Você sabe como são armazenadas as senhas no Linux? O que é e para que serve o salt number? O que é MD5? Este artigo não pretende ir muito a fundo no mundo da criptografia, mas sim explicar os conceitos necessários para entender o arquivo de senhas, os reais ataques. Quem programa para a WEB poderá achar este artigo além de curioso, muito útil!
Autenticar um usuário em um sistema sempre foi alvo de pesquisa. Para que um sistema aceite o usuário é necessário que ele, de alguma forma, prove que ele é o usuário que diz ser.
A autenticação sempre é baseada em três princípios, sendo que a combinação de mais de um deles aumenta a segurança;
1) baseado no que você tem
Neste tipo de autenticação o usuário precisa provar que tem a posse de alguma coisa, supondo que somente o usuário real tem este objeto. Não estou falando de senha, pois a senha o usuário "não tem", ele "conhece". Um exemplo bem atual deste sistema é o cartão de banco. Se você não tiver o cartão não poderá se autenticar perante o terminal de saque.
2) baseado em algo que você é
Neste caso o sistema identificará você pelo que você é. Resumindo em uma única palavra: BIOMETRIA.
Autenticação por impressão digital, análise da retina e outras mais sofisticadas e ainda em estudo como reconhecimento facial são exemplos deste tipo de autenticação.
3) baseado no que você sabe
Aqui entra o foco deste estudo. Você será reconhecido pelo sistema se souber um segredo que, supostamente, ninguém mais saberia. Aqui entra a senha.
Muitos sistemas críticos de segurança usam mais de um tipo de autenticação podendo até usar os três ao mesmo tempo. Bancos geralmente usam o tipo 1 e tipo 3. Você tem um cartão mas também precisa conhecer a senha, não raro mais de uma (senha, três letrinhas, últimos dígitos do cartão que você tem e as vezes informações pessoais do seu cadastro).
Sistemas computacionais geralmente usam somente a senha para autenticar o usuário.
O problema é: como armazenar com segurança as senhas de todos os usuários?
A maneira mais infantil e, claro, não usada nem mesmo pela Microsoft é armazenar as senhas em um arquivo texto ou em um Banco de Dados. É muito fácil prever o desastre que pode ocorrer se alguém roubar este arquivo, fato que muito freqüentemente ocorre em sites da Internet que insistem em armazenar senhas desta forma precária. Mas existem outras, sendo que a melhor delas ainda é HASH com salt numbers.
[1] Comentário enviado por leandrorocker em 08/02/2008 - 10:26h
Legal o artigo, meu TCC quando me formei em ciência da computação foi um estudo sobre hashes, fiz um programa pra quebrá-los (md5,sha1,sha224,sha256,sha384 e sha512) e apresentei os resultados é uma área interessantíssima e como sempre tem o dedo do Ronald Rivest no meio, o cara é um gênio.
[2] Comentário enviado por tenchi em 08/02/2008 - 11:17h
Cara, simplesmente demais. Imagino quantos milhares de computadores deve ter um destes esteriótipos de hackers de filmes americanos que conseguem quebrar a criptografia de qualquer servidor do governo... hauahua
São artigos assim que fazem do VOL o site que é.
[4] Comentário enviado por kabalido em 08/02/2008 - 11:42h
Cara,
Sem palavras! O artigo foi mais que sensacional.
Li seu artigo e gostei muito mesmo.
Esse tipo de artigo é aquele que dá prazer de ler.
Parabéns e "Viva o Linux".
[5] Comentário enviado por kalib em 08/02/2008 - 17:06h
Parece até brincadeira mas ainda é bastante comum encontrar sites diversos que armazenam suas szenhas em arquivos, bancos de dados ou mesmo no próprio código da página toscamente implantados em java script por exemplo...Infelizmente ainda é comum encontrar este tipo de ingenuidade na internet...
Excelente o seu artigo Elgio, digno de destaque aqui no vol bem como suas demais contribuições.
[6] Comentário enviado por borgetha em 08/02/2008 - 19:35h
No FreeBSD, antigamente (anos 90 - não sei se ainda é assim), o sistema liberava login e senha, caso o usuário errasse a senha, o sistema esperava 1 segundo e liberava o login novamente. Então se o usuário errasse novamente a senha, o sistema esperava 2 segundos para liberar de novo o login, e a cada erro o tempo dobrava. Era uma forma interessante de se evitar ataques de força bruta, pois o tempo de espera começa a ficar looooongo rapidamente. Claro que só funciona para quem não está logado e nem conhece o hash.
[8] Comentário enviado por removido em 09/02/2008 - 09:44h
Muito bom o artigo. Geralmente não leio um artigo todo, somente as partes mais interessantes (é uma forma de adquirir apenas as partes importantes e poupar tempo!), mas esse li todo e com prazer. Digno de figurar entre os melhores artigos destas revistas famosas que falam de informática.
... e ainda existe quem coloque a senha 0123456789!
[16] Comentário enviado por removido em 19/05/2009 - 18:04h
Artigo excelente, bem claro para um assunto muitas vezes complicado.
Um paper interessante de cientistas chineses mostra exemplos de colisão em funções de hash MD4, MD5, HAVAL-128 e RIPEMD: http://eprint.iacr.org/2004/199.pdf
[24] Comentário enviado por hmacedo em 24/11/2011 - 10:52h
Elgio, o seu "Hash by Elgio" é utilizado no cálculo de checksum das mensagens trocadas através do protocolo FIX. Praticamente todas as bolsas de valores mundiais utilizam esta técnica. Já não é tão ruim assim hehehehe