Quem já migrou para o mundo de sistemas operacionais baseados em software GNU/Linux e percebeu que fez uma boa mudança, já teve vontade de "converter pagãos". Ou então, quando já no mundo GNU/Linux, tentou convencer um amigo a mudar de distribuição. No final, essas mudanças sempre acabam em brigas. Qual seria a solução?!
Este é meu primeiro artigo para o Viva O Linux, este portal de conhecimento que tem sido tão útil desde que me interessei em entrar a fundo no mundo do software livre e dos sistemas GNU/Linux.
Há pouco tempo eu era, como muitos gostam de chamar, um xiita. Acreditava que todos deveriam utilizar Linux, ou pelo menos, software livre e 100% gratuito. Mas não é bem assim. Não mesmo!
Apesar de ter evoluído muitíssimo nos últimos cinco anos, de ter incluído suporte a todo tipo de hardware, e de ter facilitado a vida do usuário - usuários não precisam saber o que é bootloader para usar - o Linux ainda não é um sistema perfeito.
Primeiro que é um tremendo erro procurar por um sistema operacional perfeito. Uns dizem: "Windows é perfeito"
Outros dizem: "Linux é perfeito"
Tem gente que diz: "Mac é perfeito"
E alguns dizem: "FreeBSD é perfeito"
Todos os sistemas operacionais existentes têm diferentes qualidades e defeitos.
Utilizar um sistema que tem mais qualidades que defeitos, exclusivamente para você, é torná-lo "perfeito".
No primeiro caso, tínhamos um usuário de Windows. Sem dúvidas, para aquele usuário específico, não valeria a pena migrar.
Ele tinha todos os programas que precisava, incluindo jogos de que gostava. Tinha também suporte para todo seu hardware. E mais, ele tinha uma licença original do Windows Vista.
E mesmo que o software fosse piratão, é o único que ele sabe utilizar.
Muito provavelmente, mesmo sem migrar para Linux ou qualquer outro sistema operacional composto ou não por software livre, o usuário quase sempre tem software livre instalado.
Foi uma notável exceção a de nosso amigo, visto que grande parte dos usuários atuais usa navegadores alternativos ao imperdoável Internet Explorer. E muitos já utilizam BrOffice.org, ou têm o GIMP instalado.
Mas se usuários de Windows não são os melhores candidatos a mudar, quem é?!
Afinal, creio que praticamente 100% dos usuários de Linux começou e aprendeu informática com Windows. A questão é que normalmente usuários de Windows têm a cabeça fechada, e preferem estufar o peito, falar que usam Windows pirata e que o Linux, quase sempre gratuito, não presta e não funciona.
Usuários que migraram são usuários que têm mentes mais abertas a novas experiências.
E mesmo para usuários "cabeça-dura", ensinar como utilizar e mostrar que não é difícil e que o sistema presta sim, não é tão difícil.
O correto não é instalar Ubuntu no notebook de um amigo e deixar lá, para ele testar. Não é instalar e mandar se virar. "Eu migrei, você também consegue!"
É ensinar como usar, aproveitar o tempo livre para mostrar recursos que muitos Windows por aí nunca terão, muitas facilidades que não dependem de programas. Um exemplo patético é o "sistema" de links que todo Linux tem (comando ln, que vem no coreutils). Que eu saiba, o Windows não tem isso. Tem um esquema de atalhos que são arquivos com extensão .lnk.
Também não acho correto apresentar um usuário que está engatinhando ao Slackware, porque com certeza não irá nem inicializar o X e acabará por falar que o Linux não funciona, que é uma merd* que nem interface gráfica tem.
Em empresas e instituições, é de extrema vantagem utilizar Linux, principalmente pelos cortes nos gastos que ocorrem com a implementação. Pense quanto dinheiro se economiza com as licenças.
Por outro lado, se os papéis que os funcionários desempenham estão intimamente ligados com o sistema operacional, treino pode sair caro.
O importante é que a empresa ou a instituição funcione, dando preferência a cortes nos gastos com sistemas operacionais gratuitos.
Algumas vezes é preciso ter máquinas Windows em empresas, mesmo que todo o resto seja Linux, porque alguns softwares específicos só rodam (bem) no Windows.
