meinhardt_jgbr
(usa Debian)
Enviado em 21/01/2010 - 10:49h
Ainda não vi ou me ocorreu nenhum caso de pifar HD antes do Notebook (NoBo) ficar obsoleto. Já perdi HD por outra razão, como golpe ou queda, porém nunca por fadiga.
Talvez com o uso do Linux isto venha a ocorrer, absolutamente não por sobrecarga ou fadiga por ciclos de uso provocado por uso de artifícios para economia de energia, porém simplesmente porque o Linux por extender a vida util de PCs em geral, pode levar alguns componentes para próximo do limite projetado como vida útil dos mesmos (MTBF - Mean Time Before Failure).
Explico melhor, para não causar polemicas desnecessárias. Quando usava exclusivamente os windows e DOS da Ms com NoBos (uso NoBo como instrumento de trabalho desde 1990 quando recebi um da primeira geração da Compaq que recebi da empresa onde trabalhava na época) a velocidade de obsolescência sempre superava em muito mesmo a expectativa de vida útil dos componentes mais pessimista.
O parâmetro estimado como vida útil com boa performance, pelo menos entre empresas Norte Americanas era entre dois a três anos. A reposição por máquinas mais atuais ocorria sempre obedecendo mais ou menos este critério. Até chegar ao Windows 98 a velocidade de obsolescência com sistemas Ms cresceu mais ainda após a substituição por versões maiores e mais exigentes em termos de capacidade de hardware após o W98.
Passando a usar exclusivamente o Linux, a vida útil com boa ou pelo menos razoável performance, ficou muito mais estendida, mesmo considerando o crescimento do kernel para poder oferecer suporte nativo ao crescente número de novos itens de hardware, chegando atualmente a permitir o uso do mesmo NoBo por 4 a 5 anos, portanto praticamente o dobro da expectativa anterior com sistemas da Ms, antes de obrigar a substituição.
Por esta razão, não me preocuparia tanto com os ciclos extras que as medidas de economia de energia possam acarretar aos HDs em NoBos, por considerar com base na experiencia que vários outros itens tendem a pifar antes levando à substituição do mesmo, antes da hora prevista para o HD "dar os doces".
Apenas como exemplo, tenho ainda operando um NoBo comprado em Jan de 2000, cujo LCD pifou com 2 anos de uso obrigando a utilização de monitor externo. Com o Puppy Linux e com o Vector Linux e conexão banda-larga, ainda dá para usar o mesmo apesar das outras grandes limitações que tem como memória RAM de apenas 64Mb, PII-366Mhz e HD de 8GB. É obvio que não pode mais ser considerada como uma máquina para trabalho, porém funciona e dá pra quebrar o galho em caso de desespero, apenas graças ao Linux. Fosse pelos sistemas da Ms, já estaria no lixo a mais de 5 anos com o advento do XP.
No caso dos NoBos atuais, mais importante será preservar os ciclos completos de carga após descarga total da bateria o que pode facilmente ocorrer sem o uso de medidas extras de economia em pouco tempo. Não tenho visto muitos casos de baterias que tenham durado em uso normal mesmo perto de 3 anos.