Enviado em 08/03/2017 - 09:04h
Convencionou-se afirmar, desde meados do século passado, que as marcas são "a religião da nossa época". Depois que uma pesquisa de neuroimagem mostrou que pensamentos religiosos e aqueles relacionados às marcas ativavam as mesmas áreas do cérebro, o tal clichê ganhou verniz científico. O que a ciência nos mostrou é que os fanboys não querem proteger somente a marca que eles tanto amam. Eles querem se proteger. Em 2013, o Journal of Consumer Psychology fez um experimento com 200 voluntários para entender esses laços tão fortes entre pessoas e marcas. O resultado mostrou que pessoas muito apegadas a uma determinada marca sofrem problemas de autoestima quando suas marcas favoritas recebem críticas ou são julgadas de forma negativa. Elas se sentem pessoalmente atacadas e são afetadas por isso. É como se apaixonar: você pira, pois seu cérebro é invadido por uma tsunami de neurotransmissores, conhecidos como dopamina. Os produtos podem ter exatamente o mesmo efeito em nós. Na verdade, quando analisamos o vício, descobrimos que as pessoas se viciam em produtos. Ficamos chapados de dopamina só de olhá-los ou tocá-los.