Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 25/11/2010 - 06:50h
Não sou muito fã de notebooks, e apenas o item "portabilidade" consegue me atrair. Nesse modelo em especial, o principal atrativo é um design contorcionista, deixando a imaginar quanto à funcionalidade.
Ou se anda com um note cheio de penduricalhos (mouse usb, teclado avulso completo, etc.) ou tem-se apenas uma peça nada anatômica, frágil, de vida curta e manutenção caríssima. E com tais penduricalhos ele deixa de ser exatamente portátil, passando a ser "transportável".
Detesto touchpads, muito mais do que detesto o mouse em certos momentos desnecessários (por exemplo durante trabalhos de digitação).
Portanto um gadget que supostamente venha a substituir um notebook convencional tem obrigação de ser melhor do que ele, inclusive quanto ao sistema operacional.
Acho que custamos muito até finalmente chegar ao Windows Seven, depois de anos e mais anos de uma sucessão de versões diferentes de um mesmo sistema operacional capenga que nos foi imposto pelo mercado como única opção.
Daí para menos (um Seven meramente "adaptado" mais pareceria um Windows CE) acho que é uma regressão.
E até valeria a pena adquirir aqueles netbooks chineses de 290 Reais que pelo menos atendem à função "net" e pouco mais, porém com o rendimento esperado, e que é correspondente aos mesmos 290 Reais.
Tenho visto anunciada uma infinidade de notebooks usados e relativamente novos que estão sendo vendidos porque deram defeitos cuja reparação é muito cara e seus donos não conseguem bancar (ou não estão dispostos a bancar várias vezes seguidas). Dentre esses figura um MacBook onde o inteligentíssimo cidadão instalou "Windows XP" (o resultado é algo equivalente a uma Ferrari com motor 1.0 a álcool e bateria de 6 volts)...
A meu ver esse novo gadget é muito mais um "brinquedo de luxo" que propriamente um "computador sério".
O certo é que terá algum público movido exclusivamente pela curiosidade, pelo fato de ter alguma facilidade para pagar por ele e pela vaidade de exibir seus "brinquedos" apenas para matar os amigos de inveja...
Alguém uma vez inventou um mouse com hodômetro.
Se a moda pegasse, todos nós estaríamos obrigatoriamente com essa "funcionalidade" a mais em nossos ratos, sem a mínima necessidade.
O mercado é assim mesmo. Funciona na base do "vai que cola..."