Como seria o mundo se não houvesse Windows ou Mac OS?

IUseLinux
(usa Slackware)

Enviado em 22/01/2017 - 11:36h

Verdade, esqueci dos usuários do android e também dos usuários do kali.

"Talk is cheap, show me the code"

hrcerq
(usa Outra)

Enviado em 22/01/2017 - 14:52h

Utopia? Será mesmo?

Penso que software livre e software proprietário são como a sombra e a luz. Um não pode existir sem que o outro também exista. Uma pessoa não pode se julgar livre se não souber o que é uma prisão, bem como não pode se julgar aprisionada sem conhecer a liberdade. Nada como um pouco de filosofia, não? Mas enfim...

Se Windows e Mac OS não existissem, haveria outros sistemas operacionais proprietários (o próprio UNIX, diga-se de passagem). A diferença é que o UNIX sempre foi voltado para execução em servidores, enquanto Windows e Mac OS surgiram junto com o conceito de computador pessoal.

Mas não vamos misturar as coisas: o tema livre x proprietário, pelo que entendo, pouco ou nada tem a ver com facilidade x dificuldade. Já deram o exemplo do Android. Ubuntu e Mint seriam outros exemplos. E aliás, quem disse que Windows é fácil? O conceito de fácil é relativo. Tudo bem que hoje existe uma preocupação muito maior com acessibilidade do que há uns 20 anos, mas mesmo assim, o "fácil" continua sendo relativo.

Então meu ponto é: não saberíamos o que é software livre se não houvesse software proprietário. Saberíamos apenas o que é software. Às vezes penso que seria melhor se fosse simples assim.

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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 23/01/2017 - 19:25h

Acho que não me expressei corretamente na pergunta que fiz... Hipoteticamente falando, nesse mundo imaginário, não existiria software proprietário. Vamos deixa-lo de lado. Nesse caso, não teria como taxar software livre, pois seria necessário o software proprietário para comparação, seria apenas software, mas todos saberiam que é de graça, tem código aberto ou os dois juntos. Até aqui, beleza! Mas, vocês acham mesmo que as pessoas não iriam usar o software e que o mundo seria bem diferente? Mesmo com as "temidas" facilidades?

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 23/01/2017 - 19:42h

Seria um Mundo Feliz.

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Feliz aqueles cujo conhecimento é livre de ilusões e superstições. - Buda

hrcerq
(usa Outra)

Enviado em 28/01/2017 - 12:59h

Ok, vamos partir do pressuposto de que em dado momento não existiria software proprietário e que todo software seria por definição livre.

(A propósito, esse momento já existiu no passado)

Mas vamos considerar que até hoje fosse assim. É muito difícil determinar exatamente o que aconteceria num mundo de "se"s. São muitas variáveis envolvidas. Mas eu começaria me questionando por que ninguém teria a ideia (tal como foi o que aconteceu no passado) de transformar o software num produto. Nesse mundo utópico e maravilhoso alguém eventualmente pensaria nisso.

A meu ver, essa ideia de produtização do software é bem inadequada porque reduz o software a algo que ele não é. Ora, o software é muito mais do que um produto, ele é um conhecimento. Todo conhecimento se baseia em outros já pré-concebidos e vai servir de base para concepção de outros. Mas quando o software é tratado como um produto, ele é reduzido porque não vai servir de base para nada depois e não dá os devidos créditos a tudo aquilo que o tornou possível. Mas essa é a minha visão, outras pessoas só terão a visão do lucro que podem obter ao transformar o software em produto. Então, se hoje não existisse software proprietário, alguém eventualmente faria com que passasse a existir.

Uma visão pessimista? Com certeza, mas realista também. Então para que esse mundo utópico perdurasse, precisaríamos em primeiro lugar que o software como produto não fosse lucrativo. Aí sim ninguém ia querer transformá-lo em produto.

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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 28/01/2017 - 16:44h

Me lembrei do filme Piratas do Vale do Silício.

Seria algo como o VOL com a troca de conhecimento usando a filosofia Free Software Foundation (FSF).

Na questão do dinheiro:

Como a Canonical ganha dinheiro distribuindo gratuitamente o Ubuntu Linux?

Canonical, a empresa que desenvolve e suporta o Ubuntu Linux, tanto desktop quanto Server, e que cresce a cada ano em faturamento e número de usuários da sua plataforma operacional. Qual o segredo? Como ganhar dinheiro efetivamente baseando suas regras de negócio no chamado Open-Business?

O OlharDigital fez uma entrevista com Fabio Filho, diretor da Canonical América Latina. Durante a sua fala, ele tenta deixar claro como é possível oferecer software de graça e ao mesmo tempo conseguir receita para gerir um negócio milionário.


Você não paga pelo software mas acaba pagando por suporte. É a pura verdade.

hrcerq
(usa Outra)

Enviado em 28/01/2017 - 20:40h

Não entendi bem o que você quis dizer nesse trecho. Mas enfim... a questão de pagar pelo suporte é um dos modelos de negócio relacionado a software que eu defendo.

Acredito que podemos resumir a lucratividade do software livre a uma palavra: serviços. Existem várias possibilidades de serviços, o suporte é uma delas. Mas também é possível oferecer serviços de adaptação de software, certificação, instalação e configuração, migração, etc. E em todos esses casos tem-se a vantagem de que o software não é reduzido a produto.

Certa vez escrevi um artigo aqui no VoL justamente sobre esse tema.

Então, sabemos que o software livre pode sim ser lucrativo. Mas isso não anula o fato de que o software proprietário também pode ser... e algumas pessoas/empresas infelizmente preferem trabalhar com esse modelo de negócios reducionista.

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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira