A imbecilidade real revelada pela realidade virtual

Como é doloroso ver ferramentas desenvolvidas para o progresso da humanidade serem reduzidas a meros meios baratos de entretenimento fútil. Aqui faço uma reflexão sobre os rumos da internet, do computador pessoal, da computação corporativa e até mesmo da influencia da pirataria e do Software Livre diante o tema.

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Por: Perfil removido em 24/02/2010


A computação corporativa em risco



Até aqui abordamos algo que milhares de artigos, tanto na web quanto nos meios clássicos como jornais e revistas, já abordaram, tantas vezes, com variados enfoques, mas estes argumentos servem de base para entrarmos num plano um pouco mais delicado, pois essa situação de esquecimento dos valores da informática (e até do conhecimento humano) não se detém nos domínios da "computação pessoal", mas também está arraigada no meio corporativo.

Nesse meio o pensamento deveria ser, de maneira simples, padronização e organização para a consequente otimização dos processos, afinal aqui as coisas são mais sérias, exigem mais controle, os dados em questão são muito mais importantes que um perfil numa rede social, mas, como corporações são feitas de pessoas, as mesmas falhas do "pessoal" se infiltram na "cultura" da maioria dessas instituições - e eu vou dar só uma "pincelada" pois este assunto pode até ser perigoso pra mim, mas eu prefiro não ser parcial.

Uma das dificuldades em se obter sucesso na gestão da informação em boa parte das corporações não é culpa simplesmente do processo de adaptação ao, no caso, novo sistema informatizado de gerenciamento em si, mas, analisando de forma bem direta e crítica, muitas instituições não procuram um modo de tornar seus processos mais padronizados, otimizados e produtivos, não tratam sua organização interna com o zelo que deveria, mas querem apenas uma coisa que, como diria um colega de profissão, "informatize sua bagunça".

Dessa forma qualquer tentativa no sentido correrá sempre o risco de fracassar, pois, por mais que o vilão da história sempre acabe sendo o sistema computacional, o problema é muito mais profundo, algo que a consultoria de um bom profissional da administração poderia resolver (mas isso também nem sempre é tido com importante). Diante disso o jeito é "flexibilizar" os padrões antes propostos, só que essa flexibilização também não é feita de modo a se manter o mínimo de padrões necessários para garantir a estabilidade desses processos, o que vai se refletir nos resultados destes.

Entenda que isso não significa que "personalizações" não devem ser feitas - o problema está no fato de que estas "personalizações" nem sempre são bem projetadas e muitas vezes não passam de meros "fetiches" que ao longo do tempo comprometem não só o sistema de gestão, mas também tornam o processo de administração dos dados em questão em algo muito confuso ou até sem lógica.

Em suma, seria aquilo que a Física já diz a tempos e que chamamos de entropia, que é a tendência dos sistemas ao desgaste, com consequente relaxamento dos padrões e aumento da aleatoriedade. Parece que os gestores têm dificuldades de enxergar isso, esperando da ferramenta algo além de sua função, negligenciando o papel da pessoa no processo de controle lógico desta ferramenta esperando que ela funcione como um bola de cristal, e do lado dos "fornecedores" falta capacidade de lidar com estas situações, capacidade pra oferecer uma solução e não um paliativo.

Já dizia o velho ditado que "de médico e louco todo mundo tem um pouco", mas ele também se encaixaria hoje perfeitamente com a computação. Como já dito, por ela estar em foco e ser uma ferramenta de integração (o que é muito bom mesmo, afinal existe pra isso) ela acaba sofrendo com o fato de todo mundo achar que pode "meter a mão", ou que o seu sobrinho faz isso fácil-fácil com a "mão nas costas"... O profissional e a própria área são desvalorizados nesta cultura e o resultado é que os bons profissionais, empresas e produtos são deixados de lado e os maus ganham evidência.

E não só o pessoal da área sofre com isso, mas todos que usam a informática de alguma forma também. Essa falta de consideração faz com que empresas e pessoas sejam vítimas de quem se infiltra na área se dizendo profissional de TI, mas age sem nenhuma ética, sem se preocupar com a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. São estas pessoas que por exemplo impulsionam a pirataria de software, pois sempre oferecem as soluções mágicas e mais fáceis, que todos sabem muito bem como são obtidas na maioria das vezes.

Entrando nisso, quem apoia os projetos do mundo GNU/Linux e do software livre (como eu) em geral acaba sofrendo preconceito, chamado de fanático etc... Infelizmente enquanto vivermos em um mundo em que o dinheiro (e ganho de forma mais fácil) for mais importante do que a qualidade isso dificilmente vai mudar! E o que o administrador de uma empresa que não é obrigado a entender de informática tem a ver com isso? Bem, muitas vezes ele cai na conversa de maus profissionais, se torna parceiro da pirataria e coloca os dados de sua empresa em risco, prova disso são os não raros servidores com senhas "123456" que eu vivo encontrando por aí (você entregaria sua senha do banco ou a chave de sua empresa ou casa assim tão fácil?), redes, permissões de acesso, políticas de privacidade e sistemas mal-projetados e desperdício de material e dinheiro - pra não entrar em dados técnicos que levarão e mostrar fatalmente porque o GNU/Linux deveria ser mais levado em consideração e usado principalmente no meio corporativo.

