Agora vamos ver como preparar um servidor dns, uma máquina que é 
capaz de responder por domínios. Dois diretórios são muito importantes 
nesse trabalho: 
Dentro de /etc temos o arquivo 
named.conf. Dentro de 
/var/named temos os arquivos correspondentes a cada domínio 
pelo qual nosso servidor é responsável. Abaixo temos um exemplo de 
/etc/named.conf. Observe onde aparece o termo "zone". Cada vez que 
encontrá-lo significa que ali existe a indicação de um domínio. 
Note também o início do arquivo onde aparece "directory /var/named", 
etc. Essa é a parte do arquivo em que dizemos ao BIND em qual 
diretório os arquivos dos domínios devem ser procurados. Então a 
coisa funciona assim: 
   -  crio uma nova zona para um domínio novo qualquer 
   
 -  crio em /var/named o arquivo referente a essa zona (domínio)
 
Vamos criar uma zona para meudominio.com.br, basta imitar ou copiar e 
alterar uma zona já existente. 
 
options {
     directory "/var/named";
};
zone "." {
     type hint;
     file "named.ca";
};
zone "0.0.127.in-addr.arpa" {
     type master;
     file "0.0.127.in-addr.arpa.zone";
};
zone "localhost" {
     type master;
     file "localhost.zone";
};
zone "meudominio.com.br" {
     type master;
     file "meudominio.com.br.zone";
};
  
OK, não foi difícil. Uma outra coisa que devemos prestar atenção é 
na diretiva 
type. Na zona que criamos, estabelecemos como 
"master". Isto significa que o nosso servidor é o servidor primário 
dessa zona. Se fôssemos o servidor secundário, trocaríamos "master" 
por "slave". Vamos ver isso depois. Salve o named.conf e vá para o 
diretório /var/named e copie o arquivo "named.local" para 
"meudomínio.com.br". Use o comando: 
# cp named.local meudominio.com.br 
Vamos agora editar esse arquivo e deixá-lo OK, mas antes vamos ver 
alguns detalhes do mesmo.  
No início do arquivo temos uma informação 
TTL (time to live) 3600
(Ex.: 
$TTL 86400). Essa diretiva indica a quantidade de tempo 
que as informações desse domínio são válidas para outros servidores. 
Calma, vamos entender melhor. Quando um outro DNS recebe a informação 
sobre esse domínio, a mesma ficará no cache dessa máquina durante 
3600 segundos (ou uma hora). Com essa informação em cache, a próxima 
vez que alguém perguntar por esse domínio, a consulta não precisa ser 
feita ao DNS responsável (ao menos durante aquela 1hora em que a 
informação está no cache). Se houver uma outra consulta após essa 1 
hora, aí sim, haverá uma nova consulta ao DNS responsável. 
Vamos ver sobre as outras informações: 
   -  2003072401 ;Serial
   
 -  28800  ;Refresh
   
 -  14400 ;Retry
   
 -  3600000 ;Expire
   
 -  86400 ;Minimum
 
SERIAL: é uma versão do arquivo. Toda vez que houver uma alteração 
no arquivo do domínio, precisamos alterar esse número para que o 
servidor secundário saiba e possa copiar essa nova versão. No exemplo 
acima temos: 
2003072401. Analisando da direita para esquerda, 
podemos dizer que temos a versão 
01 de um arquivo criado em 
24/07/2003. Não existe uma regra fixa pra essa informação, mas você 
deve criá-la de uma forma que possa interpretá-la depois. 
REFRESH: indica o tempo, em segundos, em que o servidor secundário 
deve fazer uma consulta ao primário para saber sobre os domínios do 
mesmo. É nessa hora que a informação serial é importante, pois, caso 
o serial de algum domínio tem sido alterado, então o servidor 
secundário realiza uma nova cópia do mesmo. No exemplo acima o refresh 
deve ser feito em 28800 segundos, ou seja, de 8 em 8 horas. 
RETRY: se por algum motivo, na hora em que o servidor secundário fizer 
o "refresh" no primário, e o mesmo não responder, então ele tentará 
uma nova consulta no tempo estabelecido em "retry". 
EXPIRE: é o tempo máximo que o servidor secundário pode ficar sem 
consultar o primário. Após esse tempo, a informação sobre o domínio 
será expirada. 
Vamos agora para as outras informações. 
 
; definição do servidor DNS
@      IN      NS      localhost.
; definição do servidor de e-mail
@      IN      MX      mail.meudominio.com.br
; definição dos hosts
localhost      IN      A      127.0.0.1
www            IN      A      127.0.0.1
mail           IN      A      200.198.71.220
ftp            IN      A      127.0.0.1
 
Informações iniciadas com ";" são consideradas comentários. 
A linha: 
@      IN      NS      localhost.
 
informa quem é o servidor de nomes (NS) para "meudomínio.com.br 
(representado pelo símbolo @)". 
A linha: 
 
@      IN      MX      mail.meudominio.com.br
informa quem é o servidor de e-mail (MX) para "meudomínio.com.br (representado pelo símbolo @)". 
Por fim temos a definição dos hosts, ou seja, os endereços IP das máquinas que respondem por determinados serviços como: www, ftp, mail, etc. 
localhost      IN      A      127.0.0.1
www            IN      A      127.0.0.1
mail           IN      A      200.198.71.220
ftp            IN      A      127.0.0.1
 
Observe por exemplo na linha iniciada em "mail". Essa linha resolve a 
indicação MX (mail exchanger) feita acima. Na indicação MX, dissemos 
que o servidor de e-mail desse domínio é o "mail.meudominio.com.br". 
Quando fazemos isso, devemos dizer quem e a máquina "mail" (que no 
nosso caso e a 200.198.71.220). Observe também que indicamos qual o 
IP para o serviço WWW, ou seja, quando alguém buscar por 
"www.meudominio.com.br", então, conforme a nossa configuração, o 
servidor será o 127.0.0.1, assim como para o serviço FTP.   
Para testarmos esse domínio é preciso reiniciarmos o serviço NAMED. 
Para fazer isso vamos para o diretório onde estão os principais 
serviços do nosso sistema. O diretório é o 
/etc/rc.d/init.d. 
Dentro do diretório digite: 
# ./named status 
Esse comando nos dirá se o serviço está sendo executado ou parado. 
Se estiver sendo executado, então você pode usar 
./named restart 
para parar e iniciar o serviço imediatamente. Se estiver parado, 
então use 
./named start. Para testarmos o nosso domínio 
podemos fazer alguns testes usando o comando ping.  
$ ping www.meudominio.com.br
$ ping mail.meudominio.com.br
$ ping ftp.mwudominio.com.br 
Esperamos ter clareado um pouco a idéia de DNS nesse artigo. 
Aproveitamos também para pedir a sua colaboração para deixar esse 
artigo mais completo, pois sabemos que há muitas outras coisas a 
serem aqui acrescentadas e isso fará com que o site 
(
www.useredhat.com.br) 
armazene uma quantidade grande e importante de informações que cada 
vez mais usuários poderão utilizar.