Você sabe a sua missão de vida? [RESOLVIDO]

ENS
(usa Manjaro Linux)

Enviado em 25/09/2021 - 20:03h

Boa noite Sam.

Eu olho a existência de maneira diferente, por exemplo eu não creio que exista uma missão na vida, como uma tarefa específica.
Veja só, existem bilhões de pessoas vivas atualmente e outras bilhões que já se foram e a maior parte dessas pessoas não tem a menor condição em pensar, assumir e trilhar uma missão de vida, a grande maioria apenas sobrevive, dia a dia, refeição a refeição, diblando os males que conseguem e amenizando as mazelas de alguns poucos próximos, e o pior de tudo suportando as pessoas más que enccontram pela vida.

Então a missão de hoje, do próximo instante, da próxima decisão que tomarei é ser bom, ascessivel e ativamente efetivo em ajudar o próximo.

Esteja eu programando, criando gado, operando na bolsa de valores, ou seja advogado, médico ou seja lá o que for, não importa.

O que importa é quem é você nos encontros da vida.

Espero ter ajudado.



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“Que é, pois o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pede, não sei.” - Santo Agostinho

SamL
(usa XUbuntu)

Enviado em 25/09/2021 - 21:51h

Boa noite. Entendo o que tu diz, quanto a missão de vida que falei, eu entendo isso como algo que se encaixa na vida da pessoa, mas que requer algum nível de escolha pra segui ou mesmo fazer se for o caso.

Mas sendo franco, também imagino o que tu diz de muitas pessoas não terem condição de pensar em tal assunto, e é ai onde dá pra questionar se tem ou não alguma missão. Eu acredito que evolução seja a lei máxima do universo, mas ao contrário de alguémm que "endeusa" o evolucionismo, eu não creio mais que tenhamos surgido do mero acaso, que apenas estamos aqui por puro e simples "rolar dos dados".

Se tu quiser fazer um experimento legal, pega alguém muito inteligente que tu conheça e pergunta isso:
E o que tinha antes?

Exemplo:
O que tinha antes dos portugueses chegarem ao Brasil?
E antes?
E antes?
E antes?
E antes?
...
seja chato e pergunte infinitamente.

Tu vai observar um fenômeno interessante com isso: ninguém, absolutamente ninguém chegará a uma resposta exata sobre o passado, ou melhor, o que levou a primeira causa para se ter um efeito. Aprendi isso num livro. No momento que a pessoa se estressar contigo perguntando o que ela não sabe, é ai onde caem as máscaras e por fim, se vê que não sabe de m3rda nenhuma de nada rsrsrs nem mesmo do que originou a pessoa.

Na física newtoniana não existe efeito sem causa, o que podemos crer que houve uma causa antes, mas, se formos tão a fundo e ir pra trás, veremos que chegará num ponto onde não haverá saída se não declarar que não sabe de nada, ou melhor, que a humanidade é essencialmente limitada, seja em intelecto ou mesmo em possibilidade de ação.

Engraçado é que tem gente que se acha especial, ou que deve "dominar" outros por qualquer coisa que seja, um tipo de exercício de força. Enfim, acho que estou fugindo do assunto aqui.

Então, pessoalmente, eu acredito que exista algum tipo de missão. Única? Não. Muitas? Não sei dizer. Não faço ideia porquê esse tipo de coisa sonda a minha cabeça, ou mesmo de outras pessoas como eu vi outro dia. Mas bem que eu gostaria de encontrar umas respostas pra esse tipo de questão, e não ficar só questionando o nada, ou o éter, vai saber rsrrss

Buckminster
(usa Debian)