E não são só as empresas não ligadas a informática que são enganadas neste processo. Muitas empresas do ramo da informática também se deixam enganar. É controverso mas é verdade. Na questão delicada da pirataria, a maioria das empresas que vivem da comercialização de software infelizmente ainda usa ferramentas piratas em seu processo de produção, ou seja, colaboram com um mal que pode se voltar contra elas mesmas. Outro fato é que essa maioria também não se preocupa em se manter atualizada, não investe em novas tecnologias de maneira consciente e coloca os fatores quantitativos acima dos fatores qualitativos. E não é só uma questão técnica, mas se inclina pro lado administrativo, uma vez em que as decisões nestes locais são tomadas na maior parte dos casos desconsiderando os requisitos de planejamento inerentes a suas ações, ou em outras palavras, quem toma as decisões não tem conhecimento técnico, não só técnico do ponto de vista de "bits e bytes" mas sim essencialmente contextualizado e coerente com o resultado final daquilo que fazem, principalmente voltando-se pro objetivo de atender melhor seus clientes (aquilo que foi falado sobre capacidade pra oferecer a melhor solução e não uma "gambiarra" só pra "fazer média").

Em resumo, o que falta mesmo é um pouco mais de profissionalismo da parte do pessoal e área e um pouco mais de consciência dos consumidores. Se fossemos argumentar detalhadamente e debater todas as questões envolvidas, gastaríamos muito mais palavras do que já gastamos, mas eu tenho uma espécie de crônica que sintetiza tudo isso (é uma história pessoal real)...

Para que eu obtivesse minha CNH (Carteira Nacional de Habilitação), passei por aulas e testes teóricos e práticos de carro e moto (fiz inclusive um teste que atestou minhas condições psicológicas e outro pras aptidões físicas como a visão). Preparado e aprovado em todos eles depois de um tempo eu recebi minha habilitação categoria AB. Dias depois eu comprei minha moto. Hoje trafego com ela pelas ruas seguindo as leis, normas e técnicas que aprendi, e, em três anos, nunca fui multado ou me envolvi em acidentes (tirando os tombinhos bestas no cascalho e na areia e a vez que caí sozinho com a moto parada e desligada no posto de gasolina quando a barra da minha calça enroscou no pedal da troca de marchas). O pessoal da loja disse que a cada 1.000 Km precisaria fazer a troca de óleo e a cada 4.000 as revisões pra manter o bom funcionamento dela, o que tenho feito à risca. Dos raros e eventuais reparos que a moto precisou eu levei ela à concessionária pros mecânicos de lá, que entendem do assunto, fazerem o serviço. Minha moto nunca deu problemas maiores e embora ela chegue a 140 Km/h eu sempre trafego no limite de velocidade permitido, não ando na contra-mão, não faço acrobacias (deixo isso pro Joaninha, que batalhou muito pra ser campeão competindo e treinando em lugares e com equipamentos seguros e apropriados) e sei das minhas limitações, entre elas o fato de que não posso esquecer que por ter uma carteira AB só posso dirigir moto e carro, nem pensar em querer pegar uma carreta, isso deixo pra quem é habilitado e capacitado... E por aí vai... Bem, se você olhar os detalhes disso verá uma coisa: existem padrões e regras (inclusive de segurança) pra que as coisas funcionem bem - e quando não funciona foi porque a imbecilidade se superou. Porque na informática isso tem que ser diferente!?

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. A computação corporativa em risco
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Comentários
[1] Comentário enviado por paulocelso68 em 24/02/2010 - 10:21h

Pedro, concordo plenamente com você. É lamentável ver a geração de hoje ter tantos recursos de informação e só usá-los para bobagens. Internet, internet banda larga, internet móvel... tudo isso pra quê? Usar MSN, Orkut, face-book, twitter e afins ?

Fala-se ainda da TV digital e a tão propalada interatividade. Pra quê? "Pra facilitar a vida do telespectador ao tentar votar em enquetes (BBB e programas de auditório); fazer compras" e outras bobagens.

Não vemos o direcionamento de tais recursos para a Educação e utilidades públicas. Parece-me que as pessoas só querem mesmo expandir seus mundinhos isolados e saber da vida alheia de artistas e celebridades.

Façamos um teste: deixe computadores disponíveis e de graça num "shopping" ou em qualquer outro lugar público - as pessoas só vão usar pra MSN, redes sociais e jogos. Com raríssimas exceções, veremos uma criança ou um jovem pesquisando trabalhos de escola ou outra coisa mais útil.

A mídia e a indústria nos induzem a adquirir seus produtos somente para as referidas bobagens. Basta ver a publicidade de smartphones: "Você se conecta ao MSN, redes sociais e baixa jogos".

Nem nossos filhos escapam: nos canais fechados voltado para crianças, vemos um bombardeio de anúncio para baixar toques, wallpapers e jogos para celulares - sem se darem conta que estão querendo fazer civilmente incapazes contratarem serviços sem autorização dos pais. Quando o pai/mão vir a conta do celular, está lá o estrago feito por serviços adquiridos pelos filhos sem seu conhecimento!

[2] Comentário enviado por vinicius09 em 24/02/2010 - 12:34h

Antes de mas nada, gostaria de parabenizar o autor do artigo pelo excelente trabalho.Sem qualquer dúvida ,a internet juntamete com o computador tornou-se ,apenás uma máquina utilizada na sua maioria para jogos ,orkut e Msn.Através dessa vertente vemos que o computador hoje é utilizado de maneiro errada,contrariando assim seu verdadeiro objetivo.

[3] Comentário enviado por medicodepsf em 24/02/2010 - 12:48h

Cada um na sua. Nao vejo problema na inclusao digital. O que as pessoas fazem da internet é o que elas precisam. Se para elas um orkut está bom, que seja feliz. Internet é como dinheiro: depende de você dar o destino a ele para as suas prioridades. Se sua prioridade é diversão, divirta-se. Se sua prioridade é pesquisa, pesquise. O que não pode haver é censura. Se a molecada só quer saber de jogar, ótimo: menos um para competir comigo no mercado de trabalho. Não há lugar para todos.