No caso das migrações de distribuição, eu acho patética a briga entre usuários de distribuições feitas para usuários avançados como Slackware e Gentoo e usuários de distribuições feitas para "apenas usuários", como Ubuntu.
Cada um usa o que mais lhe agrada. Se uns se sentem mais à vontade setando as configurações na unha, que seja. Se outros preferem apenas usar o sistema, que seja.
A migração deve ser espontânea.
Também é besteira ficar brigando contra usuários de FreeBSD, OpenBSD, NetBSD, ou qualquer outro sistema gratuito. O que vale é que o sistema é gratuito, e só isso.
E quando alcançamos um "quase adepto" e tentamos fazer ele migrar "com as próprias pernas" sem sucesso? Isso aconteceu porque não prestamos a ajuda necessária.
Quer saber como migrei? Migrei do pior jeito possível, instalei Ubuntu com dual boot e simplesmente comecei a usar. E aprendi a usar porque muitos me apoiavam, ou pelo menos, porque me interessava.
Se ninguém tivesse me apresentado o Ubuntu, e se ninguém tivesse me apoiado, não sei se estaria utilizando-o como utilizo atualmente.
Se você tem um "pupilo", tem que apoiá-lo e ensiná-lo a usar, dar dicas e responder dúvidas, não simplesmente tacar lá para ele usar.
A mensagem que quero passar é a de que cada um deve usar o que mais lhe agrada, e se ele quiser, com uma ajudinha nossa, migrar para o Linux ou para o FreeBSD, para qualquer outro sistema operacional livre, por que não?!
Temos de incentivar a mudança para que ela ocorra.
Como então perguntei na descrição qual é a solução?!
Não tem solução simplesmente porque não há problema.
Cada um usa o que se sente bem em usar, e apenas isso. Mas cada um deve entender que pode estar usando uma coisa que é muito inferior às outras opções. Então é preciso ter mente aberta para novos sistemas, novos programas, novas configurações, enfim, mente aberta para que possam ocorrer mudanças. É isso que eu peço.
[3] Comentário enviado por jborda em 20/10/2009 - 08:42h
Belo artigo Edgar, só a última página ficou um pouco longa, as três primeiras ficaram exelentes(simples e diretas) facílimas de entender.
Já passei por todos esse casos, e como não obtive muito sucesso sendo um "propagador do mundo livre" acabei por deixar esses usuários com os seus "sistemas perfeitos".
[7] Comentário enviado por Teixeira em 20/10/2009 - 10:14h
Sempre fui usuário do MS Office, sempre soube reconhecer o que há de bom naquele pacote,
e sempre contornei os "aperfeiçoamentos para pior" que o Word (especificamente) vem apresentanto com o tempo.
Na minha modesta opinião e não por saudosismo, mas por questões práticas, o melhor Word foi o 6.0 que fazia as coisas com maior objetividade, rapidez, compatibilidade, segurança e tinha recursos modestos porém eficazes.
Era realmente muito bom.
A eficácia foi-se perdendo com o tempo, restando apenas aperfeiçoamentos cosméticos.
Por último, tive de conviver entre o 97 e o 2003 e as irritantes incompatibilidades entre ambos.
(Existe uma maneira muito simples de acabar com essas incompatibilidades; É só gravar o arquivo em formato do Word 6.0 - mas as pessoas NUNCA se lembram de fazer isso)
Mas "esse tal de 2007" eu considero simplesmente imprestável: Contraproducente, incompatível, moroso, e merecedor de uma viagem -só de ida- ao poço do fedor eterno.
Para o MEU computador ele não vem. E se não sou radical em outros pontos, nesse sou.
Quem TRABALHA com textos não quer saber de uma praga dessas de jeito nenhum.
E uma praga que custa dinheiro - MUITO dinheiro. E também paciência - MUITA paciência!
(Bem, a versão que vem como o "kit tapa-olho, arara, lenço, gancho e perna-de-pau" requer apenas paciência - not to mention the Solitaire game also known as SOL.EXE, the most important MS feature forever, sometimes paramount...)
Curiosos entretanto, vão se deliciar com a interface azulada que se apodera de 1/3 da altura da tela. Pode atrapalhar e muito, mas é "bonitão", e para os tais isso basta...