Enviado em 25/09/2021 - 22:08h

No momento minha missão de vida é pagar uma dívida de gratidão respondendo perguntas aqui no VOL de acordo com minhas habilidades e conhecimentos.
Até quando vai essa dívida?
Não sei. Pode durar uns dias, um ano... o resto da vida.
Depende de quando mudar minha Emoção em relação a isso.
Aí a trama se complica: não sabemos quando a Emoção mudará.
E por Emoção entenda-se a gama de vontades, desejos, sentimentos e emoções em si.
Aquela coisa de Razão e Emoção em Filosofia.
Aquele equilíbrio entre Razão e Emoção onde Razão é a inteligência, o raciocínio, as habilidades, os conhecimentos, etc.
E Emoção são as vontades, desejos, sentimentos, sensações e emoções em si.
A "Temperança" de Aristóteles, o equilíbrio entre Razão e Emoção, posto que a Emoção a gente não controla, mas a Razão a gente pode controlar.
E Razão e Emoção estão imbricadas, não se sabe com certeza onde começa uma e termina outra.
Não podemos confundir Razão com raciocínio, raciocínio é a aplicação da Razão. A gente (o ser humano) raciocina para chegar à alguma conclusão e esta conclusão pode ter lógica ou não.
Caso a conclusão não tenha lógica (não faz sentido) faz-se necessário seguir no raciocínio, é automático, é natural.
Caso a conclusão tenha lógica (faz sentido) podemos encerrar o raciocínio ou seguir adiante nos aprofundando no assunto.
Mas aí entra a "mardita" Emoção que às vezes bagunça tudo e embota a Razão, não nos deixa raciocinar.
Eu mesmo, estou escrevendo aqui procurando seguir um raciocínio, mas daí entra a Emoção imbricada na Razão: "será que quem for ler isso vai gostar, vai encontrar falhas no meu raciocínio?"
Porém, a "mardita" Emoção é o que nos faz sermos humanos.
Então devemos ter um equilíbrio entre Razão e Emoção... e mais uma vez Aristóteles está certo.
Por outro lado, como Aristóteles falava, como ter esse equilíbrio, essa temperança de caráter?
Aí a "porca torce o rabo", aí não sabemos qual a nossa missão de vida e, ao mesmo tempo, temos várias missões de vida.
É aí que entra José Ortega Y Gasset, baseado em Aristóteles: "Eu sou eu e minhas circunstâncias".
As circunstâncias são os momentos da vida.
Situações e circunstâncias. Estou no trabalho, é uma situação; estou conversando com um colega de trabalho, é uma circunstância, passo a conversar com outro colega de trabalho, é outra circunstância na mesma situação. E a nossa vida é feita dessas circunstâncias e situações.
Quantas vezes não nos lembramos de um professor que tivemos lááá no ensino fundamental ou médio? Ou de um cara que encontramos uma única vez na vida e às vezes nos lembramos dele?

E será que temos uma missão de vida?
E será que precisamos ter uma missão de vida, assim completa, acabada?

Habilidades e conhecimentos podem ser adquiridos ao longo da vida.
Eu posso ter nascido um tapado completo e pelo esforço e interesse fui adquirindo habilidades e conhecimentos.
Quem sabe nossa missão de vida seja vivermos da melhor maneira possível!
Mas quem define qual a "melhor maneira possível de viver"?
De repente a vida de um não seja o teu ideal de vida e a tua vida não seja o ideal de vida do outro... e aí vamos num ciclo sem respostas ou com várias respostas que acarretam em mais perguntas ainda.
Aristóteles mesmo deixou um livro chamados "Questões" com mais de mil perguntas não respondidas ao longo da vida dele.
Assim como Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, José Ortega Y Gasset, Santo Agostinho, Avicena e inúmeros outros, eles viviam em dúvida constante; e também vivemos em dúvida constante, mas nem por isso a dúvida precisa ser um motivo de preocupação.
A nossa "missão de vida" nos remete ao "de onde viemos, para onde vamos"?
E esse "de onde viemos e para onde vamos" até hoje ninguém conseguiu responder.

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Bruuh
(usa Arch Linux)

Enviado em 25/09/2021 - 22:33h

Bem, comigo foi ao contrário. O vazio existencial desapareceu quando reconheci que não tinha força criadora, que se eu era um m3rdinha era minha culpa, e se tinha pessoas incríveis foi por esforço próprio (e talvez um pouco de sorte). A partir desse ponto, eu tinha duas escolhas: continuar sendo inútil ou tentar me tornar útil (ou me tornar qualquer outra coisa que me agradasse, realmente deixasse-me orgulhoso de mim mesmo).
Não posso dizer que estou 100% satisfeito comigo mesmo, mas estou melhor.
Ah, e sim, concordo com seu raciocínio. Muitas pessoas encontram suas metas, e portanto suas missões de vida em meio ao sistema que vivemos. O trabalho (e as pessoas com quem se trabalha) parece dignificar, afinal.

Mas enfim, parece tudo muito pessoal para definir algo concreto que valha para todos.

Buckminster
(usa Debian)

Enviado em 25/09/2021 - 22:54h

Bruuh
"Mas enfim, parece tudo muito pessoal para definir algo concreto que valha para todos."

Seria bom se o ser humano viesse com um manual de instruções de cada um.