[4] Comentário enviado por dyncoch em 24/02/2010 - 13:04h

Concordo com o medicodepsf

Viva a liberdade, cada um faz o que quer com seu computador!

[5] Comentário enviado por cruzeirense em 24/02/2010 - 13:26h

Prezado Pedro Araujo,

Acho que qualquer uso do computador (desde que não seja para fins ilícitos) é um ponto positivo e mostra apenas o quão versátil é.
Se a pessoa precisa de um computador para jogar e pode comprar um só para isso parabéns para ela. O prejuízo que ela vai ter com o jogo (horas perdidas que poderiam ser utilizadas em coisas mais produtivas) vai ser só dela, mas o benefício que se ganha com mais um computador sendo utilizado é de todos.
Um amigo aqui do lado me perguntou qual é o benefício que eu vou ter se ele utilizar um computador pra jogo, msn, orkut ou qualquer outra coisa.
É muito simples se ele tem o computador, teoricamente ele comprou e ajudou a colocar dinheiro na industria de informática, que vai utilizar esse dinheiro para investimento em novas tecnologias que futuramente serão utilizadas por mim.
Se ele gosta de msn, orkut, etc... ele deve ter uma conexão de internet banda larga para isso. É fato que o custo da internet banda larga caiu muito pelo grande número de usuários que existem, e garanto que a maioria usa para coisas consideradas fúteis.

O que eu quero dizer é que o grande uso dos computadores, seja para qualquer fim, faz movimentar o mercado de informática forçando os fabricantes a trazerem sempre novos produtos com custos mais baixos.

Abraço,

Renato

[6] Comentário enviado por nick em 24/02/2010 - 14:23h

Só pelo comentarios (isso mesmo, leio antes os comentarios pra depois ler o artigo), deu pra perceber que é mais um daqueles técnicos frustrados por perderem seu pedaço de pizza no mercado. A maquina esta ai pra ser usada, o que vai fazer dela, os softs que irao usar, o SO, é problema de cada um...

Valew pelo mimimi...

[7] Comentário enviado por removido em 24/02/2010 - 15:34h

Muito boa a discussão, esse é o objetivo!

Respeito muito a opinião de todos!

Mas pra esclarecer, creio que algumas considerações precisam antes de mais interpretação pra então darem origem a uma conclusão!

Primeiro, eu respeito muito os técnicos, mas eu nunca fui um. A informática sempre foi mais um hobby do que uma atividade com fins lucrativos na minha vida. Eu iniciei minha carreira como diagramador e arte-finalista em um jornal no interior de Mato Grosso, passei a ser fotógrafo e depois repórter (o jornalismo sempre foi meu objetivo), me mudei pra cidade em que moro até hoje (Sinop), onde já atuei como free-lancer em um site de notícias, fui apresentador de programa jornalístico no rádio, até ser contratado como estagiário da produção de jornalismo da afiliada local da TV Globo (isso através de um convênio do CIEE com a UNEMAT, onde eu cursava Letras na época).

Mesmo assim sempre fiquei ligado com informática, aceitei então uma proposta de um amigo pra trabalhar com desenvolvimento pra web na empresa dele, troquei Letras por Licenciatura em Matemática, até que entrei um uma empresa de automação comercial pra ser programador. Paralelo a isso inicei a o Bacharelado em Teologia (motivado por uma convicção de fé pessoal). Com o objetivo de me dedicar melhor a atividade que agora estava exercendo iniciei o curso de Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, e acabei sendo transferido pela empresa pro Paraná, onde fiquei por um ano, mas decidi voltar pra minha cidade pra ficar mais perto das famílias minha e da minha esposa, além do que eu não queria ter largado o curso de Teologia e nem abandonar projetos pessoais como banda de rock da qual sou vocalista, por isso voltei.

Enfim, não escrevo isso pra me promover, mas eu não sou um simples técnico frustrado e nem me sinto ameaçado no mercado, sempre gostei de ampliar meus conhecimentos, por isso hoje sou programador, mas no dia em que eu quiser ou precisar mudar de ramo, ou até mesmo voltar pros ramos em que já atuei não terei problemas. Eu acredito que não preciso me limitar a uma única coisa o resto da vida. Sim, eu tenho um foco, mas nem por isso eu preciso descartar as outras possibilidades.

Mas, indo ao que interessa, se lermos bem o artigo veremos que eu nunca fui contra a inclusão digital e nem contra a diversão. E quando eu falo em computador, no contexto, não me refiro a uma máquina específica em cima da uma mesa, mas eu quero dizer sobre a influência que essa ferramenta tem na vida das pessoas, como elas interagem com essa área do conhecimento e com as outras pessoas através dela e o que ela gera de resultado prático na nossa sociedade.

Eu fiz uma curta refrência a livros, mas você pode estender isso, e eu ouso a uma comparação na qual digo que computadores são como livros: você pode ler gibis (eu gosto do Chico Bento, do Cebolinha e do Smilingüido), mas eu também preciso ler bons livros, inclusive estudar a gramática pois se eu achar que o gibi é toda a literatura que existe "acabalei falando elado". Da mesma forma com os esportes. Hoje mesmo vou jogar futebol (como toda quarta-feira faço), mas meu objetivo não é só diversão, apesar de ser meu motivo principal, uma vez que sei que me exercitar vai fazer bem pra minha saúde.

