Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 04/02/2011 - 19:00h
A educação de berço, a chamada "polidez social" é coisa que vem sendo erroneamente considerada como supérflua. Não é.
Hoje alquém chega a 6 a 8 metros de distância e pergunta: "Ô! Quantas horas aí?...".
A pessoa responde e o solicitante sai sem falar nada, como se o outro tivesse a obrigação de "se virar nos trinta" para dizer as horas para ele. (*)
O outro lado da moeda: Tenho amigos e clientes que somos como que de uma mesma família, tal o nosso grau de intimidade. Brincamos, contamos anedotas, almoçamos juntos, etc. No entanto, todos eles chamam a mim e a outras pessoas de "senhor", mesmo sendo essas pessoas mais jovens.
Meu falecido maestro era judeu e primogênito, e os demais irmãos (e respectivos descendentes) tomavam-lhe a bênção e também o chamavam pelo primeiro nome, porém com o título respeitoso de "senhor".
Era muito divertido ver a verdadeira festa que todos faziam quando ele chegava, e a quase-fila para beijar a sua mão e, ao dirigirem-se a ele, dizerem: "Elias! O senhor etc. etc. ..."
Esse meu maestro tinha o estranho dom de "sentir cheiro de melancia ao ar livre" e dessa forma descobrir se havia alguém nas redondezas vendendo aquela fruta.
Se já houve alguém que foi realmente admirador de melancia, foi sem dúvida alguma o maestro Elias.
(*) Mas às vezes o solicitante se lasca todo.
Uma certa feita fui acompanhar duas alemãs (e mais três crianças loiríssissíssimas) à praia do Flamengo (e que me puseram o apelido de "Sergios Karton" ou "Sergio da caixa").
Eu fui do jeito que estava, ou seja, de calça de veludo.
A tal caixa surgiu exatamente aí, porque eu arranjei uma caixa de papelão para me sentar e dessa forma não encher a calça de areia.
Aí um carinha que ali estava com a namoradinha a tiracolo resolveu "fazer bonito" e, supondo que todo mundo ali fosse gringo, sapecou a pergunta: "UÓTI TÁIME EZÊTI, PLÍIS?".
E a Daggi respondeu: "Olha, são quinze para as cinco, viu?"...
(Bem feito. Quem mandou gastar o "ingrês" na hora errada?)