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SamL
(usa XUbuntu)

Enviado em 25/09/2021 - 23:32h

Caramba, arrasou hein mister Buck! Fiquei pensando aqui sobre teu comentário e imagino que eu preciso conhecer mais coisas, principalmmente este bicho teclador criador deste tópico.
Se bem que, eu reparei que tu tem estado muito motivado pra responder as perguntas do site, acho que é a primeira vez que vejo alguém tão motivado no fórum do VOL.


É, eu também deixei de crer em uma única verdade pra todos, isso me deu um baita alívio, parece que deixar de controlar as coisas a gente se sente mais leve.
De vez em quando me dá umas vontades de sair xingando, outras horas eu estou mais tranquilo e vejo unicornios rosas por todo canto "Uni, é você?"

Mas sério, muitas das vezes eu não me considero normal, mas na hora que penso isso, me vem a pergunta: o que é ser normal?
Normal é ir trabalhar e chegar em casa esgotado? Ter uma família? Uma esposa? Uma amante? Uma put4?

Como o buckminster disse ali sobre sentido, acho que só queria mesmo era encontrar um sentido, nem que seja a placa de "siga em frente, olhe para o lado".
Eu fico absmado como eu tenho amigos que sentem a vida deles completa fazendo o que não gostam. Seja estando casados com uma pessoa que não sentem mais nada por ela, a popular feijão com arroz, só come porque tá acostumado. Ou seja porque fazem algo por não ter escolha mesmo, ou melhor, até tem escolha mas por pura preguiça não querem estudar.

Já eu, me encontro numa situação onde não poderia dizer que estou bem, porém, eu estou consciente da doença:
Eu: --doutor, eu vou morrer!?
Doutor: --todos nós vamos morrer, meu filho.

E assim, não sei se cá estou lúcido, ou se preciso de um raio de Zeus pra acender um palito que seja da bateria do meu celular.
Mas vai que eu consiga ligar pra alguém e dizer: Creusa sua raparig4, vem me buscar que eu tô perdido e não sei onde estou!!!

msoliver
(usa Debian)

Enviado em 25/09/2021 - 23:56h

Complementando:
Eu: --doutor, eu vou morrer!?
Doutor: --Um dia, todos nós vamos morrer, meu filho,
Nos outros dias, não!


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Importante:
wget -qO- https://www.vivaolinux.com.br/termos-de-uso/|sed -nr '/^[ ]+Se/,/dou.$/p'
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Nota de esclarecimento:
O comando: ACIMA, faz parte da minha assinatura.
Att.: Marcelo Oliver
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clodoaldops
(usa Linux Mint)

Enviado em 26/09/2021 - 10:13h

Um grande erro: crer-se mais importante do que se é e estimar-se menos do que se vale. (Johann Goethe)

Bruuh
(usa Arch Linux)

Enviado em 26/09/2021 - 11:00h

Aí é que tá, também me pego pensando nisso as vezes.
Mas e se o normal também não for algo estático, assim como nossos desejos? Um livro que é interessante sobre isso é O Alienista. É um clássico da literatura brasileira, mas resumindo: Um "psicólogo" (por falta de um termo melhor) começa a dar abrigo a todos os loucos da cidade, e "loucura" para ele é qualquer disfunção comportamental com base no que é "certo ou errado". Ele vai abrigando os loucos da cidade até que tem quase toda a cidade sendo tratada, e no final, chega a conclusão que a disfunção comportamental é que é normal e estar perfeitamente são, sensato e dentro do certo e errado é que é loucura.

ENS
(usa Manjaro Linux)

Enviado em 26/09/2021 - 13:26h

Boa tarde querido SamL.

Já fiz estas perguntas a mim mesmo que você faz sobre o conhecimento das nossas origens, que são impossíveis de serem desvendadas, e de nossa "missão" enquanto seres existentes, como essa: "Qual o meu propósito de vida?"

Veja só, eu sou um herege do cristianismo, não creio em todas os dogmas cristãos oficiais, mas aceito Jesus com a divindade manifesta.

E sobre este questão de o que devemos fazer na vida que é muito parecida com uma missão a resposta de Jesus foi "Fazes o bem a quem encontrares pelo caminho."

Vou descrever como lido com essa questão da vida.

"Um belo dia ainda muito jovem percebi que eu existia, também percebi que não estava só, havia muitos outros parecidos comigo, e logo depois percebi que algumas coisas eram boas e outras más.

De forma biológica eu sei que venho dos humanos e que tudo que me cerca naturalmente é uma evolução de algo longínquo e perdido no tempo.

Mas ainda assim percebo que sou estranho a este universo.

Em meio a tudo isso percebo que uma luz, um realce de postura me chama a atenção, sim é ele, Jesus.
E o considero um estranho neste universo. Alguém que devo ouvir.

