Fonte de alimentação

13. Re: Fonte de alimentação

ian cléver sales fernandes
ianclever

(usa Arch Linux)

Enviado em 17/01/2013 - 18:20h

faz o seguinte se vc fez o teste do multímetro e deu tudo correto sua fonte não tem nenhum problema aparente. Mas não esquente a cabeça atoa. espere esse processador chegar e aí faça o teste com ele conectado.

para não se perder ligue primeiro só o essencial(fonte, processador, fan, memória Ram, usb frontal, speaker se tiver, e os fios do power, reset...)

veja se tudo roda se dá sinal. (de preferência ligado a um monitor)

se deu certo desligue conecte o leitor de cd/dvd, hd.. um por vez e vá testando para ver se funciona, só assim você irá identificar facilmente se há algum problema.

Definitivamente não estresse se não é pior (digo por experiência própria). ;)



  


14. Re: Fonte de alimentação

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/01/2013 - 18:51h

Olha, pode parecer óbvio demais, porém é preferível avisar primeiro e evitar arrancar os cabelos depois:
Não se esqueça de ligar o teclado, o mouse, o monitor e o buzzer (ou alto-falante).


15. Re: Fonte de alimentação

WGuedes
wguedes

(usa Ubuntu)

Enviado em 17/01/2013 - 20:59h

Erisrjr

A fonte é uma C3 TECH e a placa mãe, uma P8H61-M LE/BR.



Caro Teixeira

"chaveada em alta tensão" quer dizer "com o comutador de voltagem em 220V, quando a tensão fornecida pela linha é de 110V?

Na verdade, a voltagem de comutação, independentemente de a fonte estar ajustada para funcionar em 110 ou 220V é de alguns milhares de volts, porisso não se deve "brincar" com a fonte ou deixá-la ao alcance de crianças, por exemplo. Esse montão de volts é necessário para que haja maior eficiência e controle dos valores fornecidos pela fonte.

Lembremo-nos porém de que existem nesse jogo a F.E.M. (força eletro motriz ou "voltagem"), a corrente ou "amperagem" e a Força contra-eletro-motriz, chamada de "resistência". Faltando um só desses elementos, nenhum circuito elétrico é capaz de funcionar.

Pô, muito bom, mas "chaveada em alta tensão" quer ou não dizer "com o comutador de voltagem em 220V, quando a tensão fornecida pela linha é de 110V?

Também não sei o que é voltagem de comutação, mas o que eu quero mesmo saber, sendo mais objetivo, é o que quer dizer "chaveada em alta tensão"?


"se não houver carga" é o mesmo que (...)

Não existe carga quando não há ação da força contra-eletro-motriz, o que equivale a dizer "quando não tem nada ligado".

Ah, tá.., foi mal. Quando eu iria imaginar que a ausência da “ação da força contra-eletro-motriz” equivale a "não tem nada ligado", quando? Agora já sei! Mais um ponto pra você!


"acredito que a falta do processador esteja fazendo com que não haja carga suficiente para chaveá-la."

Bem, aqui a vaca foi pro brejo, pois, agora, tenho a impressão que "carga" não se refere à tensão entrante, em desacordo com o que pede a chave seletora de tensão, mas ao somatório das cargas solicitadas pelos dispositivos instalados, ou seja: se a soma das cargas exigidas pelos dispositivos instalados não atingir um mínimo, a fonte não entra em atividade e a ausência do processador não está permitindo que esse mínimo de carga seja alcançado, é isto?

Podemos dizer basicamente que sim. (…) Mas em geral, é quando a saída é zero mesmo, ou algo bem próximo disso.

Excelente!


"solta no espaço" quer dizer:
Se os conectores da fonte não estiverem conectados nos dispositivos (placa mãe, HD, CD-Rom etc.)?
Os conectores, no meu caso, estão conectados; só o processador não está instalado fisicamente na placa.

"Solta no espaço" é uma maneira figurada de dizer "sem nada conectado a ela".

Eu imaginava isto, mas é melhor ter certeza, né?


"as experiências em branco" vão ficar sem um palpite, pois não sei absolutamente o que poderiam querer dizer.

Experiências em branco são um neologismo que eu inventei para designar "experimentos sem fundo científico" (...)