Como foi dito também, fiz uma introdução usando um tema que é muito recorrente quando fala-se em computação pessoal pra servr de base pra iniciar um discussão com foco na computação corporativa, campo que acredito não ser lugar de brincadeira, mas onde infelizmente temos visto as coisas nem sempre serem levadas a sério, e pior, serem usadas com fins ilícitos, assunto no qual eu não achei pertinente tocar na ocasião, mas já que foi abordado, saiba que o uso de "soluções informatizadas" nas corporações pra sonegar impostos, enganar o consumidor e prejudicar tanto a coloboradores quanto a concorrentes em prol do lucro nem sempre tão justo é mais comum do que imaginamos e muitos dos que leem este artigo podem estar sendo vítimas desse mal uso da informática - e isso é uma conseqüencia que vem lá da falta de consciência que começa em como as pessoas veem a informática como parte de sua vida pessoal.

Enfim, o fator técnico é inevitável, mas (talvez por eu não ter conseguido me expressar bem e ter sido muito contundente em alguns pontos) ele não é o alvo. O objetivo é uma reflexão acerca de um sintoma social ligado à informática mais amplo, onde precisamos olhar mais do que um lado. Eu não disse que a informática "não serve pra 'isso'", eu quis dizer que ela NÃO PRECISA SE LIMITAR A 'ISSO' - nem a informática nem a nossa inteligência, que, a propósito, é sim uma questão de oportunidade, mas também uma questão de interesse, portanto, se você tem a oportunidade se interesse em ampliar os horizontes que ela te dá.

[8] Comentário enviado por equeiroga em 24/02/2010 - 16:57h

O maior problema da nossa área é a bagunça que ela se encontra. Pior que isso, é que num futuro próximo isso não vai mudar. Sou completamente a favor de regulamentar a área de tecnologia. Se advogado só pode advogar se tiver OAB, médico só pode exercer a função com o CRM, engenheiro com o CREA, porque não podemos ser assim também?? Isso é o começo de tudo. Tem que homologar a área.

Concordo plenamente com o autor qdo fala que empresas caem na conversa de maus-profissionais. Isso é uma grande verdade. Na nossa área tem gente que nunca fez curso de nada de TI e canta de galo. Muita gente não sabe nada, abre uma máquina quebrada, bota ela pra funcionar e o dono da empresa só conta com ele pq é mão-de-obra barata e faz tudo funcionar. Mas aí não tem segurança, não tem prevenção, não tem controle, mas funciona e o cara tem lábia pra fazer o patrão achar que ele é o cara. Até hoje vejo gente vendendo programa de automação comercial em clipper e falando que o sistema dele é o melhor do mercado.
Enfim, sou a favor da regulamentação, e não penso assim por ter medo de perder mercado, penso assim, pois profissionais desqualificados desvalorizam e denigrem a imagem da área de Tecnologia da Informação. Sei que assim como tem aqueles que nunca fizeram curso de nada e são péssimos profissionais, tem muito cara bom que nunca fez curso tb, mas vejamos as proporções dessa realidade.

[9] Comentário enviado por jmariano em 24/02/2010 - 20:40h

Como disse alguém num dos comentários, isso esta me cheirando a frustração !
Não concordo que as pessoas são empurradas para a imbecilidade pelo uso da internet
Veja, antes apenas clérigos e pessoas muito ricas sabiam ler ou escrever, quando a alfabetização atingiu as massas, tivemos uma produção muito grande de "porcarias" desde a idade média são conhecidos os contos eróticos, livros sobre magia negra, e mesmo bulas papais absurdas, mesmo hoje é só ir a uma banca e ver quantidade de lixo existente, nem por isso a humanidade foi empurrada na imbecilidade, muito pelo contrário.
Não concordo que a área de TI seja ramo desrespeitado, existem excelentes cursos técnicos e superiores, é cada vez mais exigido do profissional de TI uma formação competente e condizente com o mercado, talvez existam "profissionais" que não se dêem o respeito.
Existe pão e circo em todo lugar, veja BBB, porém também existe programas como roda viva.
Ninguém esta assassinando a língua portuguesa ! nunca se produziu tanta literatura em nossa língua as livrarias quebram recordes de venda de livros todos os anos, quando alguém quebra as palavras no msn, trata-se de um ambiente extremamente volátil e não um tratado que deve ser escrito no padrão culto da língua, para contrabalançar temos programas como o "nossa língua portuguesa" na tv cultura.
Quanto ao jogos, bem pode-se dizer que muita tecnologia (linhas de programa com inteligência artificial) foi usada primeiro em jogos, e hoje os bancos usam tecnologias semelhantes, ora até os grandes chineses, inventores, pensadores, guerreiros, tinham tempo para os seus jogos.
Interessante você dizer que:
- le spam
- tem orkut
- tem msn
- tem twitter
- tem blog
Meu caro, acho que você precisa ser apresentado a parábola do índio que dizia haver dois cachorros dentro de si, um representando o mal e o outro o bem, e ambos estavam famintos, prontos a se matarem por comida, quando perguntaram ao índio que cachorro iria ganhar, ele responde, aquele que eu alimentar.

[10] Comentário enviado por removido em 24/02/2010 - 22:05h

Olá, pessoal! Como estão todos? Percebo fervorosos desabafos e isso é uma das coisas boas da internet.O engraçado é que ninguém fala desses assuntos numa praça ou com o vovô. Temos todos necessidade de expressão. Seria maravilhoso se todos nós estivéssemos conversando o asssunto supra, reunidos num mesmo local, não é mesmo?

