Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 28/10/2013 - 19:35h
De minha parte, entrei no mundo Linux pela contramão, digamos assim.
Eu ERA analista de sistemas, programador Assembly, Cobol, Clipper, mantenedor de software alheio. e técnico de manutenção de hardware.
Meu primeiro contato com Linux, de forma muito tímida, foi em 2006.
Depois de aposentado, resolvi levar a coisa mais a sério e me atirar de cabeça no sofware livre, e em 2009 eu já dispensava DEFINITIVAMENTE o Windows nas MINHAS máquinas.
Claro que continuo sendo usuário dos demais SOs, quando necessário (a empresa onde sou sócio (hoje em dia assim meio-"laranja") usa Mac-OS e a grande maioria dos ex-clientes usa Windows, simplesmente porque usam ERPs, escritas por quem somente escreve - ou escrevia - para Windows.
Linux não é hoje em dia o "bicho de sete cabeças" de que se falava há dez anos atrás: Muitas distros são bastante amigáveis e intuitivas.
Basicamente, uma distro Linux consegue fazer todas as coisas que qualquer Windows faz, com a vantagem da leveza e da segurança.
Apenas não roda nativamente "aqueles" programinhas a que muitos usuários se acomodaram.
Na verdade, nossos "cursos de informática" não ensinam a usar planilhas, mas apenas a usar precariamente o Excel; Não ensinam a usar um editor de textos, mas o Word; e por aí vai.
Eu não recomendo
o uso de Linux
para técnicos de hardware, e sobretudo a instalação de Linux em seus clientes, porque esses técnicos praticamente morreriam de fome: Linux não dá complicações como necessidade premente de formatar, de desfragmentar, remover virus, trojans e toda espécie de malware, e essas coisinhas que volta e meia temos de fazer obrigatoriamente no Windows.
Eu recomendaria a esses técnicos - e também aos "técnicos" estudar o Linux no sentido de
aprender melhor sobre computadores.
Isso ajudaria bastante a compreender o Windows.
Por que as pessoas não usam tanto o Linux quanto usam o Windows:
1- Windows já vem instalado de fábrica "obrigatoriamente", devido a convênios firmados entre a Microsoft e os integradores de hardware;
2- A maioria das "atualizações" se dá através de pirataria, onde o "técnico" faz a gentileza de instalar um monte de programas de forma ilegal;
3- Um "técnico" que vive exclusivamente de fazer tais artimanhas, evidentemente não irá recomendar o Linux de forma alguma: Isso seria dar um tiro no próprio pé. Pelo contrário, espalhará boatos contrários, dizendo que é difícil, que não presta, bla, bla, bla.
4 - Cerca de 80% ou mais das distros Linux que vêm instaladas em micros ou notebooks são - a meu ver - de qualidade
propositadamente duvidosa;
5 - É extremamente comum o próprio vendedor
no ato da venda já indicar "aquele" técnico que cobra 50 ou 60 Reais e instala o Windows e mais uns programas "de cortesia" (porém sem avisar que se trata de
cópias ilegais);
Existem outros motivos, inclusive o fato de alguns programas exclusivos para Windows serem de uma qualidade tão excelente que não tenham similar no mercado, como é o caso do AutoCad e do SAP.
Corel Draw!, Powerpoint, Word, Excel, e outros têm bons similares, porém com características diferentes. No entanto as pessoas têm má vontade em aprender uma coisinha a mais, e em geral se acomodam em seu próprio universo.
Os usuários do Mac dificilmente usarão algum programa do Windows.
Por isso é tão importante conhecer os três lados da moeda: Cada um desses sistemas operacionais - e os programas que os fazem ter sucesso - tem seus valores, e se não procurarmos conhecê-los, ficaremos em nosso próprio mundo limitado ao que as
outras pessoas dizem.
Isso não é viver plenamente.
E olhe que existem muitos outros sistemas operacionais diferentes e com suas vantagens e desvantagens, não apenas Windows, Linux e Mac-OS.