Minha irmã, agora passados os seus 50 anos (não se revela jamais a idade de uma dama - pelo menos em parte, hehehe) fez alguns cursos de Linux promovidos pela prefeitura de Duque de Caxias e ficou maravilhada.
Aprendeu muito bem a usar o BR-Office e está ansiosa para migrar definitivamente para o Linux.
Só que como diz o velho ditado "em casa de ferreiro, espeto de pau", eu moro em outra cidade e meu outro irmão que também é técnico mudou-se para uma cidade da região serrana.
E ela também tem um "filho-adolescente-detonador-de-PC", e que é portanto mais um "usuário-formatador-de-HD" inveterado, se é que me entendem...
Se der manchinha de caca de mosca na tela do monitor ele formata o HD...
Exageros à parte, eu tenho por norma não insistir com ninguém para usar software livre ou o Linux especificamente. Dou a primeira dica e deixo a decisão por conta de cada pessoa.
As pessoas que porventura venham à minha casa quando vêem o Linux no computador, geralmente apreciam apenas o visual das telas.
Acho até que pensam que eu fico "mudando de tela" constantemente, porque cada hora é uma distro diferente (e elas não sabem disso).
Para uso corporativo, também apresento um quadro bastante realista, com as inúmeras vantagens e as possíveis desvantágens referentes a uma migração.
Em caso de informatização a partir do zero, com funcionários leigos, aí não tem jeito mesmo: É Linux, e ponto final. Dentro de 5 dias úteis cada um está tirando proveito de sua máquina, feliz da vida.
Tenho para mim que o computador deve trabalharar PARA NÓS, e não o contrário, mas tenho visto muitos casos em que "o computador" dá mais trabalho que soluções.
Um dos problemas que percebo para uma tentativa de migração, é o "vicio do mau uso" (acho que inventei esse termo agora).
Vou explicar, dando um exemplo:
Tenho um amigo que costuma passar uns emails imeeeeeeeeeeensos sem necessidade alguma.
Sabem o que ele faz? Manda email com "papel timbrado", marca d´água, etc. em formato HTML e com as imagens todas anexadas - imagens essas que poderiam ser suprimidas sem fazer falta alguma (ele consegue o mais difícil!...).
Apesar de já havermos sugerido que ele mandasse emails sem imagens (ou melhor ainda, em texto puro) e havermos explicado detalhadamente - por inúmeras vezes - como proceder, ele sempre alega que "não sabe como fazer".
Passam-se os meses e os anos e ele continua mandando seus " 'alô mundo' de 10MB"...
Cada um de nós deve conhecer algum exemplo semelhante.
Então essas pessoas se trancam em um universo de sua maior conveniência e não querem mudar de forma alguma.
Não vejo necessidade de "brigar" pois afinal, o pior cego é aquele que não quer ver.
Não é muito correto pretender ensinar a um cego COMO ser cego...
Linux veio para ficar e já tem a sua fatia definida entre usuários fiéis.
Pode não ser a maior fatia nem a que tem mais glacê, mas certamente é uma boa fatia.
Contudo, há pessoas que apreciam mais o glacê do que o próprio bolo.
Questão de gosto pessoal.
Por outro lado, o fato de ser gratuito pode de alguma forma influenciar as pessoas de forma negativa. As coisas de "baixo custo" ou "gratuitas" tendem a ser associadas á ideia de "qualidade inferior".
Uma igreja católica aqui perto de casa promoveu certa vez um curso de informática ao custo simbólico de R$ 2,00 (dois Reais!). O curso era muito abrangente e sua didática era perfeita, pode-se dizer. No entanto, não repetiram o empreendimento. A maioria das pessoas tinha uma opinião diferente, porque o curso era barato.
Um certo fabricante de calças jeans vendia seus produtos no varejo por R$ 15,00 e suas vendas eram muito fracas. Não se sabe por que motivo, ele recolheu as peças que estavam à venda, retirou as etiquetas e passou a vendê-las em uma loja famosa e caríssima, onde AS MESMAS calças tinham preços acima de R$ 500,00.
Ou seja, há pessoas que GOSTAM de serem enganadas.
E isso é até bom, porque de outra forma certas modalidades de marketing simplesmente não funcionariam.