A mim Pedro, seu artigo elevou o estatus desse "site" a patamares superiores e amadurecidos, ampliando o conteúdo da comunidade VOL.
Se você leu "Os Lusíadas", deve-se lembra do capítulo do Velho do Restelo, ele já alertava (trocando em miúdos), sobre o desperdício humano e financeiro em busca de um novo caminho para as Índias para toda aquela massa envolvida em EMOÇÃO. Emoção ao povo e, recursos, à elite.

Sim, há um grande investimento financeiro e humano e principalmente esse, na área de tecnologia. Equipamentos sofisticadíssimos que antes eram sonho e agora, a custo de centenas ou milhares de reais são sub-utilizados por uma uma massa carente de valores morais e de intelecto vulgar.
Você sabe, uma sociedade assim, e aos milhares ou mesmo milhões, são manipulados porque carecem de uma base educacional que deveria vir do berço, não culpem vocês apenas os governos. É um estúpido gerando e perpetuando outro estúpido. Mas e daí, não é mesmo! O que interessa é o consumo sem critério sempre em busca de uma realização pessoal que nunca saciará a sede dessas pessoas de se sentirem INCLUÍDAS, ou mesmo valorizadas por possuírem bens materiais e, diante desses bens, sub-utilizá-los. O que interessa é o emprego, a economia e a visão de um Brasil que "o mundo aprendeu a respeitar", mas e as pessoas, como ficam nesse desenvolvimento?

Do mesmo jeito que a internet é democrática meu caro, também é este "site". Você proporcionou uma excelente leitura a todos nós.
Demonstrou seus valores e explicitou até mesmo seus descontentamentos. A sociedade que teme ou repele autocrítica, torna-se cada vez mais seletiva, separatista e IMBECÍL.


[11] Comentário enviado por hideoux em 24/02/2010 - 22:49h

Curioso,
Hoje, um aluno de 16 anos veio conversar comigo a respeito de tantas coisas erradas que ocorrem na internet...
Eu já havia lido seu artigo e concordei com seu ponto de vista.

O maior problema é que acabamos caindo na velha discussãoa respeito da censura...
Velho porque todas as mídias sofrem de superficialidade, baixo nível moral e ético, conteúdo fraquíssimo conteúdo, etc...
E muitas pessoas ficam desesperadas com isso.

Por um lado, uma enorme faixa da população que morre de medo de qualquer tipo de censura. Histórica brasileira, grande parte da população grita contra a censura pelos seus receios do tempo das Ditaduras... Outra grande parte não tem nem ideia do que é viver com a censura, mas entende os problemas decorrentes dela. Outra grande parte ainda respnde aos apelos de uma mídia brasileira de baixíssimo nível em todas as áreas (para essa, tudo é censura... censura não existe atualmente... qualquer ato que force ou impeça uma opinião é censura... blá blá blá).

Mas o que vejo é que controle é necessário, sim. Limites devem exitir em todas as áreas, desde comportamentos até ideias. Limite (em suas 3 dimensões) é base para o desenvolvimento tanto da inteigência de uma pessoa, quanto para o desenvolvimento social.

O problema é determinar quem escolhe quais são os limites. Elegeremos uma comissão para isso? O governo atual elegerá? Quais as especificações que alguém terá de ter para poder estabelecer esses limites? Qual a duração do mandato desse(s) censor(es)?
Essas perguntas fazem com que a esperança de uma censura se torne impraticável. Não é a ideia da falta de liberdade (ninguém tem liberdade total para dizer o que se quer...) que deve amdrontar, mas a falta de expoentes que sejam capazes de determinar os limites.

Puxando a sardinha pro meu lado, por falta de meios mais eficazes para aumentar a qualidade do uso das diversas mídias e tecnologias, a única solução é o aumento da qualidade da educação.
Mas, sinto muito: nossos professores são ruins demais; educação é coisa que, mesmo com qualidade, só gera frutos a longo prazo; ainda teremos de conviver com a escolha pessoal de cada um a respeito do que ser...

Talvez, a única forma seja cada um de nós, que concorda com a baixa qualidade dos usos das mídias e tecnologias, aumentar o próprio nível pessoal do uso. Afinal, não posso mudar o outro; posso mudar a mim mesmo e talvez isso provoque nas pessoas próximas a mim o desejo de mudar.

(sugiro que você envie seu artigo e a discussão aqui presente para o SÉRGIO AMADEU DA SILVEIRA, um dos maiores expoentes nacionais a respeito da inclusão digital e apoiador do movimento do software livre. Veja na revista A Rede (http://www.arede.inf.br) como entrar em contato com ele.)

[12] Comentário enviado por removido em 24/02/2010 - 23:53h

Caro hideoux, a palavra censura é quase palavrão não é mesmo?
A censura é um bicho perigoso. Não devemos soltá-lo e sei que você nem sequer cogitou isso.
Essa liberdade que temos na internet é perigosa e o censor que deveria existir em todos os lares não existe na maioria deles.
O verdadeiro censor deve ser o PAI e/ou a MÃE!!! E são poucos que cumprem a função de educadores. Sim, função, porque os pais são obrigados a educar o ser puseram no mundo. A interação dele com o mundo depende disso e de sua personalidade. Daí o adulto que será não sabemos, só temos
exemplos por aí, não é mesmo? Você que interage com muitos jovens deve ter notado que são poucos os que se destacam, e isso não é só questão de oportunidade, é de formação pessoal que vem desde o berço. Estão confundindo pobreza emocional com carência material.
O nosso Estado só reflete isso. Essa sociedade vazia e consumista de produtos tecnológicos.
Desculpe a digressão. Mas uma coisa leva a outra e no final, o caminho da solução só aponta para a base de nossa sociedade: A FAMÍLIA.

