hrcerq
(usa Outra)
Enviado em 28/01/2018 - 17:44h
E eu achando que esse assunto de antivírus já tava morto e enterrado... A matéria é, como disseram, sensacionalista. Entretanto, ela não falta totalmente com a verdade, vejam:
[...] O malware se espalha na Internet por meio de práticas simples de engenharia social. Postagens com uma URL maliciosa que levam o usuário a instalar o malware têm sido encontradas em grupos no Facebook e WhatsApp.[...]
E mais à frente, ainda acrescenta:
[...] Ter um antivírus pode ajudar a evitar a instalação deste tipo de arquivo, já que o programa vai identificar o executável malicioso. No entanto, a melhor prática é evitar abrir links desconhecidos. Desconfie de qualquer URL enviada por e-mail, aplicativos de mensagens ou rede social, até mesmo em mensagens enviadas por amigos de confiança. [...]
Ou seja, se o usuário tem um mínimo de bom senso (só um mínimo), não vai instalar coisa que não conhece. Antivírus não é substituto para boas práticas. E pra complementar vou acrescentar um artigo (em inglês) de um ex-hacker da NSA falando sobre a análise que fez de como esse malware funciona e como atua no sistema:
https://objective-see.com/blog/blog_0x28.html
Ao observar o funcionamento do CrossRat, pode-se concluir o seguinte: pra que ele seja persistido, é necessário executá-lo uma primeira vez com um script que será específico da plataforma em questão (.sh ou .bat). Esse script obviamente teria que ser distribuído junto com o pacote jar (hmar6.jar) onde está a lógica do programa. O script basicamente vai acionar o comando:
java -jar hmar6.jar
Aí sim começa a infecção. Em outras palavras, você precisa necessariamente baixar um pacote desconhecido, descompactá-lo e executar o script. Se você for uma pessoa sem mínimo de senso crítico, que simplesmente baixa coisas aleatórias e executa, ok, talvez um antivírus ajude. Caso contrário, fique tranquilo. A propósito uma ironia é que este malware pôde ser aberto e inspecionado enquanto muitos antivírus por aí não podem. E aí vai da sua confiança no fornecedor do programa (vulgo: "la garantia soy yo").
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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira