andrezc
(usa Debian)
Enviado em 19/12/2014 - 20:44h
Está completamente fora do escopo da postagem e, acima de tudo, do fórum, mas não vou deixar a provocação passar batida. Vamos argumentar.
A questão das drogas.
Há algum problema em fumar, cheirar etc? Eu, particularmente, não faço. Mas não é problema meu se alguém o faz em seu particular, desde que não prejudique terceiros. Legalizar? No Brasil, não. Por quê? Porque nós definitivamente não temos a mesma estrutura social de países como a Holanda ou até mesmo o Uruguai. O Brasil é um país onde se tem, hoje, mais de 60 mil homicídios por ano; um país onde 90% de seus homicídios não são solucionados; é um país em constante guerra civil -- há outro modo de se referir a esses números?
Legalizar - ou descriminalizar, se preferir - daria à empresa privada, com controle estatal, a venda da maconha ou de outra droga qualquer. Correto. Mas quem seriam os empresários que primeiro se estabeleceriam no mercado? Os mesmos que já têm os seus pontos de venda, os seus clientes, o esquema de compra-e-venda e tudo mais. Quem são esses grupos? Bingo! O narco-tráfico! Em suma, teriam, por consequência, o monopólio da venda legal e ilegal; se promoveria o narco-tráfico.
É muita inocência se apegar pura e simplesmente na questões das liberdades individuais e da saúde. Envolve toda uma problemática econômica e social. E digo mais: pensam, ó bobinhos!, os defensores da legalização das drogas que estão a levantar uma bandeira da esquerda. Permitam-me lembrar-lhes de que ler livros faz bem à saúde mental - mais que maconha: a bandeira da legalização de TODAS AS DROGAS é da direita. Sim, da direita liberal. Duvida? Leia você mesmo os livros de Milton Friedman, o teórico liberal que deu base à ditadura fascista do Pinochet, no Chile; ou ainda, as obras de Rothbard, o mesmo que achava o máximo que se fizesse o comércio de crianças. Tudo pelo mercado!
Estudar não faz mal a ninguém. Ser mais humilde e menos metidinho a inteligente, idem.