[8] Comentário enviado por xadouron em 20/10/2009 - 11:01h
@Teixeira. Concordo em diversos pontos.
Mas falar mal do MS Office 2007 é ser muito radical. Não dar para negar que usa o MS Office 2007 não volta para o MS Office 2003. A produtividade no 2007 é muito maior. O MS Office 2007 é um produto muito bom. O que pega foi a Microsot ter empurrado um padrão de documentos incompleto, grande (6000 páginas) e quem nem mesmo existia em seus produtos o OpenXml. O pessoal da ISO com certeza foi comprado, já que aprovaram um padrão incompleto e inexistente em tempo record. O Open office também é um ótimo produto e consegue substituir o MS Office tranqüilamente em 90 % dos casos. Quando o Open Office resolver o problema de alto consumo de memória e desempenho eu migro definitivamente para somente o Open office e me torno mais um evangelizador do OO. Atualmente não tenho coragem de instalar para ninguém o OO em um computador com poucos recursos. Quando o computador é novinho eu sempre recomendo a instalação do OO, mas a maioria dos usuários prefere que seja instalado o piratão. Parece que a nova versão do Open Office 3.2 será focada em desempenho. Tomará que sim.
[9] Comentário enviado por pinduvoz em 20/10/2009 - 15:53h
Eu sou usuário do Word desde quando ele era para DOS. Aliás, meu primeiro processador de textos em PC foi o WordStar, e isso no tempo que um HD de 10 MB (mega, não giga) custava os "olhos da cara" e os PCs tinham apenas dois drivers de disquetes de 5 1/4 polegadas -- imagem aqui http://pcworld.uol.com.br/idgimages/galerias/historia_windows/disquetes_330_260.jpg para quem não conheceu.
Concordo com a ideia de mudança, pois leva à evolução. Por conta disso, aprovo a mudança do Office 2007, mas ainda prefiro a interface do 2003. É questão de costume, apenas. E tal costume torna a interface do OpenOffice mais agradável a mim do que a do MSOffice 2007.
O problema de escolha -- MS x OO; pago x livre -- é o maldito padrão em que o doc se converteu. Todo mundo precisa acessar doc e o OO, sabidamente, não é 100% compatível com ele. Interface à parte, gostaria que o pessoal do SL acertasse a mão com o doc (ou docx), pois aí o OO e outros (o Symphony, por exemplo, tem uma interface linda) decolariam.
[10] Comentário enviado por pinduvoz em 20/10/2009 - 16:11h
Falei sobre o Word e esqueci de comentar o artigo.
A questão que o artigo levanta com pertinência é a disputa entre distros.
Outro dia fiz aqui um comentário sobre o Gentoo aqui no VOL e levei pedrada. Com o Slack, que gosto e já usei, é a mesma coisa. Falando mal ou bem dele, leva-se pedrada.
Quando será que a "turma do SL" vai entender que gosto é gosto e não se discute? Ou que a crítica fundamentada é um estímulo que leva ao aperfeiçoamento?
Espero que seu bom artigo contribua para tal "entendimento".
[11] Comentário enviado por removido em 20/10/2009 - 18:33h
{{{
É ensinar como usar, aproveitar o tempo livre para mostrar recursos que muitos Windows por aí nunca terão, muitas facilidades que não dependem de programas. Um exemplo patético é o "sistema" de links que todo Linux tem (comando ln, que vem no coreutils). Que eu saiba, o Windows não tem isso. Tem um esquema de atalhos que são arquivos com extensão .lnk.
}}}
na vdd. ate onde apurei, esse sistema de links do windows é um 'ln -s' quebrado...
No mais, legalzinho seu artigo. A melhor forma de converter é mostrando resultado.
Quer ver? Em casa, minha mãe era quem estava ainda usando XP numa maquina dual com Ubuntu, ate que hj ela me ligou pedindo pra ensinar mexer melhor no Ubuntu, pq nao consegue mais usar Windows. Minha irmã tem um note dual e nao usa Windows tem bem uns 6 meses... Tudo configurado por mim, quando querem fazer algo, vou la e ensino, instalo os programas crio os atalhos, etc.