Poxa, muito bom! Se tivesse posto um par de parêntese separados por “experimentos sem fundo científico” eu teria entendido de primeira, juro! Eu chamava esse “sem fundo científico” de “fazendo de orelhada”. Conhecia a expressão?

“sem que sejam tomados os cuidados profiláticos necessários para não dar nenhuma zebra.

Perfeito! O profilático adotado foi o exercício respiratório, antes de proceder ao “teste”. Na verdade eu não sabia se seria suficiente, mas até o momento, morto aqui continua sendo só a fonte (que já estava).


“Não se ofenda” (…). Quando falo em experiência em branco, é apenas uma advertência para previnir acontecimentos futuros.

Ofender-me com toda essa sua presteza em partilhar todo esse conteúdo? Jamais! Muito pelo contrário, suas dicas estão indo, agora mesmo, para o meu “Compêndio de Pegadinhas Informáticas”. Já tem umas 300 páginas. Quando chegar a 500, publico. Ah, claro, o nome de vocês, que tanto colaboraram, vai estar lá nos “Agradecimentos”



Ô, meu, toda essa coletânea de dicas me levam a crer que, embora a ventoinha tenha girado, só terei a garantia de que a fonte não está queimada se a tensão em cada fio estiver conforme nosso caríssimo Ian informou, é isto?

Conforme disse um pouco mais acima, isso depende de como foi elaborado o circuito da fonte. Nem sempre um simples multímetro...

Cara, até hoje achava o multímetro extremamente complexo, mas isto está começando a mudar, graças a essa frase: “um simples multímetro”. Valeu!


Grande Teixeira
Sou imensamente grato pela sua colaboração e, esteja certo, aprecio grandemente o seu conhecimento. Torno-me um admirador seu em consequência, também, da sua boa vontade e dessa atitude bonita de compartilhar conosco toda essa informação.
Nunca o tinha encontrado aqui, mas agora que aconteceu, gostaria de pedir-lhe que mantenha-se presente. Precisamos muito de alguém assim.

E não repara as brincadeirinha, heim!

Ah! Eu já havia postado, mas lembrei de uma sugestão a lhe fazer. Acho que seria legal publicar no VOL essas informações em forma de dica. O que acha? Eu acho que seria muito proveitoso!

Grande abraço!
WGuedes.


16. Re: Fonte de alimentação

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 18/01/2013 - 11:11h

Prezado wguedes:

Essa comutação em alta voltagem é um recurso para diminuir o tamanho, o peso e o custo de uma fonte de alimentação. A tensão de alimentação é amplificada em muitas vezes, (chegando a alguns milhares de volts) e retornando aos valores necessários para cada uma das saídas ("tomadas").
Em função disso, uma fonte desligada da tomada, e com sua tampa aberta, pode dar choques bem desagradáveis de mais de 300 volts, em virtude do que tenha ficado acumulado em seus capacitores.
Não me referi à chave seletora de voltagem (110 ou 220v), muito embora seja importante ajustá-lo para a voltagem compatível com a rede elétrica.

"Experiências em branco"... Eu deveria ter dito "experimentos em branco".

"Carga" em um circuito elétrico é tudo aquilo que se opõe à força eletro motriz, ou seja, é formada pelo conjunto resistência versus amperagem que produz um aquecimento ou consumo.
Considerendo-se que
R = V / I
e
W = V * I
Sendo R igual a "resistência", V igual a "voltagem" e I igual a "intensidade" ou "amperagem".
A dissipação do circuito (consumo) é medida em Watts (W).
Para cada um dos conectores de uma fonte moderna existe uma potência predeterminada e regulada, sendo portanto a fonte um circuito que pode ser considerado razoavelmente complexo, embora com poucos componentes.
No passado, as fontes eram apenas transformadores associados a retificadores, ou pouco mais que isso, e todas as saídas eram praticamente iguais (mesma wattagem).