Tudo bem, as pessoas que usem seus computadores como quiserem, só que a diferença intelectual resulta numa sociedade culturalmente separada.





[13] Comentário enviado por nicolo em 25/02/2010 - 09:31h

Pedro,
Parabéns pela percepção acurada e pela lucidez, atributos cada vez mais raros.

A frase completa do historiador romando é "Desgraçado o povo que precisa de pão e circo" porque quem precisa de pão é incompentente e quem precisa de circo é uma besta.




[14] Comentário enviado por removido em 25/02/2010 - 10:13h

Olá! Estou de volta à discussão!

Bem, eu acredito que em nenhum momento eu quis dizer que estou com a razão e de que essa seria a única verdade, mas notei que as pessoas que discordam claramente do que escrevi deixaram a base da argumentação temática e partiram para uma espécie de agressão pessoal ilustrada pelo uso de termos que supõem uma provável frustração da minha parte, e isso vai contra o objetivo da discussão pois a empobrece.

Eu lamento também que, analisando o que foi expresso nesses comentários, pode-se notar que faltou um pouco mais de atenção, critérios e visão contextualizada de seus autores na leitura do artigo. Eu nunca disse (e isso pode até ser repetitivo) que o uso da internet torna as pessoas imbecis, isso seria muito generalizado, mesmo porque a ferramenta inanimada em si não tem poder sobre a pessoa, mas o modo com que essa pessoa interage com a ferramenta pode refletir quais são as suas prioridades e até mesmo o seu caráter.

De novo, eu também não disse que jogos ou qualquer meio de entretenimento são adversários do exercício da inteligência. O ser humano tem a necessidade de lazer, de humor, de cultura... Mas do mesmo modo que "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte..." não podemos esquecer que a gente não vive de "brisa". Temos preferências, mas antes delas vêm as prioridades.

Eu não disse que existe um lado certo e outro errado. O que eu alertei foi sobre o desequilíbrio que faz com que as pessoas passem a enxergar só um dos lados como se ele fosse o todo. Aproventando-me também do uso de figuras de linguagem, o contexto do que eu quis trazer à tona foi algo como o equilíbrio necessário entre luz e escuridão (não no que diz respeito a bem e mal), ou seja, a vida na Terra precisa da luz do sol, mas se não existisse a noite (se a terra não girasse) um lado seria frio de mais e outro quente de mais, inviabilizando a vida (como acontece com o planeta Mercúrio).

Sim, eu tenho orkut, MSN, twitter e blog, mas eu não dedico todo o meu tempo a eles - só que é fato que existem pessoas que se resumem a isso uqnado ligam um computador, e nós podemos influenciá-las positivamente. Como ja disse, não sou contra isso, mas sei que isso não é tudo, por este motivo eu lavantei o tema pra que possamos refletir.

E como parábolas me remetem à minha fé cristã, existe uma frase bíblica em que nesse ponto meu pensamento se baseia e, sem querer ser tendencioso religiosamente, acredito que pode servir como um resumo do que eu quis expressar como idéia central do artigo: "Examinem tudo mas retenham o que é bom!" (I Tessalonicenses 5:21). Meu alerta é sobre essa tendência que cresce das pessoas absorverem prioritariamente o que é potencialmente improdutivo, não só na informática mas na sociedade em geral.

[15] Comentário enviado por nicolo em 25/02/2010 - 13:41h

Pedro, você cutuou que o brasileiro odeia: Disciplina.
Se escrevesse isso para um sueco ou japonês, eles lhe diriam que isso é óbvio.

[16] Comentário enviado por juaor em 26/02/2010 - 09:19h

Ouso discordar do autor, não pelo seu desejo em ver as pessoas melhores e eficientes na utilização das ferramentas, mas pela sua ideia de que todos deveriam ter o mesmo nível de entendimento e compreensão sobre as oportunidades da vida. É que, a dor é a guia mestre. As ferramentas estão ai, uns usam para o bem, outros para o mal, aqueles que perdem tempo com banalidades hoje, amanhã cairão em si e buscarão o progresso, mas é preciso aceitar que as pessoas têm o direito de errar, ser livres em suas escolhas, e responsáveis pelos seus atos. Indago, que é um processador comparado a um cérebro? Que diria o Criador pelo uso que muitos de nós fazemos de nossas mentes?

[17] Comentário enviado por removido em 26/02/2010 - 10:27h

Concordo!

Mas eu nunca disse que acho que as pessoas devem ter o mesmo nível de conhecimento. Apenas creio que aquilo que estiver à sua mão para fazer faça bem feito. Prova disso foi meu exemplo sobre trânsito: eu, que tenho carteira AB, não posso me comparar a quem tem carteira E, pois eu sou habilitado só para dirigir carros e pilotar motos enquanto ele está habilitado para dirigir grandes carretas carregadas, portanto não posso e nem devo querer ter o mesmo nível dele nessas condições, mas é meu papel pilotar minha moto e dirigir meu carro 1.0 da maneira mais adequada, não preciso da categoria E pra isso.

Da mesma forma, um usuário não precisa ter o nível de um técnico, um técnico não precisa ter o nível de um programador e um programador não precisa ter o nível do cara que projetou o processador, mas cada um em seu nível deve procurar o melhor: o usuário deve se informar pra que possa usar o computador de maneira segura (por exemplo pra não cair em golpes que se usam da engenharia social) e não "comprar gato por lebre", o técnico deve ter capacidade pra dar suporte ao usuário em questões mais avançadas, o programador deve procurar sempre desenvolver as melhores ferramentas para o técnico atender melhor o usuário e quem faz o processador buscar melhorar seu produto para dar mais recursos ao programador para desenvolver ferramentas melhores e mais ágeis.