Quanto a distro, nunca discuto com ninguem, a sua distro é sempre ótima. Afinal, é Linux... sem querer ser xiita, penso que é uma idiotice, mas que o windows não presta não presta. o 3.11 foi o ultimo bom e o xp o unico mais ou menos... mas ainda assim é muito mais limitado que o Linux.
A maioria das pessoas é simplesmente burra demais para usar Linux, só isso... Mas não burra por incompetência mental, mas por indisposição mental, ou seja: PREGUIÇA. Todo ser humano é dotado de muita capacidade mental, mas que fica estagnada e atrofiando em usos esdruxulos, que nem vou mencionar pra não criar mais polemica. tem gente que simplesmente não vai dar conta de usar o Linux e ponto, da mesma forma que ela ja nao consegue usar um PC... com outro SO (vai mentir que voces não conhecem bem meia duzia assim???)
Linux, depois de configurado, é uma paz. Até deixar no grau, reconheço, nem tanto...
[12] Comentário enviado por albfneto em 20/10/2009 - 18:42h
Veja como são as coisas.
para mim, os editores de texto funcionam e pronto... Posso usar word 6, MSOffice 2007,mas também uso Abiword, Symphony, OpenOffice etc...
o melhor pra mim, sem duvida é o Oxygen, mas eu uso todos, todos fazem edição de texto e são usáveis!
o que "não presta" para mim, definitivamente... "Internet exploder" rsrsrsrsrsrrs!!! e o 8 é pior ainda! bugado, lento, moroso, cheio de erros de execução de script, mesmo em windows 7!.... e clean!!! clean demais pro meu gosto!!!!
além disso, "puxa" da rede todos os malware, addware e pop-ups do Mundo.... só serve para tornar a navegação quase impossível!
Nunca gostei! quando não existia Mozilla Firefox, eu usava Netscape, sempre usei Netscape. Também sou suspeito, pq sou testador beta Mozilla e sou um dos tradutores do firefox, e fui tradutor da Netscape.
e outra coisa que não me vai,e todo mundo elogia! Goolgle Chrome e Chromium!!! Outra coisa clean... tão clean que é confuso e não se sabe onde clicar, além de que é um poço de bugs, um poço sem fundo! rsrsrsrsrs
[15] Comentário enviado por walescko em 20/10/2009 - 20:19h
Artigo excelente.
A minha migração para o GNU/Linux foi radical, conhecia somente o mundo widows e quando entrei na faculdade de física, precisava fazer uns trabalhos e sem pc em casa na época (1999) fiz um cadastro para usar o laboratório de informática da instituição. Login, senha perfeito! entrei no SO Linux Mandraque, um tela preta se mais nada e somente um cursor piscando. Como entrar no X, um veterano me ajudou. Cade a barra de menu? (Padrão lá era gerenciador de janelas Wmaker) perguntando a um e a outro fui aprendendo.
Comprei um note e sem SO e instalei o XP da "piratosoft" rodou legal, nunca tive problema, instalei em dual boot, algumas distro linux (Mint, Mandriva, Fedora), um belo dia, troco a distro deixando a Mandriva 2009 e bum, se foi o xp, sem cd de instalação, testei o Ubuntu, gostei e instalei. Hoje não uso windows mais, só linix no note, DEbian 5 e Ubuntu 9.04, feliz da vida, fazendo tudo o que fazia do windows, e indo mais além.
Quer convencer alguém vir pro Linux, mostre usando, ensine e estimule a mudar, meu vizinho aqui vai comprar um pc novo, já cogitou a idéia de instalar um linux, as filhas deles querem Ubuntu, ele ainda quer o Windows... vamos colocar dual boot então
[17] Comentário enviado por tiagoscd em 21/10/2009 - 10:30h
O pior é que já conheço essa história. Entreguei um CD do Ubuntu, com a tática de "este é o original, que veio direto da empresa", sob aviso de que sua instalação deve ser feita com cautela, caso não pretenda eliminar o Windows.