Quanto ao multímetro, ele não chega a ser propriamente complexo.
Pelo contrário, é basicamente uma associação de resistores e capacitores ligados a uma bateria, um miliamperímetro com sua escala gráfica devidamente alterada, uma chave e umas pontas de prova.
E muito embora possa ser do tipo digital e não analógico, o princípio de funcionamento é rigorosamente o mesmo.
Um adolescente, com boa vontade e algum conhecimento empírico, é capaz de construir um multímetro analógico que funcione razoavelmente bem (alguns valores de resistores necessários não são encontrados facilmente no mercado).
Mas eu disse isso em especial quando comparado com um osciloscópio, por exemplo, cujo circuito eletrônico lembra - em complexidade - um receptor de TV.
Muitas vezes é mais fácil substituir um componente (como é o caso da fonte) em vez de investigar o porque ela não funciona convenientemente.
Técnicos de campo geralmente fazem isso, enquanto técnicos de laboratório empregam verdadeiros "recursos de C.S.I." para encontrar a solução do mistério: Usam osciloscópio, spray gelado, etc., e podem passar dias pesquisando um defeito.
No seu caso específico, e usando como instrumento apenas o "desconfiômetro" e o "palpitímetro", acho que com o processador no lugar haverá uma grande chance de funcionar.

Quanto à sua sugestão com referência à publicação de dicas, eu teria de pensar melhor, pois em qualquer ramo tecnológico as coisas mudam muito rapidamente e se tornam obsoletas com grande facilidade.
Dessa forma, uma dica que poderia ser valiosa hoje, amanhã estaria praticamente perdida ou ainda poderia tornar-se falsa devido a mudanças nos caminhos da indústria.
De qualquer forma, está anotada, e agradeço por sua idéia.


17. Andar com fé eu vou!

WGuedes
wguedes

(usa Ubuntu)

Enviado em 18/01/2013 - 19:02h

Ian

Não, meu camarada, não fiz o teste do multímetro; só o do clips e a ventoinha girou.
Vou comprar um multímetro e... bem agora estou em dúvida: não se caso, se compro um multímetro ou se compro um osciloscópio. Gostaria que palpitassem, ou melhor, que opinassem sobre isto, pode ser?

Teixeira

Fica frio, meu caro!
Eu sugeri dica, mas o conteúdo que você tem a expor é digno de um "Artigo".
Quanto à evolução científico-tecnológica, esquenta não. O artigo vai ficar lá à sua disposição para que você o atualize sempre que possa e seja necessário.

Além do mais o seu usuário tem seu e_mail particular que será mostrado no artigo e sempre haverá um linuxer chato, como eu, fazendo perguntas e outros até o informarão de algumas novidades que não constarem no artigo, sacou?

Também pode inscrever-se num desses sites especializados no assunto e eles mandam notícias sobre as inovações.

Se eu disser uma abobrinha, enquanto tento ajudar alguém que esteja em dificuldade, e um outro linuxer me corrigir, agradeço a ele que me atualizou e não vou ficar aborrecido por isto.

Aqui, trocamos experiências e compartilhamos conhecimento. Os que sabem mais ajudam os que sabem menos. É o mundo Linux; é o mundo Livre!

Muitas vezes, nem é uma questão de saber mais ou menos, mas uma mera questão de que tudo, qualquer coisa, pode acontecer.

Vê o Icavalheiro... O cara sabe tudo, já percebeu? Tem me dado a maior força. Ontem, fiz-lhe uma pergunta e ele sabia onde encontrar a resposta, sacou? Não tente fazer-lhe uma pergunta na espectativa de que ele não saiba nada a respeito. Alguma coisa boa ele terá pra dar como resposta. E, veja: eu disse "coisa boa", ok?

Mas tem uma coisa que ele não sabe (me confidenciou ontem). Não espalha, mas ele não sabe ganhar dinheiro! É! é! é! é!. Que nem eu! Também não sei. A diferença é que ele só não sabe isso, enquanto eu não sei, por exemplo, com quantos paus se faz uma canoa, qual era a cor do cavalo "branco" de Napoleão, qual é a força motriz que reprime a influência da matrix da repimboca da parafuzeta, entre muitas outras.

Vai na fé, cumpadi e se o fizer, me informe, ok?

Abraço,
WGuedes


18. Re: Fonte de alimentação

ian cléver sales fernandes
ianclever

(usa Arch Linux)

Enviado em 18/01/2013 - 19:19h

só digo que o multímetro é barato e dá para resolver algumas tarefas básicas.

mas deixo a sugestão para o teixeira que pelo que tenho notado tem mais experiência no assunto que eu. ;)


19. Re: Fonte de alimentação

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 19/01/2013 - 11:49h

Penso que você em vez de comprar logo um multímetro, espere pela chegada do processador.