[18] Comentário enviado por Thomáz Vinícius em 26/02/2010 - 22:33h

Bom pessoal,eu concordo plenamente com o Pedro Araújo,e faço das suas palavras as minhas.Lógico que a opinião de todos é importante e a discussão e debates são interessantes,mas acredito que ele quis dar um norte quanto a alguns objetivos e valores "vazios" que estão sendo formulados hoje.O mercado de trabalho não tá nem ai se ele vai colocar produtos "fúteis",ruins ou mesmo a quem vai prejudicar por causa disso,afinal de contas eles querem é vender e o que dá dinheiro e sucesso é no que eles vão investir,mas há um problema grande nisso.Bom,para explicitar,a cada dia o mercado está mais competitivo,e eu como um estudante da aréa de informática eu vejo isso no meu dia-a-dia quando procuro melhores oportunidades.A gama no ramo é imensa e as especificações existentes estão em milhares,sendo que o "profissional completo" está a cada dia mais difícil e vai ser tornar,porque ninguém tem tempo e dinheiro pra aprender "tudo" que as empresas exigem por uma salário pífio,mas essas mesmas pessoas que usam a internet só para orkut,msn,twitter,facebook,são as mesmas pessoas que reclamam a cada dia da vida,das oportunidades de trabalho e de como tá difícil arrumar emprego e uma colocação melhor.Ai cabe a pergunta,mas e o porquê disso??? Por que essas mesmas pessoas "vazias" de valores preferem investir seu tempo,dinheiro e capacidade nessas coisas,que não trazem retorno algum,pq dificilmente elas a usam para algo que lhes trarão retorno em estudo e emprego,ai depois elas querem que o governo ou os outros se danem para ela ter um emprego e um bom emprego sem fazer absolutamente nada.E o que ela sabe fazer??? Bater papo no MSN,postar comentários e scraps no orkut,faceook e twitter tão vázios quanto ela,ou seja,só usam os mesmo para "idiotices".Bom,eu não tenho nada com isso,mas ninguém depois pode reclamar de nada,pois só se colhe o que se planta,mas você cruzar os braços e querer só aproveitar da vida sem esforço,é ilusão tão grande quanto a vida virtual que essas pessoas levam,e o pior,essas pessoas são vazias de valores éticos e morais,por quê pra elas ofender,julgar,discriminar,piratear entre outros é normal,ou seja,o que era pra ser bom acaba de tornando ruim,porque a cada dia existem pessoas vulgarizando a internet,ai depois aparece um concursinho ai meia boca ensino médio e elas entram de cara pra ver se consegue passar,é triste quando se olha para o futuro e só se ver o pior,e as crianças criadas nesse mundo??? O que serão delas,se pra piorar forem filhos de pais que usam a internet e os meios de comunicação para esses fins??? Isso é só para um reflexão,cada qual com seu cada qual,mas depois só reclamar da vida não adianta.

[19] Comentário enviado por removido em 27/02/2010 - 00:09h

Vejo que a quantidade de pessoas que compreendem o valor da educação, da disciplina, dos valores corretos está em número maior nesse maravilhoso debate (ainda bem).
Mais um comentário feliz, esse do nosso colega Thomáz Vinícius. Abrindo jornais na sessão de emprego, o que não falta é a procura por profissionais capacitados, com formação. E aquele adolescente cuja mãe ou pai trabalhou dobrado para comprar no crediário um computador para o querido, descepciona-se ao descobrir que a única coisa que ele sabe fazer é perder tempo e energia mental em "sites" de relacionamentos. Que desperdício ante essa maravilha da engenharia eletrônica. Tem preguiça em descobrir as fantásticas bibliotecas virtuais, os museus, a história, o mundo.
Mas segundo alguns, isso foi bom, não é mesmo? Moveu a economia, mantêm empregos e todo mundo tá feliz!

Essa massa de milhões de desempregados espelha a disparidade entre o preguiçoso que já virou número de estatística e o batalhador cujo emprego especializado o espera se ele estiver à altura. Esse soube aproveitar o que tinha em mãos, seja seu livro, seu mestre, seu computador e melhor ainda, tudo isso junto. Ele vai longe, porque a profissão intelectual é a que melhor paga.

Vivemos o livre arbítrio, não é mesmo? Cada um tem o direito de fazer o que quiser com seu tempo. Pois que tenha todo tempo do mundo na preguiça quem se contenta com salário mínimo. O mundo do sucesso é para os ambiciosos.