Abismado, alegre, feliz e contente por ter ganho o CD tão valioso, vindo direto do Reino Unido, empolga-se, esquecendo do aviso, parte para casa e logo efetua instalação em seu computador. Após terminar a instalação e brincar com o sistema por alguns minutos, atordoado e chateado por não encontrar o Pinball e nem o menu Iniciar, reinicia o computador e... surpresa! Instalou o Linux no disco inteiro. Então, com medo da revolta de sua mãe, que não poderá mais ver as receitas da Ana Maria Braga e nem ver as fotos de família novamente, liga desesperado implorando ajuda e reclamando, culpando-me pelo que aconteceu.
E é assim que se perdeu mais um amigo "por causa do software livre", hehe.
[18] Comentário enviado por ednilton_so em 21/10/2009 - 14:28h
Olá,
Artigo verdadeiro e divertido. Acho que não dá pra ficar discutindo mesmo. O que deve falar mais alto são as experiências. Infelizmente, a principal desculpa que as pessoa dão para não usar o Linux, dizendo que é difícil, tem um fundo de verdade. Se você quiser tudo configurado e bonitinho, tem que aprender algumas coisas e gastar um pouco de tempo, mas vale realmente a pena. Porém o que elas não entendem ainda é que não sabem nada do Windows também. Na maioria das vezes o técnico vem instalar e configurar e o pior, tudo produto da piratolândia. Não percebem também que vivem com medo de vírus e de detonar o sistema e perder dados.
Bem, quanto ao Office, he, pra quê? Faço tudo no Latex mesmo, desde relatórios a apresentações. Só uso o OpenOffice para alguns documentos .doc que tenho que editar, imprimir, ler etc.
[21] Comentário enviado por edgarlemke em 21/10/2009 - 19:38h
Nossa, parece que o povo gostou mesmo!
Quanto ao IE 6.0 no Vista, é porque no começo era para ser XP, mas decidi mudar e esqueci do detalhe do navegador padrão... hehehe
Quanto ao Office 2007, acho que a Microsoft queria revolucionar o Office tornando mais intuitivo, só que não deu certo, porque quem está acostumado com o "sistema" antigo de menus pra lá e pra cá estranha bastante, tornando tudo menos produtivo.
Como disse no texto, quinze minutos para aplicar um centímetro de parágrafo. As coisas ficaram muito escondidas no Office 2007. Eu pessoalmente não gosto.
Quanto ao:
"é só um programa plagiado da Apple, e vive travando"
Como pode travar se foi copiado do Mac.
E, que eu saiba, os Macs são UNIX.
Há muito tempo, se eu não me engano para o Win95, eles copiaram o Mac. Tá contado no amado "Piratas do Vale do Silício". Os Macs são passaram a ser unix-like a partir do Mac OS X.
Quanto ao:
Hoje não uso windows mais, só linix no note, DEbian 5 e Ubuntu 9.04, feliz da vida, fazendo tudo o que fazia do windows, e indo mais além.
Cara, é o mesmo para mim. Eu me considero muito mais produtivo no Linux que no Windows. Em raros casos eu ainda uso o Windows, mas não é para ser produtivo. É mais para jogar e estudar stack overflow, tenho feito isso ultimamente...
Quanto ao:
O pior é que já conheço essa história. Entreguei um CD do Ubuntu, com a tática de "este é o original, que veio direto da empresa", sob aviso de que sua instalação deve ser feita com cautela, caso não pretenda eliminar o Windows.
Abismado, alegre, feliz e contente por ter ganho o CD tão valioso, vindo direto do Reino Unido, empolga-se, esquecendo do aviso, parte para casa e logo efetua instalação em seu computador. Após terminar a instalação e brincar com o sistema por alguns minutos, atordoado e chateado por não encontrar o Pinball e nem o menu Iniciar, reinicia o computador e... surpresa! Instalou o Linux no disco inteiro. Então, com medo da revolta de sua mãe, que não poderá mais ver as receitas da Ana Maria Braga e nem ver as fotos de família novamente, liga desesperado implorando ajuda e reclamando, culpando-me pelo que aconteceu.
E é assim que se perdeu mais um amigo "por causa do software livre", hehe.
PS: Baseada em fatos reais.
Isso só acontece se o usuário é do tipo clicador.
Apareceu erro? Clique! Em sair, OK, cancelar, repetir, qualquer lugar, apenas clique até fechar...