Presto atenção em suas palavras e delas tiro a seguinte informação.

Enquanto estivermos neste mundo devemos fazer o bem a quem encontrarmos pelo caminho."

Nesta minha existência não tenho outra informação válida, inconteste e perfeitamente harmoniosa além dessa.

Assim querido SamL nós temos a informação necessária para vivermos com um propósito que é inegável.
Fazer o bem.

Então para finalizar pergunto devo fazer o bem em qual profissão?
Devo estudar muito ou pouco?
Devo constituir família ou viver dedicado a algum bem social?
Caso ou compro uma bicicleta?
Direita ou esquerda?
Branco ou preto?

Respondo: Todas as respostas estão corretas se lhe agradar e estiver fazendo o bem a quem encontrar pelo caminho.

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“Que é, pois o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pede, não sei.” - Santo Agostinho

SamL
(usa XUbuntu)

Enviado em 26/09/2021 - 16:57h

Boa tarde, ENS. Então, eu gostei desse teu comentário, isso me faz pensar que outras pessoas, são o que me faz ter algum sentido de existência.
Se bem que, quando estou meio pra baixo, eu acabo esquecendo parte desse pensamento.
Eu já experimentei seguir esse ensinamento de Jesus, aliás, ainda sigo de certa forma, porém mais fraco que antes.
Ontem fui dormir e acabei tendo um sonho diferente do normal, sonhei como se eu fosse tudo o que eu deveria ser. Ou melhor, sonhei que não havia diferença entre o que eu penso e o que eu faço. Achei interessante como eu me comportava, inclusive me vi entre certos amigos do passado e outros nem tão amigos assim, porém, eu não reagi como eu tinha reagido na realidade, eu estava de certa forma mais "sábio", ou nem tanto, nem sei se era sabedoria, mas eu estava diferente no sonho.

Por fim, depois que acordei eu entendi o que significa esse sonho: que tudo que eu preciso pra ser já está dentro de mim. Não encaro isso como algo egoísta, na verdade eu entendo que isso significa que eu já tenho as ferramentas que preciso pra ser o que eu quiser ser, seja profissionalmente ou mesmo pessoalmente.

O engraçado é que eu nunca tinha visto por esse lado de forma consciente, sempre achei que o que está lá fora é o que poderia dar significado ao que está dentro de mim, como alguém procurando um objeto físico.

Gostei de ouvir sobre o que tu acha sobre o que falei, e digo que o que tu disse faz sentido sim. Talvez envolver pessoas no que eu penso possa ser uma espécie de "encaixe" mental, sabe, a peça que faltava pra encaixar a mente. Se pensar assim, acho que devo ter encontrado algum caminho, ou melhor, criado um caminho entre a mata fechada.

De qualquer forma, obrigado por expor seu pensamento aqui, isso me dá outra direção pra olhar.

SamL
(usa XUbuntu)

Enviado em 26/09/2021 - 17:09h

Esse negócio de certo e errado é uma construção lascada, e ainda acaba com a individualidade das pessoas.
Eu gosto de agir de forma "errada" pra uns e certo pra outros, tem gente que gosta e tem gente que pensa que sou pirado, se olhar bem acho que não tem mentira nesse ponto. Acho que deve ser porque as pessoas estão acostumadas com a aparente "normalidade" e constância na vida delas, que quando chega alguém portando a entropia em aparência, eles simplesmente cortam o papo e tenta isolar (eu no caso) de entrar na casa delas ou mesmo falar com elas.

Hoje resolvi fazer um teste pra ver meu nível de normalidade.
Entrei num desses sites de conversas aleatórias e fui falar com estranhos na internet.
Eu fui o mais síncero que eu pude ser e mostrei o meu "eu" que constumo ser com meus amigos.
Das 4 pessoas que conversei, só uma delas resolveu ficar pra conversar comigo, as outras 3 ou me acharam um esquisito ou não gostaram de mim rsrsrs

O resultado disso é o que eu já sabia na prática: eu assusto as pessoas de alguma forma.
Não sei ser de outra forma se não do meu jeito, e creio que existem pessoas que não estão acostumadas a isso e esperam (criam expectativas) de um comportamento previsível e "normal" vindo de alguém.

Deve ser o tipo de pessoas que vivem a vida no automático, só esperando o dia em que vão ser colocadas na lixeira pelo delete divino, e por fim esquecidas e apagadas da mente alheia quando não existirem mais.

Enfim, pelo menos eu ainda tenho alguns amigos sobrando e pelo menos esses me entendem até certo ponto.