20. Re: Fonte de alimentação

Alberto Federman Neto.
albfneto

(usa openSUSE)

Enviado em 19/01/2013 - 18:39h

Uma curiosidade @Teixeira, para fazer a comutação em Alta Voltagem, as fontes usam dobradores de Tensão, ou circuitos digitais equivalentes? ou comparadores de fase?


21. Re: Fonte de alimentação

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 20/01/2013 - 00:30h

wguedes escreveu:

Erisrjr

A fonte é uma C3 TECH e a placa mãe, uma P8H61-M LE/BR.

....

Caro Teixeira

(...)

Não existe carga quando não há ação da força contra-eletro-motriz, o que equivale a dizer "quando não tem nada ligado".

Ah, tá.., foi mal. Quando eu iria imaginar que a ausência da “ação da força contra-eletro-motriz” equivale a "não tem nada ligado", quando? Agora já sei! Mais um ponto pra você!

...
WGuedes.



http://www.asus.com/Motherboard/P8H61M_LE/ <-- Support>Download > em OS: selecione "Others" > Manual > faça o download do: P8H61-M LE User's Manual (English)"

Verifique:

1 - Se o "CLRTC jumper" não esta na posição "Clear RTC", é comum os fabricantes enviarem assim, para não consumir a bateria enquanto a placa estiver em estoque(Pagina 1-20(Pagina 30) "P8H61-M LE/USB3 Clear RTC RAM".)

2 -Se não esta esquecendo de conectar o plugue "ATX12V, o "Pequeno "encaixe" de 4Pinos azul, próximo ao socket do processador (Manual em "ATX power connectors 24-pin EATXPWR, 4-pin ATX12V" Pagina 1-23 (Pagina 33)).

3 - Dependendo das configurações padrão do BIOS, se não houver uma FAN(Ventoinha para o Processador) instalada no conector correto(Manual em "4. CPU and chassis fan connectors (4-pin CPU_FAN, 3-pin CHA_FAN)" pagina 1-24 pagina 34), a placa pode também não iniciar (Para não causar danos ao processador, mas neste caso, só saberá se tiver uma ventoinha para testar ou quando seu processador chegar)



Quanto a carga, os componentes da placa mãe são mais que suficientes(Chipset e demais chips controladores, como os de som e rede) para ela "iniciar". Entretanto se sua fonte estiver com defeito, poderão ser suficientes também, para ela não ligar!

O ideal ao testar as tenções dos conectores da fonte com o multímetro, é fazê-lo utilizando um resistor, para simular o funcionamento com "carga":

http://www.pcforum.com.br/cgi/yabb/YaBB.cgi?num=1177994811 <--(2° Post, o usuário rubensomar ensina o procedimento da forma correta.




22. Re: Fonte de alimentação

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 20/01/2013 - 12:20h

Albfneto escreveu:
Uma curiosidade @Teixeira, para fazer a comutação em Alta Voltagem, as fontes usam dobradores de Tensão, ou circuitos digitais equivalentes? ou comparadores de fase?

Tanto quanto eu me lembre, uma fonte chaveada requer um transformador principal, um transformador de pulsos e um transformador de partida, além de circuitos retificadores, filtradores e osciladores.
Portanto ocorrem tanto a comparação de fase quanto a multiplicação de tensão.
Os três transformadores são bem menores que aqueles que seriam normalmente necessários se fosse uma fonte "convencional" retificada.
No final das contas, uma fonte dessas é menos eficiente (entre 70% a 90%), porém mais barata.
O que eu me lembro é que a circuiteria é baseada em CIs dedicados.
Existe no CI um circuito estabilizador que compensa as (muitas) variações de tensão durante o funcionamento.
A tensão de saída é constantemente controlada pela largura dos pulsos, e é nisso que reside o pulo do gato.
E como os capacitores eletrolíticos geralmente podem dar choques de mais de 300 Volts, mesmo com a fonte desligada da tomada, podemos perceber que o fator de multiplicação é certamente superior a 2.
Mas, conforme já afirmei antes, cada fonte pode ser diferente de outra, em virtude do projeto de engenharia.
Faz muito tempo que eu não abro fontes, exceto para substituir umas poucas ventuinhas de meus próprios PCs ou para tirar aquele montão de poeira que fica acumulado.
Em geral, se elas estão funcionando, para mim já é o suficiente.




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