[20] Comentário enviado por Thomáz Vinícius em 27/02/2010 - 13:07h

Bom pessoal,isso é só um complemento para que se possa ter uma idéia mais ampla do assunto,para vocês verem que o preguiçoso e o reclamão tem lugar na sociedade,e um lugar especial,oa atual governo o sustenta a custa daqueles que querem trabalhar,mas mais uma ressalva quanto aos que opinaram "contra" o artigo.Bom,visitar redes sociais,se usa internet e computador e blá blá blá e essas coisas óbvias,mas ai que tá,como eu disse antes,a sociedade pra quem ainda não sabe é tendenciosa,ou seja,segue tendências,não importa elas quais sejam,o que tá na cabeça das pessoas elas seguem,por quê dá IBOPE,DÁ DINHEIRO,POR QUÊ DÁ LUCRO!!! Não importa se pra isso os valores bons e sadios tenham que ser invertidos,afinal de contas o que as pessoas,principalmente os desocupados argumentam é que aja liberdade de expressão,compreensão,não ao preconceito (não falo a raça,religião,etnia ou afins,me refiro a valores pessoais),e tudo isso é muito bom,mas sem regras vai virar uma anarquia.Entendam que a sociedade de hoje segue modismos,ditos por uma maioria que só vê o agora e não o futuro,e depois reclama dos problemas que elas mesmas causaram.Um último absurdo que me refiro é o AUXÍLIO RECLUSÃO,pra vocês verem a que pontos chegamos,um presidiário tem direito a R$ 752,12 por filho,ou seja,se ele tiver 5 filhos recebe de benefícios R$ 3.760,60 , você mesmo pode verificar isso no link http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22 ,pessoal,mais uma vez reafirmo a máxima e respeito as opiniões,só é triste você ver depois as pessoas reclamarem do mundo como ele é,sendo que elas mesmas criaram o mesmo com os seus valores invertidos e com uma ideologia de um "mundo moderno",sendo que ser ignorante não tem nada de moderno.


*Vai transar?**
O governo dá camisinha.


*Já transou?**
O governo dá a pílula do dia seguinte.


*Teve filho?**
O governo dá o Bolsa Família.


*Tá desempregado?**
O governo dá Bolsa Desemprego.


*Vai prestar vestibular?**
O governo dá o Bolsa Cota.


*Não tem terra?**
O governo dá o Bolsa Invasão e ainda te aposenta.


*Mas experimenta estudar e

andar na linha pra ver o que é que te acontece!**






[21] Comentário enviado por juaor em 27/02/2010 - 13:54h

Thomáz Vinícius, vc se equivocou em relação ao AUXÍLIO RECLUSÃO, o valor pode ser dividido entre os dependentes, jamais multiplicado. Abs.

[22] Comentário enviado por hideoux em 04/03/2010 - 10:26h

Thomáz Vinícius,

sua visão é bastante Capitalista...
não penso que esteja errado em ter essa visão,
mas existe outra forma de analisar as assistências que o governo oferece à população.

[23] Comentário enviado por cyberwolf em 05/03/2010 - 21:20h

Muito bom mesmo, Parabéns pelo artigo.

[24] Comentário enviado por removido em 08/03/2010 - 22:27h

Vamos adiante!
Não podemos auto-permitir que o mundo capitalista, que condiz com a sociedade de consumo, nos transforme em meros instrumentos de mantenedores da saúde econômica. Somos mais do isso. Não critico a atitude social do governo. Se não fosse essa ajuda a que se refere um dos lúcidos participantes, acredito que estaria pior a situação de muita gente por aí.
Se essas maravilhas da eletrônica são desperdiçadas, revela nada mais como essas pessoas lidam com o novo.
Ainda há muitas pessoas compromissadas com o aprendizado, com os valores corretos e com moralidade baseada na autoestima.
Espero não ter fugido muito do tema do artigo.



[25] Comentário enviado por cmleao em 10/05/2010 - 04:47h


A revolução foi desvirtuada

É a impressão que fica quando vejo os usuários avançados (que clicam no botão avançar) serem identificados como técnicos quando na minha época primeiro aprendi eletrônica e lógica digital pra entender como a impressora matricial fazia retorno de carro, e como cuidar de preciosos 16 kb de memória.

É a impressão que fica quando vejo fila de pessoas em repartições, lotéricas e agência de empregos e ao voltar pra casa ter o filho usando aquele computador, que falta 23 parcelas, pra acessar orkut/msn.

Voltando ao assunto, os contrassensos são inerentes às sociedades. As classes existem porque a sociedade comporta. Sempre vai ter gente pagando pra se alienar, e o resto da sociedade carrega esse fardo. É o pacto.
Acho que estamos nessa fase, em que a revolução se expande deturpada. Todos tem acesso ao computador, não podem dizer que não conhecem ou não tem oportunidade. Cabe aos conscientes promover e demonstrar como é o uso construtivo até que em algum momento sensibilize os em volta.
Assim como alguns usam motos pra racha e outros pra entregar pizza.

ps.: Fico curioso pra saber que impacto vai ter a Internet nessa eleição. Estamos cada vez mais próximo de uma massa crítica de usuários, e proporcionalmente de usuários críticos, que pelo menos podem fazer sua pesquisa sobre seu candidato, acompanhar debates e se informar com algo além do jornal nacional e do horário político. Aposto, sim, que não será decisivo, mas torço que seja pelo menos perceptível.

[26] Comentário enviado por lucianu em 21/09/2010 - 20:36h

Pelo fato ser aberto e receber contribuição de muitos colaboradores, toda falha de segurança descoberta é tratada muito rapidamente, ao contrário de falhas do navegador IE, por exemplo que pode levar semanas para ser tratada pela MS. Nesse meio tempo os Crackers (não é Hacker) fazem a festa, no sistema Inacréditavelmente Simples. Irônia ? Sim é.
Para informação e contrariando tendências, tenho uma Lan House movida à Linux (Ubuntu 10.04), preferia chamar de Cyber-Café, pois não ofereço jogos nos PCs, sendo estes dimensionados para Internet, Office e Multimédia, não jogos. Com um consumo estimado em 40W/hora, incluindo o consumo do monitor LCD. Preço bem acessível R$ 1,50 por Hora. Para quem curte jogos estou oferecendo um console PS3 por hora, pensando em investir no segundo.

Outro texto muito bom: http://meupinguim.com/por-que-nerds-usam-linux/

Forte abraço,

Luciano


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