lcavalheiro
(usa Slackware)
Enviado em 13/01/2016 - 13:58h
Vamos nós, senhores. Não há como mandar o bluez pro /dev/null porque ele é o responsável pelo controle do bluetooth no KDE, e indiretamente em todo o Slackware. Não é como o GNOME, um DE que pode ser expurgado do sistema. É uma peça fundamental que os DE disponíveis no Slackware usam. Tirar o bluez é perder o suporte a bluetooth, o que é inviável.
Quanto ao PA... Lennard Poettering não o desenvolve mais, e a atual equipe parece ser mais atenta aos usuários do que aquele filho dos anjos (porque tio Satanás é um cara bem legal e não tem nada a ver com gente tipo o Poettering). Isso explica o salto de qualidade que o PA teve da versão 5.x (a última que o Boesttering esteve envolvido) pra 7.1 (a atual). Mais de uma vez aqui eu disse que embora o ALSA esteja ultrapassado em vários sentidos (hotplugging e mudanças on the fly de dispositivos sejam os principais pontos) o PA não era maduro o suficiente para substituí-lo. Bem, eu continuo dizendo que o PA não é maduro o suficiente para substituí-lo, mas ele não é mais tão detestável quanto era na época do Boesttering. No openSUSE ele funcionava aceitavelmente bem (às vezes dava uns bugs estranhos que faziam o PA não reconhecer mais nenhuma placa instalada, requerendo a reinicialização do computador para corrigir a lambança), e para quem tem uma saída de áudio HDMI as gambiarras medonhas do ALSA estavam se tornando incômodas.
Se adicionar o PA ao Slackware foi uma boa decisão, eu já não sei. Existem vantagens evidentes pelo uso do programa, mas as desvantagens ainda existem e não são poucas. O PA não é mais tão instável quanto antigamente, mas sua arquitetura críptica e ausência de documentação extensiva das opções menos usadas é um ponto negativo que não pode ser ignorado. Por exemplo, é possível pela linha de comando aumentar o volume do sink padrão, mas em nenhum lugar da documentação (seja manpage, seja na página do programa) é dito qual variável deve ser nomeada para que o comando afete o sink padrão. Enfim, o resumo da ópera é um só: o PA chegou. O ALSA sozinho já dava sinais de ser insuficiente para as necessidades mais atuais, e o PA pode não estar maduro o bastante mas está aceitavelmente usável para a tarefa que lhe foi confiada: administrar o áudio do Slackware.
Quanto o systemd... o PA não depende do systemd (ele depende do speex, que já vai vir no Slackware também), e por enquanto nada no Slackware depende dessa porcaria. Então, estamos tranquilos quanto a isso: nada do lixo das outras distribuições na nossa :-)
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Luís Fernando Carvalho Cavalheiro
Professor de Filosofia por paixão, halterocopista por gosto e moderador do VOL
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Só Slackware é GNU/Linux e Patrick Volkerding é o seu Profeta