao seu poder financeiro para investir em marketing ou em suas habilidades de negociação, que foi o caso da Microsoft, junto aos fabricantes de hardware, eram capazes de atingir o público que começava a se manifestar na utilização dos computadores.
Nisso, um outro mercado começava a se formar, a Pirataria de Software, pois qualquer pessoa poderia adquirir uma licença e depois distribuí-la para uma cidade inteira e o fabricante nunca iria saber, porque praticamente não havia controle.
Pois bem, a partir de 1995 uma nova forma de divulgação de software passou a se difundir, era o surgimento dos "Demos", isto é, softwares em versão de demonstração.
Em 1997, com a internet um pouco mais estruturada, o Linux começou a ganhar espaço no mercado tupiniquim a partir das universidades e junto com ele um novo pensamento começou a se formar ao redor de uma palavra em inglês "Free".
A liberdade que o Linux propôs fez com que muitos desenvolvedores começassem a dedicar algumas horas para criar softwares e sistemas, isso semeou pequenos projetos que foram abraçados por mais e mais desenvolvedores e assim estes projetos se tornaram grandes, como é o caso do Apache e do Mozilla Firefox.
Isso idealizou muitas novas empresas e pequenos desenvolvedores a investir neste conceito de "Software Livre", e graças a isso e ao crescimento de linguagens que poderiam ser utilizadas em multiplataforma, a internet veio possibilitar a oferta de downloads conhecidos hoje como "Freeware", onde antes só existiam os Demos, Trials etc.