Mas a narrativa é boa! :P
Quanto ao:
Por outro lado, o fato de ser gratuito pode de alguma forma influenciar as pessoas de forma negativa. As coisas de "baixo custo" ou "gratuitas" tendem a ser associadas á ideia de "qualidade inferior".
Não existe coisa mais verdadeira que isso! Outro dia estava discutindo e defendendo o GIMP, quando simplesmente me pedem se tem efeitos tão bons quanto o Photoshop, sendo gratuito...
Escrevi esse artigo justamente me inspirando nas minhas experiências de ex-xiita. Se me pedirem qual é o melhor sistema operacional, eu digo que depende do uso. Mas se me pedem qual eu aconselho, eu falo Linux... :D
[22] Comentário enviado por Teixeira em 21/10/2009 - 20:31h
Esse negócio do OpenOffice ser consumidor de memória é algo a ser observado mais detidamente e com mais justiça.
Usei o StarOffice 5.1 na época do Windows 95 e ele era bem rápido. Todos (StarOffice, OpenOffice, BR-Office) provém da Sun Microsystems e sabemos que produtos não-Microsoft são propositadamente "estranhados" pelo sistema operacional.
O exemplo mais atual é o "java" diante do "Java".
No passado era o DR.DOS (não é "doutor DOS": É o "DOS da DIGITAL RESEARCH") que "gerava" uma falsa mensagem de "erro desconhecido" no Windows... As pessoas trocavam de SO simplesmente porque não aguentavam de tanto ver aquelas telinhas de "erro".
DR DOS entretanto era 100% retrocompatível e não tinha o limite de 512kb RAM.
Devemos nos lembrar que o Office da Microsoft é carregado durante a iniciação do Windows e não depois.
O tempo que ele leva para carregar equivale ao do OO, apenas que o segundo é mais notável porque é carregado depois.
Note-se que em ambos é carregado o pacote inteiro (ambiente) e não apenas um aplicativo.
Por isso a impressão de que demora.
Cheguei porém à conclusão de que falta aos nossos editores-formatadores de texto a possibilidade de transformá-los em BONS editores de páginas.
Isso sim eu consideraria uma EVOLUÇÃO.
Por enquanto, estão-me devendo essa...
[23] Comentário enviado por nimopank em 22/10/2009 - 08:19h
kkkkkkk o Teixeira escrever um artigo, no post... auhsuahs
eu não tive problema algum para migrar para o linux, eu achava muito era divertido, o konsole, já penssou fazendo loucuras no konsole, haa aí eu ficava doido, então só fui estudar estudar e estudar, hj sou um usuário de linux, tenho apenas 17 anos e estamos aí vivendo o linux, porquer viver linux é viver a liberdade.
[24] Comentário enviado por zend em 22/10/2009 - 08:31h
otimo Artigo.....que usuario Linux nunca tentou converter seus amigos, pcs da empresa ou qualquer outro computador que ele ve que é Windows já quer logo por Linux e eu sou um desses hehehee......
Slackware + Fluxbox é a liberdade em suas mãos.... [;P]
[26] Comentário enviado por Credmann em 22/10/2009 - 17:34h
O pior tipo de "candidato a migração" é o "masturbador de Word".
É aquele sujeito que tem botões cobrindo a tela até sobrar espaço para duas linhas de texto na janela. É para esconder que não está fazendo absolutamente nada.
É aquele que sempre usa a desculpa do vírus para os atrasos. Usa desfragmentação e varredura de antivírus para "coçar" meio expediente.
Nunca tem tempo de criar modelos, mesmo que seja um timbrado. Não usa o registro de modificações porque seu DOC já teria 100 MB, já que é o mesmo desde que foi admitido.
Esse, com certeza, nunca vai migrar para Linux. Mas tenho uma boa notícia: masturbadores de Word morrem, eventualmente.
Deve-se investir nas crianças. Salvem as crianças!
[29] Comentário enviado por adrianoturbo em 23/10/2009 - 11:12h
"Encontramos nossa primeira vítima, um usuário de Windows que está sentado ao computador tomando café e comendo bolachas. "
hahahaha me desculpe brother,mas não tem como não rir ,muito hilário o seu artigo .
Windows Vista com IE6 muito legal pra rir.
Agora falando sério converter os pagãos Windows para religião open source é umas das tarefas mais árduas ,seria uma verdadeira cruzada.
