Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 04/06/2013 - 13:47h
O ato de acreditar é algo difícil de ser explicado.
Na maioria das vezes, as pessoas acreditam exatamente naquilo que não deveriam acreditar de forma alguma, e lançam dúvidas sobre aquilo no que deveriam realmente ter confiança.
E por vezes, a vontade de levar vantagem em tudo (a chamada "Lei de Gerson"), o imediatismo, e até a ganância nos levam a fazer besteiras.
Não fosse assim, ninguém cairia no famoso "conto do vigário".
Isso explica em linhas gerais porque o traficante tem mais credibilidade que a figura do pai e/ou da mãe de certos jovens.
Essa "Lei de Gerson" é na verdade uma injustiça ao jogador Gérson, que atuou brilhantemente na Seleção Brasileira na famosa Copa de 70 e que hoje é comentarista esportivo.
O Gérson mesmo não é e nunca foi assim.
Acontece que ele andou fazendo propaganda de uma determinada marca de cigarros, cujo mote era exatamente o de "levar vantagem em tudo".
Bem faz o Pelé, que não associa seu nome a cigarros ou bebidas alcoólicas, nem a qualquer outro produto ou serviço que possa de alguma forma vir a macular a sua imagem.
As pessoas caem em golpes ou por extrema ingenuidade, para ajudar outras pessoas (casos muito raros), ou por sentimentos de ganância mesmo (a maioria).
Por que as pessoas jogam na raspadinha, por exemplo?
Por causa da probabilidade de ganhar dinheiro fácil, gastando pouco.
Apenas não verificam que a probabilidade de ganhar um prêmio consideravelmente bom é infinitamente menor que 1:1.000.000.000
(Não fosse assim, as loterias teriam prejuízo).
E jogam no Bicho pelos mesmos motivos.
Mas jogar no bicho é contravenção, enquanto outras formas de
jogos de azar não são assim consideradas.
Se o Bicho é seguramente um jogo de azar, a Loto ou as raspadinhas - por analogia - também o são, embora tenham da parte da lei um tratamento diferenciado.