Porém não impossível.
Parabéns pelo artigo .
[31] Comentário enviado por zer0ne em 24/10/2009 - 23:30h
Também já tentei convencer pessoas a migrar para o linux, principalmente pela questão de segurança, mas... fail
O principal motivo foi: preguiça de aprender
nimopank em 24/10/2009 - 10:01h:
somos todo um Noé, querendo que salvar as pessoas do diluvio.
uhuhauhauhauhauha diluvio azul com letras brancas? xD
[32] Comentário enviado por fhespanhol em 02/11/2009 - 06:44h
O exemplo de que o que o Edgar está falando ser verdade é o fato de o Windows seven ser uma cópia do Ubuntu. E pior uma cópia mal feita. Até o sistema de janelas e os efeitosd de esmaecimento de telas está igual. Sem falar na interface do Windows Explorer que está igual a do Nautilus e o Internet Explorer 8 que é uma cópia descarada do Google Chrome. Então já que temos uma cópia mal acabada do Linux custando os olhos da cara porquê não usar uma cópia gratuita que funciona bem melhor? O dia que as pessoas acordarem para isso Acaba a palhaçada da Microsoft.
[33] Comentário enviado por Teixeira em 02/11/2009 - 23:54h
Tem uma coisa que não dá para entender:
Por muito do que foi dito, as pessoas deveriam continuar usando o MS-Office não apenas por ser um bom produto, mas tembém por questão de tradição, porque já estão acostumadas com a interface.
Na prática essa interface tem-se mostrado extremamente mutante, os formatos de arquivos são parcialmente incompatíveis entre as versões e as funções estão acessíveis em outros lugares, ou através de outras rotinas, que TEM de ser reaprendidas.
Portanto não entendo isso como tradição, hábito, costume ou compatibilidade, nem entendo como essa Babel de diversidades pode tornar um processo mais produtivo, já que o usuário estará sempre ocupado tentando reaprender aquilo que ele já estava quase dominando...
Insisto em que as pessoas não aprendem a usar "editores de texto", mas aprendem o "MS-Office", nem aprendem a usar "planilhas de cálculo" mas o "MS-Excel".
E que, se a cada versão nova as interfaces e os formatos de arquivo forem diferentes, haverá isto sim uma grande perda de tempo e recursos humanos em reaprendizagem.
Então fica a pergunta: Se tem de reaprender, então porque não reaprender direito?
E já que vai ser tudo diferente e incompatível mesmo, porque não buscar uma solução definitiva, compatível e de baixo custo?
Parece que está na hora de decidir pela "pílula vermelha" (alusão ao fime "Enter the Matrix")...
[34] Comentário enviado por dynho em 13/11/2009 - 10:38h
Edgar, fantastico essa sua disertação, li de ponta a ponta e alem das boas risadas achei você completamente feliz nas exposições que fez e até peguei uma frase sua que se encaixou no meu caso :
"_Quer saber como migrei? Migrei do pior jeito possível, instalei Ubuntu com dual boot e simplesmente comecei a usar. E aprendi a usar porque muitos me apoiavam, ou pelo menos, porque me interessava. ( e acrescento que não tive preguiça de pesquisar)
Se ninguém tivesse me apresentado o Ubuntu, e se ninguém tivesse me apoiado, não sei se estaria utilizando-o como utilizo atualmente. "
[35] Comentário enviado por dynho em 13/11/2009 - 10:41h
Ah, e só para completar, não importa qual distribuição usam, usamos ou iremos usar, o linux é um vício saudavel e que desperta curiosidade e interesse pelo aprendizado.
Valeu edgar.
[36] Comentário enviado por luanyata em 14/01/2010 - 17:52h
A conversão de pessoa do mundo Windows para Linux ṕe muito complicada e hardua... as pessoas ja teem em sua mente o marketing da microsoft na cabeça...
a maioria dos PCs ja vem com o Windows instalado de certa forma foçando o usuario a usa-lo alem do mais ele pagaram pelo produto(quer dizer, alguns deles)...
o questionamento com o grau de dificuldade para mexer no sistema ( conversa fiada) sempre é posto a mesa...
mais eu axo q o povo gosta mesmo é da pirataria... isso q move o povo